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August 3, 2025 14:53
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| responsável segura e pedagógica da IA nas escolas brasileiras antes de darmos início à abertura informo que o nosso evento terá duração de um dia e meio estruturado em diferentes painéis temáticos no período da manhã a previsão é termos uma pausa para o coffe break um pouco depois das 10 horas o almoço será servido às 12:45 provavelmente ambos serão servidos no espaço externo desse auditório espaço pelo qual vocês entraram ali no rol de entrada e é com grande satisfação que damos início à solenidade de abertura deste evento convidamos para ocupar o lugar à mesa Kátia Schicart secretária de educação básica do Ministério da Educação vân Antônio de Araújo Lima secretário de gestão da informação inovação e avaliação de políticas educacionais do MEC manuel Palácios presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira nosso anfitrião israel Batista membro do Conselho Nacional de Educação rodrigo Torres secretário adjunto do Piauí neste ato representando o CONED Eduardo da Silva dirigente municipal representando a UNDIM Gisele Faria membro do Conselho de Secretários de Educação das Capitais CONSEC rebeca Otero coordenadora do setor de educação da UNESCO no Brasil graziela Castelho coordenadora de estudos setoriais do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação cetic.brnik.br br e Anita Stepanie diretora de apoio à gestão educacional sejam muito bem-vindas e bem-vindos acomodem-se por favor ouviremos agora as autoridades que compõem a nossa mesa de abertura solicito por gentileza que ao iniciarem suas falas façam sua audiodescrição senora Anita Stephanie diretora de apoio à gestão educacional da Secretaria de Educação Básica do MEC a palavra é sua bom dia a todos e a todas vou começar fazendo minha audiodiescrição autodescrição eu sou uma mulher branca de cabelos curtos acima do dos ombros castanhos estou usando uma blusa branca eh com e preta com uma estampa uma calça preta e brincos brancos eh primeiro eu gostaria de agradecer imensamente a todos os componentes da mesa em nome da nossa secretária Cátia a nossa liderança inspiradora como sempre mas em específico nesse tema da inteligência artificial a gente realizou esse evento muito por uma demanda eh e um pedido da secretária Cátia que tem se envolvido diretamente eh e muito profundamente na Estratégia Nacional de Escolas Conectadas entendendo né na perspectiva da educação básica de uma atuação sistêmica como a gente sempre fala aqui no MEC eh que a tecnologia é uma realidade para todos nós e esse evento faz parte de uma iniciativa mais ampla a gente tá com os nossos convidados eh desde terça-feira inclusive representantes de todas as as unidades federativas estão aqui conosco das secretarias estaduais a UNDIM também conversando secretária sobre educação digital as questões pedagógicas a conectividade e agora a inteligência artificial na educação básica então agradecer também ao professor Manuel Palácios né nosso anfitrião por ter cedido aqui o espaço do INEP e que também eh professora a gente tem uma expectativa muito grande em relação ao INEP eh principalmente no que tange a parte da avaliação das competências também digitais de eh principalmente dos estudantes porque é algo que eh precisa orientar as redes à produção do MEC mas também principalmente a atuação das redes estaduais e municipais de como trabalhar esse tema e incorporá-lo na nos nossos nos currículos das das escolas eh o Evanio nosso secretário da CEGAP também agradecer imensamente porque a SEGAP tem sido uma parceira estratégica paraa CEB nesse tema de tecnologia de dados e inteligência artificial a gente espera contribuir com o trabalho que vocês têm feito de construção né de referenciais nacionais apoiando aí o que vai ser eh proposto no âmbito do governo federal pelo Conselho Nacional de Educação no que tange a educação básica também o nosso conselheiro eh Israel que é o nosso parceiro principal nessa temática dentro do Conselho Nacional e tem apoiado as nossas discussões e trabalhado muito a gente tem trabalhado muito em parceria com o conselho é UNESCO que é nossa e parceira nesse evento a gente tá com alguns painéis super interessantes inclusive com uma participação direta da UNESCO Paris eh com a para apresentar para vocês o referencial que a UNESCO trouxe sobre inteligência artificial na educação base então é muito importante foi recentemente traduzido pro português e é uma ferramenta muito importante para todos nós é o CETICBR que é nosso parceiro também na produção de dados pesquisas estudos e a gente baseia muito no que a gente faz aqui na implementação da INEC nos estudos na parceria com o CETIC com Nick e Concede e um DIM e o CONSEC agradecer as redes porque na verdade tudo que a gente tá fazendo aqui no âmbito do MEC é para que a educação básica que é realizada por vocês né ali nas escolas estaduais e municipais eh esteja cada vez mais conectada com a tecnologia usando a tecnologia de forma crítica positiva criativa propositiva cada vez mais potencializando o aprendizado né dos nossas crianças jovens e adolescentes mas também com muita consciência da onde enquanto país nós queremos chegar na no desenvolvimento educacional usando a tecnologia né a tecnologia não só como ferramenta como uma nova linguagem mesmo para que a gente consiga transformar a educação então para terminar eh queria falar que nesses um um dia e meio né de programação nós temos seis painéis é uma programação bastante intensa eh tem painel com o estudante trazendo a perspectiva eh da de quem é o nosso ator principal né o centro das nossas discussões tem um painel com a professoras também que trazem a perspectiva e os desafios né que eles estão sentindo na sala de aula sobre a né e como tanto os desafios mas também as potencialidades as experiências das secretarias estaduais e municipais que já avançaram nesse tema então enfim acho que vai ser um evento muito rico e a gente tá muito animado de contar com a a contribuição de vocês com a presença principalmente porque a ideia é que seja útil para todos vocês muito obrigado pela presença de todos tanto que estão aqui presencialmente no auditório né que tá cheio e também que estão nos acompanhando online obrigada obrigado Anita ouviremos agora a senora Rebeca Otero coordenadora do setor de educação UNESCO no Brasil bom bom dia bom dia a todos né eh primeiramente né antes de tudo eu gostaria de parabenizar o Ministério da Educação o ministro Camilo Santana pela iniciativa e realização desse evento parabenizar a todos pelos seus esforços no contexto da implementação dessa estratégia nacional das escolas conectadas em colaboração com sistemas de ensino em todo o território nacional né então é um prazer estar aqui com esse auditório lotado eh discutindo esse tema né eh gostaria também eh de cumprimentar os demais membros da mesa né os representantes da Secretaria de Educação Básica a secretária Cátia Anita né eh da Sigap representante do DIM do Conselho Nacional de Educação do CONSEC do CONED e do CETIC que é o nosso grande parceiro Daniela que está aqui também eh que é parceiro também neste evento né a UNESCO reconhece a Estratégia Nacional das escolas conectadas e as políticas públicas eh do governo voltadas à educação digital e à conectividade como importantes referenciais globais para outros países aos quais têm sido constantemente destaque em importantes eventos internacionais da área né eh nesse contexto né eh parabenizo a liderança da secretária Cátia eh no comando da Secretaria de Educação Básica do MEC e a sua equipe a Anita Ana Delfro que são nossas grandes parceiras eh pelo qualificar o trabalho desenvolvido no âmbito das políticas públicas relacionadas à educação digital assegurando o foco na inclusão e na equidade o que é tão importante pro nosso país né porque nós temos que pensar sempre a tecnologia ou qualquer ação voltada paraa educação com inclusão e com equidade e é uma enorme satisfação paraa UNESCO no Brasil ter esse evento de relevância nacional e internacional como a primeira atividade desenvolvida no âmbito do nosso projeto de cooperação técnica com a SEB né e aqui no INEP que é um também um grande parceiro nosso né eh o presidente Manuel Palácios que sempre nos cede esse evento aqui eh então eh é muito importante para nós ter essa parceria e poder também compartilhar esse e outros eventos com o INEP né eh eu não tenho dúvidas que a promoção desse diálogo interinstitucional sobre a integração ética crítica e pedagógica da inteligência artificial na educação básica brasileira gerará uma importante contribuição ao MEC no contexto de construção de referenciais nacionais que vão orientar a as políticas públicas práticas pedagógicas e processos de gestão escolar este evento também marca o lançamento global das versões traduzidas paraa língua portuguesa conforme a Anita já anunciou aqui dos nossos marcos referenciais de competência em inteligência artificial eh são dois um para professores e outro para estudantes né eh esses são marcos globais mas que buscam trazer referenciais para todos os países que são membros das Nações Unidas agradecemos ao MEC pela oportunidade de apresentarmos esse documento à sociedade brasileira em um evento de alta qualidade técnica a UNESCO ela foi pioneira na liderança eh e na elaboração de uma recomendação sobre ética na inteligência artificial sendo o primeiro instrumento global normativo para a inteligência artificial essa recomendação ela visa orientar os Estados membros e outras partes interessadas sobre como lidar com os impactos éticos da inteligência artificial tanto conhecidos quanto desconhecidos um documento que deve ser lido e divulgado por todos vocês em complementariedade ao uso de marcos que serão lançado hoje esse documento tá disponível no nosso site no Unesdoc eh só colocar o Nesdoc UNESCO que vocês já logo acham e ali vocês vão encontrar esse documento ressalto a todos vocês que o ponto de partida da minha fala é sempre a afirmação de que professores não devem e não podem ser substituídos pela tecnologia é fundamental salvaguardar os direitos dos professores e garantir condições de trabalho adequadas para eles no contexto do crescente uso da inteligência artificial no sistema educacional no local de trabalho e na sociedade em geral no entanto o que nos une aqui hoje é um contexto muito atual e desafiador por isso trago um alerta feito pela UNESCO globalmente os professores precisam urgentemente ser capacitados para entender melhor as dimensões técnicas éticas e pedagógicas da inteligência artificial a rápida ascensão dos sistemas de inteligência artificial está gerando profundas implicações para o ensino e para a aprendizagem particularmente no que diz respeito ao papel dos professores e à competências necessárias para navegar no cenário tecnológico em constante evolução o uso da IA na educação está levantando questões fundamentais sobre a autonomia do professor e a sua capacidade de determinar como e quando fazer uso criterioso dessa tecnologia a UNESCO defende uma abordagem paraá na educação básica centrada no ser humano em prol de conhecimento do discernimento e das habilidades necessárias para o uso efetivo reconhecemos que apesar da IA oferecer oportunidades para apoiar os professores tanto no ensino quanto na gestão dos processos de aprendizagem as interações significativas entre professores e estudantes e a prosperidade humana devem permanecer no centro da experiência educacional em outras palavras se não for para melhorar e qualificar a vida do ser humano não importa então temos que fazer que isso qualifique a vida dos dos nossos estudantes e dos nossos professores a UNESCO defende a visão de que os estudantes devem ser formados para serem cocriadores de IA e cidadãos responsáveis aptos a realizar uma avaliação crítica das soluções de IA a escola deve ser o lugar promotor da conscientização das responsabilidades da cidadania na era da IA as práticas emergentes no uso de inteligência artificial na educação demonstram claramente o seu potencial para permitir novas formas de ensino aprendizagem e gestão da educação bem como melhorar as experiências de aprendizagem e apoiar as tarefas dos professores no entanto a IA pode representar riscos significativos para os estudantes a comunidade docente os sistemas educacionais e a sociedade em geral a Iá pode ameaçar a autonomia humana intensificar a mudança climática violar a privacidade dos dados aprofundar desigualdades e exclusões sistêmicas de longa data e ainda levar a novas formas de discriminação na educação a IAC não trabalhada a partir de uma abordagem ética e centrada no ser humano pode reduzir os processos de ensino e aprendizagem a cálculos e tarefas automatizadas por meios que desvalorizam o papel e a influência dos professores e que enfraquecem suas suas relações com os estudantes não vamos estender mais porque a discussão será altamente qualificada pelos especialistas que estão aqui que vão compor os painéis em um mundo caracterizado pela crescente complexidade e incerteza finalizo que temos todos nós juntos a responsabilidade coletiva de garantir que a educação continue sendo o espaço central para a transformação dos nossos futuros compartilhados muito obrigada e desculpe passar um pouquinho do tempo obrigada agradecemos a senora Rebeca Otero passamos a palavra neste momento à senora Graziela Castelo coordenadora de estudos setoriais do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação muito bom obrigada bom dia a todos e todas é um prazer enorme estar aqui com vocês hoje eh eu queria primeiro começar agradecendo eh os secretários as secretárias os coordenadores gestores educadores educadoras todos aqui presentes por garantirem esse dia e meio de intenso debate numa agenda tão cara e essencial né pro futuro do nosso país eh rapidamente o CETIC então agradecer em nome do CETIC o CETICBR ele é um departamento do Nickbr que há 20 anos produz estudos estatísticas e e análise sobre o impacto adoção e o uso das tecnologias digitais na vida dos brasileiros nos últimos 15 de maneira ininterrupta através da TIC Educação coordenada pela Daniela que tá aqui a gente coleta dados junto à comunidade escolar sobre os usos né e os acessos às tecnologias digitais eh então pra gente é uma oportunidade incrível discutir com vocês debater e entender que tipo de indicadores que tipo de estudos a gente deve produzir e monitorar pro acompanhamento também dessa agenda de inteligência artificial que vem com enormes riscos com grandes desafios e eh que a gente consiga então ser nutrido de boa informação para garantir políticas que garantam oportunidades eh sustentáveis e de valor agregado para paraos nossos cidadãos e cidadãas aqui no Brasil então eh eu queria né agradecer mais uma vez e desejar um ótimo evento a todos e todas muito obrigada obrigado senora Graziela ouviremos agora a senora Gisele Faria membro do Conselho de Secretárias de Educação das Capitais solicito por gentileza que façam sua audiodescrição e respeito às pessoas que não podem ver ou tem baixa visão bom dia a todas meu nome é Gisele eu sou uma mulher branca de cabelos cacheados estou usando um terno vermelho eh e uma roupa jeans tô usando também um brinco dourado eh gostaria de parabenizar pela iniciativa do MEC da UNESCO do INEP a professora Ktia e parabenizo também toda a mesa por trazer a discussão de um assunto tão importante para nós eh gostaria também de cumprimentar todos os professores e técnicos das secretarias que estão aqui presente e dizer que o uso da inteligência artificial nas nossas escolas é um desafio imenso é um desafio no que diz respeito ao trabalho dos nossos professores é um desafio no que diz respeito à compreensão dos nossos estudantes também e a sociedade em que eles estão eh incluídos é um desafio porque a tecnologia tem que ser usada eh a serviço da aprendizagem porque o papel da escola é esse promover uma aprendizagem mas não é qualquer aprendizagem né nós temos que estar atentos a formar crianças né estudantes eh críticos criativos eh e com responsabilidade também no uso das tecnologias eh e é muito bom que nós estamos falando aqui nesse lugar também sobre avaliação né porque eh se vamos usar nas nossas escolas se vamos trabalhar com os nossos estudantes nós temos também que pensar em critérios em habilidades que nós vamos ter a oportunidade de avaliar por fim agradeço muito em nome do CONSEC a oportunidade de discutir sobre este tema e estar presente aqui nesse um dia e meio onde eu tenho certeza que levarei para a minha rede e para as outras redes aprendizagens eh e inovação no que diz respeito à inteligência artificial obrigado senhora Gisele Faria ouviremos agora as palavras do senhor Eduardo Ferreira da Silva dirigente municipal de educação do Mato Grosso e membro do Conselho Nacional de Representantes da UNDIM vou iniciar fazendo a minha audiodescrição sou um senhor de 48 anos cabelos castanhos com alguns fios brancos a barba quase que totalmente branca denunciando aí os meus verões e invernos vividos eh estou usando um terno azul escuro uma camisa branca listradinha e 100 maiores e um pequeno bottom do lado esquerdo é um prazer imenso estar aqui com vocês bom dia a todos gostaria de cumprimentar as autoridades educadores pesquisadores e demais presentes é uma honra participar de uma mesa que debate um tema tão atual e importante as pessoas que me precederam já trouxeram alguns elementos de suma importância para que nós consigamos incluir educação e inteligência artificial na educação pública brasileira mais prominentemente falando na educação básica para nós municípios é muito preocupante a inclusão disso de maneira ética e equitativa ainda ontem ao participar com a Anita no uso de mídias digitais na educação básica nós havíamos debatido a importância de se formar o professor e vale ressaltar aqui ainda nesta manhã que nada entra na escola que não seja pelas mãos deste ou seja o nosso primeiro foco e principal ponto que nós precisamos apoiar e quando digo apoiar não é só formação mas é trazer segurança para o uso e desenvolver competências digitais que não foram ensinadas ainda na academia isso precisa ser levado em conta para que nós tenhamos realmente uma transformação significativa na educação pública brasileira e possamos usar como os diversos documentos já nos sinalizam para construção de percursos que consigam qualificar e assistir e incluir crianças que têm desafios de aprendizagens significativas e que hoje estão dentro de nossas salas de aula sendo um desafio latente e urgente na no avanço dos nossos indicadores educacionais a emenda constitucional 108 quando trouxe a constitucionalidade do novo FUNDEB já trouxe para nós dirigentes municipais de educação de todo o Brasil a importância de garantirmos uma educação inclusiva e disse o que nós deveríamos fazer para cada uma das etapas que nós atendemos então é urgente que compreendamos e neste ponto parabenizo a iniciativa do MEC em nome da professora Cátia que tá aqui presente uma pessoa preocupada com as desigualdades brasileiras e em incluir todo o povo brasileiro numa pauta tão importante e desafiadora fazer um movimento dessa magnitude e com essa envergadura importância não é um trabalho para poucos por isso essa mesa tem tantos segmentos e representatividades mas não só esta mesa nós precisamos de professores de gestores de secretários municipais de educação de prefeitos conscientes e de pessoas que realmente vejam a educação como prioridade e o único pilar transformador de uma sociedade a inteligência artificial deve vir como um apoiador dessa transformação e não como um fim ceifando a capacidade cognitiva de nossos alunos e até mesmo servidores mais qualificados da sua autonomia de pensar e criar soluções precisamos buscar conjuntamente algo que seja possível e aí eu não deixo de não posso deixar de agradecer aqui e reconhecer a importância do documento construído pela UNESCO que tá sendo compartilhado hoje é um dos guias referenciais que traz e lança luz para nós começarmos esse caminho com mais segurança porque fazer por fazer é o mesmo que não fazer fazer sem intenção e sem planejamento é o mesmo que não fazer e incluir isso na pauta de planejamentos e formação dos nossos educadores de todo o Brasil é um desafio que cai sobre a mesa de todosos nossos dirigentes municipais de educação deste Brasil e obviamente de todas as nossas equipes gestoras um bom dia a todos agradecemos o senor Eduardo Ferreira e ouviremos agora o senhor Rodrigo Torres do CONED bom dia bom dia nome é Rodrigo Torres sou um homem de 1,73 m pardo tô usando um palitó azul com pouco quadriculado e e estou sentado aqui mais à a à esquerda do auditório na na mesa de de abertura eh primeiro eu queria agradecer ao convite da CEB pela nossa participação acho que tem várias representações do CONED aqui tô vendo vários colegas né subsecretários equipe técnica que é muito importante então parabenizar primeiro o Ministério da Educação figura da secretária Cátia secretária Evânia da Anita e da Ana Dal Fabro parabéns pelo evento pela educação midiática já nos dois últimos dias né que a gente teve um uma ótima repercussão também e o evento sobre a hoje agradecer ao presidente Manuel Palácio por nos receber cumprimentar os colegas aqui do CNE CONSEC um DIM né que faz e constrói a educação eh lá na ponta eh CETIC também e a Rebeca da UNESCO queria agradecer a todos vocês e cumprimentar todos eh primeiro dizer que o Conselho vem debatendo bastante essa questão da implementação eh do da IA seja em sala de aula seja como recurso pedagógico seja como elemento de gestão porque na verdade ela traz várias facetas né o debate da IA ela vem eh movimentando os diversos aspectos da nossas das nossas vidas seja no setor privado setor público dentro da escola eh ou em outras áreas das nossas vidas ah e é muito importante que a gente enfrente rapidamente esse debate né a gente não pode perder tempo porque a onda ela é muito rápida ela é cada vez mais rápida e é isso que a gente tem visto com a IA a gente não pode esperar o tempo das transformações agora ele é mais curto e e é o que a gente viu por exemplo com as grandes ferramentas né o chatpt eh enfim todo o uso da IA e aí é importante dizer que os estados também estão se movimentando eu aqui represento o Piauí como secretário adjunto agradecer também ao secretário Washington Bandeira que não poôde estar aqui mas pediu que eu viesse eh mas também outros estados têm se movimentado né você vê o Paraná tem trazido muita essa discussão Goiás teve uma publicação da lei então eh a gente tá tendo vários estados que tá tendo essa esse debate o Piauí teve um papel pioneiro nisso o Piauí tem uma disciplina obrigatória de inteligência artificial para todo o ensino médio e para o 9o ano do fundamental desde do ano passado desde 2024 então já é o segundo ano que a gente implementa essa disciplina obrigatória eh com o apoio de uma série de instituições de de ensino agradecer até eles que estão aqui também primeiro mencionar a professora Viviane Faria que é nossa superintendente de ensino que tá aqui com a gente e a equipe do ã de pesquisadores do Rio Grande do Sul da Unipampa da URGs do Ifarrupilha quando junta piauiense e gaúcha eles imaginam a megalomania né aí realmente é uma coisa eh imensurável mas eh e junto com os pesquisadores também as bigtecs a gente tem o Google junto com a gente nesse debate porque também é importante tem que trazer pro debate não dá para ficar à margem eh e também agora o Instituto Federal do Piauí a Universidade Federal do Piauí também envolvidos pra gente também criar a capacidade local nessas discussões eh eh aí Rebeca até para te falar né a gente participou do evento da UNESCO em Paris no ano passado falando né a professora Rosa teve lá apresentando o case do do Piauí e na publicação de vocês a gente foi reconhecido como o único território das Américas a ter uma disciplina obrigatória de IA o que é muito importante pra gente tem muita lição aprendida aí a gente tá trazendo à tarde né esse debate eu não vou me aprofundar nele agora porque à tarde a gente vai falar sobre ele mas só queria deixar esse essa sementinha de que é possível fazer e tem que ser rápido não dá para fazer piloto não dá para esperar não dá para ficar ela cobrando demais para depois implementar porque senão a onda passa e cada ano que esses meninos não têm acesso ao uso dessas tecnologias é um desperdício a gente acredita no ensino em tempo integral como forma de você ter disponibilidade para um currículo mais moderno inovador então você consegue trabalhar as disciplinas da formação geral básica de forma mais profunda porque nós temos ainda esse grande desafio no Brasil infelizmente ainda é algo que a gente precisa avançar mas você eh usando o tempo integral você consegue fazer um currículo mais inovador disruptivo e que permite esse tipo de intervenção como por exemplo aprofundar no uso eh da formação inteligência artificial com todos os cuidados necessários e lá a gente acredita que é importante que eles entendam sobre dados entendam sobre tecnologia entendam o que vem por trás da inteligência artificial porque a inteligência artificial ela é um meio da gente conseguir fazer essa formação eh e para isso eu tenho que gerar um cidadão que tenha consciência plena dessa atuação para que no mercado de trabalho para que na sua vida acadêmica na sua formação cidadã que ele tenha plena consciência de que ele não está sendo guiado pela inteligência artificial mas a grande utilidade da IA é que a gente guie o uso de dados de informações para melhorar a vida das pessoas então a gente tem que formar os nossos alunos para isso né é isso que a gente acredita pode ser um facilitador pros professores e pode ser um grande facilitador também para melhorar a gestão da política educacional então em síntese é uma grande oportunidade que a gente tem e devemos sim investir bastante na IA na educação em resumo é isso agradecemos o senhor Rodrigo Torres e passamos a palavra ao senhor Israel Batista membro do Conselho Nacional de Educação CNE senhoras e senhores bom dia eu sou Israel Batista tô de terno cinza gravata cinza sou homem pardo de 43 anos ah nós estamos num debate muito importante no Conselho Nacional de Educação para trazer ah um norte para esse tema da inteligência artificial e esse debate ele vem de uma sequência de discussões que significaram uma retomada do controle do tema da tecnologia da na educação por parte do poder público nós temos aqui muitos amigos e amigas que são especialistas na tecnologia eu vejo ali a Patrícia fico muito feliz e que por muito tempo alertaram o país sobre o fato de que nós estávamos nos deixando levar pela tecnologia permitindo que ela entrasse nas nossas salas de aula de uma maneira completamente sem mediação imediata e o resultado desse estado de coisas é que nós herdamos apenas o ônus das tecnologias o celular que era uma tecnologia tão interessante com os smartphones associados à internet isso isso devia ser incrível paraa educação isso devia ser revolucionário paraa educação mas como nós não prestamos atenção no que estava acontecendo secretária Cátia o que sobrou para nós foi a desatenção foi a hiperxposição a telas foi o prejuízo à saúde mental o que restou para nós foi o conflito entre professor e aluno o que restou para nós foi o isolamento social dos estudantes na hora do intervalo porque nós simplesmente não nos apercebemos do que estava acontecendo e aí a sociedade civil organizada começou a fazer esses alertas esses alertas começaram a ressoar no momento que nós tivemos a ascensão de uma gestão séria ao Ministério da Educação o poder público abriu os ouvidos e fez o que é sua obrigação fazer porque nós vivemos período em que a obrigação não era cumprida então deu ouvidos ao que a sociedade estava falando ao que os especialistas estavam falando e tomou atitude corajosa nós já tínhamos para lastrear isso uma legislação que vinha do Congresso Nacional que eu tive a honra de ser o o relator que foi a política nacional de educação digital e então tivemos uma lei que foi um freio de arrumação proibiu os celulares nas escolas não é e depois coube ao Conselho Nacional de Educação com apoio de uma equipe muito competente do ministério né tomar providências para dar diretrizes para explicar paraa sociedade que essa proibição não era uma negação da realidade mas era na verdade uma um freio de arrumação para que a gente pudesse trazer o elemento central que nos permitiria ter o bônus dessas tecnologias maravilhosas e a palavra central que nos permite encontrar esse bônus é intencionalidade essa é a palavra central nós estamos com o ônus dos celulares porque não fomos intencionais porque ele entrou para ficar enchendo a paciência da professora com WhatsApp tocando toda hora foi para foi por isso que nós não tivemos o bônus né e agora então a sociedade se une sociedade civil organizada que tá avisando há um tempão governo responsável que finalmente abre os ouvidos e cumpre o seu dever né de gestão né e Conselho Nacional Congresso Nacional todo mundo se se uniu e eu tenho certeza secretária Cátia e todos os presentes na mesa eu tenho certeza que agora nós vamos ter bons resultados sabe Palácios agora nós vamos ter bons resultados porque a gente parou para pensar sobre o assunto a gente parou para olhar o que as ciências e as evidências estão mostrando né e agora como relator do uso da inteligência artificial na educação pelo Conselho Nacional eu quero seguir esse mesmo princípio porque eu acredito que esses temas estão interligados não é queremos inteligência artificial nas nossas vidas queremos nas nossas escolas pode ser até que sim mas sem intencionalidade pedagógica nós não queremos porque só vamos ter o ônus né então é com esse espírito de trazer esse debate para dentro de um pensamento pedagógico didático para que nos serve a gente quer isso mesmo é que nós vamos levar à frente essa discussão no conselho e secretária Cátia eh eh presidente Palácios que nos recebe aqui tão gentilmente saibam que nós estamos eh juntos nesse esforço colaborativo para que o Brasil seja um sucesso no uso da inteligência artificial obrigado agradecemos o senhor Israel Batista anunciamos a presença e convidamos para compor o dispositivo o secretário de políticas digitais da Secretaria de Comunicação da Presidência da República Senr joão Brand dando sequência ouviremos agora o Senr manuel Palácios presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais o INEP bem bom primeiro a minha descrição ah menos fácil né bem sou um homem branco de 69 anos cabelos brancos curtos estou usando um terno azul marinho e uma gravata azul marim bom dia a todos e todas saúdo a mesa na pessoa da nossa secretária de educação básica professora Ktia Schuacart que como bem disse Anita nos anima a todos e nos faz seguir em frente com a sua inteligência alegria e coragem bom sejam todos bem-vindos ao INEP é um prazer pra gente receber este seminário receber esse encontro que debate tema que nos ocupa também aqui no INEP nos ocupa de diferentes ângulos e com demandas tão urgentes que temos que colocá-las em ordem para que seja possível a execução sobre o tema do letramento digital que você chegou até a mencionar nós temos esse ano a experiência do PISA que deve nos entregar resultados próximamente que conduziu uma avaliação de letramento digital e que produzirá alguma informação relevante para um diagnóstico da situação brasileira temos um uma participação do Brasil no PISA estendida com uma amostra bem mais significativa e com isso acho que teremos dados muito ricos para iniciarmos essa discussão nesse mesmo terreno temos a preocupação de iniciar avaliações utilizando dispositivos digitais que certamente ampliem muito a possibilidade de uma avaliação que proponha itinerários avaliativos mas ajustados à experiência contemporânea né de comunicação e de tratamento da informação e vamos começar essa experiência por meio de uma plataforma digital que o NEPS está em processo de contratação como todos os processo de contratação eles não são rápidos são mas estamos fazendo com a RNP né que tem dado um apoio para a o enfim incorporação de novas tecnologias a as atividades do INEP e queremos começar com a avaliação eh da medicina e avaliação da da educação profissional e tecnológica dada a possibilidade de contarmos com uma infraestrutura de eh computacional mais adequada ao uso dessas tecnologias no caso da medicina por razões óbvias uma avaliação mais realista supõe a apresentação de situações de exercício profissional com áudio vídeo enfim com de uma maneira que vem até substituir a experiência atual de situações clínicas que são encenadas com atores e que vêm sendo muito difícil eh continuar com um grau de padronização aceitável dado uso que se faz desses exames e na educação profissional e tecnológica temos o diretor Ricardo que deve estar por aqui eh nós fizemos ano passado uma experiência de avaliação utilizando uma plataforma digital com itens que foram construídos pelos institutos federais foi uma experiência muito interessante de avaliação digital e que deve se estender esse ano com o fortalecimento da diretoria e a criação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Profissional e Tecnológica então é uma notícia sobre esses experimentos no campo da IA nós temos usos já consagrados para avaliação e perspectivas de inovação que são aqueles territórios abertos a a construções mais ousadas e aí estudos acompanhamento mas no nos usos mais imediatos da inteligência artificial nós temos a possibilidade de organizar um conjunto de informações no caso de propostas de avaliação já executadas e que tem um cenário bastante pouco eh padronizado se nós pegarmos aqui a nossa história nós temos eh 30 anos de avaliação educacional e uma experiência que você vai mudando aos poucos as estratégias de avaliação e você não nota né então trabalhar com esse conjunto de dados de itens de questões de provas que foram construídas com inteligência artificial tem oferecido uma oportunidade de análise dessa trajetória muito grande e com isso organização e relançamento das nossas propostas para a elaboração de testes a inteligência artificial ajuda como uma ferramenta de suporte muito significativa e tem que ser incorporada agora os itinerários avaliativos têm que ser construídos por professores que sabem exatamente quais são os objetivos pedagógicos que foram perseguidos nas atividades educacionais e por e quais são prioritários para estratégias de avaliação mas como ferramenta de apoio certamente é um algo que nos importa muito eu sou muito sensível a essas coisas que piscam tempo esgotado tempo esgotado e começou apenas o anfitrião eu desejo a vocês um grande sucesso que sejam capazes de inovar e de abrir esse caminho que a Cátia vem dando todo suporte de trazer a tecnologia com toda a preocupação pelo desenvolvimento de um pensamento crítico de uma atitude autônoma dos sujeitos educacionais e de uma participação ativa de nós professores nesse processo muito obrigado por estarem aqui e sucesso agradecemos o Senr manuel Palácios ouviremos agora a saudação do secretário de políticas digitais da Secretaria de Comunicação da Presidência da República João Brante obrigado bom dia a todos e todas que em nome da secretária Kátia Schvaica grande parceira eh do Manuel Palácios presidente do INEP também que nos recebe dos demais das demais colegas e colegas da mesa agradecer o convite eh eu falo na mesa que vem na sequência então não quero dar spoiler de mim mesmo então eu vou só eh eh fazer uma saudação talvez reforçando a combinação e a convergência eh das falas que eu escutei aqui cheguei no meio já da da abertura eh do Israel e e do Manuel no sentido de uma dimensão de cautela e proatividade digamos assim algo que combine eh a ideia de que a gente precisa assumir e e incorporar aquilo que a inteligência artificial traz de potente mas com uma dose significativa de cautela e eu acho que essa dose ela não pode ser de medo tá a cautela a gente não pode confundir com medo a cautela ela precisa ser pra gente preservar eh aquilo que a gente tem de mais talvez potente como humanidade que é um desenvolvimento do conhecimento a partir da inteligência coletiva a partir do desenvolvimento de pesquisa a partir da troca a partir da descoberta eh a partir do acúmulo que as gerações que nos precederam eh nos legam e como isso é caríssimo para nós como sociedade eh a gente não pode fazer com que a inteligência artificial interrompa um ciclo eh histórico de milênios eh de desenvolvimento de um pensamento e de desenvolvimento da ciência desenvolvimento nesse caso especificamente eh da educação porque ela se ela nos alienar do próprio processo constitutivo da aprendizagem e ao ao trazer o processo constitutivo da aprendizagem também do ensinamento a gente eh como humanidade vai est perdendo em vez de ganhar então eu acho que esse é o de certa forma talvez só a minha saudação inicial aí depois a gente segue na mesa que vem a seguir obrigado agradecemos o senhor João Brant passamos a palavra ao senhor Evânio Antônio de Araújo Lima secretário de gestão da informação inovação e avaliação de políticas educacionais do MEC bom dia a todas as pessoas aqui que nos assistem eh eu sou um homem branco de 1,77 m cabelos eh escuros olhos escuros barba tô com um terno cinza com um pouco de riscas eh uma blusa azul e uma gravata azul com flores roxas estampada eh e eu queria começar primeiro cumprimentando a secretária Káia Shocart e através dela também Anita Ana eh por ser essa equipe aguerrida eh focada e preocupada eu acho com os nossos grandes dilemas e aí eu tenho uma admiração incrível pela secretária Cátic e por toda a sua equipe e e são parceiros fundamentais nessa construção né conjunta que temos de pensar educação eh que que seja transformadora de fato que não deixe ninguém para trás então acho que esse é um mantra que temos e e fico muito feliz de estar dividindo aqui com vocês esse momento cumprimentar também professor Palácios acho que a CGAP né Secretaria de Gestão da Informação Inovação e Avaliação de Políticas Educacionais é uma área muito nova no MEC e o INEP tem sido um parceiro fundamental paraa própria solidificação institucionalização da nossa área também eh então eh obrigado por nos receber aqui cumprimento você sua equipe Juliana eh que são parceiros eh incríveis também paraa nossa no nosso dia a dia eh cumprimento também aqui conselheiro Israel também tem temos trocado o mundo dialogado muito para pensar o uso de inteligência artificial na educação concede conce e aqui também representados e aproveito para cumprimentar nossos professores alunos gestores municipais e estaduais eh entendendo e eu acho que essa mesa tá muito representativa acho que do esforço e da necessidade de atuação coletiva eh quando a gente pensa no uso de tecnologia e principalmente agora né no uso de inteligência artificial e obviamente né a sociedade civil também e e aqui também UNESCO CETIC Nick BR e obviamente João também né secretário João que também é um mega parceiro o nosso também para pensar eh enfim a educação midiática e e como a gente lida com os dilemas não é modernos e aí eu vou falar nem moderno e acho que pegando aqui o gancho daqui acho que das falas que me precederam é como a gente trata o tema com urgência eh mas também com cautela no cautela no sentido exatamente de entender né o os desafios que estão postos eh e aí no âmbito né do Ministério da Educação e Liderado pela CGAP a gente tem construído internamente eh um referencial nacional de desenvolvimento e uso responsáveis de inteligência artificacial na educação é um documento que vai abarcar desde educação básica até educação superior entendendo também esse aspecto transversal da tecnologia que a gente tem que eh se preocupar eh e com foco nos mais diversos públicos também né da educação né alunos professores gestores eh pais também né eu acho que eh um aspecto aqui que ficou muito nítido nas falas assim que que o uso de tecnologia e da inteligência artificial eh ele deve né ser a essa discussão deve permear a sociedade a sociedade que a gente quer construir e e não é mais né uma uma perspectiva de futuro pelo contrário né seja pelas falas aqui né o Rodrigo trouxe os exemplos da experiência do Piauí seja pela própria criatividade brasileiro de criar vídeos com IA e então assim cada vez mais vai tá presente na realidade nossa e eu acho que e aí eu queria que trazer três aspectos brevemente que vão estar representados nesse documento que é a nossa preocupação que e eu acho que guarda muita sintonia com o nosso momento eh do evento né a nossa preocupação com a formação né de professores seja inicial seja continuada para garantir que enfim se se entenda o que é o IA né e se entenda como ela pode ser utilizada e aí sempre de forma complementar não é para dificultar a vida do professor pelo contrário é para facilitar é para eh criar mais momentos né de interação humana então aliviar o professor para que ele possa se preocupar exatamente pela pelo aspecto mais eh humano e formativo do aprendizado eh e e um outro aspecto né como a gente traz esse ensino e aí integrando com os próprios alunos né entender o que é IA e entender como se usa a IA e aí nesse mundo cada vez mais permeado por ela eh saber discernir né olha aqui tem uso de a não tem e um último aspecto eu queria dar ênfase é é como a gente pensa numa governança eh numa atuação coletiva para pensar nesse uso e desenvolvimento de ah e aí assim eu eu acho que o tamanho de desafio só faz sentido né que a gente atue de forma conjunta pensando numa construção coletiva pensando em inovação aberta pensando num ambiente seguro que preserve obviamente né e conjun e seja e por conjunto estou falando aqui né né de que inclua professores alunos pais nesse processo de construção para que a gente tenha uma IA que mitigue e e nos ajude a a lidar com os grandes dilemas né e e forço educacional que hoje existe no país e que não seja uma ferramenta para asseverar as desigualdades educacionais que hoje estão postas então desejo um ótimo evento para nós e muito feliz da gente estar fazendo essa discussão agradecemos o senhor Evio Antônio ouviremos agora as palavras da secretária de educação básica do Ministério da Educação senhora Kátia Shas bom dia a todas as pessoas eu sou a professora Cátia sou uma mulher preta não é qualquer coisa estar aqui nessa condição aliás hoje até eu fiz um post sobre isso uma reflexão da Érica Janusa eu tava conversando um pouquinho antes com Evânio e do custo que tem isso para nós né para nós pessoas pretas eh pau que dá em Chico não dá em Francisco e que é que é o o inverso do provérbio né o provérbio é pal da e Chico dá em Francisco mentira nós pretos estamos anunciando que isso é mentira pau que dá em Chico não dá em Francisco então eh então por ser uma mulher preta tô com uma roupinha clara e um colar de um colar trançado lindo com uma jarina amarela que eu ganhei no Amapá que eu tava lá duas semanas atrás cuidando de alfabetização com o povo do Amapá é um brinquelo um negócio um casaco preto que eu nem gosto muito de usar preto a Ana gosta e ela tem mudado ela tá usando mais coisas coloridas porque eu digo Ana não tem condição a menina tão bonita viver né parecendo uma viúva não pode aí ela chega na minha sala agora toda olha hoje eu tô colorida eu tenho eu acho que é isso né a gente apesar desse desafio enorme que é toda a pauta que a gente leva se não e o peso que a gente carrega eh muito do que a gente tá conseguindo fazer tem a ver com essa energia que aí sim a pretitude trouxe e a minha ancestralidade que me trouxe até aqui porque o peso que já colocam sobre a gente é muito grande e infelizmente porque dá em Chico não dá em Francisco a gente tem muito menos condições de errar do que outros tô falando eh graciosamente sobre temas que para mim são muito caros e muito duros e que cada dia que eu me conscientizo mais que essa cadeira que eu tô ocupando ela era a cadeira que tinha que ser ocupada por mim e não por nenhuma outra pessoa eu sei exatamente a dimensão que isso tem por ser uma mulher preta que venho da Amazônia de uma experiência de liderança que as pessoas nem sabiam que tinha alguma potência porque fora do eixo de São Paulo parece que não há inteligência no Brasil outra mentira e aí eu venho para cá para dividir esse espaço com tanta gente boa eh a convite do ministro Camilo Santana ele queria muito estar aqui com a gente hoje de verdade ele viria para essa mesa e ontem à noite e aí eu eu quero pedir a vocês todos e o tempo vai parar aqui um minuto de silêncio porque nós tivemos ontem um acidente horrível com eh grupos de jovens que estavam vindo do Pará de ônibus e van para o nosso Goiás para o Congresso da UNI muito obrigada eh e aí o ministro hoje foi com o presidente Lula ao Congresso da UNI e aí ele deixou esse abraço para vocês aqui e essa juventude que perdeu a vida ontem e todas as jovens que a gente tá tentando colocar no mundo com direitos tem muito a ver com o que a gente tá fazendo aqui hoje então quem tá aqui com a gente eh muito obrigada Brante a gente vem dividindo tantos momentos importantes eh levando essa pauta eh que tem muito mais a ver com humanidade do que com artificialidade é em cima disso que eu quero falar muito obrigada Graziela Ceti muito obrigada Rebeca UNESCO que tem sido parceira da gente em todas as frentes tá aqui também a UNICEF tô vendo a Mônica nós tivemos juntas com a Ana a semana passada na Suíça num num debate importantíssimo do Guiga que eh tenta coordenar esse processo de conectividade de escolas no mundo não é privilégio só do Brasil essa discussão que a gente tá tendo muito obrigada também Eduardo Gisele e muito muito obrigada ao Rodrigo então quem está aqui conosco nessa mesa está aqui conosco a representação do que acontece nos rincões desse Brasil é fato que o Ministério da Educação e eu sou aqui muito feliz de estar nessa quadra do terceiro mandato do presidente Lula onde a gente tá retomando a democracia no Brasil e a gente tá vendo quanto ela é frágil não é no Brasil só fragilidade da democracia está no mundo então a gente pode pensar assim ai o Brasil ele é um como diria o Durkaim um fato social total assim como as nossas escolas elas representam o que tá acontecendo na sociedade de uma maneira geral então a gente não pode piscar e nem brincar porque o mundo está atravessando um momento muito complicado mas eu tenho dividido essa quadra ao lado do Manuel a gente vem enfrentando importantes desafios os desafios mais eh importantes e interessantes são primeiro dizer para todo mundo gente avaliação importa só é possível a gente melhorar o que a gente faz na direção de prestar serviços públicos paraa sociedade se a gente avalia então é é um absurdo alguém dizer: "Ah eu não gosto de avaliação não acredito a gente compara laranjas com bananas" tudo isso é mentira porque a avaliação tem método avaliação parte de pressupostos científicos ela como eu sempre discuto com o meu amigo Evânio sobre dados ela não é o espelho da realidade como os dados não são eles são escolhas que a gente faz para representar dimensões da realidade para dizer pra gente para onde a gente tem que ir sem isso não sabemos para onde a gente vai cada um faz o que quer e fala o que quer e a gente tem junto com essa trouxemos de volta o ministério para esse lugar de articulador de indutor de políticas de espaço de escuta onde a gente tem na mesa conosco o tempo todo não é só aqui não em todas as nossas políticas concede um dimmio consegue que a gente tá trazendo com mais força porque representa as capitais também que são uma realidade muito particular no Brasil assim como a gente tem também eh criado espaços para ter outras dimensões do controle social representados em tudo que a gente faz tá aqui o Israel representando nossa Câmara de Educação Básica no Conselho Nacional de Educação Básica meu colega eu também tenho assento na Câmara tá aqui o Manuel a todo o pessoal da UNCM que também representam os conselhos municipais de educação então a gente tá vendo como isso vem mudando a cara da condição das políticas públicas de educação básica nessa quadra o Ministério da Educação o ministro Camilo e o presidente Lula priorizaram educação básica e isso também não é uma coisa trivial para o ministério que historicamente olhou com muita força e a gente que chegou em patamares eh nos níveis da OCDE no ensino superior e também na pós-graduação a gente tem uma dívida na educação básica então quando a gente vai discutindo a gente chegou com várias políticas prioritárias eh na educação básica esse ano alfabetização a primeiríssima delas e falar de educação digital e mediática tem tudo a ver com alfabetização porque é também parte de um processo de letramento que a gente tá vivenciando quando a gente ainda tem mais de 50% das crianças brasileiras que são a quem são usurpados o direito de ter competências e habilidades mínimas de leitura e escrita metade das crianças brasileiras terminam o segundo ano sem saber mínimo de leitura e escrita e a gente tá na nossa geração quase nada sobre esse mundo digital então estamos no mesmo nível das crianças de 7 anos exatamente nesse lugar que nós estamos nós estamos no mesmo patamar eu tava antes olhando aqui e pensando gente inteligência artificial não é uma coisa nova não não o povo da minha geração da década de 80 nós somos a minoria Manuel da década de 80 no cinema não sei se vocês lembram de um filme famosíssimo um clássico do Ridley Scott chamado Blade Runner vocês lembram blade Runner é um clássico o que que qual era o tema Blade Runner intelig o androide tem ou não sentimentos que é que nos diferencia a capacidade que a gente tem de encantar de se apaixonar de apaixonar os outros é isso que estava sendo discutido em 1982 um filme que dizia que nos anos 2000 a máquina poderia se apaixonar depois em 2017 o Dene fez uma reedição desse filme do Blade Runner e o Blade Runner já olhando para 2049 nós estamos em 2025 ainda com metas de alfabetização das crianças para 2030 não é nem para amanhã não é para 30 para 80% das crianças estarem lendo e escrevendo o que que tá por trás de processo de leitura escrita a capacidade da gente se apaixonar da gente se encantar e poder traduzir o nosso lugar no mundo pra gente e pros outros por meio da comunicação eu não posso acreditar que a gente tá achando que os algoritmos vão nos substituir widley Scott tava dizendo: "Ai gente isso não vai ser possível" eu tenho certeza que não é possível porque a gente não pode dizer que a nossa humanidade tá perdendo para essa desumanização mas ao mesmo tempo eu dizia para quando a Ana eu queria uma salva de palmas pra Ana Ana levanta a Ana é a liderança disso aqui anita é a Ana da Alfabro mas sabe por quê eu falo para Ana eu abomino com todas as minhas forças esse debate sobre infraestrutura de conectividade sabe por quê porque parece um negócio que não tá nas mãos da gente a gente fica discutindo com as operadoras com gente parece um mundo distópico que ganha da gente porque a gente fala que precisa conectar as escolas todo mundo diz que vai mas eles ah se não dá lucro não vou fazer e aí a Ana fica lá e e mas ela diferente do que ela pensa ela conseguiu me convencer que a gente pode pelo que a gente acredita e pelo aquilo que nos move e nos apaixona levar essa pauta adiante compartilhando o significado que a gente dá para isso e eu consegui junto com elas dizer: "Tá bom vamos batalhar pela conectividade das escolas" a gente avançou por isso que eu acho que ela merece muito a gente avançou a gente chegou aqui tinha 53.000 escolas no Brasil das 138.000 escolas públicas que a gente tem hoje que estavam com conectividade para fins pedagógicos não era só chegar o sinal lá tem que ter Wi-Fi tem que ter dispositivo tem que ter formação para professor tem que ter letramento tudo isso é é que é conectividade para fins pedagógicos trabalhamos juntos aí com Brant com vários parlamentares paraa gente restringir o uso de celular não é proibir porque não dá para proibir a gente tem que restringir e criar uma intencionalidade é isso né Israel para tudo que a gente faz dentro da escola escola é o território privilegiado paraa transformação das pessoas e as pessoas poderem mudar o mundo é isso que a gente tá tentando fazer mas não adianta isso se nós não em paralelo trabalharmos a potência das pessoas então educação digital e mediática e educação para inteligência artificial que tem que partir da potência da nossa inteligência humana é é disso que a gente tá tratando nós estamos tratando de inteligência humana que pode se traduzir parcialmente em alguns dispositivos e dados que são revelados por nós em matrizes que a gente enxerga como inteligência artificial é péssima essa expressão né porque a gente tá atribuindo às máquinas e aos algoritmos algo que só é da dimensão humana é muito arriscado isso que a gente faz eu cheguei aqui eu viia eu já até falei assim ai gente por que que tá essa expressão ela traduz pouco do que a gente pode fazer com aquilo que a gente é com a nossa humanidade e aí a gente elas abraçaram falaram: "Não vamos abrir essa frente de debate porque a gente não pode ficar para trás a gente tem que criar espaços onde a gente se enxergue a gente veja que a gente é que a gente é que escolhe os dados que são traduzidos por meio das matrizes que vão aparecer pra gente com uma com uma espécie de a gente fala de máscara essa máscara que fica aparecendo pra gente como uma página da web como os aplicativos que a gente usa isso são máscaras mas humanamente nós também usamos máscaras se a gente não entender que o Brasil é um país racista colonialista um país que faz é desigual entre regiões que as crianças a elas performam né Manuel elas têm um desempenho diferente não é porque elas aprendem menos ou mais porque são pretas ou são do norte é porque elas têm menos oportunidade de revelar o seu potencial já pensou se o Camilo não tivesse me dado a oportunidade de mostrar quem eu era a gente não ia saber que existem muitas outras inteligências que estão oportunizando que a educação básica de modo sistêmico se apresente no Brasil como a sua grande força é disso que a gente tá tratando aqui é isso que eu espero que a gente possa entregar para gestores escolares pros professores a gente tá entregando junto com a UNESCO aí uma matriz de competências de inteligência artificial para professores para estudantes mas isso só vai funcionar se nós entendermos de onde nós viemos quem nós somos olha isso tá sendo anunciado desde os anos 80 lá pelo Ridley Scott a disse eu fiquei encantada eu tive no Piauí semana passada também não sei porque o meu tempo também é um tempo meu tempo é um tempo meio desfocado porque eu durmo num lugar e acordo no outro mas tava lá com o Rodrigo o trabalho incrível que o Piauí tá fazendo em todas as frentes mas o que mais me animou no Piauí eles têm disciplina de inteligência artificial 9o ano e ensino médio a Vivi tá aqui superintendente pedagógico lá mas o que é que de fato eles estão fazendo diferente eles fizeram cresceram oito pontos percentuais na alfabetização das crianças é isso que tá fazendo a diferença adiantava ter a disciplina lá se eles não estão cuidando de onde isso vai vir então para cada um de nós que estamos aqui olhando pra nossa frente a grande mensagem eu falei aqui cadê os meus diretores todos tá aqui a Rita da diretoria de formação tô vendo a Nilceia do ensino médio lá tô só vai funcionar se todos nós nos virmos dentro dessa sinergia não vai fazer sentido nenhum podemos estar no topo dos aplicativos da conectividade das escolas com velocidade Wi-Fi dentro se os nossos professores tiverem pavor não conseguirem entender que aquilo pode ajudar a preparar aulas com mais rapidez e que jamais jamais jamais gente nós seremos substituídos mas jamais porque nós somos aqueles que somos capazes de criar algo que a máquina não vai fazer que é o apaixonamento por esse mundo que a gente vive morreram jovens ontem o planeta tá ameaçadíssimo aí possivelmente a gente venha ter epidemias pandemias com muito mais velocidade isso implica que a gente esteja preparado para agir rapidamente sobre esses cenários adversos e é isso que a inteligência artificial pode nos ajudar a agir rapidamente mas ela jamais jamais vai poder substituir a nossa capacidade de encantar muito obrigada gente e assim com essas palavras poderosas da secretária Cátia encerramos na nossa cerimônia de abertura agradecemos a presença e as palavras das autoridades neste momento desface o dispositivo e pela importância deste momento por favor se perfilem à frente da mesa para eternizarmos esse momento por meio de uma foto oficial não sei tá bem acho mais uma salva de palmas gente pessoal a gente vai fazer um pequeno intervalo mas pequeno mesmo tá bom 10 minutinhos temos um cof break servido no hall de entrada você que tá online continue aí com a gente a gente já volta a gente um pouco podero só quero e mandi puxar não vai sair mais acho que não obrigada muito obrigado já tá tem que chap Obrigado เฮ เฮ Oh oh oh oh oh eu vou chamar Vou até tirar de botar minha verde só uma última coisa vai chamar vaião né atenção prezados participantes você que tá aí fora eu sei que vocês estão me ouvindo por favor retorne aos seus lugares aqui no auditório eh o painel seguida né cadê o painel do isso é falando agora desse eh eu a gente não vai chamar o Israel começo você fala perfeitamente antes a gente apresentar só apresentada você vaiá tudo que você tinha no seu caso como que é um tempo só pra gente botar horário isso 1110 até 12:1520 e aí 12:20 até 3:30 vocês botar o próximo Eu vou apresentar o depois a gente chama o Daí depois que você chama o Sé você vai falar dele com ele falhar muito acho que legal você já apresenta o vídeo e fala Isso p aqui é pensado e daí você começa a passar os vídeos sor apresenta irmã fala você fala vai participar Israel senor Daí você tem isso pode levar pode levar usar ele só então participar solicitamos a todas as pessoas que por favor retornem aos seus lugares vamos lá pessoal em Brasília 11:13 estamos atrasados transmissão ok podemos senhoras e senhores solicitamos por gentileza que acomodem-se e por favor nos deem a sua atenção estamos de volta com o evento IA na Educação Básica construindo referenciais nacionais teremos agora o painel um que é uma conversa que vai abordar o tema repensando a educação em um mundo com inteligência artificial para moderar este nosso bate-papo nós convidamos a ocupar seu lugar à mesa a senora Ana Dal Fabro coordenadora geral de tecnologia e inovação do MEC ana Dalfabro é coordenadora geral de tecnologia e inovação na educação básica do Ministério da Educação é mestre em desenvolvimento pela London School of Economics and Political Science e atua há vários anos na área de tecnologia e inovação na educação e agora para participar dessa dessa nossa conversa convidamos a ocupar seu lugar à mesa Gisele Santos consultora pedagógica de inovação e gestão de portfólio Instituto Escolas Criativas gisele Santos é consultora pedagógica de inovação e gestão de portfólio no Instituto Escolas Criativas atua há mais de 25 anos na área de educação com experiência em transformação digital design instrucional e formação de educadores é formada em marketing especialista em tecnologias da educação e investiga as interseções entre inteligência artificial inclusão e justiça digital reconhecida como Top Voice pelo LinkedIn na categoria Educação e Novas Tecnologias apresentou o programa Assunto na Mesa inteligência artificial no canal Futura convidamos também João Brand secretário de políticas digitais da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República joão Brant é doutor em ciência política mestre em regulação e políticas de comunicação é graduado em comunicação social foi secretário executivo do Ministério da Cultura e assessor especial na Secretaria Municipal de Cultura em São Paulo trabalhou por 15 anos em organizações da sociedade civil e como consultor para organizações internacionais como a UNESCO convidamos também Alexandre Levotad jornalista e pesquisador em inteligência artificial educação e governança na Universidade Autônoma de Barcelona alexandre Saad é mestre em inteligência artificial e ética pela PUC São Paulo e especialista em negócios digitais pela Universidade da Califórnia Berkley atualmente é doutorando em educação Governança e IA na Universidade Autônoma de Barcelona saad é diretor da Z Guist um hub de inovações em educação cultura e mídias é consultor em educação midiática para a sede da UNESCO em Paris e para o escritório de Montevidel na televisão apresenta o programa Idade Mídia no canal Futura é colunista da revista Educação e autor de livros nas áreas da educação tecnologia e comunicação o mais recente deles 2023 é inteligência artificial e pensamento crítico por fim convidamos a se unir a nós nesta bela mesa Mariana Filizola coordenadora geral de educação midiática da SECOM solicito por gentileza que ao iniciarem suas falas façam sua audiodescrição ana Dalfabro passo-lhe a palavra para a condução desta conversa obrigada agora sim bom bom dia a todos e todas um prazer enorme estar aqui com vocês fico muito feliz quando a gente organiza um evento que tem pessoas tão fantásticas aqui falando mas pessoas maravilhosas e super entendidas do tema também na plateia queria começar fazendo minha audiodescrição eh sou uma mulher branca loira tô hoje infelizmente vestindo um casaco preto como a secretária previu e uma blusa branca eu ia até trocar de roupa aqui com alguém era passar menos vergonha mas não deu tempo eh mas enfim vamos começar aqui a nossa discussão eh gente esse nosso primeiro painel é pra gente começar agora uma discussão mais informal sobre esse tema da inteligência artificial então com um olhar mais amplo aí provocador por isso esse nome ambicioso da gente repensar a educação em um mundo com inteligência artificial a gente já sabe que a inteligência artificial já chegou nas nossas escolas na vida né dos nossos estudantes adolescentes educadores gestores e acho que temos muita empolgação em torno né do potencial eh paraa aprendizagem dos nossos estudantes para ampliação acesso né mais conhecimento mas ao mesmo tempo e apoio também ao trabalho docente mas a gente sabe também que a inteligência artificial traz novos desafios éticos eh desafios sociais pedagógicos muitos deles que a gente acho que ainda nem aprendeu a nomear e e a listar então a ideia dessa nossa conversa hoje é a gente refletir um pouco sobre como garantir que a inteligência artificial chegue para de fato contribuir pro desenvolvimento integral dos nossos estudantes eh e não paraa sua alienação né e como que a gente prepara as nossas escolas para esses novos desafios aí impostos para que a gente consiga usar essas tecnologias com criticidade com segurança acima de tudo com intencionalidade pedagógica né como o conselheiro Israel também ressaltou tanto na fala dele de abertura então como assegurar que os nossos estudantes aí vão ser de fato eh usuários ativos eh e não só acho que passivos dessas tecnologias né então a gente vai conversar um pouco a respeito disso tô muito feliz com as nossas painelistas aqui hoje acho que a discussão vai ser ótima tendo tempo também a gente gostaria muito de ouvir vocês aí na plateia vou começar então acho que a conversa aqui falando um pouco com o João eh João tem eh além de todo o trabalho dele na Secretaria de Políticas Digitais tem discutido muito esse tema né de integridade da informação de proteção de crianças e adolescentes no mundo digital e também de regulação da inteligência artificial então queria te ouvir um pouco João em relação aos principais desafios regulatórios eh e de proteção que a gente precisa enfrentar para garantir né um uso eh seguro um uso eh ético e íntegro aí de a por crianças e adolescentes acho que vou aqui bom dia de novo eh obrigado pelo convite eu sou João sou um homem branco ah de 46 anos com uma barba igual a de vários dos burocratas do governo somos pouco originais eh com um terno azul uma gravata que eu gosto que ela é verde azul rajadinha assim e e que não fez a sua audiodescrição antes então eu sou o mesmo que falou na mesa de abertura eu costumo a a Mari falou assim: "João não esquece agora sua audiodescrição porque a gente sabe que tem um lado o E aí eu vou usar esse exemplo um pouco porque para falar de inteligência artificial eh eu acho que a gente tá o o olhar para todos e todas as pessoas com as suas diferenças com a sua diversidade com a sua singularidade eh ela é um dos talvez uma das riquezas e um dos desafios que a gente tem certo de conseguir olhar para todos eu lembro da Cláudia Vernec eh mais de 20 anos atrás falando eh quem quantas pessoas cabem no seu né não sei se era essa exatamente a pergunta quem cabe no seu todos era uma pergunta que ela fazia sempre como provocação numa discussão de acessibilidade eh justamente porque a gente tende a ir para um para um centro para uma média de um entre muitas aspas normal eh e que deixa de reconhecer as singularidades as particularidades etc eh então aqui eh Rebeca Maria colegas da UNESCO também unesco é uma sempre com olhar eh específico para essa dimensão da diversidade na educação e também trata os temas de comunicação e informação então a gente se sente muito eh irmanado aí com a com a instituição grazie à turma do CETIC também que lidera sempre trabalhos de novo cruzando aplicação e uso de tecnologia com inclus e aí com também a discussão de infraestrutura com todos os desafios que a secretária Cátia colocou então eu tô falando isso porque eu acho que a dimensão um dos riscos que aí atrás e a eu quero partir da dimensão de riscos porque eu acho que a regulação precisa olhar para os riscos é uma uniformização ou uma a ideia de que a gente consegue entender e fazer melhores escolhas e simplesmente a partir de uma média geral de uma tendência das escolhas anteriores ou seja a gente passa a entender aquilo que a a maioria da população fez ou faria com determinada informação como algo que a gente deve fazer com a na próxima vez que a gente for tomar essa decisão isto é um problema isto é um problema porque isso a justamente isso tende a levar uma uniformização uma pasteorização umas uma simplificação uma perda das singularidades uma perda da diversidade da sociedade é então esse e e isso tá atrelado talvez a discussão que eu tentei fazer na mesa de abertura que é uma discussão um pouco mais filosófica mesmo assim nós vamos conseguir trazer a inteligência artificial para uma dimensão eh de aproveitar e nos fazer possibilitar dar saltos para aquilo que a gente tem como desafios da humanidade ou ela vai nos domesticar a nossa capacidade de interpretação da realidade de desenvolvimento do conhecimento e diminuir portanto a nossa capacidade cidade como eh espécie humana de avançar então eh eh eu não quero fazer uma discussão que fique nessa dimensão filosófica mas acho que ela precisa estar presente e o os as na hora que a gente vai paraa discussão regulatória os desafios regulatórios eh em certa medida é sobre esse pano de fundo que a gente precisa atuar então primeira questão quais são isso é o que o PL de inteligência artificial que passou no Senado e que tá em discussão na Câmara eh tenta cercar né quais são os riscos excessivos ou seja aqueles que a gente não quer eh permitir que eles sejam não quer tolerar como sociedade então por exemplo a ideia de que a inteligência artificial pode produzir conteúdo eh sobre violência sexual de crianças e adolescentes nós não podemos como sociedade tolerar eh esse uso não é um não é algo razoável e natural eh que a gente possa lidar com isso como se fosse um simples desenvolvimento de tecnologia esse tipo de uso precisa ser restrito precisa ser proibido então há um conjunto de temas e de riscos que não são são considerados excessivos no sentido de que eles não podem ser eh tolerados por nós e portanto devem ser eh eh coibidos tem um segundo nível de risco que é um risco eh o chamado alto risco e aí esse alto risco deve eh encejar deve gerar por parte dos desenvolvedores dos aplicadores e também obviamente dos usuários eh um nível de obrigação maior por que que esse e eu vou falar um pouco como é que isso bate na educação mas por que que isso eh para nós é importante porque ele reconhece que o que a que a o desenvolvimento da inteligência artificial ele se dá numa velocidade e numa eh numa complexidade técnica que é inalcançável se você tentar freiar e usar um um uma coleira você não consegue aí você é aquele cachorro que sai correndo na frente então você precisa dizer o seguinte: "Olha eh joga seu jogo mas faça tá na sua conta a responsabilidade de não permitir que determinados riscos sejam eh eh enfim a mitigação de determinados riscos no caso da educação a gente tá falando em alguma medida sobre questão de proteção de dados de crianças e adolescentes questões de exploração da singularidade da da individualidade das crianças e adolescentes no sentido de eh manipulação de comportamentos mas a gente tá falando também por exemplo de usos mais de aplicações mais diretas eh por exemplo a questão do uso de inteligência artificial para eh sistemas de entrada eh eh nas universidades ou no num num sistema de de ensino ou da avaliação eh que se faz ou de um sistema de avaliação aí você fala: "Tá mas alto risco será que alto risco por quê alto risco há direitos fundamentais nós temos um direito de saber e e aí o que que implica esse alto risco o alto risco implica que você tem direito à explicação sobre a decisão que você tem direito à revisão sobre essa decisão e que há uma necessidade de avaliação de impacto algorítmico daquele sistema portanto também não é nenhum que alto risco vai te gerar uma proibição do sistema mas o alto risco ele precisa gerar um nível de cuidado e de eh evitar aquela resposta desculpa moço o sistema te colocou fora bom o sistema me colocou fora por quê porque que qual foi o critério que o sistema utilizou que me deixou sem vaga nesse eh né nesse curso na educação superior ou em qualquer outro eh que tenha esse ingresso então essa dimensão portanto de uma regulação baseada em riscos com direito à informação direito a a a revisão eh e supervisão humana e a necessidade de avaliação de impacto algorítmico é um um dos temas centrais ali e aí eu termino essa primeira rodada aqui de pergunta colocando uma dimensão que eu acho que combina com isso e que tem muito a ver com a nossa agenda de integridade da informação que são os deep fakes é o tema do deep fake ele é um tema muito desafiador porque ele questiona aquilo que a gente chama deep fake é uma simplificação a gente pode chamar de conteúdo sintético eh mas em geral falando de um conteúdo sintético produzido com capacidade de indução de erro né na interpretação portanto você não entende que aquilo é criado por IA você pode ter uma percepção de que aquilo aconteceu de fato é esta possibilidade que já é hoje e espalhada para quase qualquer um especialmente se você puder pagar os sistemas que custam aqueles R$00 e que te dão os melhores produções de de IA em vídeo e áudio ele coloca também um enorme desafio de caráter quase filosófico pra humanidade que é a discussão sobre verdade sobre factualidade e e essa dimensão ela nunca foi ela não é um tema bem resolvido do tipo a gente não pode criar os donos da verdade a gente não pode criar os tribunais e que vão ter poder exclusivo de dizer o que que é verdade e o que que não é até porque verdade a gente vai inclusive ter que reconceptualizar a ideia de verdade quer dizer se eu criei um vídeo em IA eu criei de verdade um vídeo em Ia e eu tô aquela aquela informação aquela produção está circulando então também já não faz muito sentido ser eh boa parte do que a gente tem tentado fazer é freiar um pouquinho a nossa capacidade a nossa incapacidade de interpretação e a gente vira e fala assim: "Este vídeo foi criado por Iá" tá bom mas assim e aí teve teve a no seu desenvolvimento mas você não sabe se é um detalhe de edição você não sabe se ele fez o pano o o o fundo né o background você não sabe se eh foi uma língua que o cara não fala e é razoável que eu ouça um candidato falar em sete línguas eh o mesmo discurso isto é uma manipulação eh indevida ou não é então há uma série de fronteiras que passam a ser colocadas e a gente tem tentado no âmbito da SECOM da Secretaria de Políticas Digitais olhar para isso inclusive para fazer com que isso rebata ainda no no PL de inteligência artificial de modo que a gente possa criar porque não adianta alguns vão falar assim: "Mas já tá no Código Civil já tá no Código Penal eh né o estelionato ou o uso de direito e personalidade ou a questão eh de eh questões morais né de dando uma honra injúriaamação mas não é assim porque você não tem como cercar a tempo eh tudo que é diferente de fulano fez uma declaração há 10 dias eu entro com um processo assim isso tudo nós estamos falando de produção em escala eh com facilitada por sistemas e facilitada por sistemas de distribuição das plataformas digitais que muitas vezes estão nem aí se aquilo tá prejudicando alguém ou não desde que esteja alguém pagando para para aquele material circular então nós precisamos conseguir como sociedade isso o mundo inteiro tá buscando respostas estabelecer qual quais são os parâmetros de antecipação um dever de prevenção e precaução né é um dever de cuidado com o ambiente isso tá previsto no ordenamento jurídico brasileiro eh para que a gente não tenha uma sucessão e de danos às pessoas individuais e coletivos que são irreparáveis ou de difícil reparação parece um discurso meio jurídico demais mas na prática a gente tá dizendo eu não posso ficar tendo que enxugar gelo eh tendo violência acontecendo contra eh estudantes contra professores contra eh qualquer profissional qualquer pessoa qualquer eh cidadão brasileiro e dizer que é da vida vai lá paraa justiça entrar com um processo contra 10 vídeos por dia que fazem eh com você isso não é razoável do ponto de vista eh legal e de proteção de direitos então desculpe me alongar mas acho que é é a primeira eh resposta que eu tenho para aqui e aí eu já vou adiantar a gente inclusive combinou da Mari já vir pra mesa porque com os atrasos todos de horário eh a minha agenda deu uma ficou igual aquele tétris que que colapsa né para cima assim então daqui a pouco eu vou ter que sair mas eu quero acompanhar aqui um pouco mais e daqui a pouco eu vou sair vocês não vão nem reparar porque a Mari vai ficar responder bem melhor a segunda pergunta obrigado gente obrigada obrigada J microfone ah pronto então obrigada João eh Gisele queria passar um pouco para você joão falou bastante dessa vertente aí dos riscos e muito com esse olhar regulatório né das preocupações que a gente precisa ter eh e você acho que com a sua ampla atuação né nesse me nesse nessa intersecção de tecnologia e educação queria que você discutisse um pouco também as oportunidades mas também os riscos e mais especificamente né olhando para esse contexto da do chão da escola né então você puder contar um pouquinho pra gente claro olá bom dia a todos e todas queria eh agradecer também pelo convite essa oportunidade estar num evento tão urgente eu sou a Gi uma mulher negra de pele clara de cabelos coloridos com padronagem de onsinha tigre usem a imaginação eu estou usando um vestido claro com padrões em roxo alguns adornos e a minha guia de Exu então eh eu queria começar eh fazendo um convite a todas as pessoas que estão aqui que estão assistindo também que a gente faça primeiro uma ampliação de repertório imaginário então quando a gente falar sobre infância ou adolescência a gente usa o plural infâncias e adolescências porque temos muitas aquelas que geralmente aparecem em discussões como essa e aquelas que não aparecem temos infâncias indígenas infâncias quilombolas infâncias em situação de vulnerabilidade e como o João mencionou não é justo não ético que a gente faça essas infâncias e adolescências serem padronizadas no que a gente imagina que seja uma infância ou uma adolescência além disso também eu queria propor que a gente pensasse um pouquinho também eh em como a gente fala sobre IA né aqui a gente vai discutir bastante ao longo desses dois dias sobre a IA que tá em sala de aula a Iá que usa botões para serem apertados eu vou trazer um pouquinho sobre os brinquedos que já trazem a IA mas a gente também tem que ampliar a nossa mente pra gente pensar naquelas IAIS que não são aquelas que a gente escolhe usar e que muitas vezes impactam essas infâncias e adolescentes por vies por estratificação por pressupostos de quem são esses adolescentes e essas crianças e como a secretária Ktia falou né hoje em dia quando me convidam para falar eh sobre inteligência artificial eu nunca gosto de me pautar por ferramentas ou por pela máquina eu sempre parto do princípio de gente da humanidade então para responder sobre oportunidades e riscos eu vou começar com os três Ps da Convenção Internacional dos Direitos da Criança provisão participação e proteção mas inserida que sou eu vou inserir mais dois PS o da pedagogia e aí eu vou trazer a pedagogia de roda de Tião Rocha a pedagogia da emancipação e o p de pertencimento porque muito dessa IA que a gente tá discutindo agora não foi feita pra gente e aí para não errar também eu vou ler alguns dados que eu acho importante trazer para que a gente entenda que a gente não tá falando eh de adolescentes ou crianças mais velhas vou trazer aqui alguns dados do Kids Online do CETIC né e de um pulo que ocorreu entre 2015 e 2024 em que usuários da rede com 6 a 8 anos ele saltou de 41% para 82% então eh quando a gente fala de posse de celular de crianças de 6 a 8 anos ela dobrou de 18% para 36% gente dobrou crianças de 3 a 5 anos o crescimento foi de 14 pontos tá então a gente tá falando de 6% a 20% de crianças entre 3 a 5 anos a G mas será que isso não é uma coisa muito elitista não não é tá a gente tá falando também que as crianças usam menos computadores mais celulares mais dispositivos eh portáteis e para crianças da e adolescentes da classe C e D essa é a única máquina que elas têm então isso tá nos nossos bolsos isso tá nos bolsos da criança das nossas crianças e adolescentes e não adianta eu adorei essa fala de que não há proibição a um freio de arrumação em relação ao celular porque dentro desses dessa pluralidade desses contextos muitas vezes o celular é a forma que uma mãe um responsável tem de saber se seu filho está vivo durante uma operação muitas vezes o celular é a única forma que um responsável ou uma pessoa cuidadora tem de ocupar essa criança é o ideal não a gente sabe que nem tudo é possível em um país do tamanho do Brasil e eu fico feliz novamente repito da gente estar aqui discutindo e ampliando esse imaginário de pessoas que estão envolvidas então quando a gente fala dessas crianças e adolescências né eles estão no mundo sem mediação o número de pessoas que mediam essas essas interações ainda é muito pequeno então elas buscam respostas encontram ruídos são negligenciadas por design o material já está sendo feito para negligenciar a saúde mental e física dessas crianças então a gente tem crianças mais crianças milpes elas buscam conexão e encontram solidão porque aquela velho eu nem gosto de usar essa analogia da praça eu acho que essa analogia da praça não é justa também mas elas às vezes se isolam olhando ali buscando conexão com quem não tá ali falta pessoalidade falta gente e elas buscam expressão e encontram atenção mercantilizada mas aí eu faço um novo convite para vocês para que a gente não caia na tentação de culpar as bigtech somente porque muitas vezes quando a gente diz que a responsabilidade esses riscos que o João trouxe são da Big das Big Tech nós já sabemos não há almoço grátis mas a gente convida essas mesmas tecnologias paraas nossas escolas e paraas nossas casas então se a gente critica como é que a gente convida e para e como eu falei da pedagogia da roda uma maneira uma oportunidade é a informação a informação simples na roda ninguém é invisível todo mundo é ouvido então quando a gente fala de formação de professores eu vou falar um pouquinho mais porque acho que é importante trazer essas para depois eu fazer a segunda fala eu acho importante a gente falar simples falar para todo mundo quando eu trouxe os três Ps de participação de provisão é participação das crianças dos educadores dos familiares de todo mundo e também quando a gente fala de provisão é a gente prover saúde informação e educação então eh eu vou trazer aqui já fazer uma primeira eh uma primeira recomendação né eu não gosto muito de prescrever eu acho que a prescrição nunca é saudável mas eu queria fazer uma recomendação e uma dica se a gente fala de educação midiática e letramentos procurem o Educa Mídia que traz materiais gratuitos simples para vários atores da sociedade mas essa educação mediática ela não pode ser colocada numa caixinha como matéria como uma disciplina como uma conversa para um evento ou outro ela precisa passar por tudo pela vida para todo mundo pros responsáveis pros pais pros educadores pra escola o Tião Rocha eh eu tive o prazer de ver o Tião Rocha na semana passada e aí ele falou uma coisa que me impactou muito né ele tava contando uma história e aí ele falou sobre a escola passar na frente da casa de alguém a gente passa muito na frente das escolas a gente a gente emite muitas opiniões sobre escola educação mas como a gente percebe que a escola tá passando na frente da nossa casa será que a gente tá reconhecendo essas atitudes o que a gente tá decidindo então o colocar na caixinha é muito importante para que essa oportunidade surja através das conversas do simples e do convite à participação e se a gente fala de desafios eu acho que a gente tem desafios bem complexos tá e esses desafios primeiro passam pela prescrição excessiva a gente anda prescrevendo muito sem conhecer tá semana passada semana retrasada no final de junho ali houve um grande lançamento fora de várias ferramentas e que no mesmo dia eram milhares de pessoas prescrevendo essa essas ferramentas sem nunca terem usado isso é grave e aí ainda é mais grave a gente não conhecer aquilo que a gente tá convidando então eh muito se fala também sobre a discussão do excesso de telas eh tem autores inclusive que também não são brasileiros que estão sendo ali eh endeusados né tirem todas as telas mas gente eu queria contar uma coisa para vocês do ponto de vista de pesquisa as telas não são o nosso problema os brinquedos já chegam sem tela as telas vão desaparecer a inteligência artificial não depende de telas então se a gente não ampliar os nossos olhares para que a tela não traz o problema não é a tela o problema é o que foi criado o que foi dado o que foi prescrito como boa prática né então quando a gente fala de desafios eu vou falar depois se eu tiver oportunidade sobre os brinquedos que estão chegando que são pelúcias que trabalham com com inteligência artificial de borda que não precisa de conectividade que captura dados emocionais lembra que eu falei daquelas crianças que de repente não são vistas como os usuários padrão muito entre aspas das tecnologias que não estão com os tablets brilhantes tecnologia digital porque tecnologia ancestral vem muito antes eh então a gente precisa ter muito cuidado com isso né da gente olhar e saber por quem fez para que fez por que que tá oferecendo de graça então eh eu acho que é isso e para não parecer só que eu sou uma pessoa que reclamo e aponto dedos eu queria dizer como é que eu lido com isso é usado então eu criei um material chamado Códigos de Sofia os C Sofias que parte de uma menina preta da famela favela Santa Marta em que ela é o ponto central de conhecimento sobre tecnologia e inteligência artificial pra sua comunidade pros seus amigos pra sua escola e ela faz tudo isso através de cartas datilografadas porque ela achou uma máquina de escrever no armário da mãe dela que é professora de matemática então são várias cartas em que ela vai conversando e fala sobre eh qualidade de dados o que é um algoritmo é possível tá acontecendo eu recebi cartas de crianças já falando sobre isso e brigando comigo como é que eu vou enviar uma carta para você se eu não te conheço ou seja tá fazendo efeito né queria agradecer até a professora Telma eh com Jaguariuna então é isso acho que eu queria trazer para vocês assim um panorama e e fazer esse convite mesmo para que a gente pense de uma forma mais plural e aí e on dia que você vai sair João eu vou vou fazer uma uma provocação um pedido para você eu sou muito fã do Brasil não me venham falar de Finlândia e eu acho que a gente tem uma coisa ah gente pelo amor de Deus né a gente é muito mais legal e e eu vi e eu vi na eh eu trabalho com transformação digital então eu vi acontecer no Banco Central um movimento que é o sandbox regulatório do Banco Central onde tudo que a gente conhece agora inclusive o Pixel brasileiro isso é outra coisa que a gente tem que falar eh que tudo isso é testado antes é discutido é convidado as pessoas são convidadas para opinar antes de irem pra rua então convida o MEC a também pensar em sandbox regulatórios para que antes dessas tecnologias sejam levadas para as escolas a gente faça isso também em formato de roda digital ou presencial então só para dizer não só aceitar a provocação como dizer que tão previsto tá previsto na lei aprovada no Senado justamente a adoção desses sandbox regulatórios o desafio é justamente sandbox é aquela caixa de areia né aquela coisa de você testar com com meio como se fosse um parquinho de experimentação é um parquinho de experimentação isso então tão previstos os parquinhos mas eu acho que ele o desafio é eh colocar o a proteção de direitos aí nessa frente eu vou realmente infelizmente vou ter que sair vou aproveitar e pedir licença valeu obrigada fica à vontade muito obrigada Gisele acho que depois à tarde também o Filgueiras tá aqui do MEC vai falar sobre sandbox regulatório também te responde mais tarde eh muito interessante acho que os pontos que você colocou vem mais para perto Mário e queria agora passar pro Alexandre acho que primeiro agradecer gente o Alexandre tá saindo das férias dele para est aqui com a gente então muito obrigada mesmo pela sua presença hoje eh e Alexandre você tem uma trajetória muito longa aí nesse tema de comunicação de educação mediática né além de pesquisar muito relação da IA com pensamento crítico né e aprendizagem eh então queria que você comentasse um pouco pra gente como que a gente consegue usar essa inteligência artificial eh para fortalecer e não enfraquecer o pensamento crítico dos nossos estudantes né acho que vem sendo uma preocupação grande aí de todo mundo eh nesse debate do uso excessivo né dessas dessas ferramentas que já estão aí à disposição então e como que você eh enxerga o papel da escola também nesse processo olha eh eu faço o que é importante entendeu Ana então era importante estar aqui mais do que as férias eu vim então eu quero agradecer muito o convite da UNESCO do MEC do do CETIC porque vocês sabem eu nem hesitei né Maria quando você e tô muito feliz acho que é um momento importante mesmo de estar com vocês olha queria começar assim Ana o debate público a gente tá numa sala muito privilegiada né são pessoas que estão interessadas nesse tema e já conversam sobre isso ou usam ou Mas o debate público sobre é muito pobre é muito pobre o debate que vem da mídia sobre o tema então a coisa começa por aí eh a Iá como a como a Gisele trouxe ela por que que a gente tá discutindo ela aqui a gente não teve uma conferência sobre eh metaverso eh nem sobre avatar e outra né então desculp porque ela é uma tecnologia de propósito geral acho que esse é o primeiro ponto né a I ela não está embricada na educação ela surge na educação por uma questão de necessidade então a primeira questão que a gente precisa olhar quando a gente pensa na escola é que a escola tá olhando para uma questão que tange todas as áreas da vida o que que é uma tecnologia de propósito geral quer dizer os teóricos que levantaram isso colocaram aí ah no mesmo nível do da máquina a vapor da da democratização do computador pessoal eh do da rapidez do processamento dos chips por exemplo então quer dizer uma tecnologia que impacta economia política meio ambiente cultura como a gente tá vendo impacta os nossos alunos então independente da escola é a mesma questão das redes sociais independente da escola querer tocar nesse tema o aluno já tocou já foi tocado perdão de alguma maneira por esse tema então é uma questão urgente da escola abraçar porque não é uma opção e agora eu vou pegar eu achei que a primeira mesa foi muito boa porque ela deu um panorama né esse tema é muito amplo tem que tomar cuidado para não sair pela janela com ele tem que trazer pro chão porque senão a gente também se perde mas na mesa inicial eh houve uma questão a gente não precisa ter o esforço de trazer tanto de trazer a IA pra vida do aluno tem ter um esforço de responder a isso eh porque cedo ou tarde ela está né eh o aí a Generativa o esse livro que vocês citaram é uma é uma pesquisa que eu fiz na PUC eh em terminei em 2022 quer dizer não havia IA Genativa a IA Generativa parece que a a IA nasceu da IAV a gente tá vivendo eh convivendo com a Iá muito tempo tem os algoritmos ninguém mais fala de câmaras de eco e bordas informacionais que a gente falou tanto tempo em época de eleição né esse é um fenômeno da IA de recomendação que foi justamente a família de A que eu estudei no meu mestrado tá que é um outra família que tá na vida de todo mundo a gente tá enclausurado o João tocou um pouco ele tocou num ponto muito interessante que ele trouxe a ideia da bolha de da da bolha de informação e da câmera de eco para ir à generativa quando trabalha com uma média de comportamento mas no fundo é um fenômeno antigo também tem a agêntica que que toma decisões eh tem a preditiva são modelos de engenharia diferente né e como isso chega na escola e aí vem a questão do pensamento crítico quer dizer eu fiquei lá Ana mergulhado eh quando eu entreguei metade dessa pesquisa minha a Dora Calfman foi minha orientadora né ela olhou para mim e falou: "Mas você não ia fazer pesquisa sobre IA porque só tinha pensamento crítico na pesquisa porque eu tava intrigado para definir isso eu acho que virou uma palavra coringa na contemporaneidade que a gente tem dificuldade em em definir a gente usa para qualquer coisa né agora tem uma questão que é central eu fiz um histórico dos socráticos a a à escola de Frankfurt sobre pensamento crítico e tem mas tem uma um uma coisa se permanece não se exerce pensamento crítico sem conhecimento então não conhecer a Iá como ela funciona e esse é um ponto central de todos os os currículos de letramento algorítico que a gente tem se a gente não conhece o que ela é e como ela funciona não se tem pensamento crítico aí se vai pro medo que foi um tema que foi abordado na primeira mesa que é o medo do homem do saco né a gente tem medo aquela história antiga a gente tem medo que a gente desconhece quando a gente conhece até um ditado tem um uma frase em em du que é maravilhosa que para você carregar uma pedra você precisa carregar uma pedra você precisa sentir o peso da pedra antes de carregá-la você pode carregar com a mão carregar nas costas pode pôr no bolso você não sabe o peso da pedra você não carrega a gente precisa saber o peso dessa pedra que é isso quais os impactos éticos essa é a essência né do da construção de um letramento algorítmico que o documento da UNESCO já traz muito bem trazido porque ele fala de de uma educação para IA com a IA e sobre a IA esses três pontos que é muito são muito importantes agora por que isso voltando um uma pecinha atrás a IA não chega na escola só pelo estudante e aí a gente precisa organizar isso também tem um impacto da inteligência artificial muito forte na gestão e avaliação e aliás eu acho que o impacto maior de currículo que a gente vai ter em médio prazo vai ser o impacto da avaliação porque o impacto na avaliação vai vai retroceder para todo o sistema inclusive na disciplina né a gente tem um impacto no trabalho do professor e aí para sair desse debate vai substituir ou não que eu acho que é um debate prematuro falar a verdade a gente pode elencar tarefas que o professor faz e dentre essas tarefas saber quais podem ser automatizadas né e aí chega num aluno que a gente tá falando educar sobre a IA né o educar sobre a IA ninguém espera que ele saia do da escola que é um loco central democrático que é onde o aluno tem a garantia de direitos num Brasil tão desigual como a secretária Ktia trouxe como é que a gente garante que ele tenha um acesso a uma educação ética sobre a IA é lá no sobre a IA educar sobre a IA a gente tá falando do letramento algorítmico e na minha percepção isso fez parte desse estudo também é uma área própria da educação mediática eu não gosto de separar muito eu acho que até o PISA tá separando na hora de avaliar mas eu acho que no fundo faz parte a minha inquietação era como é que a gente vai tratar de mídia se a gente não tá falando da maior meditção do momento que cresce mais que aí há como mediação aí há uma mediação como a TV foi no fundo é um pouco isso que a gente tá tratando então qual o o trabalhar nenhum aluno precisa sair da escola sabe precisa eh engenheiro de prompt não é essa a ideia ele pode ser se ele quiser né mas não é essa a ideia a ideia é que ele saiba minimamente quais os o que é onde ela está que é muito difícil como ele torce que acho que esse é um ponto central onde ela está e como mitigar os impactos éticos que ele tem na que ela tem na nossa vida né agora para isso acontecer precisa uma percepção mínima veja quando eu falo do debate público eu não tô falando de quem não trabalha eu vejo pessoas eh muito bem formadas bem educadas ainda t dificuldade de de definir a inteligência artificial o que é a gente precisa chegar nesse ponto né o Y Hui que é um pesquisador de Hong Kong traz uma uma questão num livro dele chamado Tecnodiversidade que se eu tivesse que recomendar um livro hoje aqui seria esse o Tecnodiversidade ele traz um ponto que eu acho muito interessante ele fala aí há pra gente o nosso impacto né é o seguinte é a mudança da tecnologia digital linear que era o coding que a gente conhecia como coding para uma tecnologia recursiva que aprende com dados que tem vida que vai se refinando com dados né essa mudança é a mudança de impacto que a gente tem por exemplo em todos os documentos que que giram em torno da questão digital na escola a gente tá mudando de uma tecnologia linear para uma tecnologia recursiva isso impacta na robótica né isso impacta no coding que foi durante muito tempo tratado como uma nova alfabetização pode ser que seja mas o coding em si não é a coding incorpora a IA no seu no seu processo toda essa essa clareza de contexto a gente precisa trazer e por isso eu acho importante uma base referencial tem uma palavra que foi pouco tocada mas que eu acho que eu gostaria de insistir e não à toa eu acho que é uma palavra que eh eu tô tô estudando no meu doutorado algo relativo a ela que é a palavra governança né acho que no fundo o que a gente tá trabalhando aqui é uma governança paraaiá na educação que é um estágio um pouquinho depois da dos referenciais mas que se nutre né dos referenciais para ser criado olha eu olha eu tô circulando muito pelos meus trabalhos fora alguns deles tm a ver com a UNESCO outros não eh a a governança paraá tá crua em todo lugar do mundo ela tá crua mesmo não tem ninguém resolvendo essa questão da governança da IA o que dá para enxergar baseado na fala do João é o seguinte: a gente não pode criar um modelo muito grande nem muito engessado porque se transforma muito rápido você tem que criar uma governança magra fina econômica assim como a legislação que pode se encaixar nas eventuais mudanças de semana para semana existe uma base comum né a Europa tá com uma dificuldade violenta de de fiscalizar o impacto do AI Act porque o negócio era tão complexo e tão capilarizado que não se fiscaliza então a tendência agora é é pegar os principais impactos éticos e criar algo eh magro inxudo para finalizar eu achei que o tema mais muito interessante talvez o mais interessante que surgiu e muitas pessoas trouxeram é que a gente tá falando de um modelo estatístico de probabilidade eh que reconhece padrões e se o mundo inteiro usa a mesma a gente tá falando do modelo estatístico probabilidade que conhece padrões de uma base única mediana de cultura produzida no mundo a gente não tá falando do Maá nossa de uma IA regional ou de algumas IA do Brasil desse Brasil enorme e quem levanta a questão da tecnodiversidade que eu acho muito interessante é o Yukui mesmo e ele e ele compara ele poderia comparar com uma aldeia indígena ele poderia comparar com uma comunidade ribeirinha com com culturas regionais mas ele compara com a China porque ele fala que nem com a China a concepção de tecnologia é a mesma então eu gosto muito das experiências como Marks e outras que a gente tem de de uma criação de uma IA que dialogue com a cultura com as culturas do Brasil porque isso é um isso faz parte de uma educação que olha para nós mesmos que constrói a identidade nossa identidade mas também faz parte de um jogo geopolítico que a gente tá jogando né hoje a geopolítica da IA Ana tá muito na tua área espero que você esteja preparado porque a geopolítica da IA tá na infraestrutura a gente falou pouco de infraestrutura aqui mas a geopolítica da IA hoje o jogo tá na infraestrutura essa essa eh jogada do Hadad de trazer eh oferecer subsídios para trazer eh data centers pro Brasil é genial porque no fundo é um jogo é esse é o jogo da IA hoje é menos é mais esse do que os algoritmos em si que a gente fala tanto então veja há um léxico há um universo de percepções que a gente precisa clarificar precisa clarear e clarear inclusive pra escola pra gente não falar a gente precisa falar alé concreto a gente precisa falar do que de fato é é um tema muito incipiente e ainda pouco conhecido então o que eu tô defendendo no fundo é que o pensamento crítico aqui e aí eu vou amarrar não é uma obrigação do letramento algorítmico nem da nem da educação midiática somente veja historicamente o pensamento crítico é um dever da escola como um todo é o currículo tem que dar conta do pensamento crítico em literatura em arte em tudo mas o que eu a minha percepção nesse estudo é que o pensamento crítico ele tem uma ele ele é alimentado é uma cobra comendo próprio rabo porque você precisa dele para iá mas a Iá modifica a percepção dele então obviamente paraa leitura de mundo via tecnologias digitais você tem que ter um letramento mas não vamos também cair nessa ansiedade de resolver a questão do pensamento crítico com um letramento algoritmo digital porque isso é um um trabalho ercúrio e não é nem justo eu acho que a escola tá olhando para isso como um todo como a sua como o seu objetivo desculpa se eu me alonguei não obrigada foi ótimas ótimas colocações é sempre o cronômetro ali fica todo mundo ansioso mas tá tudo bem eh queria passar a palavra agora pra Mariana eh Mari queria te ouvir um pouco em relação ao papel das políticas públicas mesmo eh para criar acho que cada vez mais um ecossistema mais favorável né para que a gente consiga eh ter esse uso da inteligência artificial aí de uma forma eh acessível né para todos os diferentes públicos alinhado aos valores democráticos também e acima de tudo também segura né obrigada Ana eh bom dia a todos é um prazer revê-los para muitos aqui eh é muito difícil estar numa mesa representando o João depois que ele sai então já peço desculpa de antemão sem nenhuma modéstia mas João Brante nosso secretário é uma pessoa que tá à frente desse tema de forma muito aguerrida eh e trabalhando por isso no governo também numa frente muito muito ampla e estratégica então eh nem que eu tentasse eu ia chegar no nível de discussão que o João traz mas trazendo um pouquinho paraa perspectiva das políticas públicas eh é um pouco o que a gente tá conversando aqui na mesa o tanto que esse ecossistema da IA ele já existe ele já traz bastante riscos e ele é pouquíssimo regulado ainda então como Alexandre trouxe né como é que a gente vai ficar aí correndo atrás disso ou achando que só a educação para isso vai ser o suficiente é a gente ter ali um trabalho de sísifo sabe de todo dia empurrar a pedra ali em cima e saber que ela vai cair e essa é uma metáfora muito difícil para nós na burocracia de entendermos que construir políticas públicas traz muito disso no processo então a gente precisa olhar pra IA né nesse ecossistema que já tá criado acho que por duas perspectivas complementares que tem sido muito que a gente trabalha na SECOM junto com o MEC desde o dia do né como eu digo dia a gente tava conhecendo a SECON no dia dois eu tava batendo na porta da Ana eh então a primeira é a perspectiva da proteção então como o João falou né em relação ao ao PL238 como é que a gente garante esse dever de cuidado por parte das plataformas a gente garante segurança transparência a não discriminação e também a rastreabilidade nesses sistemas então isso precisa vir tanto por parte das plataformas que estão desenvolvendo isso mas também por parte de quem faz esse uso dessas plataformas e também os educadores as escolas que fazem esse uso a gente entender todos os riscos que tão envolvidos então a primeira perspectiva é essa da proteção e aí quando a gente fala de políticas públicas acho que vale citar eh o guia de telas que a gente lançou junto não sei se vocês chegaram a receber já ou ainda não pronto então eh mas depois a gente pode compartilhar o QR code também que foi um trabalho desenvolvido em parceria com sete ministérios que é o guia sobre uso de telas e dispositivos por crianças e adolescentes que traz ali um arcabolso uma construção importante com embasamento científico enfim orientações em diversas áreas da saúde da educação também pra gente pensar na questão do uso das telas não só sobre a perspectiva física né porque como Gisele falou não é só mais uma tela mas também uma perspectiva crítica em relação à informação e o conteúdo que a gente tá acessando e especificamente que crianças e adolescentes estão acessando então na perspectiva da proteção esse é um documento do governo federal que é bastante orientador eh e traz como novidade essa visão transversal aí de sete áreas da explanada e no segundo na segunda perspectiva que complementa a proteção é a gente falar da questão mesmo da educação para a IA né então o Alexandre trouxe bastante disso é bom que eu não preciso falar muito mas como é que a gente promove o uso crítico e qualificado da IA então a gente tem por um lado dentro da educação então aí a gente tem proteção educação e dentro da educação como é que a gente faz o uso da IA paraa parte de gestão otimização e como é que a gente faz uma educação para o uso da SA para os estudantes e aí é nessa nessa educação para o uso da IA que a gente precisa pensar em políticas que apoiem as redes na promoção desse uso crítico e acho que a gente é muito tem sido muito feliz né nessa construção conjunta Ana primeiro quando a gente falou de conseguir eh apoiar o CN na curricularização da educação digital e mediática então a partir de agora realmente ter que construir o currículo segundo por ter vocês das redes engajados nessa missão então o fato de vocês estarem aqui vocês são parte desse processo de construção de uma política pública que coloca esse debate eh no centro e por último a gente pensar em orientações que sejam confiáveis e acessíveis paraa construção de currículo paraa construção desse pensamento na escola então a gente tem trabalhado muito nessa frente entendendo que nem sempre o tempo da política pública é o tempo da resolução dos problemas da escola que a gente precisa e enfim acho que a SEB é muito aguerrida em todas as frentes nesse sentido mas ter vocês aqui com a gente pensando nisso ter também o guia de curricularização da educação digital e mediática é um passo importante para que a gente coloque as políticas públicas a serviço da melhoria e das discussões que precisam estar nos nossos tempos na escola e para encerrar queria dizer de que eu concordo contigo a gente tem que ser muito fã do Brasil e dizer que a Finlândia também é muito fã do Brasil a gente trouxe eles para cá para conhecer o que a gente faz eles saíram levando na bagagem eh a inspiração que o IAT tá fazendo na Bahia eles conheceram as agências de notícia na escola ficaram emocionadíssimos yuri e Carla estão aqui não me deixam mentir e acho que isso também precisa ser levado por nós como o quanto que a gente constrói no Brasil é de ponta é referência e uma coisa que eles falaram que eu acho que ficou muito não sei se na cabeça da Ana também mas é às vezes os professores na Finlândia não querem desenvolver as atividades porque não tem o dispositivo tal o o programa tal e a gente viu aqui no Brasil que vocês nem precisam disso precisa enxergar a territorialidade dos alunos as necessidades e o que eles já trazem que foi o exemplo que eles viram eh numa agência de notícias no interior da Bahia então acho que a gente precisa levar isso com orgulho e pensar na construção dessas políticas a partir do que a gente já tem de bonito de poderoso e de potente obrigada eh muito interessante você trazer esse ponto da Finlândia né finlând inclusive sobre o a questão do dos de onde guardar os dados tem enfrentado um outro problema agora que eles estão com todos os dados na Finlândia e preocupados com os impactos ambientais de Exatamente de todo esse armazenamento sendo feito por lá eh Gisele acho que a gente falou Mari puxou um pouco aqui para para esse desafio dos professores né eh queria que você comentasse um pouco acho que a gente tá falando de temas muito complexos né que são cheios de especialistas aqui na casa hoje e que todos nós acho que ainda estamos aprendendo diariamente sobre isso eh então queria que você olhasse um pouco pro professor a gente vai falar mais deles também à tarde mas como que a gente consegue né abrir esse diálogo com os professores e e prepará-los para se sentir acho que um pouco mais seguros de tratar dessas questões eh dentro da sala de aula eh nada vai acontecer sem os professores mas também é bem importante a gente não colocar esse peso nas costas dos professores de vocês precisam eh eu acho que a gente tem que partir do princípio que se a gente tá falando né que a gente tá numa infância algorítmica em que a gente tá aprendendo tudo a gente tem que também considerar que essa responsabilização paralisa essa responsabilização muitas vezes pode também ter o efeito inverso pode causar um deslumbramento ai que ótimo que agora tudo é feito com clique não é né eu não eu na verdade até fico me perguntando quem foi que disse eh que os professores precisavam de alguma coisa que planejasse a aula com o clique onde foi que acharam isso quem foi falou uma eu não respondi essa pesquisa eu sou professora mas eh não respondi essa pesquisa então acho que a gente tem que pensar né eh eu eu até como eu falei veja eu sou muito reclamona né então eu falo assim eu tenho que dar exemplo de não só reclamar mas também propor então eu eu uso quando você vê um material que é meu ou que eu compartilho ou formações eu tenho uma estratégia que eu chamei de chave né c de curadoria C de capacitação C de cuidado o H de humanização nada é feito sem gente e se a gente tá lidando com gente a gente tem que olhar para tudo que envolve uma pessoa saúde por exemplo a gente fala também de ar de análise crítica então quando eu dei o exemplo do dos códigos de Sofia em que ela escreve as cartas as cartas não são só para as crianças e adolescentes as cartas são para os educadores porque se você coloca todo mundo 50 pessoas numa sala e vai falar assim: "Agora vocês vão aprender 50 prompts para aprender para salvar a educação" não vai rolar primeiro por falar de prompt o que que tá por trás do prompt quem é que tá pedindo que você escreva prompt então essa essa formação essa capta essa essa análise crítica como o Alexandre falou é a gente falar qual é o ali os quais são os bastidores dessas ferramentas dessa digitalização que tá ocorrendo o que que tá em jogo né então dizer o que que significa um algoritmo e qual o impacto que tem o que significa você falar sobre reconhecimento facial como é que isso acontece ele vê o seu rosto ou ele vê padrões que padrões são esses de onde vieram esses dados então falar sobre porque um professor seguro e aí eu falei da pedagogia da emancipação uma pessoa emancipada informada ela não teme ela se posiciona então essa análise crítica é importante v eu eu pensei muito em vigilância para dizer essa essa palavra ter um peso muito grande inclusive pro oposto é de falar com os professores educadores sobre vigie entenda e muitas vezes fale: "Olha na minha aula eu acho que isso aqui não cabe eu não preciso trazer inteligência artificial para algo que eu tô fazendo eu não preciso fazer com que os meus estudantes pintem numa tela se eu tenho um lápis de cor se eu tenho papel então essa vigilância também parte dessa emancipação dizer o que que tá acontecendo e aí eu vou dar um exemplo aqui para vocês e também pro público e aí eu queria muito fazer um uma fala de que isso não é uma crítica a quem fez porque já fez mas eu sempre trago esse exemplo porque se você não fala se você não informa se as pessoas não têm informação a gente corre um sério risco de cristalização de boas práticas que a gente não consegue consegue reverter uma delas é uma que volta e meia ela viraliza eh não sei se vocês já viram que é de uma professor educadora que ela tem um grupo de crianças seus vezes adolescentes e ela fala assim: "O que você quer quando que você quer ser quando crescer?" Primeiro a gente já tem essa pergunta aqui né eh e aí a pessoa fala: "Ah eu quero ser maquinista eu quero ser jogador de futebol eu quero ser atleta eu quero ser piloto eu quero ser médica eu quero ser engenheira eu quero ser barbeiro." E aí o que que é feito a professora educadora o educador tira uma foto dessa criança usando ya faz um salto no tempo projeta e fala: "Essa é você daqui a 10 anos" há 20 anos e aí vou vou vou falar muita gente chora porque sempre tem assim criança que fica muito feliz emocionalmente envolve por e isso causa o quê o deslumbramento que muitas vezes apaga ou cria máscaras que nos impedem de ver o que que tá em jogo então o que que tá em jogo eu vou dizer quando a gente decupar um pouquinho essa atividade o que que tá em jogo é você tirar uma foto de uma criança de um adolescente quanto ECA não permite que você faça isso a Gas na minha escola eu tenho uma autorização não você não tem uma autorização para passar a foto de uma criança ou de adolescente para terceiros porque existe uma coisa chamado eh ra que eles vão nas redes e saem raspando tudo que é essa imagem e que parece uma imagem muito inocente de um salto no tempo da dessa criança pode virar outra imagem que você não tem controle então essa é a primeira coisa que acontece a segunda coisa que acontece a gente falou muito sobre a diversidade embranquecimento de pele alisamento de cabelo desrespeito a etnias algumas crianças ficam felizes por quê porque a gente continua trabalhando no padrão do que é aceitável a gente tem que fazer examente o contrário além disso a gente tem uma coisa que eu acho que talvez seja ainda mais perigoso que é cristalização de futuros no presente como é que a gente tá aqui no auditório lotado pessoas no YouTube discutindo coisas que vão acontecer que a gente não sabe que vão acontecer em um ano em dois com a velocidade que a inteligência artificial tá tendo como é que a gente pode dizer que um piloto vai usar o mesmo uniforme as mesmas ferramentas daqui a 10 anos não tem como a gente tá desenformando essa criança a gente tá desenformando esse adolescente então como é que a gente faz com que isso não vire uma um bom exemplo uma boa prática eh recomendada por escolas secretarias pessoas responsáveis informando e dizendo quando você tira uma foto para onde essa foto vai e esse mesmo papo pode ser feito com as crianças quando você tira uma foto no joguinho e compartilha com alguém para onde a sua foto vai que caminho vai percorrer usa a imaginação e depois você traz um pouco da verdade o que pode ser feito então essa esse cuidado com os dados esse cuidado com tudo que as pessoas estão aprendendo só vai acontecer se a gente for muito direto falar simples e fazer essa formação através de uma curadoria e não jogar tudo e fala: "Agora usem esses promptes que tudo vai ficar feliz" então acho que é muito por aí é acolher né porque o dislumbo é perigoso mas a paralisação não é só perigosa mas ela adoece as pessoas vão ficam com medo de entrar em sala de aula ficam com medo de de de falar alguma coisa e errarem e o que a inteligência artificial também tá fazendo é esse apagamento do erro todo mundo tem que saber tudo e se não souber pergunta pra máquina porque a máquina vai saber eu G Santos educadora aprendiz eu não quero viver num mundo onde todo mundo sabe tudo eu quero ver ver no mundo onde eu pergunto: "Alexandre não sei me ensina né?" Também não sei então é isso acho que nessa nas formações a gente se a gente olhar com esse cuidado com essa visão holística no Instituto e Escolas Criativas né só para terminar eu a gente fez uma formação em que todo mundo foi convidado a viajar e visitar as escolas e isso me fez muito feliz porque quando alguém vai fazer né já fazer uma formação a gente espera que a gente seja até palestrante né visitando a escola e a gente foi escutante achei fantástico foi a primeira vez que me convidaram para ser escutante em escolas e eu fico muito feliz novamente falar que a escola pública brasileira é sensacional a gente tem um exemplo do Piauí que eu não me esqueço da professora explicando sobre aprendizagem de máquina é cutia ou é paca né eu acho que não lembro se eram os dois animais mas e aí fala ctia nada paca nada tem orelha pequena e isso para falar sobre aprendizagem de máquina contexto ouvindo escuta tirando medos então é isso eu acho que se eu pudesse dar uma dica conversem antes de prescrever eu vou falar isso três vezes principalmente porque não há almoço grátis tem pessoas interessadas em ditar como a gente aprende sobre a IA maravilha obrigada Gis por isso que hoje inclusive a gente vai ouvir uma professora uma estudante exatamente pra gente também aprender com elas e com as perspectivas eh de como iss tem chegado já nas escolas eh Alexandre queria passar para você eh acho que para te ouvir um pouco em relação a acho que o potencial também a importância da gente falar sobre aprendizado de inteligência artificial como uma camada muito importante hoje da formação cidadã integral dos estudantes sim sim queria só fazer a audiood desescrição que eu esqueci pode pode claro então eu sou um um homem branco de cabelo cacheado preto deve estar bagunçado eh parco e tô de terno cinza quadriculado com uma gravata azul com umas mitocôndrias aqui eu não sei o que que é isso aqui que que é isso aqui olha f são flores são margaridas florzinhas laranjas e amarelas é engraçado mas não é flor parece uma mitocôndria mesmo parece também mas olha eh Ana eh eu quero só pontuar uma coisa que acho que é interessante que eu falei e talvez não tenha me aprofundado por que que o debate público é ruim né por que que o debate público sobre a IA é ruim não falei o porquê né porque ele é muito pautado pela indústria e pelas artimanhas de marketing da indústria né ela não é pautado pelas as causas os impactos éticos reais são muito mais terrenos do que uma guerra cibernética de robô são muito mais terrenos são muito mais reais eles atingem a gente de uma maneira muito mais prosaica do que a ficção científica pode imaginar né então o debate público vai pro outro lado então eu falei do debate público porque a qualificação do debate público para mim faz parte da educação para Iá também sabe eu acho que é uma educação ao longo da vida eh qualificar esse tema na mídia é muito importante né pra gente não ficar eh ninguém é o Artur Ciclarca quer dizer o jornalista tá mais próximo do Arthur Ciclarca do que do jornalismo né tá falando de quase de ficção científica hoje em dia né eh uma outra questão que eu queria trazer é que e aí respondendo já à tua pergunta né que quero fazer um paralelo que é um pouco irresponsável mas eu acho que ajuda a gente a entender um pouco essa resposta eh que foi a televisão como uma mediação né eh eu sempre falo que 1969 foi um ano muito importante pro mundo por diversos motivos né mas teve um motivo especial que foi um ano que a televisão foi levada a sério pela educação por conta do Vila Sésamo né o Vila Sésamo foi o primeiro programa de televisão que um educador olhou a TV e falou: "Olha ela serve para alguma coisa né?" Mas antes do Vila César a TV tava lá e e todo aquele olhar frankfurtiano era jogá-la era defenestrá-la era jogá-la pela janelã não servia para nada com o tempo a gente pôde e teve que entender a televisão como linguagem como uma presença de produção de cultura na nossa vida e ela era uma mediação também então nesse momento ah o tipo de educação que a gente precisa ter para IA é um pouco essa também de perceber a IA como uma formadora de opinião que tem eu falei que é responsável porque a mediação da TV e a mediação do algoritmo são muito diferentes e aí que mora a questão né a a gente tá falando com um objeto no caso do algoritmo a gente tá falando com um objeto que é desenvolvido por homens mas que por pelo ser humano mas que se retroalimenta de dados quer dizer tem uma série de questões mas eu não a gente não pode negar que a IA é fruto da é uma evolução da técnica humana ela tá nessa linha e evolutiva né inclusive o McLur naquele livro meio a mensagem fala que não há nada mais humano do que a técnica então é nesse sentido que eu acho que tem humanidade na IA porque não tem nada mais humano do que a IA e é um espelho narcísico nosso é um espelho narcísico da nossa ambição ao mínimo né e nesse sentido eh pensando em potencial e e impactos éticos eu acho que a balança desce das políticas públicas até a sala de aula nessa mesma equação a gente tá mitigando potencial a gente tá a gente tá tentando enxergar e valorizar potencial hã inovação e e e vantagem no uso da IA com o impacto negativo e ético sobretudo na garantia de direitos no caso falando de criança e adolescente é um impacto direto na garantia de direitos e aí vai esbarrar numa série de questões que a gente viu dados é uma delas e aí a gente vai entrar na questão de dados quer dizer dialoga com uma série de leis que já tão aí LGPD eh tá tudo conectado né o que eu enxergo é que nem é o que eu disse nenhum professor precisa ser formado para ser um engenheiro de prompt e nenhum aluno precisa sair da escola como engenheiro de promp mas ele precisa saber utilizar entender o que é utilizar pro seu fazer seja generativa ou qualquer que seja de uma maneira que agregue por exemplo quem nunca mexeu na Iá e começa a mexer a primeira coisa que presta atenção é nas limitações é ou não é porque são modelos muito limitados ainda o nosso olhar tá lá na frente quando ela melhorar mas hoje é um modelo muito limitado com pouca curácia com pouquíssima curácia então esse tipo de percepção para mim é o tipo de equilíbrio eh como no ensino superior já tá sendo muito discutido isso por exemplo no uso da IAG para indexação que na verdade é ótima paraa indexação mas não para te resumir um autor muito provavelmente né então esse tipo de percepção é o jogo que a gente tem que ter quando a gente pensa num currículo de A e propõe esse tipo de formação é um existem já currículos né a gente vai descendo de uma proposição de uma matriz de uma referência e e e vai descendo até propriamente um currículo que você pode criar ou um elemento curricular que eu acho que é um eu gosto disso elementos curriculares que estão presentes em muitas disciplinas que podem trabalhar porque ela tange todas eh né eh toca em todas as disciplinas e nesse documento que eu achei super interessante da UNESCO ele coloca três eh três graus de avanço de conhecimento que a gente pode ter e eu achei isso super interessante porque dependendo da idade dependendo do interesse do professor ele pode avançar ou não então el coloca básico intermediário e avançado como habilidades que cada professor pode ter para cada etapa dessa e achei isso importante porque às vezes é uma vocação daquela unidade daquela escola daquele professor em desenvolver ele ele tem que ter essa liberdade e tem que ter eh estrutura para avançar naquilo mas de repente não é aquilo ele pode ficar agora abaixo do básico não dá né acho que essa é a questão abaixo do básico não dá eh por fim eh a grande questão que se coloca aqui nessa ah que eu queria colocar é o seguinte a gente tá falando de um elemento que é do que faz parte a gente tá falando do ciclo escolar da educação básica é um seminário sobre educação básica mas e eh para mim é é a é a evidência mais explícita de que a gente não pode esquecer do aprendizado ao longo da vida e e tentar pensar como a escola prepara para o aprendizado ao longo vida porque esse tema envelheceu na semana seguinte que você se formou no ensino médio então se você não tiver desenvolvido competências de aprender a aprender por exemplo que eu acho que é uma chave central nisso a gente aprender a aprender eh e seguir essa trilha paraa vida pós escolarização periga ser inóp inooco em dois meses né então aí tem uma pergunta que acho que é super difícil de fazer e a gente não sei o quanto que a gente tá preparado para responder é até que ponto a escola prepara pro aprendizado para além dela para além do ciclo dela que é o que todo mundo aqui tá fazendo a gente tá aprendendo nesse momento aqui né o caso da inteligência artificial na sua pergunta específica para mim encaixa muito ana só a última coisinha que eu queria falar é o seguinte eh quando a gente pensa eh na transformação que a IA vai causar nos ciclos de ensino a gente não eu eu temo sempre aquela questão de você ter ansiedade de avançar para além do seu tempo a transformação o impacto vai ser enorme mas a gente não precisa pensar nisso agora se a gente tá preparado pro hoje a gente tá preparado para amanhã né acho que preparar estar preparado para hoje significa estar preparado sempre eu acho que cabe a nós cercarmos o que é mais importante agora e o que a gente precisa dar conta agora neste momento dentro desse vasto universo de impactos que aí atrás e e e cada dia pensar nisso o que nos cabe hoje porque isso gera uma ansiedade e uma sensação de incompetência muito grande se a gente fica tentando enxergar o impacto que isso vai ter então é importante um olhar pro agora parece contraditório fala de fala de futuro mas acho que o olhar pro agora é muito importante baseado em dado em pesquisas muito obrigada Alexandre obrigado gente esse nosso tema é muito interessante eh acho que a gente poderia se alugar muito mais aqui nessa conversa que foi ótima com os nossos eh três panelistas mas infelizmente precisamos seguir aqui com a nossa programação mas a gente vai ficar até amanhã falando sobre isso eh então queria agradecer demais Gisele Alexandre a Mari por estarem aqui com a gente acho que é só o começo dessas nossas discussões ainda temos vamos conhecer agora né os referenciais e da UNESCO que o Alexandre foi mencionando ao longo da fala dele então acho que agora todo mundo vai eh conseguir acompanhar mais até do que que ele tá falando aqui então queria agradecer novamente e passar aí a palavra pro nosso cerimonialista obrigada gente obrigada agradecemos os participantes pelas ricas contribuições ao debate e agora desface o painel um peço que por favor ocupem seus lugares no auditório mas você Ana permanece aqui com a gente na frente sem muitas delongas vamos agora para o painel dois referenciais globais de habilidades digitais para professores e estudantes o qual também marcará o lançamento das versões em língua portuguesa dos marcos de competências e inteligência artificial da UNESCO para estudantes e professores na educação básica ana Dalfabro vai participar deste painel junto com o senhor Israel Batista membro do Conselho Nacional de Educação que por enquanto pode permanecer no seu lugar no auditório farei só a apresentação do mini currículo dele israel Batista é membro do Conselho Nacional de Educação e foi relator da resolução CNE número 02 de 2025 que estabelece diretrizes para o uso pedagógico de dispositivos digitais nos espaços escolares e para a integração curricular da educação digital e mediática atualmente é relator da comissão bicameral do CNE que trata de estudos sobre a utilização da inteligência artificial na educação ex-deputado federal foi o relator da política nacional de educação digital na Câmara dos Deputados é cientista político pela Universidade de Brasília mestre em políticas públicas e governo pela Fundação Getúlio Vargas e atua como consultor em políticas públicas educacionais o senhor Israel e a Ana eles vão debater vão comentar a fala apresentada do senor Feng Shun Miau líder em inteligência artificial e futuros da educação da UNESCO o Dr feng Shung Miau é o responsável pela área de inteligência artificial e futuros da educação na sede da UNESCO onde atua como referência há mais de 14 anos também possui o título acadêmico de professor em inteligência artificial na educação pela Universidade Normal de Pequim é o idealizador e organizador da principal conferência anual da UNESCO sobre educação digital a Digital Learning Week que coordena a 12 anos consecutivos foi responsável por lançar o programa da UNESCO em inteligência artificial na educação coordenando quatro edições do Fórum Internacional sobre IA e educação e a publicação do Consenso de Pequim sobre IA na educação liderou a elaboração de liderou a elaboração de mais de 30 relatórios relevantes da UNESCO sobre aprendizagem digital e IA na educação incluindo o referencial de competências em IA para professores o referencial de competências em IA para estudantes as diretrizes sobre IA generativa na educação e pesquisa e o documento IA e educação diretrizes para formuladores de políticas ao longo dos anos liderou oficinas de formação voltadas a mais de 2.000 formuladores de políticas de cerca de 80 países contribuindo de forma significativa para o desenvolvimento de capacidades em IA na educação em nível global ana agora é contigo obrigada eh pessoal acho que a gente mencionou agora né na fala Rebeca já falou na abertura eh Alexandre já trouxe um pouco na fala os referenciais que foram lançados eh em setembro do ano passado durante a Digital Learning Week eh da UNESCO a respeito de inteligência artificial na educação né tanto um referencial olhando para as competências dos estudantes quanto dos professores a gente fez o convite pro Feng Miauco que a gente esteve recentemente no evento da UNESCO também para que ele viesse presencialmente né vinha inicialmente mas acabou não sendo possível eh mas ele enfim vai fazer uma fala agora virtualmente aqui pra gente para apresentar esses referenciais que são muito interessantes e acho que vão nos ajudar muito também ao longo né do resto da nossa programação da gente ter essa discussão eh a partir desses referenciais do que que a gente pode também aprender e refletir aqui eh pro cenário brasileiro então acho que sem mais delongas queria pedir pro pessoal colocar já o o vídeo com a palestra dele obrigada distinguished participants it's my honor being with you and speak at this seminar during this very important seminar for the use of AI in education in Brazil I would like to present a few points and what we have been doing from UNESCO from 2019 we have been watching and review the global trs of the use of AI education every year we publish reports or frameworks or guidance almost every year since 2019 you can see only at 2020 during the COVID-19 crisis we stopped the publication so during all these publications we have producing the top downloaded publication in the field of AI education in all UNESCO's publications to currently number one number two number three are all from us and you can see that we have made available our publication in Portug language and a thanks to the support from our colleagues in the UNESCO office who are present at this seminar my big thanks to my colleagues and with this I would like to see that even we have many many argument and debate around the use of Eucation so to me the call of AI and education is the emergence of teacher student AI triangular pedagogical relationship before in the pedagogical relationship we have two actors who have certain level of agency this is teachers agency and student agency now AI is kind of technology we this is human design to imitate human's behavior and thinking so it's become a kind of human like actor with certain level of agency that is coming into the pedagogical relationship and now it's constituting the kind of teacher student AI triangular pedagogical relationship has very profound impact on our teaching learning and assessment to me the effects of the AI for education for teaching for learning for assessment to me is more less is a spearover effect of our human AI competency and from this triangular relationship we need to look all these reactors from both positive and negative effects for example from AI now from the negative perspective it become a kind of invisible and ubicates new infrastructure of our society ai is proving our data critusly no matter you are using AI or not AI is using your data and the symtom from the positive side we need to ensure that we will have foundational AI platforms and models at the same time we need to develop specialized AI tours including specialized AI tours for education in Brazil and for students the negative impact is that AI is now undermining student agency and according to the latest research AI is also undermining students critical thinking and their development of creativity at the same time we need to think of how we can ensure that student all the student will develop human AI collaborative skills that are needed by their teaching by their learning by their life and by their future jobs and for the long run we need to consider what kind of AI society citizens we want to foster globally and also in each country including in Brazil for teacher first of all AI is also threatening teachers agency but also teacher AI is threatening teachers right to their job because some of the commercial company are designing AI tours with aim to substitute the teachers so first of all we need to protect the teachers right and then we need to gradually define teachers renew the rule in this triangular pedagogical relationship at the same time to dynamically redefining teachers competency they need to deal with this relationship and also for teaching and for faciliting the student learning and we need to continuously define teachers competency and supporting them to develop this competency we are not living alone we are all living in different civilization ai also has impact on our civilization so the negative impact of AI on civilization is that the AI from the dominant civilization is colonizing the minority civilization for this we need to think how we can protect human and cultural diversity and the same time based on this we consider how we can use AI to facilitate the humans art creativity based on this we need to have a kind of review on the global state of AI and education intercourse to me AI is far from sufficient maturity because I think that currently AI lack of SE foundation AI we don't have the SE foundation AI model and we are lack of specialized AI tours including for education we are lack of skill for users skill meaning that AI skill for teachers and students but also the AI coordinator AI supporters at schools and at different institutions we also lack of social contract for the human AI interaction to me again I want to see that AI for education largely is the spear over effect of the AI humans AI competency and if we don't have this human AI competency we only are promoting administry orders or commercially driven hypes around AI for education we will go to a kind of antieducational direction which is a wrong direction if we are talking about the two ways of interaction between AI and education AI for education and education for AI so far for me the impact of AI for education has not been approved but the effect of education for AI which means education is a rule in solidifying AI competency and its longterm impact have been verified i use the example from China from China in China in 2004 China started to adopt the ICT curriculum standard for grade 10 to 12 which is the upper secondary schools and behind this ICT curriculum standard there are subject called AI artificial intelligence I was behind this AI curriculum standard and after which means starting from 2004 China already adopted AI as one of the subject is a kind of required subject for students in China that's why you know this student they received the education on AI and they went on to go to the university some of them went to the university to learn AI and then they become the developers of the coeam behind the AI innovation like the deep seek because the co developer team of the deep seek of China more than 90% almost 100% of them are from China they're not from the western country and if you check back age when they were in schools they received the education on AI based on this AI and all ICT curriculum I would behind this and after that in 2017 the upgrade that then curriculum the extended the subject from one plus 5 now become 2 plus 6 and plus more subject or courses and in 2021 the further validified validated this AI curriculum First for the grade 10 to 12 for the primary and law secondary at 2022 China adopted national information science and technology curriculum standard for gren 1 to9 you can see that from 6 years old grade one they started to learn ICT including some knowledge and skill related to AI for example in grade one two they started to learn and security in grade 3 to4 the learn data and coding and you can see the crossip in 2004 the Chinese government adopt a new policy they would like to further promote AI education for all primary and secondary school students start from 2025 the policy was adopted in 2024 and it will be implemented in 2025 so at that time my question is that how they can viral the AI domains and AI content across different grid levels from grid one to grid 12 because how they can restructure them now we had a answer just a half months ago in Beijing released this guidelines for K2 of AI curriculum and this is the curriculum structure I summarized and I translated into English you can see that from grade the adopted four aspects which are very very similar to AI competitive frameworks for student of UNESCO i will introduce later you can see that it's almost equivalent of UNESCO's four aspects and the navigate different skills and knowledge from grade one until grade 10 and 12 and based on this four aspects grade one and two a little bit simplified knowledge and grade 3 to four started to to introduce complex concept and there's a continued continuity of the same kind of conceptual knowledge and skills but at the same time they started to learn more higher and deeper knowledge skill knowledge skills and values you can see up to grade 7 to e to teach student about data algorithm and computing and 10 to 12 you can see that are talking about more AI innovation and similar to our AI companies framework for student of UNESCO they are also introduced AI system design but this one covered 12 grades so we can see that the content mucher than UNESC air companies framework for students so here is the the policy that they want all the students starting from six years old to learn AI until the secondary school here is only the one examples from China from Beijing about the guidelines for AI curricular so the question is to you need to take action and not only that actually in in China starting in 2018 further reinforce the AI in high education because the AI in high education also started from more than 20 years ago in China in 2009 18 they reinforce this one up to now there's more than 100 universities more than 200 universities that offering more than 100 A+ X majors on AI in China and based on this basic education and high education China G some success that's why I'm I'm seeing that the rules of education for AI is has been verified because in 2021 based on almost 20 years of efforts China become the top top country absolute top country in terms of provision of the AI talent of the world china is producing around 70 47% of AI talent of the world the US is only contributing 18% of the AI talent of the world based on this so let's go back to the AI and education based on our policy guidelines we recommend that all the countries need to regulate AIC and validate AI tours for education is the first step is the top priority and the second stop second priority is to promote not only the use of inclusive AI for education but also to deve AI tours for education and then use of AI to promote inclusion in education under them the third top priority is to build AI competency for teachers and student and then to consider use AI for student center pedagogy the global only 20 countries have kind of regulations on AI think is one of this 20 very fortunately and only five country reported that they have policies on national programs on inclusive AI for I did not remember Brazil were among these five countries And for AI companies for teachers and student only seven country have kind of had a kind of national AI program for teachers when we conducted the only 15 countries have the public AI curriculum for student I think were not amount 7 and 15 countries and we all know that AI had been used in in teaching and learning but to me most of the commercial AI tours is a kind of artificial only intelligent pedagogy we need to think how we can put student in the cent aient so with this let's move from China to Brazil what China has done you know if you see the for the the laws regulations on AI that's a kind of summary not exhaustive summary of the regulations China had developed I think really need to accelerate the development of AI regulation And then we we also need to further improve the inclusivity of use of AI education and develop AI competence for student and teachers here is example from China again on the AI companies framework for teachers and students also have even have the provincial level uh frameworks and the use of AI for pedagogy and for BR I want to see that BR need to develop its own AI solutions not only purely relying on the foreign AI trol the the AI platform developed by western countries and secondly I know that is implementing a strategy for connective schools maybe also need to think of the the enabling learning environment on the use of AI in your schools and you need to further improve the inclusivity of the AI tools and the use of AI for inclusion in education at the same time need to develop its own systematic AI competies framework for student and teachers not only depending on the the computer competency or digital competency but You really really need to think how to develop a unique AI companies both student and teachers and also to think of the student pedagogy on the use of AI and its longterm impact so let's have a quick look at UNESCO's AI companies framework for teachers and for student for the AI companies framework for teachers we would like to promote a kind of approach towards the right based autonomous use of AI education which means we need to protect teachers right first and to under them to help them to have a kind of ability to make autonomous judgment on when and how to use AI and then if possible they can self relign in terms of using AI which means they have basic years in operating and design AI environment and then for this AI contest room for teachers we adopted five aspects first of all we highlight the human centured the mindset which means we would like to teach and help teachers to make selfindependent evaluation on the properess of the use of AI for education whether the use of AI will threaten human agency how they can ensure the human accountability when they are choosing and using AI in teaching learning and also assessment and what kind of social responsibility teacher need to develop in the AI era and the second how what kind of principles teacher need to understand but not only understand but also to practice in their daily life but also in their teaching and also in the facilitation of learning which means we summarize from hundreds of principle we summarize six very essential principles for our teachers to understand and then to teach them how to make safe and responsible use of AI but also to ensure their students safe and the responsible use of AI and if possible the teacher should become co-creator of ESCO rules in their classroom and in groups and we summarize some transferable and adaptive AI foundational knowledge and skills to help them to navigate this complex AI world and of course the the call part of the AI companies room for teacher is to try to teach and support teachers on how to make integration between AI and pedagogical principle and also their subject starting from AI assistant teaching and AI pedagogy integration until to challenge and also support teacher to think to have a critical thinking on whether AI will transform pedagogy yes or no why if yes what kind of pedagogical transformation we can expect from their local context from their subject and for their students and also we have aspects on AI for professional development we take teach teachers professional development learning we help teachers to think how they can use AI to support their lifelong learning a lifelong professional learning and also how to have peer coaching institutional learning and also support professional transformation we try to summarize different layers of guiding principles for the teachers development AI competency we summarize many principles into different layers but by the end we want to promote a kind of new social contract for human AI interaction you can see that all the principles you can where we place them including how to debunk AI hypes and understand AI thread and inclusivity and also uh uphold the teacher's right also adjust the teacher's duties and even the environmental friendly AI so you can find the different principles here and we are not only stopping from the you know very abstract AI competencies but we try to connect them with the scenario and provide very very detailed guidance through a specification of the AI companies framework for for teachers so which is two way first of all if you are a planning planner of the AI training program for teachers you can start from here how to have a kind of definition of AI competency how to define the training groups and to select the training methodology and then how to define teachers ability and their performance and then how to expect teachers the change of teachers behavior if you are from implementation level or from school level you can start from this end we have the very detailed specification and for the AI competency framework for student I think it's more relevant to today's seminar and job we are promoting a little bit longer term region we try to prepare responsible and creative AI citizen because we believe that if we are moving into a AI area we need to think what kind of AI citizens we want to foster and for this we need to understand the fundamental implications of AI for our society we start from platous allegory we call allegory of platous allegory of is used to depct the living system of that error but I think very relevant to AI because in this fire is more like algorithm or AI methods project the data they are collecting from us and on the screen the producing some outputs or response from chat GVT or from the other AI platform we are insed here with the standard answer we upload we could offload our cognitive process to AI platform and we also have a lot of social problem behind AI platform for example there's AI workers they are underpaid they are also enslaved colonized by the AI companies and our education always telling our student you need go out to the real world learn from the real world through your observation from your experiment and from your logical reasoning but the problem is that 2000 3000 years ago we can learn from the real world from the pure real world now the real world is being polluted by AI so our very fundamental question when we develop AI companies framework for students is that what sort of AI competency can really free us so which means the real word in the upcoming AI era is not a word waiting for us it's not perfect word waiting for us it's a word to imagine and to build behind the upcoming a era is the tension between human centralism and machine centralism so we ask these two fundamental questions when we develop this companies framework what sort of human society do we want to build same question to you what thought of human society do you want to build in Brazil in the AI era secondly what sort of human competency do we need to prepare for this desired human society in the AI area so we came up with this AF roomwork for student there one less aspects for students human central mindset AI AI techniques and application but the difficulty level is higher because we expect that the country set up AI as a subject in primary and secondary school to teach them which means the student will have dedicated learning we hope that more 50 hours even 70 hours to learn AI so the level of difficulty should be higher than student than teachers and then we add AI system and we landed them for different student for example this level the understand level is AI literacy for all the citizen not only for student we hope that all the student could reach this level and then if one country like you set up AI subject we hope that when the student graduate from low secondary school or upper secondary school this should be the exit mastery levels for all the students you should use this level to plan the examination for your student if the student have stronger interest or stronger talent in this field they can take this level as extended learning outcome the l outcome for the elective curriculum This is the the air companies frok for students once again we have a very detail specification for the curriculum planner or developers like you to consider and we you start from the up from top to down level which means how you can defend the AI competency to the learning objectives even the curriculum goals and then to have a kind of recommendation on the teaching methodology or learning methodology under the creation of the enabling environment based on even the unplug learning settings and also to think of the potential of open source AI tours of course you you do need some AI tours even some commercial AI platform but consider sometimes the necessity of unplug the landing settings and also open source AI tools based on this we recommend very concrete strategies for developer AI competency or AI framework for student or we are curriculum for student we encourage that the country need to be develop interdisciplinary co AI curriculum but also a cluster AI curriculum because student cannot learn AI very well without solid knowledge foundation in mathematics in science in engineering even now in the language and art so we we need to have understand interaction between AI curricular and other subject areas and then we need to systematically think how we can build enabling and well functioning AI curriculum starting from what kind of enable environment we should build unplug solution digital devices AI applications AI programming software open source and hardware and then there's many many AI domains deeper learning machine learning and reinforce learning what kind of AI domain you want to cover and when you want to cover when you what you want to start from and then help student move to where and then the with with what kind of AI domains and AI knowledge you need to consider the future proving AI domains but also locally feible AI domains at the carryer of the AI curriculum as I said earlier how to spiral different content across different greater levels is a challenge for all the country including Brazil but we promote that including in Brazil we need to consider the professionalization of AI teachers we cannot ask a language teacher to teach AI we cannot even ask mathematics teacher to teach AI if you are reaching high level at the same time to consider what kind of pedagogy pedagogical methodology will be appropriate to the learning and practice of a little bit advanced AI skills and knowledge so we are promoting a kind of cohot based pedagogical activity the last point is that we also need to consider to develop a compet based assessment on students AI skills knowledge and their values and I want to end to see that I have a very high expectation about Brazio i'm looking forward to reading the following outcomes from Brazil based on this seminar and beyond this seminar i want to see Brazil AI companies framework for teachers Brazil AI competities framework for students beyond that you should also have Brazil guidelines for AI curriculum and also probably if you want you can have a bril guidance for the use of AI in your teaching your learning and assessment of your student with this I want to conclude my presentation thank you for your invitation again thank you for your time and for your attention here is my LinkedIn account if you want to continue to have to communicate or discuss with me please add my Linked account thank you very much e agora para comentar essa fala do Dr feng Chun Miau convidamos a Ana e o senhor Israel Batista membro do Conselho Nacional de Educação ambos já foram apresentados renovamos as boas-vindas a vocês inicialmente passo a palavra à Ana Dalfabro obrigada obrigada conselheiro por voltar aqui pra mesa para nossa conversa eh e gente conselheiro Israel hoje que ele falou na fala dele mas vem acompanhando já há bastante tempo esse tema da educação digital e vem sendo um parceiro muito grande aí do Ministério da Educação pra gente conseguir avançar juntos nessas discussões sobre educação digital sobre inteligência artificial né muito nessa perspectiva desse papel super importante aí de regulação por parte do conselho né de coordenação de todos esses temas eh por parte do Ministério da Educação esse ano inclusive eh conselheiro Israel que foi o relator das diretrizes operacionais de educação digital e mediática que foram aprovadas agora em fevereiro né publicadas comecinho de março que tem sido uma referência tão importante para orientar orientar o trabalho das nossas escolas aí a respeito desses temas de de educação digital e mediática e o conselheiro Israel também que vem puxando eh no por parte da da Câmara de Educação Básica do CNE essas discussões sobre inteligência eh artificial na educação por esse convite aqui pra gente fazer essa reflexão aqui juntos sobre como a gente recebe né esses referenciais esses frameworks eh da UNESCO né que criados aí num contexto eh dessa visão global e o que que disso né a gente pode trazer aqui pro Brasil pensar né no momento que a gente tá no que a gente precisa construir eh aqui dentro então queria pedir para você comentar um pouquinho também sobre o que como têm sido essas discussões lá no Conselho Nacional de Educação bem Ana eh bom dia novamente é esse tema é fascinante é um tema que nos desafia e no conselho nós temos tido um papel eh cauteloso e nós estamos no momento de profunda escuta ah primeiro comentando um pouco a fala do Dr en Chum eh nós percebemos que a China fez uma opção por fazer um mergulho trazer como disciplina definir claramente dentro de um projeto nacional dentro de um projeto de desenvolvimento nacional e eles têm clareza sobre o que eles querem os resultados econômicos e sociais chineses não são à toa é uma sociedade que tomou uma decisão sobre os seus rumos né sobre onde ela quer chegar e portanto eles tiveram condições de estabelecer um currículo que é orientador que diz o que que eu quero que o meu estudante saiba sobre esse assunto não é e nós do conselho ainda temos uma discussão sobre se devemos nas diretrizes curriculares nacionais ser orientadores né se a gente deve dar exemplos que cheguem lá pros professores na ponta existe um debate sobre isso quer dizer não é fácil porque nós ainda não definimos qual é o nosso projeto nacional né então isso dificulta muito quer dizer eu acabei de fazer eh a relatoria dos itinerários formativos de aprofundamento do ensino médio eh nós emitimos diretrizes nós defendíamos eh a publicação de guia de que essas diretrizes fossem mais claras paraa ponta não é mas nós tivemos uma queda de braço um debate e no final tivemos que chegar a uma solução intermediária ana quer dizer nós não faríamos diretrizes orientativas nós deixaríamos para fazer um guia posterior o MEC faria esse guia e mesmo na hora de fazer o guia os exemplos foram retirados por quê porque é um debate nós não temos certeza se é importante mandar um exemplo pra professora Dona Terezinha que dá aula pro Enzo lá no interior do Maranhão nós não temos certeza né então isso dificulta um pouco o trabalho do CNE no sentido de que a gente pisa em ovos né a gente percebe que a China já tomou uma decisão a gente vai orientar claramente porque dentro do nosso projeto de desenvolvimento nacional isso vai ser exigido mas a gente não sabe muito bem qual o nosso projeto nacional ainda né de qualquer forma o CNE já traz aí algumas preocupações primeiro com a formação docente e eu vejo que agora nós estamos tomando algumas providências que deveriam ter sido tomadas muito antes mas estamos no momento do Brasil né a gente só garantiu educação como um direito na Constituição de 88 então é agora mesmo não vamos lamentar porque estamos fazendo tarde ou cedo não tem que fazer agora porque a hora é agora né e agora é hora de acabar com a farra da formação docente à distância pronto estamos fazendo o que tem que ser feito com coragem enfrentando todos os interesses que se contrapuserem com argumentos né estamos preocupados com a a formação básica por isso temos uma comissão bicameral né como é que nós vamos tratar a formação docente e como é e o que que a gente quer na educação básica e hoje a gente não pode querer muito na educação básica porque nós vamos ter que passar pela etapa da formação docente então é esse é o ponto que nós estamos o que que a gente tem que fazer a partir deste ponto em que estamos a gente também tá preocupado com uma regulação que compreenda a dimensão do impacto dessa tecnologia de propósito geral mas isso também ainda precisa de um nivelamento dentro do conselho porque para alguns não é uma tecnologia de propósito geral ela é ferramental meramente não compreenderam não é assim mesmo estamos em fase de nivelamento de informações né o que é uma tecnologia de propósito geral o que que significa isso pra nossa forma cotidiana de viver é eletricidade ela mudou a nossa forma de namorar será que as pessoas não entenderam o que é uma tecnologia de propósito geral ela muda a nossa forma de amar a hora de dormir como a gente trabalha quantos turnos vão ser é esse o tamanho do desafio né eh e a gente busca fazer aí um debate que tem algumas premissas né a primeira é respeito aos direitos humanos distribuição justa de benefícios né porque a gente não pode simplesmente aprofundar o abismo da desigualdade educacional do Brasil a gente precisa que a inteligência artificial diminua esse abismo né ela é tão incrível ela ela ela nos permite tantas coisas né nos permite tantos avanços na medicina em tantas áreas por que não vai permitir que nós diminuamos o tamanho do abismo UNESCO por quê nós queremos que isso aconteça a gente também quer respeito à LGPD porque a gente viu o que foi na pandemia as plataformas capturaram dados de crianças essa foi a verdade ninguém parou para reparar nisso né bem então eu tô falando demais né Ana daqui a pouco ela me dá um chute na canela bem nós também estamos eh focados na questão da mediação humana com protagonismo docente né e dado o nível de formação docente que nós temos nós queremos que o professor seja valorizado mesmo que ele não tenha as aptidões para lidar com esse ferramental porque ainda assim a experiência da professora idosa que alfabetiza há 30 anos é muito valiosa e nós não vamos descartar essa experiência então ela continua tendo protagonismo centralidade né nós vamos buscar eh diretrizes que respeitem essa ética que respeite uma ciência da aprendizagem que fortaleça o professor mas nós não vamos nos furtar ao debate de que o professor se tornará sim menos importante do que ele é hoje se não houver uma transformação que entenda o tamanho dessa mudança que nós estamos vivendo então vai ter que ter transformação nós vamos continuar valorizando a diversidade desses saberes docentes né mas nós vamos incentivar essa transformação sim porque o principal ponto de transformação e aí eu coloco que a inteligência artificial se relaciona com todo esse boom tecnológico dos últimos anos ligados à hiperconectividade né a principal transformação que nós estamos encarando é a de um professor enciclopédico para um professor curador porque nesse nessa maré de informações disponíveis a resposta deixa de ser tão importante a pergunta ganha centralidade né e aí o professor curador o professor que consegue né pensar dentre as informações aquela que será útil valiosa e construtiva pro seu estudante ele ganha valor né o fato é que no estágio atual os meus alunos do terceiro ano do ensino médio não sabem diferenciar uma matéria jornalística de um artigo de opinião e nem mesmo de uma peça de publicidade e a gente quer que ele enfrente a IAP né essa é a verdade por isso a gente tá dando tanto foco paraa educação midiática né educação midiática é essencial nós não estamos mais diante da velha fake news agora a gente tá diante de notícias que são construídas com fragmentos de verdade né olha o caso da venda de urânio do Brasil pro Irã gente olha que belíssima peça né ela pegava fragmentos de verdade e construía uma informação totalmente falsa mas que você poderia defendê-la com vasta argumentação os navios pararam no Rio de Janeiro 2024 sumiram 16 g do do negó do do urânio não é o Irã tá num numa corrida atômica nuclear quer dizer você tinha peças fragmentos de verdade né que permitiam a construção de uma notícia fantasiosa e deliciosa porque teoria da conspiração é uma delícia não é e aí o professor de história tá preparado para ensinar sobre isso pro estudante porque isso também é ensinar para lidar com esse mundo de IA né de hiperconexão de super informação né será que ele tá preparado só esqueceram que as 16 g eram divididas em duas ampolas em forma gasosa que se alguém quebrasse e cheirasse ainda assim não se contaminaria quer dizer você tá vendo você pega várias verdades e omite as principais verdades para construir uma notícia falsa quando a gente fala de trazer a IA pra escola trazer a a a as telas pra escola trazer a internet pra escola a gente tá falando disso também quer dizer às vezes parece tão complicado vamos ensinar como funciona os algoritmos e a pessoa fica desesperada não vamos ensinar como identificar uma peça de desinformação bem construída não é vamos fazer clube de checagem de fatos nas escolas isso é preparar para esse universo né vamos fazer clube de jornalismo vamos entender por que eu preciso valorizar mais um relatório da Universidade de Oxford que tem 33 prêmios Nobel do que um áudio de de WhatsApp de alguém se dizendo médico do Albert Einstein eu preciso dizer isso na escola eu como professor de jovens a vida inteira eu vou dizer uma coisa para vocês e quem for professor de jovens aqui me desminta se eu estiver falando a mentira ele não faz inferência porque inferência depende de maturidade o adolescente não infério você tem que dizer o óbvio tem que dizer quem já enfrentou sala de aula sabe o que eu estou falando tem que dizer diga com todas as letras ele não vai inferir aí com o tempo sim eu pego os alunos mais velhos eles já fazem a inferência gente 14 16 anos não faz ou você diz para ele ou ele não entende o bas você tem que dizer parece para você parece claro só que você tem 40 anos de idade para ele não é claro tá entendendo é isso não é claro não adianta né esses dias eu peguei o Enzo no pulo né o Enzo tá com 13 anos ele ele entregou um trabalho a professora me ligou eu fui professor da professora dele ela me ligou e aí eu fui para cima dele né e ele olhou para mim encheu o peito e falou com raiva né ninguém pediu para eu pensar só falaram para eu entregar o trabalho copiado no chat e PT é isso a gente tá lidando com isso né bem então nós queremos com essas diretrizes garantir segurança pro estudante equidade inclusão né que são tudo que tá norteando a gestão atual no do MEC e que eu como membro do conselho concordo com isso né a gente vai precisar evitar a pasteorização do saber sabe tem diversidade regional que não pode ser suplantada né eu preciso saber qual é o viés goiano da coisa qual é o pernambucano e o cearense né eu preciso porque isso é isso é riqueza que eu não vou abrir mão isso é muito rico né a gente precisa garantir também infraestrutura a gente precisa nessas diretrizes orientar sobre a capacitação permanente dos professores e eu vou dizer algo que tenho conversado com o conselheiro Celso Nisquier que tá responsável pela regulação de ensino superior porque é uma câmara b é uma comissão bicameral é superior e básica eu sou da básica né de educação básica que é a modéstia regulatória também dá pra gente fazer uma regulação para algo que está florescendo né porque senão eu posso destruir a primavera eu preciso deixar florescer então essa regulação tem que ser modesta para que ela também não impeça o Brasil de ter a sua própria desenvolvermos aqui né tem tem esse debate acho que o professor eh Alexandre professor Alexandre falou sobre o debate que a União Europeia tá revendo muito do que fez tá pensativa e é justo que esteja né é isso enxugando porque ela teme ficar para trás num ambiente que a China tá fazendo isso aqui né então ela tá com esse temor a gente vai ter que preparar as redes também para fazer esse uso crítico né da inteligência artificial na nas suas escolas a gente tem uma preocupação sobre a soberania tecnológica né a gente tem que ter autonomia para desenvolver as nossas soluções aqui também então a regulação modesta também é para isso é para deixar as coisas crescerem né ah a gente não pode com as diretrizes do Conselho Nacional com as decisões que o Congresso está prestes a tomar também né lá tá tendo um debate acalorado sobre isso né eh aumentar essa concentração de poder tecnológico e impedir o Brasil de entrar em campo né o Brasil é um país que entrou tardiamente no sistema capitalista entrou para cumprir uma função de de oferecer commodities pro mundo né mas não quer dizer que a gente tenha que se contentar com essa posição para sempre a gente não precisa se contentar a gente eu eu vejo que às vezes a gente olha pro desenvolvimento de outros países entre os 10 né do mundo em termos de PIB e parece que a gente a gente está entre os 10 né a gente eh eh tá com uma série de vantagens econômicas mas a gente ainda olha pro mundo como espectador né e e nós temos essa preocupação em fazer diretrizes que considerem o Brasil não como um mero espectador dessa corrida de inteligência artificial mas como um país que eventualmente pode vir a participar e trazer uma contribuição né então eh essa essa dependência tecnológica também tá sendo colocada em questão e aí tem a questão também que é uma preocupação imensa da minha parte do Celson Nisquier e da presidente Mônica Sapucaia que é a necessidade da gente garantir diversidade epistêmica sabe Ana porque eh o Brasil se insere no mundo como alguém um país que tinha algo a dizer justamente por ser uma civilização formada de dessa maneira tão diversa né então desde aquele daquela visão eh eh romântica sobre a nossa missigenação foi o nosso primeiro passo devemos lembrar para romper com aquela síndrome de viralata que eventualmente parece que não rompemos né pelo menos alguns não mas desde aquele momento né lá Gilberto Freire ainda trazendo a visão romântica mas foi um passo importante naquele momento que nos permitiria chegar até onde estamos hoje né mas de lá para cá se tem algo que se confirmou é que o Brasil em termos civilizatórios só significa alguma coisa pro mundo porque ele é feito da maneira que é missigenado né eh diverso multireligioso multicultural isso aqui é um caldeirão né e aí de repente a gente se omite de jogar esse caldo nessa panela de jeito nenhum esse caldo tem que tá nessa discussão né esse Brasil essa civilização brasileira precisa trazer a sua contribuição para esse debate e aí a gente traz essa diversidade epistêmica a UNESCO foi muito clara né muito claro ao dizer que é preciso considerar essa diversidade cultural e linguística na hora de desenvolver e a na educação né e para fechar falei muito amiga e e para fechar ah tem que esgotar e eu tô olhando para ela eh para fechar eh eu quero convidar para uma radicalização da escuta nesse momento né conversei com o conselheiro Celson Nisquê no fim da semana passada e falei: "Celso o principal desse processo de formulação de diretrizes não serão as próprias diretrizes mas vai ser a nossa caminhada essa caminhada vai permitir que a gente junte pessoas reúna os especialistas né traga pro debate o chão da escola e isso vai fazer com que esse debate realmente seja rico então a sociedade orgân eh a sociedade civil tem que participar os órgãos públicos os estados os municípios os conselhos os cientistas né porque lá na frente quando a gente trouxer diretrizes a gente vai conseguir apresentá-las no exato ponto em que a gente consiga garantir essa justiça social essa equidade né e ao mesmo tempo a gente consiga garantir que o Brasil seja um terreno fértil pro desenvolvimento de novas tecnologias porque a gente quer jogar esse jogo é isso gente obrigado muito obrigada conselheiro desculpa o controle do tempo porque estamos estou só eu agora entre vocês e o almoço então sei que todos com fome posi tão difícil mas prometo ser breve eh gente acho que queríamos só agradecer acho que a UNESCO pela pelo compartilhamento hoje né eh pelo Fengchun desses referenciais que eu acho que chegam num momento super importante paraa gente aqui no Brasil em relação ao momento que a gente tá dessas discussões né no próprio conselho internamente no MEC eh no Brasil né o Ministério da Educação tem buscado tratar desse tema da inserção das tecnologias de uma forma geral eh com responsabilidade né com intencionalidade pedagógica dentro de sala de aula e a gente vem fazendo isso através da Estratégia Nacional de Escolas Conectadas que veio com essa visão da gente conseguir educar com tecnologia para inclusão e cidadania digital e eu acho que esses são os dois as duas vertentes que t orientado todo esse trabalho do que a gente tá falando de educação digital de uma forma geral e agora nessa perspectiva também da inteligência artificial então a gente quer incluir os nossos estudantes né nesse mundo hoje que é absolutamente perpassado pelas tecnologias pela inteligência artificial mas de uma forma também que a gente faça isso com de forma crítica né com esse olhar da cidadania digital e com a equidade né e a secretária Cátia sempre traz essa na fala dela essa importância da gente não deixar ninguém para trás e não criar um modelo um planejamento para educação eh que seja né o modelo que vai funcionar na cidade de São Paulo apenas assim a gente tem que olhar pro nosso Brasil por isso que a gente tá aqui hoje eh com representantes das secretarias eh de educação de todos os estados eh participando dessas discussões com a gente né então esse tema chegado na discussão da conectividade que a secretária mencionou né do do uso equilibrado das tecnologias a gente tem olhado também paraa parte de recursos educacionais digitais da formação de professores da necessidade da gente rever repensar os currículos das nossas escolas então a gente tem trabalhado em todas essas dimensões e nesse tema da IA queria destacar acho que a importância da gente ter uma discussão de fato que olhe principalmente aí acho que para quatro aspectos né então primeiro a gente precisa pensar quais são essas competências que a gente quer desenvolver agora nos nossos estudantes né então com todas essas preocupações tudo que a gente conversou agora de manhã em relação eh a esse atravessamento da IA na vida dos nossos estudantes o que que é mais importante né acho que Fengchun traz muito na fala dele a importância eh da gente aprender sobre a antes de qualquer coisa né antes de utilizar desenfriadamente a gente entender o que que a gente tá usando né eh então acho que esse é um tema importante da gente pensar eh esse aprendizado dos estudantes né acho que é mais do que eh criar né ótimos formuladores aí de promptes a gente precisa que os nossos estudantes entendam com o que que eles estão lidando né e acho que isso é absolutamente importante quando a gente discute essa dimensão né do que que a gente precisa por onde começar a discutir isso eh dentro de sala de aula então o nosso primeiro painel da tarde vai ser um pouco sobre isso né quais são essas competências aí que a gente precisa desenvolver nos estudantes como pensar eh o currículo a gente já tem hoje um currículo né na base nacional junto com a BNCC Computação eh e com as diretrizes aprovadas esse ano pelo CNE que dão as bases para muito do que a gente precisa na verdade eh desenvolver de IA também na escola mas a gente sabe que a inteligência artificial é uma tecnologia absolutamente né revolucionária assim uma mudança de patamar e que ela exige sim também um olhar específico e por isso acho que a necessidade da gente falar em novos referenciais para além do que a gente tem hoje porque tem muita especificidade que precisa né ser refletida e pensada também aí eh pro currículo das nossas escolas acho que a matriz da UNESCO traz eh uma linha muito interessante para ser pensada mas a gente precisa aterriçar isso aqui né na nossa realidade no Brasil e ver do que disso que a gente quer e precisa o que mais que a gente precisa ter né acho que tem professores aqui que tô vendo Christian ali que traz muita necessidade de se olhar também paraa sustentabilidade né e há para para um planeta mais sustentável que é uma coisa muito forte no Brasil então como a gente traz também aqui né o que que é muito nosso eh para dentro dessa discussão do que precisa chegar nas escolas né precisamos olhar pros professores trazê-los para perto né tantos desafios novos eh acho que também muito importante torná-los cada vez mais protagonistas acho que é muito importante a gente entender que a tecnologia na escola ela não vem para dominar todo o tempo da escola nem inteligência artificial acho cada vez mais importante a gente lembrar que a gente tem que ensinar com tecnologia e sem tecnologia não esquecer a importância né de tudo que é feito hoje na escola de forma completamente desplugada e como a gente consegue fazer eh colocar o professor nesse papel de protagonista de saber a hora em que sim né tem que trazer a os nossos estudantes têm que saber utilizar essas ferramentas e que hora que a gente tem que estar desenvolvendo aí outras competências eh tão importantes então acho que o fortalecimento do papel do professor como esse mediador né e e esse condutor aí dessas aprendizagens dentro da escola a gente vai falar também um painel só sobre eh só sobre os professores inclusive com uma professora aqui presente para conversar com a gente acho que um outro elemento muito importante a gente olhar para essas plataformas todas eh educacionais que t chegado já com essas ferramentas de a eh embutidas muitas vezes imperceptíveis inclusive e eu acho que a gente precisa muito refletir e lembrar tudo que a gente aprendeu né dentro do setor de educação sobre ciência da aprendizagem né em que medida que certa forma algumas ferramentas de a trazem a gente pro foco muito nos resultados e a gente sabe a importância dos do processo de aprendizagem do estudante então como a gente pensa essas novas plataformas com o IA nessa perspectiva do que a gente já sabe né sobre a forma como a gente aprende então como a gente consegue ser mais crítico em relação a todas essas ferramentas que já t chegado nas escolas né então esse é um outro tema também eh importante da gente falar aqui no nosso evento e e tá aí temos também aí Priscila Flora que estão com a gente para discutir isso amanhã e um outro aspecto da gente aproveitar todos os benefícios da EA na gestão das nossas políticas de educação né e na importância aí da gente eh também potencializar usar todos os dados que a gente tem dos nossos estudantes a favor aí de uma política educacional eh melhor mais eh mais avançada acho que são essas as discussões que a gente queria trazer aqui né ao longo desses dois dias pra gente construir essa visão conjunta nacional aqui eh de dos caminhos que a gente precisa encontrar para seguir em relação a esse tema esse não é o primeiro passo do MEC acho que em relação ao tema da EA né a gente tá abrindo aqui a discussão mais amplamente mas a gente já vem formando os professores das secretarias eh os gestores da secretarias de educação na nossa especialização de educação digital com o Iala lançamos vários cursos novamec já sobre esse tema referencial de saber digitais docentes também já traz isso dentro das competências mas a gente tem marcos importantes ainda pela frente né a gente vai falar também eh do curso que a gente tá desenvolvendo junto com a UNESCO eh para professores que busca ser esse referencial para nortear muito do que a gente eh quer construir né de de A na educação básica no Brasil e esses referenciais que já vem que a gente vem falando aqui que exatamente pra gente ampliar e conseguir aí chegar a ter mais clareza mais confiança né para trabalhar a inteligência artificial dentro das nossas escolas não vou falar mais para não estender aqui e e atrapalhar o andamento do nosso evento mas acho que só para deixar um recado que é né ainda temos muitas discussões aí pela frente eh mas acho que é importante trazer um pouco né do do que que é esse norte que que é a visão eh do que o ministério vem fazendo aí a respeito do tema então queria agradecer muito de novo conselheiro Israel eh por estar aqui junto com a gente não só hoje mas sempre eh e convidá-los todos então pro nosso almoço encerrar aqui essa nossa mesa pra gente poder continuar os nossos debates da tarde muito obrigada gente então conforme a Ana falou faremos agora o intervalo de 55 minutos para o almoço que será servido no rall de entrada a gente volta às 14:30 bom almoço a todas e todos parabéns seu olhar เฮ Oh oh oh oh เฮ เฮ เฮ เฮ เฮ เฮ เ เฮ He เฮ He เฮ โ เฮ เฮ เฮ เฮ เ เฮ เฮ M เฮ เฮ Oh oh oh เฮ เฮ เฮ เฮ เฮ เฮ เฮ เฮ ا โ oh Oh desejamos uma boa tarde a todas as pessoas que muito nos honram com suas presenças renovamos as boas-vindas a cada um e cada uma de vocês estendemos nossos cumprimentos ao público que nos prestigia por meio da tela do seu celular tablet computador dos mais diversos lugares do nosso Brasil pelo canal oficial do MEC no YouTube é uma honra tê-los conosco seja aí por meio da telinha ou aqui no auditório do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira o INEP antes de darmos início aos painéis da tarde gostaria de informar que dentro da sacola ecológica do evento que vocês receberam há um folder com QR code para o acesso digital às publicações lançadas pela UNESCO para as pessoas que estão aí online o acesso às publicações é por meio da biblioteca digital da Unesd Unesdoc o endereço é unesdoc.unesco.org repetindo unesdoc.unesco.org daremos início agora ao nosso painel três com o tema inteligência artificial aprendizagem e currículo promovendo as habilidades digitais dos estudantes para moderar este painel nós convidamos Anita Stefanie diretora de apoio à gestão educacional do MEC torres superintendente da Secretaria de Educação do Piauí rodrigo Torres é secretário adjunto na Secretaria de Estado da Educação do Piauí possui mestrado e bacharelado em relações internacionais pela Universidade de Brasília foi secretário nacional de promoção dos direitos da criança e do adolescente e presidente do CONANDA na INAP Escola Nacional de Administração Pública atuou como diretor de educação executiva como chefe de gabinete e como coordenador geral de especialização durante esse período recebeu o prêmio Public Service Team of the Year 2021 pela Epolitical na categoria Community Innovators pelo programa Liderando para o desenvolvimento convidamos agora Paula Menezes coordenadora geral e coordenadora do GT plataformização GT Plataformização da Educação Observatório e do Oi edueste e do Teste é isso mesmo ela é professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro doutora em sociologia e antropologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro com pós-doutorado na França e Unicamp coordena o Observatório das Tecnologias EIA na Educação consultora do Ministério da Educação e ex-professora do Colégio Pedro I convidamos agora Graziela Castelo coordenadora de estudos setoriais do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação graziela é cientista social e pesquisador há 24 anos coordena os estudos setoriais e métodos qualitativos do CETIC.br Departamento do Núcleo de Informação e Coordenaçãod.br br foi diretora administrativa do Cebrap entre 2017 e 2022 onde atuava também como pesquisadora e coordenadora do núcleo de desenvolvimento entre 2010 e 2015 foi gerente sênior da Ipsus Public Affairs Brasil entre 2001 e 2010 foi pesquisadora do Cebrap pesquisadora visitante do Institute of Development Studies na University of Sussex brington Inglaterra em 2004 e em 2008 convidamos agora Sâmia Pinheiro Lopes sâmia Pinheiro Lopes 15 anos é estudante do 9o ano da Escola Estadual Marechal Cordeiro de Farias em Belém do Pará medalhista da OBMEP 34º lugar do Brasil na Olimpíada Nacional de Inteligência Artificial em 2025 premiada no Bora Estudar do governo do estado do Pará em 2024 atua em projetos da área de inteligência artificial no Centro de Inovação e Sustentabilidade da Educação Básica e atualmente participa do Programa de Iniciação Científica Júnior PIC Júnior do CNPq na área de matemática sejam muito bem-vindas bem-vindo moderadora Anita a palavra é sua obrigada eh boa tarde novamente a todos e a todas eh agradecer aos que permanecem aqui conosco espero que tenham eh conseguido absorver tudo que a gente aprendeu na primeira parte né na agora nos painéis da manhã e agora a gente vai começar alguns painéis cada vez mais trazendo paraa aplicabilidade da educação básica a questão da inteligência artificial e para nos ajudar nessa missão eu tô aqui com esse painel né que já foi apresentado e a gente vai ter eh três apresentações e depois uma conversa tá bom então Rodrigo vamos começar com você eh sabemos que o Piauí já oferta paraos seus estudantes uma disciplina de inteligência artificial de forma obrigatória no currículo do ensino médio e também no nono ano do ensino fundamental das redes da das escolas da rede estadual você poderia contar pra gente como foi o processo de de decisão de incluir IA e por IA no currículo eh como que ela foi pensada e como que tá sendo a experiência até agora tem um passador gente o passador de slide tá aqui com a gente mas pode ir começando eu acho obrigado 1 hora não esse é o total da mesa o total da mesa é 1 hora:30 pode vontar já tava animado tem que segurar aí já tava animado que eu tinha 1 hora:30 aqui ó aparecendo boa tarde gente eh todo mundo tava aqui pela manhã né tomar a liberdade aqui de de levantar eh se puderem já podem colocar no aqui no na tela eh eu tô com com essa missão né de apresentar o nosso a nossa experiência mas junto comigo a gente como eu falei de manhã tem a superintendente aqui de ensino a Viviane Faria que eu esquecer Viviane você vai falando né vai me corrigindo ramon e toda a equipe eh de pesquisadores que também nos apoiaram professora Rosa Cristian Cristiano eh então vocês também vão me sinalizando aí se eu esquecer coisas importantes eu só queria começar acho que para entender como a gente chegou na IAN e te responder eu vou passar rapidamente sobre o que que é o projeto da educação do Piauí hoje porque não tem como dissociar uma coisa da outra né a gente tem um projeto que é muito ambicioso eu brinquei pela manhã da megalomania mas não deixa de ser uma megalomania positiva né e aí quando junta o Piauiense com gaúcho aí que fica né nesse projeto do IA aí que fica grande mesmo a megalomania mas eh é muito importante que a gente entenda de onde vem essa esse conceito da proposta de educação que a gente tá implementando nós temos hoje estabelecido pelo governador um plano de desenvolvimento de longo prazo que prevê ações para 30 anos do estado e a principal ação desse estado da dessa dessa dessas diretrizes tá relacionado justamente ao que eles chamam de super choque educacional e tecnológico é o primeiro item dessas é a primeira diretriz desse plano de desenvolvimento que também tem estabilidade eh institucional e fiscal abertura econômica com a participação do Estado mas o primeiro é esse super choque educacional e tecnológico o que quer dizer isso é uma intervenção rápida robusta na educação para melhorar rapidamente a educação e vinculando a educação com tecnologia que é o que a gente acredita ou seja em termos de conceito é isso que a gente tá eh trabalhando né e obviamente que se traduza como primeiro lugar do IDEB eh é o nosso a nossa meta final digamos assim em termos de mensuração de desempenho mas que para chegar lá e conseguir fazer uma oferta compatível com o que a gente ambiciona e deseja a gente usou como estratégia a escola de tempo integral que é condição e aí por isso Primeira Megalomania Piauí o primeiro e único estado do Brasil a ter 100% suas escolas de ensino médio em tempo integral se isso não fosse viável se isso não fosse possível a gente não conseguiria implementar no currículo a disciplina de inteligência artificial obrigatória pro ensino médio porque não haveria espaço de tempo mesmo no currículo né a gente tem muitos desafios enquanto país acho que o professor Israel trouxe aqui de manhã eh a gente também tem muitos desafios ainda eh no no letramento básico interpretação de texto conhecimentos básicos de matemática mas não tem como resolver um para para esperar e resolver o outro a gente tem que fazer tudo ao mesmo tempo e a gente precisa focar as duas coisas no currículo e o tempo integral nos permite isso não só mais horas mas um currículo moderno que se integre com a realidade do mundo hoje essa aqui é a nossa expansão de tempo integral hoje a gente já universalizou agora esse ano 2025 então até esse número tá errado a gente já tá com 82.000 matrículas de tempo integral 224 ã municípios com oferta e 512 escolas né essa nossa eh nossa situação foi o maior crescimento entre 2022 e 24 já estamos com 78% das matrículas de tempo integral isso é muito positivo ah Rodrigo então é muito fácil não não é muito fácil realmente foi uma coisa tá sendo algo desafiador porque exige toda um ajuste de infraestrutura um ajuste de currículo ampliação dos investimentos em alimentação transporte etc mas eh é o que o estado tá está considerando como condição para o seu desenvolvimento essa conversão pro tempo integral e aí junto com o tempo integral vem também a oferta do ensino técnico baseado principalmente em tecnologia então esse é o nosso foco ah em termos de ensino técnico nós apostamos em especial nas áreas tecnológicas eh técnicos desenvolvimento de sistemas marketing digital programação de jogos informática para internet são os cursos que nós usamos como referencial por que que a gente escolheu eles além de ter essa essa percepção de que o investimento em tecnologia vai gerar mais oportunidade pros nossos alunos o curso técnico com tecnologia só depende de uma grande estrutura que é o laboratório de informática então diferente de um curso de mecânica de de eletrotécnica um curso de energias renováveis mais complexos que a gente também tem o principal ferramental é o laboratório de informática que é algo mais acessível em termos de investimento na infraestrutura ou seja mais uma vez o projeto se tornando viável a gente também é o primeiro lugar segunda megalomania em percentual de de matrículas de EPT tanto geral quanto percentualmente na na eh na no ensino médio então 52.4% isso dados do ano passado ainda da nossa rede eh de ensino médio tem curso é integrado com curso técnico isso também é importante para gerar esse ecossistema de né de de debate da tecnologia e já passamos a Alemanha terceira megalomania com eh com os dados com as matrículas de EPT integrada ao ensino médio tá eh aqui é um pouco da estrutura que a gente tem mas eu não quero perder muito tempo com isso quero passar a gente falou da condicionalidade da conectividade né como um dos dos pontos principais e a gente só tinha 12% eh das escolas com ã laboratórios de inform que é de informática né isso com laboratórios de informática quando a gente assumiu acho que esse essa legenda aqui acho que tá confusa eh e hoje a gente tem 80% das escolas com laboratórios de informática então esses 2 anos e meio que a gente tá frente do governo a gente investiu muito na estruturação eh porque era condição para esse projeto que a gente tinha além da do percentual de escolas com o padrão mínimo de conectividade que é 1 mega por aluno no no maior turno e associada a isso várias ações de gestão como a criação de escritório de projetos laboratório de dados a matrícula 100% digital laboratório de inovação são alguns ações que a gente tá tá fazendo eh que a gente também trouxe por que que eu que eu trouxe isso aqui porque a gente entende que a IA ela ela pode ser usada de várias formas hoje nós vamos focar aqui para falar da IA como conteúdo pedagógico para ensino dos conteúdo que os alunos têm em sala de aula né como conteúdo como objeto de ensino mas a IA também é importante como recurso pedagógico pros professores e ela também é importante como forma de aperfeiçoar a gestão da política educacional então quando a gente lançou por exemplo o Laboratório de Dados Educacionais há duas semanas a gente teve a participação aqui do MEC tanto da CEGAP quanto da SEB eh o que nós estamos explorando é como é que eu retroalimento meu processo de aprendizagem a partir dos dados educacionais como é que eu olho para os resultados das avaliações para que eu possa retroalimentar e melhorar a minha o meu processo de ensino e aprendizagem dentro de sala de aula do mesmo jeito como é que eu uso isso como recurso pedagógico pros professores mas o que a gente vai falar hoje é basicamente do da utilização da IA eh como uma disciplina obrigatória no ensino médio aqui só alguns nossos programas tá além da IA a gente tem também empreendedorismo para todo o ensino médio uma parceria com MIT o Ceducaton que é um racatom de competição de tecnologia que também envolve a IA o uso da robótica que também se conecta com a IA e plataforma de ensino de inglês que também faz uso da IA eh para o aprendizado do aluno então ou seja são vários aspectos de uso da IA também como elemento de de ensino na decisão da oferta da disciplina ela veio por parte do governador Anita respondendo tua pergunta eh e por observar que essa é uma tendência global a gente eh não tem hoje como não discutir inteligência artificial e a gente acredita que os nossos alunos têm condição de fazer essa discussão de alto nível ainda que haja muitas muitos muitos desafios no processo de aprendizagem de elementos básicos muitas vezes a a gente tá atacando esses elementos de forma muito rápida e eu acredito que o processo de aprendizagem acho que é esse nosso conceito ele é múltiplo ele tem várias facetas então o menino ele pode estar fraco na matemática enquanto ele tá aprendendo matemática ele já tá craque na programação por mais que sejam conhecimentos correlatos e ao mesmo tempo ele ainda não ter ele ter dificuldade de interpretação de texto mas ele já tá entendendo a lógica da IA ou seja você consegue fazer um processo de aprendizagem que eh explora as múltiplas valências que ele tem hoje nós temos já começamos a partir de 2024 120.000 estudantes que significa todo o 9o ano primeira segunda e terceira série do ensino médio e para isso a gente tinha que definir a capacitação dos professores nós buscamos a professora Rosa Vicari que é cátedra UNESCO né professora eh por conta das diretrizes que tinham sido criadas eh e a gente fez um um longo debate sobre como fazer essa implementação e para essa implementação funcionar a gente tinha alguns eh requisitos digamos assim nós fizemos um debate se a gente ia fazer um ensino de totalmente offline ou se ia ter também um ensino online a gente quer que seja online mas a gente sabe que em alguns momentos a gente tem algumas barreiras algumas restrições então ele também tem elementos offline mas é centrado no conhecimento online então esse foi um dos debates que a gente que a gente travou no começo para essa definição e além de trazer os pesquisadores das instituições de referência hoje lá no Rio Grande do Sul nós também trouxemos ao debate o Google que era um outro parceiro importante que a gente precisava envolver então eh trouxemos o Google Bigtecch e aqui a gente não desconsidera a importância de ter as bigtechs junto com a gente pelo contrário a gente faz o debate com eles porque se a gente não fizer com eles eles vão fazer pela gente então isso é muito importante e no Piauí hoje nós temos a Secretaria de Inteligência Artificial foi a primeira secretaria de IA criada no Brasil mais uma megalomania eh e essa secretaria ela tem feito os debates com a BigTech mas ela fez uma outra opção do governador de criar uma inteligência artificial totalmente em português a partir dos dados do governo do estado do Piauí é é uma inteligência artificial que foi lançada no mês passado se chama soberania o próprio governo do estado está investindo recursos nisso porque a gente acredita que a gente pode conduzir esse processo em especial quando ele se trata quando ele trata de dados de governo né e aqui a gente já tem envolvido os outros eh atores além das universidades do Rio Grande do Sul também universidades do estado do Piauí a Universidade Federal e o IFP eh constituição de ensino superior eh e também a própria Secretaria de Inteligência Artificial eu sei que o meu tempo acabou mas eu queria passar um videozinho seu tempo acabou isso mesmo eu queria passar um videozinho eu não vou passar ele todo que foi a uma reportagem que saiu no Globo Reporter sobre o ensino de A nas escolas tá lá do Piauí eh se puder dar o dar o play aí já colocar a gente vai passar só um pedacinho para vocês entenderem na prática como vem funcionando eu falo mais um né uma coisa no final e já já encerro a inteligência artificial abre caminhos e chega ao sertão do Piauí com uma lição de sobrevivência de que maneira a Catinga te ajuda a ensinar inteligência artificial ela me inspira de várias formas principalmente a partir desse contexto de resiliência né de atravessar longos períodos de seca e conseguir se adaptar às necessidades do ambiente né um cacto por exemplo modificar uma folha para perder menos água para o ambiente né isso é algo fantástico né eu vim para dar aula de biologia né e aí quando eu cheguei na escola surgiu essa oportunidade de trabalhar com aulas de inteligência artificial né que no início foi um desafio amanda é professora em Guaribas cidade com pouco mais de 4.500 habitantes bom dia bom dia animados para nossa aula de hoje sim 2024 a IA se tornou disciplina obrigatória para mais de 120.000 alunos do ensino médio e do último ano do fundamental na rede estadual do Piauí a escola tem um laboratório de informática que é super concorrido não tem computador para todos os alunos da mesma turma ao mesmo tempo é preciso revesar mas isso não é problema por aqui os professores também ensinam inteligência artificial de um jeito desconectado numa sala de aula comum era possível eh a gente trabalhar com o que a gente tinha cartolina canetas coloridas tesoura e cartelas de animais eh e esses animais são típicos do nosso bioma Cinga cada grupo escolhe um animal da cartela o reconhecimento das semelhanças ou dos padrões leva a resposta certa no caso ao animal escolhido a cia é terrestre e ela é um roedor e aí pode cair também no prea porque a IA ela vai ser com base nos dados que a gente vai impor nela e o prea também é um roedor também é um é terrestre e aí a gente tava aqui discutindo qual característica que vai diferenciar eles dois e aí tem um aqui o prea que a cultia sabe natar e o prea não sabe e a árvore de decisão vai decidir qual animal a gente tá falando de acordo com as características que a gente colocou isso aqui é um mapa mental que a gente vai fazer na prática né construindo um algoritmo algoritmo tá bom gente acho que pode pausar aí para não ficar muito longo uma sequência vocês querem ver tudo tá bom ô Anita aí na culpa minha passo a passo como numa receita de bolo para explicar vamos voltar lá pra natureza os moradores da Catinga conhecem bem essa árvore que é considerada sagrada por muita gente obuzeiro é fonte de alimento e até mesmo de água que fica armazenada nas raízes principalmente nos tempos de seca mas essa estrutura com tronco galhos e muitos raminhos também serve para ensinar como funciona a inteligência artificial aliás em programação existe até um algoritmo muito famoso chamado árvore de decisão é como se a gente fizesse uma pergunta e a resposta fosse uma dessas folhinhas para chegar até ela teríamos que escolher então decidir seguir pelos galhos corretos a inteligência artificial é capaz de traçar e memorizar esse caminho a árvore de decisão ela vai ser o algoritmo para uma machine learning né uma priedade macro depois das aulas que a gente começou a ter sobre RA eh minha mente abriu um pouco sobre esse desse conteúdo né um despertar para o mundo em transformação bom dia bom dia tudo bem tudo bom vamos está pronta vocês aceitam cafezinho eu aceito um cafezinho a casa dela fica no distrito de Cajoeiro a 30 km da escola em Guaribas na nossa cidade né que é onde fica a minha escola é uma hora é uma hora né que a gente gasta por isso que você tem que sair tão cedo então sim esse longo caminho tem um destino já traçado pela estudante de 17 anos tava pesquisando tentando formar o protótipo de um aplicativo aí a gente pensou nessa possibilidade de conectar eh agricultores da região muito bacana você acha que a tecnologia pode ajudar aqui a tua comunidade sim com certeza principalmente no que diz respeito à economia e também na alimentação saudável é com essa certeza que Nizelma faz esse trajeto todos os dias no poeirão da Catinga em tempo de seca mas na cabeça da jovem prestes a entrar no mercado de trabalho ainda há muitas dúvidas várias profissões elas já se decaíram né e outras novas profissões estão surgindo e por isso a gente deve estar sempre buscando estar eh em nivelamento com essa tecnologia não acho que as máquinas elas vão me substituir por exemplo como professora porque é uma profissão que você tem que ter dom elas estão ali como uma ferramenta para auxiliar e não para substituir o meu trabalho para que que você tá usando a inteligência artificial ah só tenta fazer uma prova aqui eu sempre oriento ó é legal você fazer a correção de de algum texto sempre oriento também ter cuidado com os promptes que são os comandos que eles colocam lá então se ele faz uma pesquisa eh mais específica quanto mais ele detalhar o comando mais satisfatório mais precisa ser a resposta que ele vai ter então a professora do interior do Piauí ela dá conta e dá show aprendendo IA só precisa ter a oportunidade de aprender por isso a gente criou toda a estrutura para fazer a formação eh padronizada dos professores então os professores todos recebem um plano de aula né padronizado com os mesmos conteúdos com a sequência que vai ser ofertada e são professores das mais diversas áreas professores de biologia de matemática de educação física eh de de língua portuguesa que tem aptidão e interesse em trabalhar com a IA eh e a partir disso junto com esse conjunto de programas que a gente falou para vocês eh vão surgindo várias ideias de projetos iniciativas dos alunos que vão eh apresentando soluções a problemas que eles vivenciam no dia a dia no mês passado a gente teve o Ceducaton que é um racatom a gente tem 9.000 alunos que participam boa parte dos aprendizados que eles tiveram com ou com o desenvolvimento do sistema se torna projetos para solucionar problemas das suas comunidades das suas escolas e os 130 melhores alunos foram selecionados eles estão indo para seis países diferentes para aprofundar conhecimentos em IA tecnologia e programação então é realmente um processo que a gente tá vendo de transformação de uma rede para uma mentalidade digital e entendendo a Iá como oportunidade para esses alunos eh em qualquer área do conhecimento que eles queiram trabalhar mais à frente seja atuar no mercado de trabalho seja na vida acadêmica seja no seu desenvolvimento como cidadão eu tinha umas lições aprendidas que vou deixar pro final tá é isso obrigada muito inspiradora a experiência mesmo do Piauí depois eu tenho algumas perguntas eh do modelo inclusive eh da formação do desses professores mas agora eu vou passar para pra Paula eh professora Paula eh a gente queria que você trouxesse a partir da criação do observatório né o que que é o observatório eh e como foi né na partir dessa reunião de diversos pesquisadores para refletir os impactos das tecnologias digitais e da IA como um todo educação eh quais foram eh vocês encontraram os principais aspectos eh que precisam ser considerados na implementação e de políticas públicas educacionais que contemplem eh sistemas baseados em a principalmente no que tange esses temas de aprendizagem dos estudantes né alô oi boa tarde obrigada Anita eh bom meu nome é Paula Menezes eu sou professora agora da Faculdade de Educação da FRJ tem que fazer audiodescrição né esqueci é gente ó vamos lá por parte sou uma mulher parda cabelo escuro eh curto tô usando óculos e uma blusa listrada eh então sou professora da UFRJ agora na Faculdade de Educação mas trabalhei eh muitos anos até eh poucas semanas atrás como professora da educação básica no colégio Pedro II né é uma instituição federal lá no no Rio de Janeiro que tem vários camp né eh e antes de responder Anita primeiro eu queria agradecer o convite de estar aqui parabenizar muito pelo evento Anita Ana toda a equipe da Ana que eu conheço muito bem Marina Larissa Cláudia eh Guilherme Ana Caroline enfim todo mundo que tá envolvido com com esse trabalho que tá aqui por trás né às vezes a gente como na IA a gente não vê o trabalho que está por trás né de todo toda essa montagem que acontece aqui eh e vou falar eh trazer algumas pílulas de reflexão porque a gente tem pouco tempo aqui então a ideia é mais provocar algumas reflexões aqui pra gente continuar esse debate o observatório eu preparei uma apresentação aqui um pouco ambiciosa eu não vou ter tempo de detalhar tudo mas como a apresentação depois vai ficar disponível para vocês então eu decidi botar referências e tudo que aí depois vocês também ficam com com acesso a esses materiais né eh será que a gente pode isso obrigada e eu vou passar aqui eu eu vou falar de duas coisas sobre evidências que a gente tem levantado sobre uso de IA na educação e sobre essa reflexão entre IA e educação e vou dar alguns exemplos sobre ética como a gente tem trabalhado esse tema da ética que é muito recente até quando a gente fala de de a educação e que vem eh de fato sendo evidenciados até nos frameworks nos marcos referenciais eh tanto da OCDE quanto da UNESCO né como uma dimensão que vem ganhando cada vez mais importância tá quando a gente fala de de a educação o então rapidamente o observatório a gente é uma rede né de professores e pesquisadores muitos são professores do ensino médio que estão fazendo mestrado doutorado né e a gente tá enfim eh levantando uma série de de eh enfim dados e evidências no nosso site já tem alguns materiais disponibilizados mas a gente também tem eh tá construindo um banco de evidências que que a ideia é servir né para quem pesquisa educação para quem tá trabalhando com educação na educação mas também pesquisadores eh onde a gente procura justamente ter uma leitura assim mais histórica do que que essas evidências estão informando como todo mundo já mencionou aqui é muito difícil de acompanhar porque a explosão do tema o hype do tema também faz com que as abordagens sejam muito diferentes as metodologias eu vou comentar sobre isso daqui a pouco eh mas eu queria começar então eh com essa evidência que essas evidências que eu tirei do de algumas pesquisas da OCDE que enfim circularam nas mídias circularam eh também entre os pesquisadores a primeira delas é um estudo sobre na verdade o impacto da IA no mercado de trabalho a gente ai mas educação né mas olha que interessante o eles se identificam né que o o que se o mais se espera hoje do mercado de trabalho com pessoas que vêm trabalhando né cada vez mais nós temos trabalhado com IA eh seja generativa seja preditiva né eh o que mais se exige né o que mais se procura é colaboração capacidade de colaborar em equipe e originalidade no uso eh e na escrita nessas ferramentas e paradoxalmente e o as últimas evidências assim vocês devem ter ouvido falar né do de um estudo do MIT que saiu que mostra justamente que durante a aprendizagem quando a gente usa inteligência artificial são esses os aspectos que mais são prejudicados né a colaboração a originalidade e a criatividade então paradoxalmente são qualidades habilidades mais exigidas né porém com o uso da IA num processo de aprendizagem há muitas evidências que tem hoje principalmente a partir do de 2024 tem indicado que há definitivamente uma queda de criatividade e originalidade eh e retenção também memória com o uso da inteligência artificial na aprendizagem então temos aí um paradoxo com o qual a gente tem que lidar e outras duas evidências de um estudo que saiu no ano no ano passado da OCDE também eh em que o Brasil né isso foi bastante noticiado na mídia e o Brasil foi eh nessa pesquisa assim global ele foi colocado como eh um dos países que né os nossos jovens principalmente têm uma opinião positiva sobre o impacto da IA nas suas vidas porém é e eh no Brasil também é classificado né como um daqueles que tem mais dificuldade de identificar conteúdo falso distinguir conteúdo falso de conteúdo verdadeiro entre aspas né se aí com a IA isso se potencializa né eh então eh por por que que essas evidências são interessantes porque enfim aqui tem um banco uma série de bancos de evidências internacionais eu queria destacar esse da Stanford que é o mais interessante que tem um repositário que inclusive você pode selecionar por idade enfim tipo de uso da IA são repositários de eh de estudos sobre isso né sobre essas evidências eh a gente também tá tentando criar algumas fichas eh eh para facilitar a leitura dessas evidências né como tá ali um mapeamento também de que já tá alguns dados já estão no site de como essas IAs têm sido usadas no mundo da educação é a gente fez levantamento também sobre eh projetos de de PL e projetos de lei que citam educação inteligência artificial mas eu queria chamar a atenção paraa interpretação também dessas evidências né eh embora as evidências científicas sejam importantíssimas na nas decisões públicas eh a análise também passa não apenas por olhar e interpretar essas evidências mas também por valores e princípios que a gente tem que eleger que vão orientar esse nosso olhar para as evidências né porque de fato as evidências não são neutras não falam por si só e a gente tem notado eh enfim eh por conta de metodologias diferenciadas resultados diferenciados quando se fala de IA e aprendizagem né o boom de estudos do ano passado para cá tem sido eh as conclusões digamos assim têm sido muito mais críticas em relação ao uso da Io educação mas historicamente tem resultados relativamente positivos tá então eu eh eh essas evidências têm que passar necessariamente também por princípios e valores para orientar essas decisões políticas né quando a gente vai falar sobre e a educação currículo enfim eu queria selecionar eu selecionei aqui eh seis princípios enfim não exaustivos mas que eu retirei tanto do marco referencial de competências para da que foi apresentado hoje aqui pelo Fenchu Miau são três eu não vou ler as passagens mas são três passagens logo na introdução do do material que são fantásticas é um material muito bom realmente tem fichas ali de como você pode abordar o tema enfim eu queria destacar essas três primeiro sair do papel passivo da escola como preparadora apenas pro status quar nossos alunos temos que preparar nossos alunos não apenas para eh eh consumir passivamente né mas principalmente sabendo que os estudantes podem interferir e mudar eh eh enfim como futuros profissionais mudar eh a relação entre eh técnica e sociedade né o poder público como líder e condutor de políticas equitativas de letramento em a e uma abordagem crítica baseada nessas três questões que eles selecionam né aí está preparada para ajudar a resolver os desafios do mundo real hoje tal como ela nos é apresentada os impactos adversos do clima no treinamento e no uso da IA são desproporcionais aos benefícios previstos e quais impactos sociais econômicos políticos e demográficos decorrentes do uso da IA devem ser cuidadosamente revisados e nós temos também as diretrizes operacionais do CNE como o professor Israel destacou aqui que tem também elementos que a gente pode usar como princípios para abordar EA né as aprendizagens sobre ão são todas ali principalmente no artigo 29 das diretrizes tá as aprendizagens sobre algoritmos devem vir acompanhadas de reflexões sobre ética e impactos sociais integrar o conhecimento técnico ao conhecimento humano e o foco nos programas específicos da educação brasileira com promoção da cidadania digital e de direitos humanos então a gente tem dois documentos isso aí tô me baseando apenas em dois documentos né o da UNESCO e as nossas diretrizes operacionais que tão indo num sentido em que e aí a gente pode também eh analisar nos dois principais principais eh marcos referenciais existentes internacionalmente o quanto a ética e a cidadania se destacam e vê sendo destacado destacados cada vez mais eh eu vou vou só concluir tá não vai dar tempo da gente falar dos exemplos aqui mas depois se eh se der tempo a gente eh eu complemento aqui eh a ética aparece como uma uma dimensão importante como vocês podem ver ali no framework da OCDE ela aparece assim numa mesma proporção digamos que a ciência computacional eh e eu acho sinceramente que do ponto de vista do que é central paraa educação brasileira a gente teria alguns temas aí relacionados à ética em Iá que seriam fundamentais de abordar no currículo e que estão quase eh quase integralmente também ali previstos nas diretrizes operacionais tá a gente tem alguns exemplos que aí se der tempo de como eu tenho abordado isso eh tanto com formação de professores quanto com estudantes do ensino médio alguns exemplos de como a gente pode trabalhar isso alguns experimentos conhecidos aí nível internacional também tá e um uma um app que a gente tá fazendo também de identificação de viés em tá que a gente tá desenvolvendo aí no no observatório obrigada gente depois você volta pros exemplos eh muito bom depois até pode tirar o slide agora mas aí depois a gente retorna porque eu acho que os exemplos ajudam a concretizar aqui um pouco eh muito obrigada Paula agora eu vou falar trazer aqui para paraa conversa a Graziela eh Graziela o CETIC produz muitas pesquisas né e a gente inclusive utiliza muito delas e recentemente vocês iniciaram um estudo mais qualitativo sobre eh o uso de inteligência artificial na educação que que você pode contar gente pra gente assim preliminarmente dos resultados e dos dados que essa pesquisa trouxe acho que eu consigo aqui obrigada obrigada Anita eh boa tarde a todos e todas vou precisar do passador só por favor obrigada bom vou aproveitar e me apresentar e me autodescrever porque eu não fiz isso antes e eu sou uma mulher eh de 43 anos branca de cabelos castanhos atualmente eu nasci com cabelos pretos mas já mudou bastante nesse processo eh e uso óculos e tem olhos castanhos tô com uma blusa estampada e com o casaco preto bom eh hoje eu vou contar para vocês na verdade é uma pegadinha essa porque eu vou trazer aqui um trailer porque a pesquisa está em andamento então eu não tenho resultados eu vou contar um pouco mais sobre o processo quais foram as decisões metodológicas que a gente eh tomou e também um pouco como convite do que virar pela frente né a ideia é que a gente tem a publicação no final do ano então a gente tá aí finalizando a etapa de coleta de dados acho que a gente vai ter muita coisa interessante para discutir então é isso já fica uma notícia um pouco decepcionante de que não tem resultados tem só uma promessa de paraqui um pouquinho é para só orientar rapidamente eu vou explicar bem brevemente porque a gente fala cetic fala Nick né um monte de letrinha mas o que eu queria deixar de recado e fundamental é que o SETIC é esse departamento do Nickbr que h produz estatísticas e estudos sobre o impacto das tecnologias há 20 anos mas eh o NIC como uma associação eh privada sem fins de lucro na verdade ele é um órgão vinculado ao comitê gestor da internet do Brasil eh um comitê que completou 30 anos agora em 2025 e que faz a governança da internet no nosso país eh de forma multisetorial então é um modelo eh bastante eh eh reconhecido internacionalmente por ser multissetorial por ter uma participação intensa das dos diferentes segmentos sociais eh na sua constituição e na definição dessas diretrizes de governança da internet entre outras atividades eles eh é o comitê então o comitê gestor que define eh quais são as ações que o Nick deve executar para a melhoria contínua da internet no país então o SETIC tem essa missão aí de produzir estatísticas e estudos que ajudem auxiliem a subsidiar políticas públicas e eu paro essa fala bem rapidinho aqui mas é só para deixar o convite porque estamos aqui para isso né assim pra gente conseguir construir e produzir dados que auxiliem a planejar e a acompanhar o desenvolvimento do nosso país bom eh o CETIC então se organiza eh em algumas áreas de atuação acho que a vocês conhecem mais a área dos estudos contínuos os grandes surveis né a gente faz surveys em diferentes diferentes setores para acompanhar esse acesso e uso das tecnologias digitais então a gente tem a pesquisa TIC domicílios que vai em mais de 30.000 domicílios no Brasil todo anualmente entender eh como que os brasileiros usam eh quais são os limites as barreiras para adução das tecnologias a gente tem a TIC Saúde tem a Kids Online e tem a TIC Educação que completa 15 anos esse ano acompanhando aí a evolução dos usos das tecnologias eh na comunidade escolar e eh entrevistando os mais diferentes públicos né a Daniela tá aqui depois ela apresenta para quem não conhece mas vale a pena eh eu particularmente coordeno a área de estudos setoriais e e só queria fazer essa introdução para vocês entenderem uma área que tem como missão eh tratar de temas mais novos né então abrir novas agendas fazer estudos mais exploratórios que permitam com que a gente vá se atualizando e depois transforme isso eventualmente em indicadores e pesquisas mais contínuas né como vocês devem imaginar no tema das tecnologias digitais tudo muda o tempo todo então é uma área que tá tentando sempre correr um pouco atrás daquilo que a gente precisa acompanhar no último ano a gente lançou dois estudos setoriais um sobre conectividade significativa no Brasil e o outro sobre eh inteligência artificial no setor de saúde e esse ano estamos então fazendo um estudo na área da educação sobre inteligência artificial e é ele que eu vou apresentar para vocês eh além disso vale mencionar o Nick cedia o OBIA eh o Observatório Brasileiro de Inteligência Artificial que agora em agosto vai completar do anos ob tem sede no Nick né assim eh ele é parte do PEBIA né do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial mas ele não é só do Nick ele é um um conjunto de organizações conformam o OBI na verdade até que mais parceiros entrem no Observatório entre eles atualmente tem o Ministério de Ciência e Tecnologia eh o CFOREI o Centro para Inteligência Artificial da USP o CGE e a Fundação CAD eh ele é um observatório fundamentalmente de indicadores dos mais diversos segmentos tentando aí acompanhar o avanço da IA no país nos mais diversos setores bom então dentro desse arranjo institucional todo que eu falei esse é um pouco essa carinha do estudo que a gente tá agora eh chegando aí na reta final da coleta de dados né quando a gente pensou nesse estudo exploratório ele tem essa missão de pensar um pouco os grandes temas né e ele é um estudo pensado em duas frentes tem uma primeira frente que a gente tá chamando de eh na educação qual é esse cenário brasileiro né o que que a gente tem na cabeça aí a gente tinha algumas grandes perguntas bom a gente tá falando de A na educação mas e a para quê e a por quê né onde que a gente tá atualmente quando a gente tá falando de A na educação para onde a gente deveria ir para onde a gente tá indo quais são as possibilidades eh de soluções que tipo de oportunidade que tipo de barreira que tipo de risco que tipo de dano a gente tem quando a gente fala desse campo e aí esse estudo é feito a gente tá acabando agora e na verdade já pedindo porque vários de vocês foram abordados para darem entrevistas então quem não deu ainda por favor a gente deve ligar de novo mas a gente tá fazendo entrevistas em profundidade com especialistas do campo né assim são entrevistas de mais ou menos 50 minutos 1 hora eh então representantes do governo da sociedade civil de centros de pesquisa de desenvolvedores eh das ferramentas de no mercado tão tanto grandes empresas quanto pequenas empresas gestores coordenadores de escola tanto públicas e quanto privadas representantes de sindicatos também a ideia a gente eh ouvir dos especialistas que estão discutindo isso na ponta quais são eh os grandes desafios e as grandes oportunidades que o Brasil tem pela frente nessa agenda de ANA educação em paralelo a gente também já se aproveitando eh do referencial metodológico o framework né conceitual eh agora lançado em português aqui da UNESCO né a gente tentou fazer uma primeira aproximação como eh os alunos os professores estão experimentando esse mundo da IA né e aí é nada muito ambicioso a gente tá fazendo aí tentando capturar esse primeiro nível um desse marco referencial que é esse nível da compreensão sobre a sobre a IA né eh a gente conduziu grupos focais com alunos do ensino médio e grupos focais com professores também do ensino médio aí o recorte no ensino médio além das questões restritivas de orçamento a gente não tem dinheiro para fazer pesquisa com tudo ao mesmo tempo eh também era nesse primeiro momento uma uma oportunidade de olhar para aqueles que conseguem elaborar isso de uma maneira um pouco mais eh mais rápida né para para essa primeira aproximação mas fundamentalmente então o que que a gente fez nesses grupos né a ideia no caso dos alunos era a gente entender que tipo de usos e não usos eles têm já na educação eh tanto institucionais ou para educação quanto pessoais entender o que que eles sabem por detrás da Iá eu depois vou detalhar um pouco melhor o roteiro que a gente usou eh então não só a ferramenta que ele usa como ele usa se ele conhece o que ele não conhece mas o que que ele conhece nesse por trás da IA como ela funciona eh quais são as principais questões que perpassam eh a construção dessas ferramentas o que que eles sabem sobre algoritmos sobre privacidade sobre confiança nos resultados da IA como eles gerenciam essas situações sobre responsividade né quem deveria ser responsabilidado responsabilizado em casos de mau uso é e também a gente perguntou coisas sobre o futuro o que como eles imaginam como eles se imaginam que tipo de anseios e e inquietações eles têm em relação ao próprio futuro no caso dos professores eh também a gente então entrevistou professores eh do ensino médio a gente ambos os casos a gente fez grupos focais tentando ter alguma paridade de gênero né eh enfim eh no caso de professores a gente misturou disciplinas né a gente queria ter pessoas das das exatas das humanas e das eh biológicas de fato dá jogo as opiniões são bem diferentes a depender do campo de atuação dos professores eh e aí a gente também perguntou do ponto de vista dos professores sobre os seus usos e não não usos desses professores o que eles sabem sobre a o que eles entendem por detrás da Iá eh como eles pensam seu próprio futuro mas também adicionamos um bloco sobre como eles avaliam os usos que os seus alunos fazem né então esse foi um pouco o cenário eh do estudo aqui é só um detalhamento né a gente tá fazendo aí em torno de 30 entrevistas em profundidade fica aqui o reforço quem não sabia a pesquisa está acontecendo por favor topem dar a entrevista eh a gente já tá quase fechando esse campo mas é super importante inclusive o Rodrigo você já está mais que convidado a gente tá tentando agendar tô aproveitando aqui com o pessoal da secretaria né enfim amanhã tá ele mas eh no caso dos eh dos grupos focais a gente eh fez grupos com escolas públicas e privadas né a gente só pôde ir em duas capitais do país infelizmente a gente não tinha recurso para para multiplicar mas a gente escolheu uma capital do Nordeste e uma do Sudeste a gente arbitrariamente não escolheu Piauí porque a gente sabia que ia ser muito atípico então eh né mas também fica aí como uma vontade de expandir esse estudo para outras regiões bom e aí também para vocês entenderem onde estamos e chegar aí dar alguma pincelada de informação para vocês a gente então começou esse ano eh estruturando esse estudo a gente entre fevereiro e março a gente foi fazer esse primeiro desenho eh o mapeamento de quem seriam esses atores que a gente ia entrevistar a partir da produção do tipo de ação que tem desenvolvido a gente trabalhou nos roteiros né desses materiais de coleta dos dados isso tudo depois eu posso compartilhar com vocês estamos agora nesse período de trabalho de campo então a gente fechou os grupos focais já foram realizados faz poucas semanas que a gente conseguiu encerrar todos né no total a gente fez oito grupos focais e as entrevistas estão quase lá eh a ideia é que em agosto e setembro a gente passa por esse processo eh forte de codificação do material e também aí fica o convite pro observatório de de que a gente vai ter todo esse material codificado e é super compartilhável anonimizado claro eh mas terão muitos micr micro microdados qualitativos não consegui falar eh que eh a gente vai ter um braço curto para analisar né então acho que espero que outras pessoas consigam e se aproveitem dessas informações que a nossa ideia acabou meu tempo é eh lançar no final do ano mas eu tô no meu último slide e para não deixar assim só falar do que vem pela frente eu trouxe eu não vou não vou explicitar os roteiros assim depois eu compartilho esse material mas é um pouco isso que eu falei que a gente explorou eu vou pular para uma pincelada de eh citações que apareceram eh nos grupos focais né não não leve em consideração que essas não são conclusões gerais a gente tá codificando então pode ser que esses não sejam os resultados principais do estudo né assim eu peguei rapidamente que eu ouvi porque se eu vou conseguir acompanhar presencialmente os grupos que foram realizados em São Paulo mas fundamentalmente aqui eu peguei dois dois pedaços bem curtinhos o primeiro é quando a gente pergunta pros pros alunos o que que eles gostariam que a escola trouxesse eh que a escola lhes ensinasse sobre a né o que que você gostaria de saber de aprender sobre a eh aí aí eu tô peguei duas falas eh dos meninos das escolas públicas eh que também eram bem diversas né a gente a gente tentou não pegar participantes de uma mesma escola então eu acho a fala super elaborada inclusive né sobre ter ética de como usar a ferramenta de forma que não atrapalhe a todos e que não tire a individualidade de cada um que a pessoa não fique totalmente dependente da ferramenta que seja uma coisa que ajude não seja totalmente dependente daquilo e eu deixei essa outra frase mais solta que fique menos humano porque ela na verdade tem muita coisa por trás né assim eh nos grupos nesse particularmente ficou enfatizado esse receio de que não há ou de que não há mais espaço para distinção do que que eles precisam saber e do que que é uma competência dada pelas tecnologias né então assim eu quero que ela seja menos humana né assim quase que que me ensinem como a gente faz essa diferenciação mas o outro lado ali dos alunos das escolas privadas que na verdade são são parecidos em termos de de de padrão eh é isso né o que que eles querem eles querem saber como usar que que eles que que eles pedem para pras paraas escolas né eu quero que eh me ensinem como usar eh que me ensinem a averiguar fatos né eles entendem que tem eh um risco forte nesse uso que eles fazem e por fim deixando a a frase final aqui né a gente terminava os grupos pedindo para eles lá no finalzinho eh falarem uma palavra eh que que traduzisse o sentimento que eles têm quando eles pensam no futuro deles a partir da inteligência artificial e eu juro que eu mandei essa apresentação ontem mas as mesas hoje todas né e aí a gente escuta isso né medo caos medo perigo troca dominação evolução substituição indefinido perigo medo né e todo mundo falou de medo né assim e medo eh a gente quer que que os nossos jovens e que que nós né tenhamos visões críticas sobre como essas ferramentas podem ajudar mas o medo paralisa né e o medo normalmente é fruto de desconhecimento então assim como a gente ajuda eles a eh ultrapassarem o medo e terem um cenário eh com conhecimento que permita ter segurança fazer um uso eh produtivo né assim um uso um uso que que garanta oportunidades para todos obrigada gente obrigada Graziela eh é bacana que você terminou justamente com algumas pinceladas aí do que os alunos estão falando justamente pra gente agora colocar aqui nessa conversa a Sâmia que é a nossa representante uma aluna eh da secret da rede estadual do Pará e seu primeiro muito obrigada por estar aqui conosco eh vai ajudar a baixar a nossa média da idade daqui tô obrigada por isso e eu tenho três perguntinhas para você vou fazer uma de cada vez tá bom eh primeiro quando que foi o seu envolvimento com inteligência artificial como foi a primeira vez que você utilizou inteligência artificial paraa realização de projetos na escola queria começar me apresentando boa tarde meu ai eu tô com uma voz meio que eu tô um pouquinho nervosa mas Ai meu Deus boa tarde ai meu Deus tá bom vai passar vai passar professor aqui ó tá vendo todo mundo é professor tranquilo tá bom meu nome é Smia sou uma adolescente de 15 anos branca cabelo cacheado curto na direção do ombro tô usando uma blusa azul com um casaco quadriculado rosa e roxo e eu sou estudante da rede pública sou da escola Maria Chaliro de Farias de Belém do Pará cidade que será a sediará a COP 30 que é um evento global importantíssimo para o discussão de de mudanças climáticas estava esquecendo a palavra e inclusive eu convido todos a vocês visitarem Belém na COP 30 que vai ser um muito legal muito bom conhecer nossa cultura e é isso e eu queria começar agradecendo a por essa oportunidade sendo uma estudante da rede pública eh eu fico muito feliz por ter um espaço aqui eh juntamente com pessoas que fazem educação acontecer então eu queria eu queria agradecer muito obrigado e e o meu envolvimento com a inteligência artificial na verdade começou muito cedo com mais ou menos 9 anos foi através de um jogo de do PS4 chamado Detroit: Become Human né meu inglês não é legal não mas o jogo me intrigou muito porque ele discute justamente ele aborda os temas como ética eh empatia decisões humanas de uma inteligência artificial e eu gostei muito do jogo porque era algo que eu não sabia como eu era uma criança foi algo muito impactante para mim tanto que eu joguei mais nove vezes sem brincadeira joguei nove vezes o jogo inteiro o jogo inteiro e só que assim eu não tinha eu não tinha capacidade para pesquisar porque eu não não entendia tudo que eu sabia sobre inteligência artificial era do jogo era só o que eu aprendi no jogo mas com mais ou menos 12 ou 13 anos começou eu voltei com a estudar esse tema e no final de 2024 eu conheci o CISEB que é o Centro de Inovação e Sustentabilidade de Educação Básica lá do Pará e ano CISEB a gente aprende de sobre inteligência artificial de uma forma muito de uma forma prática e conectada com os desafios da realidade eh e nós nós resol criamos soluções para para os problemas da nossa escola e da nossa comunidade porque o CISEB nos dá autonomia para ser criativos e aplicar as soluções tecnológicas no mundo tanto que foi lá que eu desenvolvi meu primeiro projeto com inteligência artificial que é chamado lixo inteligente que serve para melhorar a separação do lixo na nas escolas e como que é esse projeto bom eh ele nós criamos um classificador com a IA treinada Titbo Machine que é uma ferramenta gratuita do Google para classificar o lixo em diferentes categorias podendo ser perigoso seco úmido ou rejeito através de uma imagem e com uma simples câmera aí a analisa e informe em qual categoria o lixo se encaixa e além do software também estamos criando um protótipo físico que simula o compartimentos para cada tipo de lixo e o objetivo é como eu mencionei melhorar a educação em ser uma ferramenta aliada eh na educação eh educação e apoio à coleta seletiva tanto para alunos quanto para professores legal e tinham muitos alunos participando além de você na verdade é a equipe do CISEB tem mais ou menos uns 10 alunos participando uhum e quantos professores são mais ou menos mais ou menos uns três ou quatro legal e você também foi premiada na Olimpíada de Inteligência Artificial né como é que foi lá com a experiência e como que foi o seu projeto e a sua atuação o que que você aprendeu lá na verdade eu aprendi foi algo muito eh inesperado participar da Olimpíada porque eu não sabia que ela ia acontecer foi através do convite do meu professor de matemática que ele sabia que eu participava de muitas Olimpíadas e ele me convidou só que assim eu fiquei meio com pé atrás porque eu não tinha um conhecimento que eu achava que eu precisava ter para fazer a prova mas eu fui eu fiz a prova e na primeira e na segunda fase eu não estudei tanto porque não precisava de conhecimento prévio mas só o básico de inteligência artificial e a partir da terceira fase eu comecei a estudar bem mais porque já era prova prática e foi eu aprendi coisas que assim eu nunca achei que eu ia eu ia aprender algum dia eu aprendi programação eu nem nem me interessava por programação mas eh aprendi conceitos da inteligência artificial que é muito importante hoje entender como a inteligência artificial funciona e depois na eu fui até a quarta a primeira etapa da quarta fase e foi assim quando eu cheguei eu terminei a prova nossa foi algo foi algo assim acabou porque foi muito legal mas muito desafiador ao mesmo tempo porque eh a inteligência artificial todo mundo pensa que é algo não mas assim pensa que é algo mais simples do que realmente é ela tem muito conceito e muita muita coisa para estudar então foi foi relaxante e foi legal ao mesmo tempo quando eu terminei a prova terminou dar um alívio até nossa eu tava a gente sabe bem como que é e a última pergunta só assim acho que para reagir um pouco do que a Grazela falou você viu que alguns alunos estão falando essas palavras de medo né preocupação quando fala de inteligência artificial você e os seus colegas que que vem na cabeça de vocês quais as palavras que aparecem quando penso em inteligência artificial acredito que eh inovação é uma ferramenta que é aliada paraa gente porque nós nunca usamos bom lá na equipe lá no CISEB a gente aprende a ética da inteligência artificial para ela ser usada da maneira correta então muitos de nós não tm esse medo esse medo da inteligência artificial substituir nós porque nós vemos ela como uma ferramenta para nos ajudar não para pensar por nós e fazer por nós mas apenas para auxiliar muito bom então eu só uma salva de palma eu só queria agradecer agradecer a minha família claro ao meu professor de matemática que me convidou Andrei Wesley a Tom e a diretora Trícia Trícia mora da escola escola Cordeira de Farias a professora Cé França e o coordenador Rafael Edi do CISEB Pará por todo o apoio e incentivo agradeço ao MEC e a UNESCO pela oportunidade e também ao governo do Pará especialmente ao secretário de educação Ricardo Cfé e ao governador de trabalho pela confiança pelo apoio à educação pela educação pública e inclusiva e obrigada a todas pela atenção muito bom Sâmia parabéns arrasou a gente adorou aqui e parabenizar também aos professores que estão aqui conosco chorando parabéns pelo trabalho de vocês é muito inspirador e eu acho que dá para ver assim na prática gente quando a gente traz né ensina inteligência artificial essas palavras do medo do receio elas se transformam né porque passa a ter conhecimento né na mesa da manhã a gente só consegue ter pensamento crítico com conhecimento então acho que é a gente consolidou isso muito bem então agora eu vou voltar aqui para algumas complementações eh Rodrigo eu acho que você trouxe principalmente as motivações o caminho né e e as eh condições que vocês conseguiram estruturar na no Piauí para viabilizar a criação dessa disciplina né como um componente de fato curricular obrigatório nem todo mundo vai conseguir né ter escolas e integrais e disponíveis para isso mas eu acho que tem muito eh aprendizado da experiência do do Piauí que pode ser inspirador para todas as redes que estão aqui conosco e assistindo também online eu queria fazer algumas perguntas e aí você fica à vontade acho que a gente ainda tem alguns minutinhos aí se você quiser complementar para além disso eh algumas perguntas que eu pensei foram eh a formação né você comentou o curso que é um curso eh padronizado que vocês fizeram para 800 professores né que mostraram interesse né de diversas áreas mas que se mostraram interessados em também ministrarem essa disciplina eh e a gente viu no vídeo uma professora de biologia né você acha pela experiência do Piauí que tem algum tipo de perfil eh dos profissionais né dos professores que eh as outras secretarias deveriam buscar também nas suas redes enfim contratações para serem esses eh eh embaixadores do tema de inteligência artificial ou mais amplo de educação digital se qual é o perfil comum quais características e principalmente como que tem sido na prática agora né então já tem um ano né da implementação das disciplinas o que que você pode trazer de alguns casos ou exemplos tanto de coisas que tão funcionando bem e de coisas que talvez eh tão sendo ainda desafios e que vocês é legal compartilhar aqui conosco para aprender né nunca é perfeito 100% como que vocês estão corrigindo rotas também ao longo da implementação perfeito anita eh acho que primeiro falar de formação eh bom primeiro falar de seleção que eu acho que antes da formação é mais importante é que na hora da lotação dos professores a gente fez esse debate para selecionar um perfil que fosse adequado né primeiro a disponibilidade do professor em aprender coisas novas isso é muito importante porque na verdade ele vai sair totalmente da sua zona de conforto até ele chegar no uso da da biologia ele tem que primeiro entender e assimilar os conceitos de ar né então ele ele vai percorrer um caminho até chegar lá o segundo é ele tem que ter um perfil disruptivo inovador que eh tenha características de aplicação prática do conhecimento porque se sem isso ele também não consegue fazer uso da disciplina e ele tem que tá aberto eu até coloquei assim um conjunto de lições aprendidas que eu e Viviane conversamos e o a primeira lição aprendida é a importância de ter um professor engajado que eu acho que esse esse é o primeiro ponto porque é ele que faz o negócio acontecer né então é muito importante que ele esteja engajado e a gente tem recebido esse feedback os professores não vem isso como um fardo na verdade eles vem isso como oportunidade é em especial pela IA está na crista da onda é um tema atrativo é algo que gera a curiosidade então mesmo sem bolsa acho que isso aí outro ponto importante também porque não eles não recebem bolsa específica para isso tá dentro da da lotação dele de carga horária específica eh eles conseguem esse entusiasmo a gente também tem algumas estratégias para isso a gente faz três encontros anuais presenciais com eles nem todos conseguem participar mas a gente transmite né faz a transmissão ao vivo dos encontros trazendo especialistas trazendo um debate prático eles trocam conhecimento entre si que é outra coisa importante o que é que eles estão vivenciando em cada em cada escola ah e também uma tutoria que eles têm ao longo do ano para tirar dúvida para servir de apoio ah o que eu mencionei de padronização do inclusive com um passo a passo do que que eles podem usar em sala de aula é muito importante porque ele tá saindo da zona de conforto dele né ele ele não tá trabalhando ah com conhecimento prévio ali ele ele realmente ele tá aprendendo e transmitindo esse conhecimento por isso que vem essa lógica de ser um facilitador acima de tudo né então eh a gente evoluiu nessa formação e também no currículo porque o currículo ele surge aí na do primeiro ano a gente viu que precisava fazer algumas adaptações né a equipe trabalhou nisso para o segundo terceira segunda e terceira série eh e como a gente tem um pool de parceiros uma outra preocupação que a gente tinha era a sustentabilidade do programa no estado né porque a gente é muito parceiro da equipe do Rio Grande do Sul que tá com a gente mas a gente sabe que não dá para pra Rosa viver no Piauí até convidou ela para morar lá mas mas ela ainda não aceitou então eh o envolvimento da Secretaria de Inteligência Artificial foi fundamental nisso e trazer as universidades federais né o Instituto Federal Universidade Federal do Piauí a Universidade Federal do Delta do Parnaíba que são as as universidades que estão com a gente agora construindo e acumulando então já o primeiro ano nesse nesse ano 2025 já conta com eles na construção eh do conteúdo e da e da formação então eh ter os parceiros é fundamental e gerar a sustentabilidade também eh eu considero fundamental já falei sobre perfil uma outra coisa que eu queria trazer eh o monitoramento dessa implementação porque uma coisa é o que a gente planejou a gente formou a gente selecionou formou valendo agora tá valendo muita coisa tá errado no meio do caminho às vezes não acontece professor foi treinado mas ele ele tá dando outra coisa porque ele não se sentiu confortável aí ele vai começa a dar outros conteúdos que ele se sente mais confortável então esse acompanhamento ele é muito importante a gente tem uma uma rotina de monitoramento e acompanhamento para tirar dúvida do professor e poder ter esses feedbacks na implementação com esses parâmetros de de qualidade a outra o outro ponto que eu queria destacar a adaptação à realidade de cada escola por mais que a gente tenha feito um exercício de padronização orientação para manter um padrão de qualidade eh não há como desconsiderar o que é a vivência daquela região e e a gente vê poder fazer uso disso eh numa região de litoral ou fazer isso numa cidade de 5.000 habitantes ou numa cidade que tá na realidade de Teresina com né que a grande Teresina tem mais de 800.000 habitantes mais de 900.000 a Grande Teresina então eh essa adaptação do professor à realidade local é muito importante eh a gente e aí a gente vê muito isso nos projetos e aí eu eu vou retomar aquela ideia do ecossistema esse ecossistema de tecnologia ele é muito importante do pensamento da tecnologia a gente hoje poder contar com o curso técnico de desenvolvimento de sistemas um curso técnico de programação de jogos digitais a disciplina de empreendedorismo mas a disciplina de IA eh é uma conexão que o aluno ele tende a mudar a forma de pensar ele pensa na construção coletiva e aí eu fiquei feliz de ver teu diagnóstico como é importante não só dar o conhecimento técnico de IA né eu sei o que é IA eu sei o que é um algoritmo eh você tem que primeiro fazer as reflexões acerca do tema eh questão de segurança ética como é que eu faço um bom uso etc mas também eu não posso perder as valências que me são úteis enquanto cidadão enquanto futuro profissional e lembrando aquilo que a gente sempre fala gente o na média no Brasil 15% dos alunos que terminam o ensino médio vão para as nossas universidades 85% não vão o ensino médio é determinante paraa vida deles quanto mais oportunidades eu gerar quanto mais eh ferramentas quanto mais eh eh quanto mais competência gerar nesse aluno mais ele vai ter oportunidades no futuro né então a gente conseguir pensar sobre empreendedorismo não só como criação de empresa mas solução de problemas trabalhar no coletivo ter um pensamento inovador tudo isso é muito importante e para finalizar eu acho que é ter o aluno como protagonista a gente tem visto muita troca geracional nesse processo muitas vezes o aluno sabe mexer mais no computador do que o professor isso é um fato ele já usa a inteligência artificial mas às vezes ele usa sem ter a a concepção com medo e aí o professor junto com o aluno tem um outro processo de troca eh que é muito rico e o protagonismo protagonista nesse processo é o aluno né e aí Samia parabéns é muito bom te ouvir porque a gente eh também tá vendo isso lá no Piauí e e o que é mais legal disso tudo é quando você olha e diz assim: "Olha isso é muito útil hoje eu eu sei usar quero usar vou usar minha vida inteira e e a gente sabe que isso vai vai ser útil para sempre para aqueles para aqueles alunos né eh no Piauí a condicionalidade disso foi o tempo integral paraa gente conseguir adaptar nosso currículo eh concordo contigo acho que talvez não seja uma condição absoluta mas é um grande facilitador e por isso que a gente levanta muito essa bandeira para que esse coletivo desse ecossistema seja criado numa condição de tempo integral porque é um facilitador o Ceducaton que é essa maratona que eu mencionei a gente teve a participação de 9.000 alunos 9.000 alunos que fizeram desde a primeira fase da prova e que eles foram passando de fase chegaram na fase de apresentar projetos os projetos gente são fantásticos eu tenho projeto de todos os tipos eh desde aluno que eh trabalha com a área de eh eh né regiões de agropecuária que trabalha com soluções para melhorar a produção de mel alunos que desenvolveram aplicativos de aprender idiomas com um jogo imersivo que viaja paraa França viaja paraa Alemanha para aprender é um outro aluno que faz eh desafios de matemática junto com o conhecimento sobre a cultura do Piauí então você vai brotando uma série de ideias de de inovações que a gente nem imagina mas por quê porque a gente deu as condições esse menino trabalhar com IA com tecnologia de uma forma positiva sem medo conhecendo quais são os riscos porque isso a gente tem que reconhecer mas ao mesmo tempo usando ela para o seu benefício e para gerar oportunidade para eles acho que esse é o grande segredo do negócio é não perder de vista que a gente tá aqui para gerar oportunidade para uma geração acho que esse é o principal ponto foi bom obrigada eh e agora eu vou passar de novo a palavra paraa Paula eh se puder voltar ao PPT dela para ela trazer aqueles exemplos concretos eh de algumas eh experiências né e e questões que acho que ajudam a gente a eh eh mostrar mesmo na prática o que que a gente tá falando de AC o PPT da Paula é o é o vermelhinho desculpa te interrompendo só para eh muita gente pede o currículo gente amanhã a gente vai ter um um momento com a professora Rosa que ela vai apresentar o currículo em detalhes eh mas tem no site então eh acho que ela pode passar o o site a gente também pode passar na apresentação é o conteúdo é aberto né é aberto tá currículo e os planos de aula inclusive gente então eh vou falar aqui rapidinho para também não prejudicar o né o tempo dos colegas eh eu trouxe só dois exemplos mas eh como professor como secretário aqui falou a gente enfim hoje vê até espontaneamente muitos professores eh testando fazendo né experimentações com inteligência artificial eh a gente levantou né a mesa de de manhã levantou também a gente tem pouca preocupação ainda com os dados né onde é que vão parar esses dados a gente tem relatos enfim de até técnicos de universidades que dizem que já né tem relatos que esses dados inseridos até no Google Classroom que a gente usou muito durante a pandemia foram parados de do outro lado do mundo né a gente tem pouco controle sobre isso são grandes corporações então a gente também tem que ter um um ensino sobre eh que eu acho fundamental aqui que eu trouxe o exemplo do ciclo de vida da IA né por onde passa por onde passam os dados e como é que esses eh essas inteligências artificiais são treinadas né então aqui é um um exemplo muito prático que a gente tem trabalhado né a gente obviamente tem que falado como funciona um uma inteligência artificial que ela depende de dados então você tem todo um processo de coleta de dados de anotação de dados que é identificação por exemplo eh tem vários vídeos no YouTube inclusive que mostram como eh o reconhecimento facial que você tem que né você tem que ter todo um treinamento de dados visuais onde existem trabalhadores que vão fazer a anotação desses dados ou seja o reconhecimento dos objetos das pessoas né isso tem todo um trabalho hoje que tá globalizado subreunerado né é um ciclo eh enorme né do do da IA que a gente tá falando de treinamento de coleta de dados de treinamento de dados eh e eh treinamento de modelos né e também todo a parte ambiental que a gente que os próprios alunos inclusive trazem muito ai professora eu eu ouvi muitos questionamentos sobre eh a questão de alunos do ensino médio tá de como a IA tem utiliza água e utiliza energia né então eles são muito curiosos também para saber eh como é que esses o o a questão do data center né o que que é um data center porque ele tem que ser resfriado então todos quando a gente fala de ciclo de vida da IA a gente tá falando de uma série dessas dimensões né que vão desde a elaboração até a execução e até a questão ambiental então quando a gente fala de ciclo de vida a gente tá englobando uma série desses desses fatores inclusive eh o aspecto da linguagem também e o treinamento eh quando a gente eu fiz esse experimento com também estudante do ensino médio a gente gerou uma imagem com dois eh LLMs diferentes né vocês podem ver que a imagem é muito parecida e a partir dessas imagens a gente falou de 300 temas relacionados né primeiro eh o viés cultural né a gente estava numa aula sobre cultura né o viés cultural os alunos que foram projetados aqui sem uniformes não parece uma sala de aula brasileira a disciplina que tá sendo ensinada ali é a matemática a professora é uma professora mulher né nos dois casos e até o relógiozinho ali que vocês podem ver o relógio marcando ali 10 e 10 e10 eh que a gente falou de treinamento de a partir desse relógio aqui né porque a maioria dos relógios são treinados com imagens da internet né então eles sempre saem com o mesmo resultado né que é esse horário aqui né então isso é a gente dá a partir de dessa imagem a gente fala de um monte de coisa eles mesmos foram os estudantes questionando: "Ah mas porque a professora é mulher porque que há eh matemática que tá sendo ensinada ali né?" E aí eu também falei de outros experimentos como das alucinações da IA eh esse experimento é bem conhecido né de que você fala para não fazer alguma coisa e ela faz porque ela não reconhece o negativo né e aí ele foi esse modelo foi até consertado no caso do elefante mas não no caso do hipopótamo então enfim continua desenho uma sala então a gente foi falando sobre linguagem né o quanto esses modelos também são treinados em outras línguas enfim eh a partir de uma coisa muito simples né a gente consegue trabalhar uma série de questões de ética de treinamento de modelos da onde vem esse treinamento quem é que treina quem é que anota dados né então assim a gente tem muitos exemplos eu acho que o o Nickelwin que é o nosso papa né Priscila o nosso papa aí dos estudos críticos de tecnologia o Nickelwin eh estimula muito a gente fazer comunidades de trocas sobre isso né além da formação de professores os professores se engajarem também em comunidades críticas e e o observatório é é justamente a gente tentar criar essa plataforma de trocas sobre isso né desculpa aí se eu passei o tempo obrigado bom gente a gente já tá com tempo esgotadíssimo desculpem já conversei aqui com a Graziela e com a Sâmia eu perguntei se elas tinham alguma coisa a acrescentar mas elas eh entenderam a nossa questão do horário então eu queria agradecer muitíssimo a todos os os nossos convidados da mesa e acho que foi muito interessante pra gente ver na prática né o que funciona o que não e as possibilidades todas a gente tá bem ansioso pela pela pesquisa que vai sair aí do CETIC já fica o convite pra gente fazer uma live tá bom juntos e é isso muito obrigada gente vamos pro próximo gente só aproveitando aqui então assumindo eh e avisando que a gente vai ter um coffee break agora até 4 e 15 minutos de coffee break a gente volta 4:20 isso aí gente voltei 15 minutos de intervalo não M เฮ He เฮ เฮ Go oh เฮ เฮ เฮ Senhoras e senhores estamos de volta dando continuidade à nossa programação chegamos agora ao quarto painel de hoje esse painel tem como tema inteligência artificial e gestão a moderação desta mesa está a cargo de Marisa Costa diretora de incentivo a estudantes da educação básica do MEC a quem o convido a ocupar seu lugar à mesa marisa Costa é doutoranda no Lapop Universidade Federal do Rio de Janeiro mestre em gestão e avaliação da educação pública licenciada em matemática consultora de políticas educacionais extensa experiência profissional na área de educação particularmente gestão da educação pública atuou como superintendente de gestão da rede estadual do Rio de Janeiro atuou como conselheiro estadual de educação do Rio de Janeiro participou da Missão Internacional para Conhecer o Sistema Educacional da China marisa seja muito bem-vinda convido agora nossos convidados para debater este assunto fernando Filueiras diretor de informações estratégicas e inovação do MEC fernando Filas é diretor de informações estratégicas e inovação da Secretaria de Gestão da Informação Inovação e Avaliação de Políticas Educacionais do Ministério da Educação professor associado da Universidade Federal de Goiás professor doutorado em políticas públicas da Escola Nacional de Administração Pública ENAP research fellow do Austron Workshop on Political Theory and Policy Analyses a Indiana University entenderam pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Qualidade do Governo convidamos para compor a mesa IG Bitencur professor na cátedra UNESCO em IA desplugada na educação gu Ibert Bitencur é cientista da computação psicólogo pesquisador visitante da Escola de Educação da Universidade Harvard e um dos cofundadores do IA edu Instituto de Inteligência Artificial na Educação do Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais ig é um dos cunhadores do conceito de IA desplugada na educação e IA na educação positiva professor Igittur é titular da cátedra da UNESCO em Iá desplugada na educação e ganhou a comenda da Ordem Nacional do Mérito Educativo convidamos agora Guilherme Simionato analista de planejamento do governo do estado do Rio Grande do Sul guilherme é mestre em estudos estratégicos internacionais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e analista de planejamento orçamento e gestão do governo do estado do Rio Grande do Sul é pesquisador associado ao Centro de Estudos Internacionais sobre governo e tem experiência na área de dados e inteligência estratégica atualmente coordena o Centro de Educação Baseado em Evidências da Secretaria Estadual de Educação do Rio Grande do Sul sejam muito bem-vindos bem-vinda mediadora acomodem-se por favor marisa passo-lhe a palavra para a condução dos trabalhos obrigada boa tarde a todas as pessoas que nos acompanham aqui presencialmente e também virtualmente é um prazer enorme estar aqui com todos todas eh começo agradecendo a Ana e a Anita da Dage pelo convite para mediar a mesa e também cumprimento aqui aos participantes da mesa que seja um momento de um diálogo né leve de muito aprendizado que seja uma troca de muita inspiração especialmente né porque vamos falar sobre políticas públicas educacionais né então que cada participante possa se sentir muito inspirado com tudo que vocês vão apresentar por aqui obrigada também pelo convite por participar desse painel começando agora né dizendo quem eu sou aqui como eu sou sou uma mulher preta eh uso tranças hoje estou com a com a trança assim eh organizada com coque né no alto da cabeça eh uso uma blusa estampada mas de fundo vermelho um anel vermelho e uns acessórios dourados e eu escolhi o dourado porque nós estamos no Júlio das Pretas dia 25 de julho é o dia da mulher afro latino-americana e caribenha é o dia de Teresa de Benguela né teresa de Benguela que foi uma liderança quilombola do século XVII e aí o século XVI interessante a gente pensar em Teresa de Benguela que inspira essa data que nós vamos comemorar nos próximos dias e aí no século XVI né eh ninguém pensava inteligência artificial como se pensa hoje né mas ali nós já tínhamos indício né de como que a sociedade a evoluir no que tange a avanços tecnológicos né inclusive para chegarmos aqui hoje até porque ali foi no século XVI né que a tecnologia impulsionou a criação da máquina vapor né que substituía ali a força animal né então e essa evolução que inclusive nos permite né chegar até aqui eh para discutir hoje como que a inteligência artificial ela transforma profundamente hoje olha que importante discutirmos sobre isso né a forma como formulamos as políticas públicas e gerimos sistemas educacionais eh só para dizer que tudo vem de uma longa história né que nós sempre temos que entender os processos que nos trazem até aqui inclusive porque refletir sobre isso especialmente para quem está fazendo política nas secretarias de educação é que nós vamos conseguir pensar no futuro e avançar inclusive esses desafios como foi dito na mesa anterior do medo né medo do novo E aí a inteligência artificial né pensando a inteligência artificial eh seja no apoio à análise de grandes volumes de dados seja na identificação de padrões que orientam decisões estratégicas a inteligência artificial pode ser uma aliada importante para tornar a gestão educacional mais eficiente responsiva e baseada em evidências mas esse potencial vem acompanhado de novos desafios né acho que todo toda a discussão hoje daqui eh do seminário ela trouxe essa reflexão sobre desafios né ao mesmo tempo em que as soluções as ideias eram apresentadas elas também destacavam os desafios enfrentados e aí uma pergunta é: como garantir que os dados educacionais especialmente de estudantes sejam utilizados de forma ética segura e transparente como equilibrar inovação com responsabilidade na adoção de soluções baseadas em a nas redes públicas de ensino olha que pergunta a gente precisa refletir sempre e aqui o painel convida exatamente a uma reflexão sobre o papel da inteligência artificial na gestão educacional e no desenho de políticas públicas destacando tanto as possibilidades do uso inteligente e estratégico da tecnologia quantos cuidados necessários para proteger direitos e garantir que a IA seja um instrumento a serviço da equidade e da aprendizagem hoje nós tratamos de um volume de dados enorme né de coleta de dados de estudantes do ensino médio porque é isso que nos permite hoje operacionalizar o pé de meia ao qual hoje sou diretora da área que cuida do pé de meia então é muito interessante perceber que já existe um movimento né nós vamos descobrir daqui a pouco eh que traz assim a inteligência artificial a serviço da organização das redes de ensino inclusive para nós garantirmos a melhoria a qualificação da operacionalização do programa PED meia né e eu vou começar fazendo as perguntas né e a primeira eu vou endereçar pro Ig ig professor Ig você que é um dos cfundadores do NI e o NI é o núcleo de excelência em tecnologias sociais que tem se destacado em sua atuação estratégica na estratégica na intersecção entre transformação digital e políticas públicas com um olhar especial em relação a pensar novas políticas que sejam efetivas no sul global de acordo com as suas pesquisas professor Ig qual o potencial da inteligência artificial em relação ao desenho e implementação de políticas eh de educação básica e quais os eventuais riscos professor Ig com você bem boa tarde a todos e todas obrigado pela pergunta Marisa é um prazer estar com vocês espero que vocês estejam acordados pro último painel mas a o painel anterior também ajudou belíssimas palavras da Sâmia e de todos os outros que estiveram nesse painel então eh eu particularmente tô muito feliz em estar fechando participando do fechamento desse painel para o dia de hoje né eu queria agradecer também a UNESCO por pelo convite Rebeca Maria Reder o MEC né a Ana Dal Fábio a Anita e e sem dúvida nenhuma eu tô aprendendo muito hoje consegui participar de todo o dia de hoje e sem dúvida tá sendo de muito aprendizado e reflexão eu vou fazer minha autodescrição é bem eu sou um homem pardo de cabelo curtinho preto ainda tá preto mas já começa a ter algumas entradinhas é normalmente eu não tenho barba mas eu tô de barba e começa a aparecer barba preta mas começa a aparecer alguns cabelinhos brancos que começa a revelar um pouquinho a minha idade eu tô usando um blazer azul é um azul pouco claro com uma camisa cinza uso óculos e do meu lado direito eu tô na ponta para que você que tá me vendo eh eu tô do lado direito do meu lado esquerdo na sua visão tá o Guilherme depois a Marisa depois o Fernando bem eu vou falar um pouquinho do que a gente tem trabalhado eu sou um dos fundadores do NIS que tem trabalhado muito com o Ministério da Educação FNDE e e outros atores a gente já vem trabalhando um certo tempo com IA na educação na época que a o a mainstream não era a generativa como a gente tem visto hoje mas era uma coisa chamada e a simbólica ontologias talvez algum de vocês já ouviram falar disso daí eh mas não tá muito em voga né começa a voltar quando a gente começa a pensar numa Iá mais eh que precisa de mais explicabilidade e algumas das ações que a gente vem trabalhando com o ministério pra gestão por exemplo a gente pode citar no próprio PNLD só para trazer alguns exemplos para vocês entenderem um pouquinho como apoiar em gestão então o PNLD por exemplo tem um desafio hoje na distribuição de livros como é que a gente vai fazer a distribuição de livros se a gente ainda tem desafios para saber o número de alunos em cada turma em cada classe em cada escola cada município então é um custo imenso nessa distribuição e a gente trabalhou com o modelo junto com FNDE para reduzir o erro de predição do número de alunos isso ano passado a economia foi de aproximadamente R 60 milhões de reais então só com um modelo que foi trabalhado eh outro exemplo para vocês terem um pouquinho de ideia é sobre evasão eu acho que tem muita gente aqui de redes educacionais eh e a gente tem um desafio muito grande ainda no país de evasão principalmente no ensino médio e na na transição do fundamental dois para o médio então um trabalho que a gente conduziu com o próprio Espírito Santo foi fazer a detecção do risco de evasão e aí eh uma coisa legal do que a gente trabalhou foi que com 3 meses de uso e aí vem o debate né quando é que a gente usa de fato uma solução de a para aumentar a eficiência será que a gente espera ter uma maior acurácia ou a gente eh usa mesmo tendo uma curação menor podendo ter um risco maior e já já eu entro no risco quando a gente começa a coletar dados dos alunos da interação dos alunos no dia a dia com alguns dias coisa de 15 dias ao mês a gente já consegue ter uma predição do risco de evasão com curácia acima de 80% isso é bom ou ruim depende né eh quando a gente passa para 3 meses isso já pula para 90% então eh a depender da decisão do gestor ele pode considerar isso daí uma oportunidade para já detectar aqueles alunos que estão com risco no primeiro mês e já trabalhar com aqueles alunos mas ao mesmo tempo você pode ter um problema de justiça algorítmica aí deixa eu explicar porquê quando você tem uma curácia baixa do modelo e você trabalhou com dados daqueles alunos você tem diferentes características que são considerados para eh fazer essa predição e tem os modelos de justiça algorítmica por exemplo como é que a gente sabe que esse modelo é justo considerando o gênero o nível socioeconômico ou raça tenho 5 minutos OK eh o raço eu só tava na introdução gente pera aí raça né então eh o modelo quanto menor a curácia maior o risco de você não ter uma justiça entre os diferentes grupos e aí você pode esperar aumentar essa curácia e promover justiça que decisão você toma antecipar aplicar sabendo que corre o risco de ter uma injustiça algorítmica mas antecipando uma decisão que pode fazer com que os alunos não evadam ou você aguarda deixando alguns alunos evadirem porque o tempo ele é fundamental nesse caso paraa intervenção mas você aumenta a justiça algorítmica é um problema aí de que a gente na literatura chama de liderança moral né qualquer decisão ela tem seus problemas e seus benefícios vai ser o líder e aquela equipe que vai determinar o que é mais adequado qualquer decisão é certa e qualquer decisão vai ter esse desafio então eh são dois exemplos deixa eu eu tentar eh trazer aqui como é que a gente pensa um pouquinho eh na gestão em aumentar a eficiência né tem vários caminhos para se trabalhar isso o que a literatura de transformação digital fala muito é o quê como é que você começa o usando a tá bem tá todo mundo debatendo a gente começa por onde a resposta normalmente pela literatura é onde agrega mais valor na gestão educacional onde tá agregando mais valor isso também mais uma vez é uma decisão de quem tá ali na gestão então agregar mais valor pode ser reduzir eh desigualdade pode ser melhorar a aprendizagem na alfabetização pode ser reduzir custo para fazer com que esse recurso seja direcionado para outras políticas então o o a perspectiva de pensar eficiência de gestão e uso de IA um caminho que tem sido muito adotado é faço uma discussão primeiro onde se consegue agregar mais valor e daí parte para pensar se faz sentido usar a IA ou não e aí o último comentário não sei como é que tá meu tempo eh tá tendo um debate muito grande sobre eh transformação digital como AI first digital transformation que é o quê é uma transformação digital onde você começa pela IA e uma lógica disso daí é o pouco do rio em Delupe isso é interessante mas também tem vários riscos associados a gente sabe que a IA traz várias camadas de complexidade o quão preparados em termos de capacidade estatal a gente tá para fazer um uso de fato eficiente e responsável do da IA então às vezes é o meu tempo então às vezes então às vezes é pensar em AI seconds eu diria né se a gente conseguir encontrar maneiras mais eficientes ou de tornar a gestão mais eficiente sem a muito melhor eu prometo que é minha última fala sem a é muito melhor por quê porque você não traz várias camadas de complexidade e de desafios que já são inerentes a IA como já foram falados aqui nos painéis anteriores então eu diria que começa onde agrega mais valor na minha visão e AI seconds não AI first obrigado obrigada professor IG acho que são elementos importantes a se refletir no momento de formular uma política porque é interessante né que o mundo moderno traz muitas novidades e muitas vezes na ansiedade até de abraçar essas novidades levar as novidades paraa minha rede né como eh enfim formulador de políticas tomador de decisão de um território é esses elementos professor que você traz na sua fala são desconsiderados e muitas vezes é o preparo pra implementação de uma política de uma solução é muito importante inclusive pra quebra de resistências né daquelas equipes daqueles profissionais da educação sobretudo mas agora para falar um pouco de uma solução né no território eu vou convidar o Guilherme e Guilherme o Rio Grande do Sul fazendo a pergunta para você Guilherme o Rio Grande do Sul vem utilizando ferramentas de inteligência artificial para apoiar análises preditivas de abandono escolar e aí eu vou pedir para você contar um pouco mais sobre a iniciativa mas antes de te passar né para para você responder eu queria fazer um destaque que eh porque recentemente nós eh por meio da port a portaria 496 ela instituiu a estratégia pedagógica do programa PED meia e eh dentro do conjunto de ações da estratégia pedagógica nós pensamos inclusive em em estruturar protocolos guias que possam ajudar os aos aos professores a gestão escolar a gestão educacional da secretaria nas suas diferentes instâncias a se organizar inclusive para eh para discutir sobre essa parte conceitual eh que revela dados desafios no território o que que leva a juventude né a evadir abandonar mas principalmente né para que as redes possam estruturar ações eh de de prevenção antes inclusive até de corrigir o problema quando ele acontece né lá no momento da evasão e aí é interessante que a solução que já é implementada hoje no Rio Grande do Sul ela materializa inclusive todo esse arcabolso de soluções de possibilidades que nós estamos estruturando pro pé de meia e aí Guilherme eu queria pedir para você eh responder né essa pergunta do que que vocês têm feito lá mas também trazendo algum destaque assim se na sua eh se você visualiza hoje também uma oportunidade de potencializar o que vocês já fazem por meio de todos esses materiais que nós estamos desenvolvendo inclusive com o apoio com a colaboração de vocês né que são articuladores aí do pé de meio boa tarde gente obrigado pela pergunta marisa primeiro e me apresentar eu sou o Guilherme Simeionato trabalho atualmente ah na Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul eh estou como coordenador do Centro de Educação Baseado em Evidências h fazendo uma autodescrição breve eu sou um homem de estatura média cabelos castanhos branco barba rala e tô vestindo um terno azul aqui ao lado do IG como já foi falado eh então eh começando a responder Marisa eu eu acho que essa eh que eu queria trazer aqui um pouco hoje para vocês eh ele é muito resumido eh na na nossa política de proteção a trajetórias né eh e por que que eu começo falando sobre ela né quando a gente olhou paraa nossa pro nosso fluxo escolar eh especialmente pós-pandemia a gente notou que boa parte das estratégias que a gente fazia eh ou que de alguma maneira eram mediadas pela gente elas eh ocorriam de uma forma um pouco descoordenadas entre si no sentido de algumas serem totalmente dependentes da escola outras serem nada dependentes da escola é o caso dos programas de bolsa né a gente tem um programa semelhante ao ao pé de meia todo jovem na escola mas o próprio pé de meia às vezes a escola não sabia exatamente qual que era o papel dela ali ao mesmo tempo que ela tinha uma estratégia de de eficaz e buscativas onde ela fazia tudo né e a gente às vezes acabava não conseguindo apoiar de uma forma assertiva eh e ao mesmo tempo que em paralelo a gente notava que os nossos índices de abandono de reprovação eh tinham muita dificuldade em melhorarem né então a gente na época que começou a formular e começou a pensar no uso da IA lá no Rio Grande do Sul a gente tinha a segunda pior taxa de abandono do ensino médio do Brasil e uma das piores taxas de reprovação e a maior parte da nossa reprovação tinha a ver com fluxo escolar não tanto com baixo desempenho em notas mas 70% de todo mundo que reprovava no estado tava reprovando por falta também né então a a questão da frequência era algo que a gente precisava de alguma maneira enfrentar de uma forma estruturada né não de forma eh pingada digamos assim né então ã o que que a gente de alguma maneira propôs né lá em 23 a gente começou a pensar o uso da da IA começou a tentar usar de uma forma eh incipiente né a inteligência artificial para nos ajudar a prever de alguma maneira quais estudantes eh apresentariam teriam dificuldades com fluxo escolar né o IG trouxe aqui o o debate e até vou me ajudou que eu vou pular um pouco a parte mais técnica depois se precisar eu volto mas a gente foi eh desenhando eh e usando esses modelos de uma forma como eu falei incipiente e percebeu eh a pior coisa que se pode perceber quando tá tentando fazer isso né que a gente vai ter que olhar para trás e refazer tudo que a gente fez até aqui a nível de política né então a IA na verdade eh nos fez olhar paraa nossa pra nossa política de proteção trajetórias o que que a gente pensa para proteger o fluxo do estudante como que a gente faz isso efetivamente como que tá chegando pra pra escola eh e qual que é a instrução que a gente eh entrega pra escola e óbvio o resultado que isso está gerando a nível de estudante né a interação orientador estudante né então eh fizemos isso de alguma maneira e começamos a a encaixar a inteligência artificial preditiva aqui eh como uma engrenagem desse modelo então a gente construiu uma uma política onde a gente tentou desde o início dividir tarefas né eh uma escola média de de Porto Alegre se via por exemplo se via com 200 300 estudantes infrequentes dispondo de dois ou três no máximo orientadores educacionais né que é a profissional lá no Rio Grande do Sul a responsável por essa mediação eh escola sociedade comunidade essa interlocução então é humanamente impossível esse esse esse profissional ah dar o mesmo nível de atenção muitas vezes o nível de atenção necessário para 300 estudantes né ah em média cada orientador da da rede eh se fosse fazer uma divisão de uma conta de padeiro teria 80 estudantes para cuidar e acompanhar toda semana né o que é impossível a da da atenção que merece então a gente pensou como fazer para que a quem mais precise de fato não possa deixar de receber essas ações né então a gente construiu eh a partir do uso da inteligência artificial eh um modelo semelhante a a vários né na verdade que existem hoje em dia né com aquela questão da curaça de 90% ao final do do primeiro trimestre essa o dilema de agir ou não agir a gente escolheu agir já adianto aqui para vocês eh muito porque a gente tenta mitigar isso usando dados do final do ano anterior então a gente não começa do zero né desde o primeiro dia daquele estudante eh ele a gente olha como é que ele tava no no ano anterior muitas vezes da nossa rede né a nossa rede como eh enfim tem colegas aqui do Rio Grande do Sul que conhecem muito melhor do que eu mas a nossa rede faz um pouquinho de tudo anos iniciais anos finais e an ensino médio isso às vezes gera dificuldades mas nesse caso nos permite ter dados de quase que toda a trajetória desses estudantes então a gente consegue ter um nível de predição antes dele começar a a de fato ah cursar aquela série aquele ano que ele tá efetivamente então com base no comportamento dele eh não tanto em características inatas e tudo mais mas no comportamento dele mais no semestre anterior do ano no final do ano anterior né então a gente conseguiu construir isso e foi dividindo tarefas Maris assim eh a partir do do desses níveis de riscos que a gente calculou a gente construiu uma uma estratégia em camadas né onde cada camada correspondia o nível de risco do estudante que também não é nada novo né na literatura mas a concatenação com a IA talvez seja um um pouco mais mais recente né mas um estudante em risco baixo né por exemplo ele receberia ações mais genéricas disparadas a nível de de órgão central a escola poderia de alguma maneira deixar algumas ações de contato que são mais genéricas em geral para o órgão central fazer então a gente começa a realizar disparos de SMS automatizados né nesse caso quando ele tá num nível um pouco acima de risco nível alto a gente começa a disparar WhatsApp né por que não fazer isso desde antes whatsapp para quem é gestor sabe que uma mensagem automatizada de WhatsApp é muito mais caro né então a gente a a própria locação de recursos de alguma maneira vai acompanhando isso inclusive recursos humanos na escola né eh então eh um estudante em risco alto ele passa a não ter tanto ah receber ações não apenas genéricas mas a gente passa a identificar padrões nos seus colegas e desenvolver ações mais coletivas né exemplo estudantes com dificuldade em matemática né então eles podem ser tratados de uma maneira mais coletiva né ao passo que conforme o estudante vai tendo um risco de um risco identificado de abandono mais crítico que a gente chama a gente chega né na ação ideal digamos assim que que que que um estudante na eminência de abandonar deve receber acompanhamento individualizado né a contato direto com os pais preferencialmente com visitas né então todo aquele arcabolso que a partir dos protocolos que a gente lançou a gente eh consegue orientar a escola né e daí para para encerrar essa primeira parte vai faltar bastante mas depois eu complemento mas eh a questão do viés né eu acho que é que é muito importante a gente trazer eh foi um outro debate que a gente que a gente teve assim eh a partir do momento que a gente começou a olhar os nossos dados e fazer pesquisa qualitativa quantitativa a gente percebeu que na verdade o maior problema não é claro existiu o problema de introduzir um viés mas a gente já chegou numa situação enviada né onde essa escolha de Sofia que a escola ela fazia já era passada por um recorte racial por um recorte social muito evidente e que gerava resultados completamente eh envieszados antes de chegar a IA né então eh pensando um pouco nisso a gente eh óbvio trabalhou ao máximo para na na questão de desenho do modelo na questão ética na questão dos controles né na governança disso ã para tentar que pelo menos a partir do do modelo desde o dia desde a segunda semana de aulas né a gente espera um pouquinho né ele mostrar que veio na semana né no final da segunda semana de aula efetivamente se calcula o o risco daquele trimestre né então a partir a partir daí a gente tenta garantir que pelo menos um conjunto de estudantes em nível crítico receba o máximo de força da ação que a escola vai pode de alguma maneira ofertar a ele né é uma escolha Sofia um pragmatismo às vezes eh difícil assim de na na da hora de escolher mas com isso a gente tenta pelo menos reduzir esse viés inato né inato né não é exatamente inato mas histórico construído historicamente né da escola né então eh não só da escola né de todos os os níveis até chegar nesse estudante então o o modelo ele eh e o e os protocolos né eles são protocolos mínimos né isso é importante dizer né a escola tem total liberdade para aplicar mais ações ou em outros estudantes né mas a gente eh manda de alguma maneira um um uma orientação paraas escolas que eh esses estudantes têm um risco crítico de abandono eh você deve fazer no mínimo essas ações para estudante né eh a fim de alguma maneira eh claro tornar mais eficiente ter a chance de salvar mais estudantes mas também de alguma maneira de promover um pouco a equidade desses estudantes porque a gente sabe que o e essas questões de viés elas de alguma maneira já já convivem né tanto é que os resultados são diferentes e tudo mais né por enquanto era isso Marisa obrigado obrigada Guilherme eh pela sua explanação acho que a sua fala né tem um ponto de destaque que se conecta muito né com a o que uma dica né que o professor Ig eh trouxe aí na sua fala ao longo da sua fala que é a escolha né na hora da de escolher é pensar naquilo que agrega mais valor né e você destaca que eh o foco é a proteção das trajetórias escolares né então é muito interessante ouvir no final vou fazer outras perguntas né explorar um pouquinho mais eh porque é uma ação muito inspiradora né e que demonstra para quem está tomando decisões para formular implementar uma política caminhos possíveis né isso é bem interessante para fechar essa primeira rodada eu vou endereçar agora a pergunta pro Filueiras é Fernando Fugueiras olha a intimidade viu Filgueiras eh e perguntando o seguinte: "A CGAP tem se concentrado na discussão da inovação na gestão educacional a partir do uso de dados e tecnologia como a inteligência artificial contribui nessa frente Fernando quais os benefícios que ela pode trazer e como podemos mitigar os riscos para um uso ético seguro e transparente bom perfeito eh boa tarde para todos nós aqui eh primeiro fazer minha autodescrição né eh meu nome é Fernando eu sou eh homem uso barba tenho os cabelos lisos eh uso um óculos com eh armação preta tô vestindo um terno grafite com uma camisa eh branca e uma gravata azul né eh antes de entrar nessa questão propriamente dita eu queria abordar a questão da gestão e um pouco também quebrar o que eu tinha pensado eh para trazer para para conversa aqui principalmente depois que eu ouvi a Sâmia né quando ela fala enquanto ela falava eu comecei a fazer conta eh na minha cabeça eu cheguei à conclusão que tem 38 anos já que eu aprendi a programar e 38 anos que eu lido com esse assunto eh de uma forma ou de outra entendeu então eh de certa maneira eh não vou revelar a idade aqui mas eu meio que vivenciei o momento do inverno o que muitos gostam de falar né do inverno da da inteligência artificial foi exatamente o período que eu eh vivenciei mais profundamente e curiosamente eu por várias questões da minha trajetória pessoal eu acabei acabei saindo desse campo eh propriamente mais geral da da ciência e da computação embora tenha começado a a programar com 10 anos de idade eh e ter tido várias frustrações no meio do caminho com relação aos meus projetos de inteligência artificial então acabei abandonando e aí esse tema acabou voltando para mim meio quase como um tsunami assim enfim por uma longa eh questão eh pessoal digamos e até foi muito por isso muito motivado por isso que eh eu acabei aceitando o convite do secretário Evânio à época para ingressar na CGAP para trabalhar com essa agenda e nesse sentido por que que eu eu coloco essa essa questão eh da frustração como algo eh importante porque muitas vezes a tecnologia ela traz eh enormes promessas mas da mesma forma que ela traz enormes promessas ela também pode trazer enormes frustrações hoje a gente tá vivendo um hype enorme da da inteligência artificial eh nos seus vários tipos de modelos e as generativas e as preditivas enfim e e isso particularmente para a gestão tem sido eh ofertado como eh algo revolucionário que tende a mudar todos os procedimentos de gestão eh e automatizar eh vários procedimentos da gestão eu penso particularmente que isso é um grande equívoco certo curiosamente semana passada um estudo do Alan Tour Institute que foi um estudo experimental que eles fizeram com servidores públicos do Reino Unido teve resultados muito interessantes eles conseguiram construir um experimento natural colocando uma inteligência artificial apoiando eh gestores públicos do Reino Unido eh junto com o Copilot eh da Microsoft e um outro eles conseguiram identificar um outro grupo que não utilizava IA no final de tudo certo você eh automatizando várias algumas atividades usando inteligência artificial aí vem a pergunta: o que que isso otimizou ao final de um ano certo aqueles que utilizavam a inteligência artificial ganharam apenas 26 minutos certo para desempenhar as mesmas atividades que aqueles que não utilizavam inteligência artificial que que eu tô querendo dizer com isso inteligência artificial se ela for pensada como automação que a gente vai retirar o caráter humano da gestão e automatizar diferentes processos com toda a certeza a gente vai dar com a cara na parede certo e a frustração será enorme nesse sentido acho que é importante ser dito isso acho que dos exemplos que o Ig trouxe que o Guilherme trouxe eh com relação à questão do monitoramento de evasão por exemplo sem o caráter humano disso eh não funciona a predição por si ela não funciona certo por mais que ela presente eh indicativos muito eh eh muito sólidos por exemplo de acurácia eh dessas soluções para resolver um problema que é um problema real de gestão da educação que é a questão da evasão escolar certo nesse sentido como que a gente deve pensar a inteligência artificial e particularmente inteligência artificial na gestão eh o que é diferente na inteligência artificial é que nós trabalhamos junto com a inteligência artificial ah cuidado com as plaquinhas eu sou cardíaco agora tô ansioso entendeu eh enfim até me perdi ah a gente trabalha junto com a inteligência artificial só que o que é mais diferente ainda é que a inteligência artificial ela é um instrumento com o qual nós exercemos diferentes práticas mas ela é um instrumento de natureza diferente ela é um instrumento nesse sentido um instrumento epistêmico a secretária Ktia estava aqui mais cedo falando do filme Blade Hun eu gosto muito da imagem inicial do filme 2001 Modisseia no Espaço quando aqueles seres pré-históricos começam aprendem a trabalhar com o otimizam digamos assim o seu trabalho individual de caçar e aí eles têm mais acesso a alimentos nesse sentido mas também traz uma série de problemas eh eles começam a a fazer guerra certo no caso ali naquela imagem inicial do 2001 série no espaço fazer guerra exatamente pelo domínio da água né é uma cena que dura 5 minutos depois você dá um loop enorme eh pro ano 2001 né e essa é mais ou menos a trajetória do filme para ir discutir depois o R 9000 eh mas eh o que que eu quero dizer com isso a I sendo instrumento epistêmico ela é um instrumento de conhecimento ou seja o que a IA proporciona ao ser um sistema de controle de evasão por exemplo ela proporciona gestores conhecerem um problema da sua área conseguirem identificar e focalizar pessoas que têm o potencial de evasão para tomarem determinadas medidas humanas tomarem determinado curso de ação para resolver um problema nesse sentido a inteligência artificial ela é um instrumento que não necessariamente deve ser pensado eh no frame da automação ela deve ser pensada muito mais no frame da ampliação das capacidades analíticas de gestores eu acho que esse é o grande ganho que a inteligência artificial proporciona e ela proporciona fazer isso com uma capacidade muito mais veloz que nós humanos temos para analisar dados e informações esse é o grande diferencial e nesse sentido pensar a inteligência artificial como um instrumento epistêmico significa pensar o modo como esse conhecimento se transforma com a inteligência artificial como que isso impacta a humanidade como que esse conhecimento impacta a humanidade para exercer diferentes tipos de ações práticas nesse caso então na gestão a inteligência artificial é um instrumento extremamente importante ela é um instrumento epistêmico que permite conhecer diferentes problemas permite formular diferentes soluções e conectar problemas e soluções agora para isso nós precisamos pensar também a gestão dessa tecnologia esse é o outro lado da moeda e nesse sentido os gestores precisam ser facilitadores desse processo de inovação tecnológica eh dentro das instituições certo e mais do que isso e particularmente na educação gestores precisam ser facilitadores do desenvolvimento tecnológico dentro das escolas e para isso precisam desenvolver habilidades novas que t a ver exatamente com várias questões que o Igxe tem a ver com o trabalho de modelagem que agora é um trabalho extremamente importante então precisamos ter eh capacidades precisamos desenvolver capacidades relacionadas à questão dos dados a questão da modelagem dos dados a questão da modelagem de sistemas da modelagem de arquiteturas algorítmicas para resolver diferentes tipos de problemas nesse sentido eu acho que o esforço paraa construção da inteligência artificial no campo da gestão educacional significa o desenvolvimento de capacidades dentro das diferentes secretarias municipais estatuais do próprio governo federal também do setor privado nesse sentido certo e constituirmos de fato eh eh um grande esforço nacional de colaboração então qual que é a perspectiva da CAP nesse sentido a perspectiva da SEGAP é pensarmos como que podemos conectar os dados existentes no campo da educação com a construção de soluções de inteligência artificial para a educação nós já temos reunidos 232 bases de dados dentro de um grande data a partir do qual nós queremos constituir como um instrumento de inovação paraa educação brasileira um sandbox regulatório mais ou menos na ideia que a Gisele trouxe hoje pela manhã esse sbox regulatório permite que estados municípios editec sociedade civil a comunidade acadêmica possa acessar esses dados de maneira segura sem que esses dados tenham que transacionar para lá ou para cá permite acessar esses dados de maneira desidentificada e poder treinar dentro de um ambiente seguro essas soluções documentar todas essas soluções porque gestores precisam garantir a governança da inteligência artificial explicar as arquiteturas algorítmicas dar transparência sobre quais bases de dados foram utilizadas quais foram as métricas eh dessas soluções algorítmicas em termos por exemplo exemplo de acurácia que tipo de impacto isso gera no campo educacional mais especificamente documentar essas soluções criar essas soluções e dispor essas soluções em formato aberto para todas as comunidades escolares indistintamente e possibilitar portanto que todas as comunidades participem desse desenvolvimento tecnológico utilizando essas soluções abertas para aprimorá-las embarcar as em suas diferentes plataformas não importa não importa quais certo e de fato pensando chamamentos públicos que sejam coordenados dentro de um padrão de governança que permita essa experimentação crescente de soluções e e essa experimentação sempre de uma forma segura dentro de padrões de governança documentadas e disponibilizadas eh publicamente para que qualquer escola qualquer rede de educação possa eh se utilizar desses instrumentos para poder aprimorar seus processos de gestão escolar aprimorar seus processos educacionais como um todo acho que é isso vou deixar a a outra parte para para outra para outra sessão obrigado obrigada Fgueiras a sua fala me despertou assim algumas reflexões confesso uma delas eu lembrei muito da letra da música do Gilberto Gil sobre a novidade né uhum a novidade veio da praia mas ela virou paradoxo estendido na areia né e aí outra coisa também sobre o caráter humano que foi dito aqui eh que eu me lembrei assim uma coisa que chamou muita atenção e eu aproveito também para agradecer a UNESCO né pelo acho que pela parceria pela para realizarmos esse evento também esse seminário com uma discussão tão importante é que eh participando né de um seminário também falando de inteligência artificial eh a a partir de perspectiva de diversos países né algo que me chamou muito atenção eu que venho desse lugar de chão de escola né de chão de secretaria de educação é que é isso né que apesar da inteligência ser artificial né mas ela é feita por uma inteligência que é humana né e vocês destacam muito isso aqui e aí eu anotei aqui várias palavras termos perguntas mas pensando né numa estratégia que pode ser potente para que essa novidade não seja a guerra né então eh queria ouvir um pouquinho de eh de vocês três a pergunta vai ser endereçada pros três eh que vocês destacassem né com base na experiência de condução dessas iniciativas a partir do lugar eh que vocês vêm ocupam das experiências construídas junto a gestores públicos e também a comunidade escolar como que vocês veem a construção de instrumentos que possam ser pactuados e compartilhados vou repetir que sejam pactuados e compartilhados entre as diversas instâncias educacionais de forma que atores se estejam informados das oportunidades e dos riscos e possam gerir de forma mais segura crítica e responsável essa tomada de decisão em relação à adoção de tais sistemas eh eu vou começar pelo professor Igo na mesma ordem depois Guilherme depois Figueiras mas o tempo de vocês dessa vez é menorzinho tá não fiquem ansiosos com a plaquinha professor Ig eu adoraria responder por último pergunta super complexa e super importante não é muito do que a gente tá desenvolvendo e trabalhando hoje há depende de dados então quando o Fernando traz eh essa sandbox para que a gente consiga testar e experimentar para mim isso é parte fundamental dessa estratégia que a gente tem que estabelecer no país então eu acho que o primeiro passo é a gente ter clareza de visão né que é que a gente quer exatamente com a IA no Brasil a gente sabe muito provavelmente se a gente fizer essa pergunta o CETIC tá aí a gente fizer a pergunta sobre qual é a visão que a gente quer pro Brasil de ar na educação com certeza vai ser uma bagunça assim então eu acho que o primeiro passo é a gente ter muita clareza e estabelecer uma visão do que a gente quer pro país e compartilhar essa visão e aí o papel e um evento como esse aqui liderado pela UNESCO com o MEC é incrível porque vai num caminho de compartilhamento de de uma visão e aí eh essa visão para mim é o ponto de partida pra gente começar a pensar nessa governança da IA pensando na governança da Iá definindo essas diretrizes para daí a gente chegar nessa estratégia e é onde entra esse belíssimo trabalho que a Segap tá falando fazendo com relação a essa sandbox então para na prática como é que isso pode ocorrer tá todo o debate sobre a regulação da IA né como é que a gente vai trabalhar de maneira ética uso o uso ético responsável explicabilidade transparência tal palavras muito bonitas né e na prática como é que faz isso acontecer então só para dar um exemplo de como é que a gente pode eh eh trabalhar isso em diferentes níveis com essa Sandbox que o próprio Fernando cita é incorporar nessa Sandbox que nada mais é uma caixa de ferramentas que diferentes atores poderão testar essas soluções de A e a gente incorpora diferentes técnicas que entregam para quem tá testando e desenvolvendo essas soluções se tá promovendo justiça se os modelos ou diferentes usos de modelos eles têm acurác similares e aí permite que quem testou use o modelo que dá explicabilidade que a gente consiga reduzir o nível de viés daqueles dados então a gente começa de fato a implementar essa estratégia eu tenho um minuto tá bem começa a implementar de fato essa estratégia e aí eh a gente começa a ter uma lógica de ecossistema como é que a gente eh demandando tanto desses gestores vai dar os incentivos suficientes para ele dizer: "Eu arrisco investir em inteligência artificial mesmo com essa legislação entende então então na minha visão eh Marisa eu acho que a gente precisa partir muito na linha do que o Fernando tá trazendo e sem dúvida nenhuma o ministério é esse ator para liderar esse processo criar uma sandbox como essa disseminar e fazer com que isso seja um bem público um bem público porque aí a gente consegue nessa cebo garantir a camada da LGPD garantir a camada da regulação da IA e mesmo e ao mesmo tempo não limitar para permitir que outros atores possam inovar e ter segurança para os gestores decidir fazer aquele uso daquela eh solução com IA sem ter medo depois do TCU eh eh ir atrás dele entendeu eh eu vou parar por aqui porque meu tempo acho que já acabou mas eu tenho um milhão de coisas para falar mais obrigada professor Igna na sequência então Guilherme acho que tem pouco a complementar assim a verdade é que é um um desafio é grande mas a e a gente precisa enfrentar ele logo né e falando um pouco da perspectiva de quem tá de alguma maneira aplicando ele a gente tem pressa assim de de conseguir né de alguma maneira ter essa esse arcabolso sandbox é uma é uma ideia sensacional assim o próprio ã Mac presente né a estrutura de de integrada de dados de alguma maneira ajuda muito muito nisso nesse sentido para dar um pouco mais de eh de transparência para eh de alguma maneira eh trazer dados comportamentais por exemplo de um modelo de A então já chegando a a partir de um momento que a gente já vem com uma bagagem de de informações sobre aquele estudante mitiga muito viés né ah a partir de um modelo rodado do zero digamos assim então acho que isso ajuda bastante né eh também eliminar né eh talvez eh caiba mencionar um exemplo eh que a gente tá tem feito lá no Rio Grande do Sul que ensaia de alguma maneira esse eh essa aproximação entre com outros órgãos a gente ao fazer a política de proteção na trajetória eh naturalmente teve que lidar com Ministério Público né outros agentes que de alguma maneira têm uma ação importantíssima na no combate ao abandono à invasão começamos apresentando a iniciativa mostrando a lógica né explicando o que que estávamos fazendo quais bases de dados estávamos usando o que que a gente esperava daquilo o que que isso implicava especialmente né pro pro pra questão do abandono pro que efetivamente chegava na forma de eficaz que é o gatilho da ação por exemplo do Ministério Público e mudou um pouco mudou-se um pouco a lógica assim que que a gente percebeu ah que foi muito mais fácil do que a gente esperava essa essa relação então eh a verdade é que eh a IA nesse caso eh é só um ponto de partida do que a gente tá efetivamente fazendo né então o algoritmo o resultado o risco eh não é um fim em si mesmo né pelo contrário ele é o início da ação humana ele é o início da ação de investigação do das causas efetivas daquele abandono do o início da da construção de um plano de ação individualizado construído pelo orientador educacional a partir da relação estudante orientador que vai agir de fato sobre isso né é o começo de tudo não é o final então eh quando a gente de alguma maneira mostrou a implicação por exemplo que eh isso geraria pro Ministério Público por exemplo percebeu-se que eh o nível de eh de de importância que uma notificação por exemplo que a rede estadual mandava pro Ministério Público eh passava a ter um uma credibilidade digamos assim de de risco efetivamente né da importância daquilo ser tratado de na maior brevidade possível eh passou a ter um um uma relevância muito maior para eles inclusive então também de alguma maneira ajudou a priorização da ação dos outros entes do Ministério Público do Conselho Tutelar porque eh isso certamente todos os estados passam há um gargalo claro nas entre a escola e os demais aparelhos públicos entre notificar e receber uma ação né da rede intersetorial então a partir do momento que você qualifica a informação da tua notificação eh constrói-se confiança no sentido de alocação de recursos dos outros entes para agir sobre com maior força naquela sobre aqueles casos né então acho que isso eh claro depende sempre dessa construção de confiança que inevitavelmente vai passar por uma governança transparente por modelos sólidos eh compartilhados muitas vezes então mas eu acho que e é um caminho que eh potencial gigantesco assim e a gente produz alguns ensaios né vai em algumas direções que já nos mostram isso mas sem dúvida precisamos de alguma maneira eh cuidar desde o início né sobre as bases que a gente tá construindo essa essas iniciativas perfeito obrigada Guilherme aí na sequência Fogueiras eh só prestar alguns esclarecimentos sobre a questão do Sandbox sandbox vai ser um espaço experimental em tese qualquer um pode entrar lá para fazer construir vários experimentos com os dados disponíveis eh os dados eles são acessados de modo seguro e desidentificados e e claro a gente tá tomando providências agora junto com a advocacia geral da união para criar todo o marco normativo eh do sandbox porque tem essa essa necessidade especificamente com a a AGU eh e a gente pretende lançar isso em eh no final desse ano ah a ideia é exatamente que a gente vai trabalhar com chamamentos públicos que podem ser amplos e aí digamos assim a partir desses chamamentos públicos identificando necessidades tecnologias a serem desenvolvidas eh a gente chama todo mundo para dentro coloca ali nesse ambiente de desenvolvimento e depois que essas tecnologias são desenvolvidas elas são todas documentadas do ponto de vista das suas arquiteturas do ponto de vista dos dados que utilizam dos dados novos que foram que subiram de como que ela trabalha a reiteração eh do seu processo como que ela trabalha a questão de supervisão do seu processo a questão do impacto regulatório isso tudo para dar transparência eh para todas as comunidades que utilizarem dessas tecnologias que vão ser disponibilizadas no marketplace e antes de chegar no marketplace elas ainda passam eh eh pelas regras eh dos eh dos sandboxes eh regulatórios ainda passam por eh consulta pública essas soluções constituídas ou seja ainda damos oportunidade para todas as comunidades escolares participarem desse processo de construção tecnológica nesse sentido de modo rápido otimizado e garantindo nesse sentido eh uma facilitação pro desenvolvimento porque a grande questão do desenvolvimento de inteligência artificial é o acesso a dados e principalmente a dados de qualidade por isso que isso se conecta diretamente com todo o trabalho de governança de dados que a gente vem constituindo no âmbito do ministério para poder criar portanto esse habilitador e esse facilitador de desenvolvimento tecnológico particularmente voltado paraa educação dessa vez eu te peguei e eu não gastei meu tempo todo maravilhoso maravilhoso é acho que alguns elementos né que vieram como dicas importantes aqui nas três falas é a governança né acho que veio muito fortemente na fala do professor Ig reforçada pela fala do Guilherme eh as a o estabelecimento das diretrizes para depois estratégias e acho que o Fernando também traz agora uma perspectiva né que é de conhecer e adotar eh essas essas ideias né incorporar essas diferentes técnicas que estão disponíveis então muito interessante né para nesse eh nesse aspecto de formulação da política de quem está nas redes nos territórios conhecer se apropriar aproveitar e utilizar né aquilo que já está disponível nessa caixa de ferramentas e aí como nós temos ainda uns 10 minutinhos eh eu gostaria de abrir aqui para quem quiser fazer alguma pergunta disponibilizar o microfone para um dos nossos três convidados aqui queria checar se alguém tem alguma pergunta alguma dúvida sobre o que foi dito estimular vocês aproveitem nós estamos aqui com professor Ig com Guilherme com Fueiras completamente à disposição para responder aí em 5 minutinhos marisa eu ia sugerir que ele ia ele tinha coisas tão relevantes e que não deu tempo se ninguém tiver pergunta era só deixar ele falar mais um pouquinho professor IG então é vamos lá vai mais alguém porque a gente faz um combo mais alguém tem pergunta não bom então vou passar o microfone pro professor IG fica à vontade eh se der tempo 5 minutinhos eu tenho mais uma perguntinha aqui para o Guilherme se quiser pode fazer depois eu faço uma fala também tá bom então é porque essa solução que é implementada lá no Rio Grande do Sul né é interessante entender né acho que nessa na perspectiva dessa última pergunta né de envolvimento achei muito interessante essa divisão por níveis de complexidade de criticidade né eh eh que vocês pediram e que traz também né a secretaria para uma corresponsabilização ali junto com as escolas se você pudesse explorar um pouquinho eh disso né porque eu quando conversei com o Guilherme eu lembrei muito da minha experiência preenchendo FICAI que são aquelas fichas de informação ficha de comunicação do aluno infrequente e que às vezes quem tá na escola no chão da escola fazendo esse papel é uma atividade árdua né que a depender de quantos estudantes estejam nessa condição de infrequência de infrequente são muitas fichas 100 200 300 fichas já tem gente balançando a cabecinha assim concordando porque sabe né que é uma tarefa árdua e aí conversando com o Guilherme sobre isso achei muito interessante essa perspectiva que ele traz dessa da solução que é desenvolvida lá né na rede eh e e que eh como que olhar também né para um compromisso da própria secretaria em não permitir que o estudante chegue numa condição eh que que demande o preenchimento da FICAI foi interessante então se puder explorar um pouco disso Guilherme aí 3 minutinhos claro vou contar aqui h obrigado pela oportunidade Marisa de complementar acho que uma das coisas que são mais relevantes né das conclusões mais importantes que a gente teve foi eh que a lógica de construção de combate ou abandono ela era muito eh reativa no sentido de esperar o estudante efetivamente tá em frequente para conseguir ou para agir né e ao mesmo tempo que eh ao estando em frequente a escola muitas vezes tinha uma unicação que era abrir uma ficha de comunicação né lavar as mãos muitas vezes e seguir né e aquele estudante dificilmente voltava pra escola então o que que a gente pensou eh dividir um pouco eh primeiro dividir a tarefa né mas executar essa divisão no momento anterior e a IA nos permite isso né e eh talvez mais relevante do que a IA nessa nessa estratégia seja engenharia social eu acho que que que a gente construiu para eh fazer essa corresponsabilização e a corresponsabilização ela começa eh a nível institucional interno da secretaria né como eu falei reconhecendo onde a secretaria pode contribuir mais né em geral em ações de larga escala eh e menos individualizadas mas ainda individualizadas né então por exemplo eh a gente reconhece quando um estudante eh que é beneficiário de algum programa de concessão condicionada de de renda como PEDM eu toda jovem na escola tá em frequente então a gente manda esse aviso já fal eh fazendo gatilho com o programa né isso a escola não precisa fazer óbvio que ela vai fazer muitas vezes e é bom que faça mas a gente já consegue fazer isso a nível de secretaria né ao passo que a nível de de regional por exemplo eh existem casos mais críticos que podem de alguma maneira ser atendidos ali ela tem um papel de monitoramento algumas ações também podem ser feitas pela regional né eh deixando um pouco a escola eh eh para que ela possa focar né estudantes nível crítico então tem uma um uma divisão de responsabilidades a partir de uma premissa de integração eh vertical digamos assim entre os entes mas também transversal como eu falei no exemplo com o Ministério Público com as outras secretarias de estado né então eh essa eh corresponsabilização né ela é importante inclusive para aproximar a família né então chega num momento onde a família de alguma maneira tenta trazer né a gente vive num numa rede né no Brasil como um todo mas a nossa rede ela se digitalizou muito muito rápido né e isso é ótimo especialmente no contexto da pandemia mas a gente foi percebendo que isso de alguma maneira ah afastou um pouco os pais por exemplo do chão da escola e de alguma maneira eh facilitou né claro a a comunicação com com os pais via aplicativos e tudo mais mas a gente eh notou que pro fluxo escolar eh dificulta na hora de tentar eh ver porque que o estudante tá faltando ou mesmo quando ele deixa de frequentar Tá eh acaba que eh essa relação ela quando quando é necessário ser acionada né de uma forma mais eh intencional digamos assim para esse para essa questão eh foi eh fragilizou-se um pouco então o nosso protocolo eh traz a aproximação com a família antes do estudante eh de alguma maneira deixar de frequentar sabendo que se eventualmente ele eh confirmar esse esse esse movimento né de quebra de vínculo já tem ali uma relação pré-estabelecida já foi conversado já tem um contato que já tá confirmado né eh então a eh é uma divisão de responsabilidades e uma corresponsabilidade tanto vertical quanto horizontal resumindo legal obrigada por compartilhar Guilherme e agora então eu passo pro professor Ig fica à vontade obrigado eh eu vou tentar falar em 3 minutos para dar também pro para Fernando falar eh veja eu vou voltar à pergunta inicial sobre esses riscos e quando começou a ter todo esse boom mais recentemente sobre a IA uma das primeiras coisas que a gente fez a gente fez duas coisas a primeira foi olhar como é que tá a preparação dos países em termos de capacidade estatal sobre o uso do uso de IA toca muito na gestão e quando a gente compara os países a gente vê um gráfico assim onde os países mais desenvolvidos high income economies lá no topo e você vê que economias emergentes aqui e eh low income countries bem aqui embaixo e muito do que tá sendo desenvolvido tecnologia vem de onde do que tá sendo falado aí então eu acho que que o risco a gente tem dois grandes riscos o primeiro é a gente começar a fazer um uso intensivo da IA sem essa reflexão mais profunda e crítica que vai ou pode em muito aumentar a desigualdade esse é um ponto e o outro ponto é às vezes a gente não vai nem conseguir fazer isso e aí a gente vai perder uma oportunidade então tem vários benefícios eu não quero acabar aqui com um cenário ruim não o que eu tô querendo dizer é tem esses dois riscos muito grandes e a gente tá numa viés de importação de solução eu acho que a gente precisa no Brasil fazer duas coisas primeiro a gente precisa decolonizar essa IA a gente precisa pensar nós mesmos como a gente vai resolver esses problemas esses problemas não vão ser importados é inacreditável como eu passei do anos lá na Universidade de Harvard e como muita coisa do que se produz lá não serve absolutamente para nada do que a gente tá tendo de problema aqui e a gente tá querendo ir lá para fora sair importando solução eu não tô dizendo que a gente não tem que beber eu não tô dizendo que a gente não tem que beber precisa beber nas soluções mas a gente precisa ser crítico e decolonizar esse negócio o Brasil tem um nível de complexidade tão grande que muito provavelmente os problemas do mundo estão aqui dentro isso dá isso é uma oportunidade isso é uma oportunidade da gente olhar para dentro encarar esses problemas e começar a gerar inovações que resolvam nossos problemas e comece a exportar a solução então eh na minha visão eu acho que o Brasil ele tem tudo para ser uma liderança principalmente para países do sul global é isso obrigado que aula professor que fala potente muitíssimo obrigada Fernando bom eu só queria terminar aqui com um ponto eh isso acho que tem a ver exatamente com a fala do IG também mais uma vez eh a gente vai viver aí um período de grande experimentação com relação à questão da IA eh não existem soluções prontas seja para educação pensando a educação dentro de sala de aula seja para educação pensando a educação eh no âmbito da gestão eh das políticas educacionais e da gestão das redes e da gestão escolar propriamente dita a gente pode dividir ainda a gestão nesses três níveis digamos né então não tem não há solução pronta eh não existe eh eh fórmulas mágicas para isso o que eu acho que curiosamente eh a inteligência artificial é uma tecnologia interessante porque ela é muito menos sobre a questão da tecnologia em si e muito mais curiosamente sobre teoria ou seja como é que eu vou desenhar uma inteligência artificial se eu não tenho uma teoria eh de aprendizagem por exemplo como é que eu vou desenvolver uma inteligência artificial se eu não tenho uma teoria de gestão da escola se eu não tenho uma teoria eh da gestão das políticas educacionais então curiosamente sendo um instrumento epistêmico extremamente potente capaz de otimizar várias coisas e capaz de eh gerar um enorme conhecimento o que que nós podemos transformar o que que nós podemos inovar usando essa tecnologia de modo que de fato persigamos eh objetivos de interesse público muito bem colocados e muito bem definidos paraa comunidade como um todo porque eh tal como naquela imagem inicial eh o avanço tecnológico a gente tá avançando um instrumento mas como esse instrumento é utilizado bom vai depender da forma como nós utilizamos vai depender da forma como nós abordamos isso por isso que os marcos éticos eles são tão fundamentais são tão importantes para esse desenvolvimento em geral e particularmente no campo da educação certo obrigado gente obrigada Pegueiras o nosso tempo está esgotado continuaríamos aqui conversando né o diálogo como eu falei no início né que a tendência era construirmos um diálogo leve com trocas importantes né e que fizessem muito sentido para quem estivesse aqui nos acompanhando assistindo eh então muito obrigada por esse comprometimento responsabilidade de trazer todas essas falas né tão inspiradoras obrigada professor Ig obrigada Guilherme obrigada Fogueiras e obrigada a vocês né que ficaram aqui tão atentas tão atentos conosco até agora obrigada e nós agradecemos você Marisa por conduzir esse diálogo pessoal não levante ainda não só mais um pouquinho da valiosa atenção de vocês para encerrar nossas atividades de hoje nós vamos ouvir mais uma vez a Ana Dal Fábro rapidamente não se preocupem gente só para encerrar mesmo o dia de hoje queria agradecer demais os nossos palestrantes todos por falas tão provocadoras tão inspiradoras eh acho que foram discussões muito interessantes queria muito agradecer todo mundo que tava nos assistindo de casa todo mundo que ficou aqui firme até agora sei que foi um dia intenso né todo mundo com a cabeça fervendo provavelmente eh queria só acho que dar alguns recados de amanhã então amanhã a gente começa às 9 horas da manhã temos mais dois painéis a gente vai retomar esse debate da IA relação com os professores né esse debate das competências digitais como a gente prepara a nossa rede para isso no primeiro momento e depois a gente vai falar de recursos educacionais eh com inteligência artificial o que que a gente precisa ter de preocupação e de cuidado para conseguir potencializar os recursos dentro das escolas então convite para todos retornarem amanhã aí para as nossas discussões muito obrigada então esperamos vocês de volta amanhã às 9 horas não é para assistir pelo YouTube não hein gente é aqui presencial youtube é só para quem tá longe | |
| do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira o INEP gostaria também de dar as boas-vindas ao público que nos acompanha por meio da transmissão online no canal oficial do MEC no YouTube é uma alegria tê-los conosco meu nome é Artur Martins e antes de iniciarmos farei minha audiodescrição sou um homem pardo de 1,80 m cabelos pretos curtos não tenho barba uso um óculos de grau olhos castanhos meu trajem é um terno azul num tom escuro camisa azul num tom claro e uma gravata amarela estou de pé do lado direito da mesa onde se sentam nossos convidados e eu tenho o prazer de acompanhar vocês ao longo desta manhã conduzindo o último dia deste evento evento que reúne pessoas de diferentes estados brasileiros representantes de diferentes pastas e órgãos do governo federal de governos estaduais e municipais de organizações e organismos internacionais de instituições da sociedade civil de universidades e institutos educacionais gestores educacionais professores e estudantes o evento Inteligência Artificial na Educação Básica construindo referenciais nacionais é realizado pelo Ministério da Educação em parceria com a UNESCO do Brasil e com o Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação e configura-se como um espaço estratégico para debater caminhos compartilhar experiências e construir consensos contextualizados sobre a integração responsável segura e pedagógica da IA nas escolas brasileiras antes de darmos início ao nosso primeiro painel informo que hoje é o nosso último dia e o encerramento está previsto para as 13 horas mas antes disso lá por volta das 10:45 faremos uma pausa para o café daremos início então ao nosso quinto painel com o tema IA na prática pedagógica aprender e ensinar com IA para moderar nossa conversa convidamos Maria Red oficial de projetos na UNESCO no Brasil maria Reder é oficial de projetos do setor de educação da UNESCO onde atua com projetos relacionados às tecnologias e IA na educação mestre em direitos humanos pela Universidade de Padova especialista em gestão da comunicação pela ECAUSP há 22 anos é pesquisadora do núcleo de comunicação e educação em 2022 foi contemplada com o prêmio Mariazinha Fusari categoria profissional em educomunicação acumula experiência profissional com direito humano à educação nos países: Brasil Bodsuana Guinébal Kênia e Timor Leste seja bem-vinda Maria obrigada convidamos agora nossos painelistas rosa Vicari coordenadora da cátedra UNESCO em tecnologia da informação e comunicação na educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul uhu rosa Vicá é doutora em engenharia eletrotécnica e computadores pela Universidade de Coimbra professora titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul atua na área de ciência da computação principalmente nos seguintes temas: sistemas multiagentes sistemas tutores inteligentes informática na educação e educação à distância coordena a cátedra na área de TIC da UNESCO para América Latina membro do Comitê de Governança da Inteligência Artificial MCTI foi uma das criadoras do Simpósio Brasileiro de Informática na Educação na década de 90 seja muito bem-vinda Rosa convidamos agora Christian Brackman professor do Instituto Federal Farrupilha e membro da Cátedra UNESCO em tecnologia da informação e comunicação na educação cristian é professor do Instituto Federal Farroupilha na área de computação doutora e pós-doutorando em informática na educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul atua como consultor da UNESCO em inteligência artificial na educação básica e é membro da cátedra UNESCO em TIC na educação participou como validador da norma sobre computação na educação básica complemento a BNCC junto ao CNE foi autor do currículo CIEB de tecnologia e computação e do referencial curricular em IA para educação básica propostas pioneiras para a introdução da computação e inteligência artificial nas escolas brasileiras atualmente em uma parceria com Unipampa IFAR e UFRGS é um dos coordenadores da implantação do componente curricular obrigatórios de IA nas escolas da rede estadual do Piauí seja bem-vindo professor convidamos agora o conselheiro relator da BNCC computação e professor da UFBA Ivan Siqueira ivan Siqueira é professor titular em interdisciplinaridade na Universidade Federal da Bahia doutor e mestre em Letras pela USP especialista em música e história da arte Berkley College of Music USA professor na ECAUSP professor na rede pública em São Paulo professor visitante Keyoto University of Foreign Studies membro do Conselho Nacional de Educação relator Fator da BNCC Computação parecer CNE/CB número 2 de 2022 especializações em cursos de extensão cursos esses que estão em inglês large language models get compound science are the future of AI Stanford University 2024 understand Embandings for Natural Language Processing University of Potston 2024 14 annual workshop and survey methodology celtic.br/ibge br/g 2024 Brazilian National School of Statistic Science Data Production and Governance 2023 MIT Technology Review Artificial Intelligence 2023 Applied Data Analysis Oxford University 2022 quase travou a língua teriteracy esse tá em alemão gente que campus da Alemanha Dotland 2022 e Camification Workshop Talin University Estonia 2025 2020 professor Ivan seja muito bem-vindo por fim mas não menos importante o diretorgeral do Instituto Anísio Teixeira na Secretaria de Educação do Estado da Bahia Iuri Rubim yuri Rubim é jornalista e mestre em educação criou e coordenou centros juvenis de ciência e cultura laboratórios pedagógicos da Secretaria da Educação do Estado da Bahia foi fellow do MIT Media Lab 2018 atua como articulador na Bahia da Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa é diretor geral do Instituto Anísio Teixeira instituição responsável pela formação de educadores no estado da Bahia lá criou as residências de aprendizagem criativa as agências de notícias na escola e o Maria Feriba Lab entre outras iniciativas diretor Yuri seja muito bem-vindo maria Red passo-lhe a palavra neste momento para a condução da nossa conversa bom dia a todas e todos é um enorme prazer começar esse dia como moderadora e coafitriã né Ana aqui do nosso evento eh antes de iniciar o painel eu quero estender aqui agradecimentos em nome do setor da UNESCO de educação da UNESCO no Brasil paraa excelência né da da liderança da secretária Ktia Schweiker da diretora Anita da coordenadora Ana da Marina que está ali grandes parceiras mulheres né que estão liderando essa pauta no Brasil então pro setor de educação da UNESCO no Brasil a gente sente muito honrado de estar aqui como cooperação técnica e também estendo os agradecimentos ao CETIC BR ao Alexandre a Graziela tô me permitindo um pouco mais informal sem os sobrenomes e a Dani aqui que vocês vão estar mais próximos a ela no próximo painel eh eu queria convidar todo mundo que tá aqui presencialmente que tá em casa nos ouvindo é Brasil é construção de referenciais nacionais eh ontem a secretária Ktia Schweiker para quem não viu tá gravado né no canal do MEC ela trouxe um discurso de abertura tão importante trazendo eh a relação desse nosso debate com o debate da alfabetização então como estamos no país de Paulo Freire convido a todos refletirem nos seus estudos Paulo Freire e outros autores brasileiros o que de fato esses autores trazem para esse debate hoje como respirar o segundo dia do evento e agora trazer essa humanização e humanidade que aqui é proposto né e por que que eu trago isso porque na sacola de vocês como vocês viram né e quem tá em casa tem uns K coachs que a gente apresentou tá tudo gravado de ontem quem não pôde acompanhar a UNESCO traz aqui o lançamento em língua portuguesa dos marcos referenciais paraa IA na educação básica e a gente fala muito aqui vocês né muitos de vocês já usam desse público qualificado da abordagem centrada no ser humano ser humano sujeito de direito de afetos então vamos partir o nosso dia de hoje desse lugar de fala também e queria agradecer também a equipe da do setor de educação da UNESCO no Brasil ah vocês conheceram a nossa coordenadora Rebeca Otero ontem mas é muita gente envolvida na organização desse evento então Gisele Aline que estão ali eh Gabriele Tábata Tatiana minhas colegas Mariana Lorena muita gente eh da comunicação da UNESCO também Maria Pia Rafael Paulo Fernanda é humano né por isso que eu tô trazendo os nomes não posso deixar de agradecer para que esse evento acontecesse e agora vamos lá que é um uma responsabilidade enorme tá com essas pessoas aqui tão especializadas no nosso painel que a gente tem o objetivo de aterrar a discussão pro território brasileiro como sabem né vivemos em um momento de transição em que a inteligência artificial começa a fazer parte do cotidiano escolar seja por meio de plataformas educacionais seja pelo uso espontâneo de ferramentas generativas por professores e estudantes diante desse cenário esse painel aqui traz uma pergunta e é um desafio aqui no tempo dado como garantir que a IA em vez de substituir o professor o fortaleça como protagonista do processo de ensino aprendizagem então esse painel propõe justamente essa reflexão para começar eu gosto que eu vou trazer uma pergunta em dupla e aí vocês vão entender nossa Maria porque tá direcionando em dupla a primeira pergunta é que os professores aqui referências como vocês viram trabalham em conjunto então a gente sempre né a dupla Rosa e Cristian e os colegas que estão aqui também do grupo professores né vocês estão aqui desenvolvendo um curso eh só é um spoiler hein que tá dado aqui na minha fala é um curso paraa formação de professores em IA né em de uma parceria no âmbito da parceria com MEC na com a UNESCO no Brasil e queríamos que vocês contassem um pouco como vocês estão desenvolvendo isso e como vocês entendem o que é central independentemente do curso quando a gente fala de formação docente nesse tema então fiquem à vontade aí a fazer uso da palavra obrigada é a dupla na realidade a gente é quatro né o Cristiano e o Lucas também que estão aqui presentes bom dia a todos meu nome é Rosa Vicari eu vou começar com a minha autodescrição eu sou uma mulher branca eu estou vestindo calça preta casaco preto e uma blusa bordô ah é um grande prazer estar aqui com vocês e eh pode eu não tenho passador de transparência tem sim só um minut tá pr para ir pra pra próxima pronto ok obrigada eu não sei para onde eu vou ter que apontar isso vamos descobrir juntos tá ligado tecnologias né não pera aí não tá ligado não tá ligado ok então a nossa ideia hoje é mostrar dividido entre eu e o Cristian como que nós estamos eh desenvolvendo os quatro esse projeto é um projeto da UNESCO que a fase dois está em três países Egito Tailândia e Brasil vocês podem ver nessa figura vamos ver se eu consigo ir adiante conseguir e eu vou falar então vou começar falando aonde a gente tá inserido a gente tá inserido cultura digital mundo digital pensamento computacional computação e inteligência artificial a minha fala vai focar principalmente em computação inteligência artificial e pensamento computacional o professor Cristian vai avançar depois então computação IA a IA não é parte da computação é mas a IA tem suas peculiaridades tem e é importante pra gente entender tudo o que mais a gente for falar aqui então nós vamos falar sobre letramento em IA e o letramento em IA é dividido em letramento em dados algoritmos em modelos pela proposta da UNESCO 2022 a computação não trabalha com dados trabalha e a trabalha com dados trabalha de forma diferente computação entra o registro processo e sai uma solução e a trabalha os dados em conjunto e há dos dados gera o conhecimento que só é possível com o conjunto dos dados e a resiste a dados incompletos computação não se o dado não tá completo não produz a saída né então letramento em dados começamos com diferenças letramento em algoritmo computação não trabalha com algoritmos trabalha e a trabalha com algoritmos trabalha os algoritmos de a são diferentes são eles aprendem e mais a gente tem algo que na Iá se chama deep learning que faz toda a diferença a Iá pode aprender objetivos próprios a partir dos dados que não foram programados por humanos a Iá pode ser intencional isso faz toda a diferença letramento em modelos os modelos computação não tem sistemas tem IA tem sistemas tem os modelos de IA a são o resultado de dados mais algoritmos que vocês já viram que tem suas peculiaridades mas os modelos de a têm graus distintos de autonomia para interagir com o ambiente vou adiante depois eu digo como entra pensamento computacional aí então uma definição que a gente usa e a gente baseia todo o nosso trabalho nela a IA é baseada em máquinas o hardware faz toda a diferença e o hardware que nós temos atualmente determina a grande parte dos limites da IA porque os modelos matemáticos e lógicos são bem mais amplos né e aí já entra a ideia do pensamento computacional que não tá limitado ao corpo da máquina aá tem objetivos explícitos programados e implícitos que ela inferiu para ela mesmo dos dados de para que servem os dados que ela infere a partir das entradas que recebe com diferentes graus de autonomia vocês viram que os modelos têm autonomias diferentes para atuar para decidir para negociar soluções a gente fala na no conceito de agência aqui também né e o que que ele gera ele gera previsões conteúdos recomendações decisões que podem influenciar o quê ambiente físico quem é físico eu sou física né quem é físico um robô é físico uma máquina é física mas virtuais também o que que é virtuais outros sistemas de a e não só é uma definição da UCDE que a gente usa muito e entra toda aí aí a gente poderia fazer uma apresentação só sobre esse texto que tá aqui porque toda a Iá tá aqui então nós estamos falando em letramento em dados algoritmos e modelos a nossa proposta se divide nesse nessas três componentes quais são as bases disso ciência de dados né dados análise computação matemática e claro a própria I agora vem como que a gente usa o pensamento computacional a gente usa o pensamento computacional como uma metodologia para se ensinar IA e aí a gente tem o pensar com a IA e o pensar sobre a IA no ensino fundamental e médio a gente não usa o pensar para EA e ele entra sim no currículo de cursos de A na graduação né que é quem vai desenvolver realmente sistemas de a mas o pensar com a IA é usar a IA para resolver problemas e o pensar sobre a IA é entender como a IA resolve esses problemas quais são os seus limites e quais são as suas possibilidades né e a gente já sabe que os limites são dados pela teoria da computação pelo corpo das máquinas etc né aí estão os limites ah além disso nós usamos o pensamento computacional também para trabalhar a conectada ou desconectada a primeira vez que eu entrei em contato com o conceito de a conectada e desconectada foi porque eh foi num trabalho de pesquisadores alemães e eles usavam a ideia da IA desconectada para introduzir inteligência artificial no ensino fundamental para tentar evitar o uso de máquinas no Brasil a gente usa um pouquinho mais adiante eh equidade por falta de acesso né e de ter eh computadores disponíveis para todo mundo então aí tá as figuras do professor Christian o pensar sobre e o pensar com ah aqui está o é essa no palestra Cristo hoje de letromentos e inteligência artificial onde a gente tem dados algoritmos e modelos e agora a gente entra e como a gente construiu o referencial da da noite pro dia surgem a slides né gente então a gente usa o referencial curricular da UNESCO esse que a Maria tá mostrando de 2024 que o professor Miau apresentou também ontem nós usamos as quatro competências propostas pela UNESCO para alunos e as cinco propostas para professores sendo que a gente usa a quinta também para alunos porque por conta de adaptar pra realidade brasileira e agora vocês vão começar a ver as adaptações propostas pelo nosso grupo de pesquisa né então a primeira competência a gente usa i centrada no planeta ao invés de ir centrada no nos humanos por questões ecológicas né água energia e materiais vocês já ouviram falar em terras raras né pois é fundamentos da IA vocês já viram que é super importante matemática são nada estanque né ah daí a gente tem aplicar conceitos de IA no nosso caso aplicar sempre para o ensino aprendizado né todos os conceitos as técnicas eh e os princípios que estão norteando esses aspectos que são da UNESCO e relacionar com o mundo do trabalho esse quinto eh aspecto que entra que também é uma competência da UNESCO o que que ele tem a ver ele tem a ver com o aperfeiçoamento do professor como o professor pode usar IA pro seu dia a dia mas nós trazemos também pro currículo da do ensino médio porque é a realidade dos alunos brasileiros terminar o ensino médio e ir também para o trabalho vocês viram ontem que se falou que poucos chegam pra universidade e muitos dos que chegam na universidade trabalham em paralela né então a gente estendeu fez essa adaptação também aqui é uma proposta nossa que são as dimensões do nosso currículo as dimensões são o coração de I e implicações de outras áreas na IA então no coração da IA a gente tem a percepção que tem a ver com letramento em dados como a IA recebe os dados né a gente tem representação e raciocínio que tem a ver com algoritmos com como representa com trabalha esses dados em conjunto né e que vai ter a ver também com os aspectos de técnicas e aplicação aprendizado de máquina que são algoritmos é um dos do corações da IA a diferença nos algoritmos que trabalha junto com a representação com a percepção etc como esses sistemas interagem com o ambiente que são as interfaces onde a gente dá bastante foco para o processamento de linguagem natural escrita falada e gestos né que é o que a gente tem hoje os impactos sociais da como aá interfere no dia a dia dessas pessoas desses professores desses estudantes no dia a dia da escola da administração da escola né todos os aspectos mas também no trabalho no futuro trabalho desses estudantes e nós optamos por trabalhar a dimensão ética de forma transversal a todas as outras dimensões vejam que a ética entrou na IA com o deep learning né com os objetivos implícitos da IA até então era tudo meio que explicável machine Learning trouxe esses problemas para É sim por isso que tá no meio do nosso desenho porque ela é transversal a proposta também do nosso grupo um referencial curricular onde a gente tem eu não sei se eu tenho luzinha mas enfim onde a gente tem no lado de cá os aspectos da UNESCO né no centro as habilidades pro ensino fundamental pro ensino médio e fundamental um e dois e médio e bem à esquerda a gente tem as dimensões da IA envolvidas em cada habilidade em cada um de desses aspectos ah as habilidades são nossas os aspectos são da UNESCO as dimensões são nossas como que a gente elaborou isso a gente tem 16 habilidades pro fundamental um 20 pro do e 23 pro ensino médio aí vocês podem perguntar: "Vocês vêm testando essas habilidades Rosa já que é o algo que surgiu do grupo de vocês?" Sim a gente vem testando adequando e nós vemos testando em várias frentes no Piauí vocês já viram ontem vocês sabem que a gente tá atuando lá mas não só também agora a gente fez um teste só de a desplugada para um outro projeto que é o projeto eh eh da Fundação Itaú onde a gente testou habilidades do letramento IA ou seja de modelos de eh algoritmos e de eh percepção de dados com foco muito grande em testar algoritmos quais foram as Eu já vou fazendo as minhas perguntas tá quais foram o a os achados mais interessantes que vocês têm num primeiro eh trabalho foi que onde os alunos tiveram pior desempenho foi com alunos do ensino médio e do fundamental foi em ética e em pensamento crítico foi onde eles se saíram pior ok mas isso é prévio vocês vão testar também no projeto da UNESCO sim nós vamos ter dois polos eu não sei se eu posso adiantar que vamos dar spoilers hoje é spoiler então a gente tem dois polos de testes do projeto da UNESCO que é onde a gente vem trabalhando nesse projeto esse referencial que é na Bahia e no Pará ah tudo isso gente tá disponível no site do nosso grupo é porque eh também a nossa parceria com o Piauí pressupôs deixar os conteúdos todos desenvolvidos de forma aberta para quem quisesse usar né ah vou para se ensinar né a gente precisa entender aá nã e ontem foi falado muito aqui em promptes e coisa assim eu sou uma professora de lógica matemática então isso nunca sai né da da do DNA e eu trouxe aqui um simples exemplo de um prompt porque se falou muito na nova habilidade de escrever promptes é uma nova habilidade é mas é baseada em habilidades que a gente e os nossos alunos já precisam ter olhem esse prompt aí gente imaginar cenários futuros vocês podem pedir para qualquer GPT ele não vai saber representar por quê porque a nossa IA generativa ela gera com dados baseados no passado e vai paraa web né mas ela não é criativa ela não imagina então vocês viram como a gente pega aí a rapidinho sabendo lógica uhum lógica matemática vai ensinar fazer bons promptes português escrever né olha a interdisciplinaridade o professor Cristian depois vai trazer um outro também baseado em lógica né então esse nenhum GPT responde para vocês porque não tem passado mas a gente falou muito nas habilidades de e a gente disse: "Nós usamos essas nós propomos essas são as melhores não são." É só uma aproximação né que a gente tá testando agora mas a gente tem também as habilidades humanas que a gente procura desenvolver dentro desse currículo de A aqui a gente tem muitas coisas sobre todas essas já foi falado tá mas eu quero só focar eu já falei olha pensamento crítico e ética foram os maiores problemas dos nossos testes com alunos dentro do projeto da Fundação Itaú gente são habilidades humanas a Iá não tem a capacidade de se autocriticar aíá não é não tem ética nela né a gente pode pôr ética por design pode quem usa aquela outra componente que é pensar para Iá desenvolve Iá no Brasil a gente desenvolve muito pouca a gente usa iá feita pelos outros então nós defendemos muito a autorregulação ética pro uso da IA os professores incutirem nos seus estudantes que eles precisam utilizar de de forma voluntária eticamente a eu não vou falar em todas as outras eu já mostrei criatividade para vocês e vocês vão ver outras depois mas a gente tem uma lista enorme olha ali eu só botei as que eu usei e a que o Cristian vai usar raciocínio contra factual vem no exemplo dele e imaginar cenários alternativos que foi o exemplo que eu dei para vocês né então eu vou ir adiante porque eu não tenho tempo para tudo isso como que a gente entra com isso na nas escolas bom tem dois níveis de maturidade que a gente considera fundamentais que é o do professor e o da escola né pode entrar de forma conectada ou desconectada ou ambas que é o que usa no Piauí os professores usam ambas primeiro eles trabalham os conceitos de forma desconectada depois eles vão paraa máquina né então eles usam as duas formas a gente tem no níveis diferentes do usuário que é o professor e os alunos no nosso caso né que ele pode entender muito ou parcialmente ele pode optar por usar a IAL por não usar né uma opção do professor e o nível da escola também essa escola tem conectividade tem equipamentos vão estar disponíveis na hora da aula etc são compartilhados então é dessa forma e minha última meu último slide daí eu passo pro Cristian a gente tem também formas de adoção da IA que é a primeira disciplina de IA que se falou muito aqui ela é apregoada pela UNESCO nesses materiais né criar a disciplina de a mas a gente sabe também que no Brasil tem muitas escolas que utilizam dentro das disciplinas de tecnologia seja de robótica de computação ou maker ou etc né então é outra forma de se usar IA e também de forma transversal vocês viram que na nossa realidade no Piauí vocês viram a Amanda o a professora é de biologia né e também de a então ela vai usar de forma transversal com a sua disciplina assim como outros professores de letras de história de outras disciplinas vão de artes vão usar de forma transversal nas suas disciplinas não significa que isso seja estanque né porque a gente pode ter a disciplina de e usar de forma transversal também ok então era isso que eu queria passar para vocês sobre as bases que fundamentam o nosso estudo do projeto da UNESCO a fase dois como a gente tá construindo esse referencial curricular para a capacitação de professores para o uso de A eu passo por Cristo eh só né professora Rosa tão bom ouvi-la sempre que bom aí aquele desafio né que a contagem do tempo ela se esgotou pros dois Cristian então assim eh aquela plaquinha era pro tempo duplo então a gente agradece seu poder de síntese eh você tem um eh um spoiler aqui 30 segundos valendo mas só pedir para ser um pouco sintético é duro porque esse painel é maravilhoso bem pessoal eh vocês escutam bem tá ah tão tão eh esquisito né fazer assim porque a gente professor a gente gosta de falar de pé né ah de verdade sim né mas tá bom gente eh então eh boa bom dia para vocês a descrição ah tem o cabelo castanho branco ah estou usando um terno branco aqui ah tá ah não bem pessoal eh e olhos azuis enfim eh estou sentada aqui do lado então da professora Rosa da Maria e os demais convidados ah pessoal eh queria só complementar uma coisa que a professora Rosa falou a respeito dos eixos da computação nós temos né os eixos de mundo digital cultura digital e pensamento computacional eh o meu entendimento é o seguinte que o que que é a cultura digital de uma maneira assim muito muito sintética é a fluidez no uso do computador da máquina o que que é o mundo digital mundo digital é de você entender como essa tecnologia funciona e pensamento computacional é de você usar a lógica para eh solução de problemas criar novos produtos novas soluções etc certo então esses ah os três eixos da computação todos eles você consegue trabalhar as habilidades eh de inteligência artificial também tá porque cultura digital você vai ter a fluência no uso da IA eh mundo digital você vai entender como a IA funciona junto com também o pensamento computacional que aí entra a questão dos algoritmos tá só queria fazer esse esse adendo tá é bem pessoal eh falar um pouquinho sobre o Piauí né que muitas pessoas eh vem nos questionar então eu a aproveitei para trazer uns slides aí para vocês mas antes de ter qualquer coisa eu queria também apresentar nossos outros dois colegas né que é o o Lucas e o o professor Lucas Cristiano inclusive por favor fié por favor tá pr a dão a banda pra câmera lá se fosse roda eles estariam aqui mas no coube né na mesa certo e então nós somos membros da Catarina UNESCO em eh TIC na educação e a nossa a professora Rosa é então a nossa tier aí da da cátedra tá eh gente o Piauí ele é um pouquinho distante para nós né temos aí aproximadamente 3.500 km mas graças aí à tecnologia nós eh conseguimos chegar bem pertinho estar bem próximo deles tá eh o projeto inclusive já foi eh certificado com os selos dos objetivos de desenvolvimento social eh desenvolvimento sustentável perdão eh e nós estamos atendendo essas esses quatro obes três objetivos aí tá ah o perfil dos professores é uma isso isso é um questionamento bastante eh comum paraa gente a gente fez essa esse gráfico aqui para vocês entenderem melhor então note que a gente tem muitos licenciados eh a grande maioria que não são da área da computação eh sendo que gente os licenciados em computação estão abaixo tá mas até das outras áreas então a gente tem lá física matemática biologia química história inglês geografia entre outras áreas tá está por ordem de grandeza tá ah logo a gente então tem com quase 16% aí eh professores da área da computação informática sistema de formação análise de dados processamento de dados e nós temos até mesmo professores de outras áreas como administração contabilidade engenharia mecânica e agronomia então note que a gente consegue trabalhar a inteligência artificial nas mais diversas áreas do conhecimento tá isso nunca foi uma barreira né para trabalhar ah eu não vou trabalhar porque não é essa não é a minha área tá sim os professores eh estão atuando e estão se dando muito bem eu depois eu vou trazer os resultados da nossa pesquisa tá h só para vocês terem ideia a gente com o Piauí em 2024 tá não não nós temos os números de 2025 porque está agora eh está na metade do semestre né mas a gente em 2024 a gente teve 12 horas de vídeo gravados por quê porque para cada plano de aula que nós desenvolvemos para o Piauí nós tínhamos também eh uma uma videoaula certo videoaula aí de meia hora eh 20 minutos 40 minutos vai variar uma mais uma meia hora mais ou menos de de aula então nós desenvolvemos 25 planos de aula e são planos de aulas ah bastante extensos por quê porque dentro do plano de aula nós também colocávamos o o conteúdo que seria então eh discutido né trabalhado com os estudantes então novamente todos esse material ele é aberto ao público tá ele tá disponível lá no site eh o IA na escola vocês podem baixar utilizar remixar fiquem à vontade de usar da maneira que vocês acharem melhor então nós desenvolvemos esse material para os professores nós tivemos também aula de tirúvida com os professores a gente conversou muito de perto com os professores ah a gente teve também eh eh suporte durante o ano aulas né encontros eh foram sete professores que atuaram eh 20 tutores 410 professores foram então certificados ah esse ano nós não temos os dados ainda ah e nós estamos aí impactando mais de 120.000 estudantes em 540 escolas do Piauí então isso é muito significativo porque quando a gente vai para Europa por exemplo se você for ver eh é muito mais do que muitos países têm eh nacionalmente certo então isso foi foi levado em consideração agora bem olha só então eh nós temos aqui eh a vocês podem ver um pré e um póst e a gente percebe que os professores ah tiveram aí uma uma melhoria eh né no seu desempenho ah antes e após os as os nossos encontros nossas aulas e também deles trabalhar os planos de aula com os professores tá então até para mostrar que a IS plugada funciona sim tá muito bem eh e aí nós estamos então eh trazendo aqui para vocês eh um pouco sobre o o curso que estamos desenvolvendo que já foi dado o spoiler né mas eh vocês podem ver que nós eh utilizamos eh o o barco os barcos referenciais da UNESCO como base do nosso trabalho e aí você eu peguei um trecho aqui do livro como vocês podem ver eh ele recomenda que ele o referencial esse marco ele tem que ser adaptado para os diferentes países tá com as características dos dos diferentes países então foi exatamente o que a gente fez tá então a gente utilizou vários documentos eh como nossa base tá eh com certeza né a base Nacional Comum Curricular o complemento da Computação eh também eh o referencial curricular de inteligência artificial e com certeza todos os documentos da UNESCO né que que não estão todos aqui inclusive porque senão vai ficar muito pequeno e o nosso livro tá eh também e a nota técnica que foi gerada da URX então nós pegamos todos esses documentos a nossa experiência com o o Piauí ah junto com as a a as competências as aspectos ah e trouxemos isso para dentro do nosso curso tá bem e aí como é que esse curso ele vai ser está sendo estruturado nós temos então eh cinco módulos onde no primeiro módulo vamos eh fazer uma introdução geral da inteligência artificial depois nós vamos ter letramento em ia que daí entra dados algoritmos e modelos como a professora Rosa já falou e depois entra em sociedade de inteligência artificial e aí entra mundo do trabalho aperfeiçamento pessoal profissional ah entre outros não vou ler tudo aqui tá por causa do tempo e dessa senhora aqui que tá fazendo sinais aqui tá bem depois ah entra também a questão de eh elementos pedagógicos e aí ah entra também até uma um auxílio pro professor como é que eu vou usar inteligência artificial para melhorar minha rotina de trabalho né eh então isso também a gente trabalha aqui com os professores ah e por último o referencial curricular então a gente dá uma sugestão né de de de que o professor utilize então aquelas habilidades que nós estamos propondo no referencial curricular para levar a IA eh paraa sala de aula de maneira sistemática tá então com muitos exemplos com atividades com a a gente deixando muito né usando uma linguagem muito clara muito eh fácil de compreender para os professores tá sempre sempre a gente sempre pensando nos professores tá isso que é o mais importante inclusive já eh levando material eh que os professores podem reutilizar em sala de aula tá pronto ah aqui tem os exemplos então das atividades olha só a professora Rosa falou das habilidades humanas né tá tá aqui ah veja esse exemplo aqui e se por acaso a gente invertesse a história e dissesse que os os incas chegassem na Europa como é que seria né eh eu acho que é um bom exemplo da gente poder trabalhar isso inclusive na história ah e aí entra também a questão do contraexemplo eh por exemplo né gerar trabalhos intencionalmente com erros para que os estudantes demonstrem seu domínio ao corrigir a inteligência artificial certo então ah de de gerar uma fake news eh e levar isso paraa sala de aula que os alunos inclusive não só identifiquem mas também corrijam isso certo meu Deus do céu bem tranquilo vai vai vai não tranquilo eh depois eu me acerto com ela depois vou tirar uma foto até para eu me lembrar que o rosto gerar bem ah outra coisa também que é interessante de você gerar um texto que serve como meta a ser ultrapassada pelos estudantes certo então aí gera um texto e aí você diz assim: "Ó gente isso aqui a máquina fez eu quero que vocês façam melhor" tá então aí você pode trabalhar dessa forma também e é e é uma das das atividades que nós ah propomos aos professores tá e aí ah outra forma também aqui uma uma um exemplo plugado onde a gente tem a a utilização eh de eh do teatable machine né que é uma ferramenta do Google e aí com essa ferramenta aqui nós conseguimos trabalhar né a a o o ciclo de vida obrigado o ciclo de vida da IA certo onde aqui bem simples assim vocês entenderem a gente tem a propomos aqui um problema definição do problema será que é uma isso é uma folha de alecrim então você treina a inteligência artificial faz a né a a coleta e curadoria desses dados e depois você então desenvolve o modelo e aí você você treina a inteligência artificial gera um modelo e aí passa pra validação de testes se tá tudo OK tudo certo ele não tá falando nenhuma alguma uma besteira que nem o GRC fez a semana passada retrasada né eh a gente então implementa isso e e disponibiliza publicamente e aí a gente verifica se está de acordo se atende a nossa necessidade se não atende a gente vai ter uma revisão e atualização desse modelo e aí volta para para o a curadoria dos dados certo então eh só para eu sou uma bastante visual mas acho que um né uma imagem vale mais aí do que 1000 palavras tá ah isso isso é muito utilizado o no nosso no nosso curso nós temos a a intenção de avaliar o aprendizado e não o conhecimento do aluno ou seja nós trazemos eh isso de uma maneira contextualizada em um problema tá e a avaliação ele vai acontecer em três momentos um pré-teste e um póst como vocês podem ver em azul depois a gente vai ter o conteúdo onde tem os módulos e na para cada para cada etapa né o aluno tem que passar ali pela avaliação tá bom para ele poder seguir pra próxima etapa bem então aqui tá o nosso site tá e para vocês eh visitarem para quem não conhece ainda então todos os materiais estão livres lá para vocês espero que vocês gostem tá aqui um pouco dos nossos parceiros né inclusive alguns presentes aqui agradeço a Huawei que eh está nosso sponsor né eh tá à frente do projeto aí né agradecemos também ah o nosso grupo né o PIA que tá ali o PIA o projeto inteligência artificial ah e então é isso gente muito obrigado tá aqui ó tom muito obrigada o melhor que eu tava aqui no WhatsApp assim pra Ana de Fáb pra Marina a pessoa vai levantar a placa para eu não ser crucificada aqui então eu te devo um café tá um abraço eh só antes de fazer a nova pergunta aqui pros nossos convidados eu queria agradecer imensamente né brincadeiras da parte do tempo foi enriquecedor e só para explicar um pouco para quem tá aqui eh por piloto né a UNESCO no Brasil o setor de educação quando ele coopera na verdade é um conteúdo que o MEC vai validar com todos os processos super qualificados mas a gente ficou muito feliz que o MEC falou vamos já que é uma construção de referenciais nacionais vamos abrir o debate vamos ouvir são elementos não tá pronto ainda eles toparam mostrar para vocês mas isso tem vários estágios de validações vocês viram o peso da mesa ontem tem CNE temos outras secretarias do MEC temos enfim mas aqui a gente tá num grupo de professores especialistas e os que nos assistem em casa também a UNESCO no Brasil nós jamais eh eh cooperamos com conteúdos que não sejam testados de forma piloto justamente para assegurar a voz da sala dos professores porque eu sei que eu vi umas carinhas aqui de pessoas que eu conheci assim: "Nossa Maria como assim Piauí eh eh Bahia e Pará por né mas é um é uma um ponto de partida porque é um grupo que a gente vai qualificar é dialógico o processo todo né então só para eh explicar para vocês e obviamente tudo o que for produzido vai estar disponível no Avamec para todo o Brasil né que é sempre uma lógica de políticas públicas e de escala também e e foi muito complementar mesmo a apresentação de vocês que desafio né professora Rosa eu fico triste em ouvir que as questões ligadas ao pensamento crítico e à ética nesse caso nesse estudo específico né foi um desafio e e qual eu adorei que o Cristian mostrou mesmo em detalhe tanto a professora Rosa para vocês entenderem a lógica que a ética tá no centro daquele círculo planeta é humano né direitos humanos e quando a gente vê a estrutura do curso que tá muito legal mesmo já quando a UNESCO fala né em IA o que é IA podem ter certeza que ali naquela introdução ela já traz toda essa questão do pensamento crítico e o governo brasileiro trabalha a educação midiática e digital queria mencionar também o João Brante a Mariana Filizola né que são grandes parceiros nossos porque tem esse ponto anterior né gente que é saber o que é Iá pensar criticamente não só com a IA como o Cristian colocou né com tudo na vida então a gente desse eh ponto aqui e aí eu não dou um desafio né pequeno aqui ao professor Ivan que é um grande especialista mesmo né liderou as discussões de educação digital computação no Conselho Nacional de Educação não vou falar em anos para quê né são tantos anos não vou destacar isso mas são muitos anos de trabalho e que contribui ativamente nessas reflexões né sobre políticas públicas relacionadas a esse tema então professor eu lhe convido a olhar vivemos um mundo transformado é um novo cenário lá atrás quando né o senhor iniciou aquelas discussões de computação eh de educação digital eh queria convidar esse essa reflexão o que muda hoje e como eh o senhor enxerga o papel desse novo mundo transformado aqui na formação docente para dar complementariedade aqui à fala dos professores né que nos antecederam mas queríamos ouvir tanto na formação inicial e como na continuada e o que é preciso ser feito nessa preparação mesmo dos professores para lidar criticamente com a IA em sala de aula que diretrizes devem ser priorizadas pelas políticas públicas nesse campo obrigado eh sabe que em alemão tem uma frase que é fragan perguntar não custa nada quantas horas eu tenho olha eu não tenho responsabilidade nisso né aquilo vamos seguir o seu tempo previsto é proibido bom bom dia a todos e todas eh eu sou homem negro com cabelos raspados e tô com um terno eh escuro eh queria saudar a todos que nos acompanham e todas e todos que estão aqui professor Manuel Humberto presidente da UNC dos conselhos em nome dele saudar todas as pessoas os colegas e as colegas da mesa grande prazer ouvir sempre professora Rosa professor Cristian e todos os colegas que têm colaborado parte na verdade eh da da pergunta já tem a resposta na apresentação anterior né eh quando a gente discutiu no conselho e e na verdade a discussão é muito anterior né no no parecer eu procurei fazer uma uma parte do relato que o Brasil já tinha nos anos 70 comparada a várias nações da América Latina mas não só da América do Sul etc eh a gente tinha um protagonismo na questão da computação mas estava sobre tudo no ensino superior na pós-graduação a ponto do Brasil ter sido convidado pela própria UNESCO pela ONU etc como tá escrito né relatei eh para ajudar o desenvolvimento dos países vizinhos aqui o problema é que a gente não fez não combinou que só chega a pós-graduação quem passa pela educação básica não chega de outro lugar né tem que passar pela educação básica eh e havia já quando eu cheguei ao conselho eh na verdade eh já havia o pessoal da Sociedade Brasileira de Computação enfim já tava eh tentando sensibilizar o CNE para importância dessa temática né eu já trabalhava com algumas coisas com metadados na na época na Universidade de São Paulo na na ECA né eh então já tinha uma uma certa aproximação então na verdade houve uma colaboração nacional das cinco regiões do país eh a gente trabalhou com várias pessoas para mim foi um grande aprendizado uma oportunidade e acho que o trabalho que a gente conseguiu fazer naquele período o documento é de 22 né então estamos aí pro terceiro ano eh ele ele resume também muitas etapas anteriores que já tinham sido feitas no Brasil a gente fez uma pesquisa nós pesquisamos ao longo do período mais de 20 países a gente pesquisou tudo que a UNES tinha produzido a gente verificou no país eh iniciativas como essa que o Pia relatou aqui do do de estado de cidades a gente levou pessoas então nós fizemos eh pesquisas internas e externas a gente pesquisou Argentina o que que eles tinham feito Chile Uruguai Paraguai países da África eh eh Europa Espanha Portugal enfim países da da da Finlândia enfim Estados Unidos vários estados então nós de fato procuramos fazer o trabalho que a gente achava que era digna do país das das responsabilidades que que nos cabia ali né eh e esse esse aprendizado eh agora a gente tá vendo o os frutos disso a gente de fato colocou no documento Cristian participou ativamente na na confecção final e vários outros colegas né eh tem lá porque no no anexo né o o conselho deve fazer parecer e resolução mas dada a gravidade pelo menos do ponto de vista da percepção que nós tivemos na época nós fizemos algo que não é comum que não é digamos corriqueiro né não cabe ao conselho eh tratar das questões pedagógicas nesse sentido o conselho tem que fazer norma para isso que ele existe conselho nacional de educação né então ele faz o parecer que significa dizer quais são os princípios os fundamentos daquela política educacional daquele elemento especificamente e a a resolução que é exatamente a parte normativa que como toda norma no direito brasileiro você sabe é binário você cumpre ou você descumpre né eh mas eh o que a gente se perguntava era dada a situação do país os desafios educacionais se a gente só emitir eh eh pareceres princípios fundamentos como que os sistemas as redes as diferentes regiões do Brasil vão lutar com a realidade que a gente sabe e a gente já feito toda essa pesquisa nacional e internacionalmente né a gente sabia por exemplo na época a a Inglaterra já tinha 10 anos de implementação eles já tavam fazendo a terceira revisão a gente pesquisou a China pesquisou o Japão enfim vários países já tavam na segunda a terceira revisão quando a gente tava discutindo 2016 né o documento saiu em 2022 então a gente acompanhou esse e esse período todo e óbvio com as com a ajuda né da da dos acadêmicos e das acadêmicas do país é que foi possível a gente fazer então no anexo tem lá várias sugestões de como fazer a implementação não é um currículo né mas tem lá e até a questão de de habilidades e competência a gente procurou usar uma terminologia mais consistente com o entendimento que havia então tem agora o que eh eu queria salientar em relação a propriamente ao centro da sua pergunta que é a questão da formação eu queria lembrar dois aspectos aqui né ou três para ficar no famoso número dos três né eh um aspecto é nós completamos recentemente um ano da diretriz do CNE que tem a resolução 4 de224 ela foi do dia 3/0724 então um ano o que que ela diz né o que eu queria lembrar primeiro ela não diz nada diferente daquilo que tá no artigo 205 da Constituição mas nós somos um país positivista então se a gente não fosse não precisaria de nada disso porque o que que diz lá o artigo 205 ele diz o seguinte que a educação ela tem como fundamento princípio praticamente dois aspectos direitos e deveres os direitos são três o desenvolvimento pleno a cidadania plena né e obviamente a progressividade dos estudos mundo do trabalho então são essas três características que a educação básica deve oferecer né mas aí tem o o a parte do dever do estado da família e da sociedade né bom o que que a diretriz diz nos seus fundamentos né e aí a gente entender fundamento como aquele elemento que agrega aquilo que é essencial que repercute no todo que ajuda uma compreensão conceitual da coisa de maneira que a gente possa fazer as relações mais propícias a aplicar a entender e a ser crítico como o estudo mostrou que é uma deficiência não só nossa eh eh internacional isso os estudos internacionais demonstram isso então o artigo diz a resolução diz o seguinte artigo quto: A formação ela tem três eixos: epistemologia técnica e ética quais são os princípios as bases científicas sociais técnicas mas veja bem qual é o caráter transformador emancipador e humanizador ora isso não é uma cidadania plena dito de outra forma ou a cidadania plena é possível ser um caráter transformador com o nível de desigualdade que a gente tem com os desafios como é possível pela gramática que a gente tá usando né eh então transformador emancipador humanizador depois o artigo oitavo ele fala da diversidade étnico cultural e aí fala explicitamente comunidade indígena comunidade crambola comunidade do campo então nós precisamos nós não fizemos isso na nocumento de 22 por uma questão política temporal então é preciso que a gente faça essa discussão o MEC e o conselho né eh porque não é a mesma coisa dar aula numa comunidade indígena seja ela aldeada ou não numa comunidade quilombola no campo ou no presídio como eu já dei aula são espaços diferentes que exigem metodologias diferentes recursos diferentes e um pensamento inclusive computacional diferente que você não pode entrar com nada você praticamente tem que entrar pelado eles aí mesmo pelado eles te revistam né aquela coisa toda e aí você simplesmente tem ali uma missão um trabalho que é de fazer o que os professores e as professoras procuram fazer que é exatamente de dar as condições para esse desenvolvimento pleno para pra formação da cidadania e um outro elemento que eu acho que é que é importante pra gente colocar aí é que quando a gente pensa nessa conexão né da Constituição que depois ela vai reberirar toda pela pela LDB pelas diretrizes de educação básica etc etc inclusive o nosso parecer e com a a inteligência artificial que a gente tá discutindo agora que de fato tomou uma proporção muito maior o documento que a gente fez foi antes de novembro de 22 quando o CHP e e aconteceu toda aquela explosão né das das pessoas de um modo geral terem conhecimento da inteligência artificial generativa etc e aí eu queria dizer o seguinte que se a formação continuada né se de fato ela for na direção desses princípios aí não precisa escrever mais nenhuma linha mas não isso não vai acontecer porque nós somos um país positivista né ninguém é obrigado a fazer nada a não ser aquilo que esteja escrito então infelizmente ou felizmente a gente terá que escrever nós teremos que fazer documentos relacionados às modalidades nós teremos que fazer outros documentos para quê para que os sistemas as redes as faculdades né eh eh enfim todos aqueles que trabalham formando inicialmente ou contínuamente tenham os referenciais né tenam os princípios e que tenham que responder pela omissão ou pela diversionalidade em relação aos aspectos então é basicamente isso que a gente precisa eh do ponto de vista da regulação mas eu acho que o mais importante que apresentação anterior colocou e as apresentações eh de ontem que eu tive oportunidade de ver algumas inclusive na sala de aula eu abri para os meus estudantes as minhas estudantes verem alguns trechos vocês adoraram a sua fala viu é a sua mesmo eu também adorei eh é maravilhoso que é um que é um aspecto eh que eu diria que a gente talvez precise aprofundar mais um elemento da IA que não é só da IA mas tá sendo potenciado nela é exatamente a questão da mudança constante né e essa mudança constante sendo operacionalizada em vários eixos mas que a gente pode pegar a questão ética porque ela pode simbolizar os outros aspectos da sociabilidade e de tudo que isso eh eh repercute na na sociedade vigente eh a gente pode pensar que uma educação que de fato se comprometa com esse princípio da formação plena da cidadania paraas responsabilidades sociais etc que não pode ser outra senão que se vincule ao planeta que se vincule à sociedade que se vincule exatamente ao caráter comunicativo cooperativo comunitária etc se a gente pensar que o há de constante só pode ser a mesma coisa se há alguma coisa que permanece então acho que daí a gente pode pensar também num elemento eh paraa formação continuada né eh imaginando que a gente vai seguir né eh a gente teve nessa nessa nova etapa da da do referencial teórico e também do marco regulatório que as licenciaturas agora elas vão ter 4 anos 3200 horas só metade vai poder ser não presencial a gente espera que isso progrida mais mas isso vai permitir que de fato as pessoas saiam com a formação mais em linha com perfil para poder fazer isso e aí a continuidade a formação continuada vai poder de fato e utilizar de uma maneira mais proveitosa sem tantos né desafios ah para essas mudanças que serão contínuas de maneira que a gente consiga ter pessoas que façam decisões mais adequadas menos egoístas e mais eh responsabilizad do ponto de vista de pensar na sociedade na saúde mental e no final ou tudo junto misturado na felicidade de todos obrigado obrigada professor eh sempre bom eu queria registrar professor já registrou né a importância desse debate partindo pelo pressuposto do direito humano educação aqui a gente tem a UNDIM a UNCM ACRE Rio Grande do Sul e vários estados então essa consulta nacional né esse momento né de conções de referenciais que partam mesmo né professor desse desse sentido dessa eh do que não é óbvio né e o que é direito então a gente eh quer levar essa reflexão do professor Ivan a todos os espaços que a UNESCO puder cooperar para que se materialize se territorialize e que traga a garantia de direitos como um todo do direito humano na educação a gente tá falando de a mas vem um pacote imenso né eh eu queria registrar também a presença de duas consultoras da UNESCO a Fernanda Lisboa e a Cristiane Parente que estão lá em cima que a gente discute muito gente que ao mesmo tempo que a gente tá pensando num curso de né muito inovador aqui de a com várias instâncias na UNESCO nós temos um levantamento que do nossos cursos de que a gente tem disponível preciso até dar essa fazer essa propaganda no final eu me esqueço a gente tem cursos ótimos as dificuldades são básicas até de acesso do professor de entender a parte do tutorial do curso como é que a gente faz isso né de uma forma inclusiva e a gente tem se preocupado com com a IA de trazer mesmo esse ponto de reflexão e aí até a gente viu né que tem cursos muito bons no Avamec Ana que a gente vai referenciar já nesse curso né Cristian o Cristian trouxe essa preocupação que legal se você ainda não tá nesse ponto faça o curso anterior enfim porque é um é um desafio eu queria também mencionar antes de passar a próxima pergunta que o MEC teve uma ação afirmativa que a UNESCO ficou muito feliz com isso desse piloto que eu mencionei aqui poder não tem muito tempo para falar em detalhe fosse interiorizado também então quando a gente fala Bahia e Pará nós vamos trabalhar no âmbito do estado mas também estaremos numa escola eh escola estadual Gerson Peres que estão nos assistindo são incríveis na Ilha do Marajó em breves e a o Colégio Estadual Paulo Freire que também deve estar nos assistindo tô chegando aí em uma semana em Jequé na Bahia então a gente tá tentando claro que é uma tentativa piloto e o MEC disse né que o projeto ele não eh não é um projeto grande mas que esses esforços dos professores também chegasse nessa construção conjunta na linha né que a gente fala nas Nações Unidas não deixar ninguém para trás né então onde há uma dificuldade de conectividade onde há dificuldade de acesso a gente tá trabalhando também professor trazendo essa lógica e aí Yuri falando em escola professor né eu queria saber de você eu tô Yuri Rubim né que já foi bem apresentado aqui que é do Instituto Anío Teixeiro IAT que é um referencial para UNESCO no que tange o tema da formação de professores com os princípios da cidadania como o professor trouxe né esses eixos a gente reconhece no IAT essa perspectiva queria que você contasse um pouco então o que vocês de fato já têm ofertado assim para de formação em IA numa forma prática e também sobre os seus projetos e que que os professores buscam Yuri na verdade né ah ontem a gente viu as palavras do CETIC né tem tem medo né que foi dos estudantes mas ou o que que eles estão buscando conta pra gente obrigado Maria queria agradecer imensamente aqui esse convite então agradecer a UNESCO na sua figura na figura de Rebeca queria agradecer também o MEC ana obrigado deixa eu fazer aqui minha áudio de inscrição eu tô de palito cinza gravata vermelha camisa branca afinal de contas hoje é sexta-feira verdade eu tô de eu tenho sou homem branco com menos cabelo que gostaria e uma barba muito muito mais branca que eu gostaria também então eh a gente tá aqui enfrentando justamente essa questão Maria que você trouxe a gente tem algo muito novo e tem toda uma base que ainda precisa de conhecer muitas coisas para conhecer chegar na inteligência artificial né agora eh passa por favor ah cadê o passador aqui me desculpe tá aqui eh aqui para cá aqui eh a gente já se relaciona com o referencial o marco das competências para professores e nesse marco lá no comecinho ele fala do potencial da IA de permitir novas formas de ensino aprendizagem e gestão da educação e aí gente eh eu acho que é muito importante pontuar que sempre quando tem uma tecnologia nova a gente vem para esses binômios né e e acaba que a gente continua repetindo isso eh eu não consigo me esquecer dos apocalípticos integrados lá de Humberto Eco lá de trás e olha só a gente fez isso eh a gente entra nessa dualidade né inteligência humana inteligência artificial só que a gente fez isso com cinema com rádio com TV acreditem com a calculadora com o computador com a internet então assim eu queria ir um pouquinho além dessa conversa e ter uma boa dose de pragmatismo aqui eh aá chegou no mundo todo vai chegar mais forte vai intensificar então do mesmo jeito que chegou a internet que o cinema a televisão mudaram nossas vidas e reconfiguraram toda uma sociabilidade também é a inteligência artificial então uma coisa é você ter um olhar crítico e uma relação eh crítica e bem fundamentada com a inteligência artifícia outra coisa achar que ela não vai chegar porque os estudantes já estão sem quase orientação nenhuma usando inteligência artificial e aí assim tem um um conterrâneo meu baiano que ele falou assim: "Antes o mundo era pequeno porque a terra era grande hoje o mundo é muito grande porque a terra é pequena do tamanho de uma antena palabólicamará o Gilberto Gil e ele tá falando da antena parabólica ou seja já uma outra discussão já mais de como eh a chegada dessas tecnologias reconfigura a nossa experiência humana e aí eh e é muito bom tá aqui outro instituto Anizo Teixeira porque o INEP também chama Instituto Anísio Teixeira né que eh Anísio sempre falava que educar é crescer crescer viver e educação é a vida então se a gente continua tratando a educação fora da vida a gente sempre vai ter esse descompasso e as aulas vão ser menos interessantes e os estudantes não vão não vai fazer sentido para professores ou para estudantes então eh voltando à aquela ideia do pragmatismo eu acho que a gente tem que conseguir agregar valor na vida desses professores que não vão ser especialistas em a que vão ter que lidar com isso incorporar essa discussão de um ponto de partida que é muito muito anterior às vezes né porque eh a gente eh enfrenta alguns desafios né eu botei aqui o tempo tempo tempo tempo e aí o gabarito porque eu citei Caetano Veloso e Gilberto Gil no mesmo dia mas eh a gente tem alguns problemas um problema de tempo de conectividade e aí eh Ana sabe muito mais do que eu a gente tem os parques tecnológicos as conectividades eh nas escolas chegando ainda e por mais que a gente faça a I desplugada a gente experimenta com ela desplugada e quer também experimentar eh com os modelos as ferramentas todas que fazem isso com acesso aos aos data centers e rodando toda eh aquele ciclo que já foi citado aqui então a gente tem eh tanto o problema de conectividade de um tempo da conectividade quanto o nosso tempo que a lei de restrição dos séculos lulares epa adiantou demais aí ó tempo tempo tempo tempo eu falei que tem um problema de tempo gente eh que é mal entendida é entendida como proibição dos celulares ao mesmo tempo tem um outro questão muito grave que é um gap geracional não só entre alunos e professores mas entre professores e professores gente a gente tem eh professores que ainda estão ensinando que eh ainda se relacionam muito pouco com muita dificuldade com a internet quanto mais com outras coisas e aí a gente tem que quebrar eh um paradigma que é da curva de aprendizagem dos professores ter que ser anterior a dos alunos aquela ideia de que ah eu vou me formar eu vou gerar uma formação e depois dessa formação eu vou poder ensinar os alunos isso é impossível e aí a gente vai ter que ter construir uma nova cultura que inclui uma boa dose de humidade para todos os educadores aprenderem que eles vão ter que aprender junto com os alunos e e isso é parece fácil mas é bem difícil porque a tecnologia cada uma tecnologia principalmente a IA ela tá em constante desenvolvimento com microrrevoluções a cada meses a gente faz desenha formação hoje ela já vai precisar ser adaptada na próxima vez que ela for oferecida então eh é um outro problema de tempo que a gente tem que se adaptar também então essa ideia do ciclo da preparação desenvolvimento das formações universais acabou a gente vai ter que ter formações que são menos universais e mais focadas e aí eh eu fico brincando falando que agora o learning by teaching vocês lembram do learning by doing do John De há mais de 100 anos e como isso é tão atual então só que agora a gente vai precisar ensinar e aprender enquanto ensina quer dizer a gente vai tá eh ensinando junto com a IA enquanto a gente mesmo tá aprendendo a lidar com a IA e aí nesse sentido eh o instituto tem incorporado inteligência artificial em boa parte das suas formações mas muito no sentido de primeiro da familiaridade eh não adianta a gente ter uma conversa sobre a na abstração e ninguém nunca experimentar eh eh trazer para perto a inteligência a inteligência artificial até porque a gente acredita na homologia de processos na experiência ah então eu vou experimentar eu vou entender eu vou entender os resultados que são gerados e aí sim eu vou ser capaz de proporcionar alguma experiência próxima pros meus estudantes também exercitando aquilo cada vez mais e aí a gente eh provoca esses educadores a exercer a autoria também gente porque não adianta se a gente quiser que os professores repitam processos eles vão ser repetidores eles vão estar sendo a pior versão da IA então a gente quer pessoas com autonomia que sejam capazes de desenhar seus próprios suas próprias atividades pedagógicas e aí claro que a gente busca revelar o que é que tá por trás os promptes o design de cada produto eh e associando a como Ivan falou de algum conhecimento estável sobre a quer dizer os algoritmos o reconhecimento de padrões machine learning eh large language models data centers o gasto da energia que tá sempre embutido na inteligência artificial os vieses então é é uma provocação de se aproximar disso tudo eh e também promover o aprendizado baseado na experiência com piso baixo com uma entrada facilitada porque a gente não tá trabalhando com especialistas gente nem eh o próprio quadro da Secretaria de Educação tem especialistas ou gente muito versado em a então a gente tem um repertório limitado mesmo eh e aí é a gente não pode só falar pros outros fazerem se a gente fazer então a gente também aprende enquanto vai ensinando eh a gente também tem o learning by teaching enquanto o próprio instituto vai fazendo formações e incorporando a IA nas variadas formações então ela tá integrada ao cotidiano e aí eh a gente tem aqui por exemplo imagens geradas com IA a gente tem puxado muito a IA para trazer narrativas pedagógicas pra gente fazer micromundos então trabalhar para que os professores tenham experiência com essa lógica de suspensão da realidade e eles entenderem como eles podem facilmente usar a IA eh com micromundos e aí vocês estão vendo que os referenciais nossos não são os referenciais padrões da IA eh ocidental do norte então a gente sempre traz pessoas negras uma boa dose de afrofuturismo também eh e aí a gente tem porque a gente é interessa pra gente que os professores eh se apropinem de uma maneira que eles percebam que eles podem usar que eles não fiquem temerosos de se aproximar da I de de fazer uso disso aqui tem dois exemplos de micromundos uma narrativa que a gente fez eh para uma formação de Steam para professoras Steam Plus esse Plus aí originalmente tinha o símbolo do do feminino eh então é todo uma ideia de navegações descoberta conhecimento a partir das navegações uma outra aqui narrativa usada na formação em educação ambiental que aí a Amana a professora lá de biologia o nome dela é Amanda Viviane Amanda tá porque aqui a gente tem a amana que ela é um hielumanoide criada a partir de dados climáticos então eh e aí olhe que também tem todo um cuidado porque assim gente eh o repertório também é o que a gente vai construindo cada vez mais então a gente constrói nessa pegada de afrofuturista que é muito mais próxima da Bahia do Brasil e muito mais próxima de um imaginário e que a gente também quer acionar de diversidade eh aí a gente traz a IA para aproximar para estender o nosso tempo e aí a gente tá usando a IAQ para estender um pouquinho o tempo que tá é um recurso escasso é e aí a gente usa ferramentas também para construir soluções com visão computacional sensores automação lembrando que Gisele falou ontem que não é só tela então a gente e eh utilizar várias outros formatos que vão além de tela mas também eh trabalhar com memes com vídeos ou seja tudo que o professor consegue incorporar rapidamente eh nas suas aulas porque a IA é de uso geral então a gente tem que se apropriar nos vários e múltiplos usos da IA eh eu só não sei se eu consigo abrir aquele link eh você consegue abrir esse link aqui por favor esse eh eh que tá aqui no botãozinho azul eh não volta por favor ah não talvez não consiga deixa aí depois depois eu eu compartilho aqui volta eh então aqui nós eh já foi falado da educação nosso trabalho de educação eh midiática também com as notícias nós temos produzindo eh cards colecionáveis que é uma outra forma de facilitar esse contato com professores e estudantes eh e aí eh botar tudo junto botar mudança climática fake news tudo no mesmo bolo e também uma boa dose de ar nesse caminho eh e também a gente tenta desenvolver alguns recursos tecnológicos usando a própria inteligência artificial no meio do caminho tudo isso gente com a percepção que os professores eles podem experimentar eles podem ser autores isso é muito importante porque se eles só forem repetidores de algo alguma ideia abstrata sobre a e não com a gente não vai muito para lugar nenhum e aí com isso eh eu queria só fazer um agradecimento à equipe do Instituto Anício Teixeira a gente tem aqui Carla Aragão que é nossa diretora de inovação e tecnologia não sei se também o Arlindo que é nosso coordenador de aprendizagem criativa e cultura maker que ajuda muito e desenha muito dessas modelagens com e das formações que eh também representa um pouquinho desse esforço que é um esforço sempre coletivo de uma equipe grande que tenta aprender junto com a IA porque essa vai ser a nossa realidade e se a gente não se dispuser como educadores a aprender a vida toda a gente tá no lugar errado obrigado parabéns viu como trazendo as discussões de ontem né para hoje dando continuidade eh quando é até a sua fala né Gisele que foi tão inspiradora assim não que né a gente tem que levar para fora o que é do Brasil quando o IAT nos apresentou no início do projeto do curso né nessa parceria a IA com a identidade da mulher negra com toda essa perspectiva a gente já acreditou enquanto Nesco que esse era o espaço de diálogo que o piloto na verdade além de toda a estrutura que Cristian e Rosa apresentaram aqui o IAT vai contribuir com a produção no dia a dia mesmo sabe porque a gente ficou encantado com esse projeto porque tem muitos preconceitos discriminações que a IA reproduz e essa proposta da Bahia realmente a aliás Bahia a maioria aqui tem que tomar cuidado depois a gente conversa sobre né a Bahia é o mundo para eles a gente adora esse mundo então é muito importante isso antes que vocês fiquem muito bravos aqui os meus panelistas por que que a gente foi um pouco rigorosa no tempo que a gente quer abrir para perguntas mas vocês terão considerações finais viu Cristian então não precisa né depois chamar ela na saída então agora a gente vai abrir para perguntas porque vocês é que t aí algumas respostas do que foi colocado aqui não é professora Ivan ela vai controlar a pergunta também exatamente vocês têm 32 segundos para Mas eh a gente eh quando MEC propôs a metodologia e o formato houve essa preocupação porque é uma escuta mesmo e não só perguntas quiser compartilhar a experiência e a gente né se ajuda aqui então por favor quem quiser pergunta experiência e aí eu peço ajuda para alguém me ajudar também aí a caso perca a ordem uma aqui e outra ali certo ótimo por favor sou eu Maria é você mesmo posso começar não não tenho preferência de amizade viu foi só na hora hein muito obrigada demais por essa mesa tão potente tão inspiradora que nos enche de alegria de uns jeitos que vocês não conseguem nem imaginar de ver esse Brasil que faz potente inclusivo parabéns eu sou a Mariana Ox sou coordenadora do Educa Mídia nós temos um currículo de inteligência artificial pela ótica da educação midiática desde o começo do ano passado eh e me chamou muito atenção o dado que a professora Rosa mencionou de que a questão da ética e da leitura crítica é o elo mais fraco e a minha pergunta é então que esforços a gente pode fazer o que que vocês estão tentando fazer eh e aí eu estendo também a pergunta para os outros participantes da mesa para justamente aproximar essa área de estudos culturais ciências humanas estudos da mídia da ciência da computação para esse novo campo que precisa ser tão interdisciplinar obrigada eu eu vou passar para pras respostas pra gente não perder a linha depois eu volto para outra pergunta eh pode começar professora Rosa cris bom dia obrigado pela pergunta eh a gente fez eh nesse exato momento uma com eh constatou né que eh entender exatamente sobre o uso ético da IA era um problema pros alunos a gente pensa que eles enxergam mais como se fosse um videogame e não sobre algo que tem implicações nas suas vidas tá e eh a mesma coisa com o crítico eles enxergam só a potencialidade e não riscos não né enxergam de outra forma então eh o que a gente tá lendo disso é precisamos ter mais atividades mais textos mais situações que vão potencializar essas habilidades humanas né para que eles consigam utilizá-las junto com a IA ou quando estão usando a IA mas foi a primeira coisa que nos veio à cabeça enquanto grupo e foi algo também bastante curioso de constatar porque pensamento crítico até poderia esperar mas eh eh ética eu não esperava entende para mim foi uma surpresa e essas ações elas estavam dentro de atividades pensamento crítico eu me lembro que era uma atividade de levar o Joãozinho a um médico que tinha dor de barriga né e tinham pesos diferentes pro mãe dizia pro Joãozinho dizia pro médico dizia e para o que a Iá médica dizia e para o que os exames de laboratório diziam né e isso confundiu no pensamento crítico daqueles valores daquelas atribuições foi incrível professor Cristian aqui então faz por favor opa eh eu acho que a gente tem que exercitar muito a construção de autonomia também eh a gente como educadores a gente acaba decidindo demais pelos estudantes eh resolvendo tudo por eles para eles mas muito pouco com eles então eh é uma cultura meio paternalista porque eles ficam sem conseguir eh exercitar essa autonomia e exercitar uma compromisso uma responsabilidade e a gente faz a mesma coisa com formação de professores também então assim quando a gente eh transfere um pouquinho dessa responsabilidade de vídeo de poder a gente também gera comprometimento e aí claro tem que ter uma provocação de uma reflexão sobre isso uma coisa meio circular mas se a gente quiser que eh se tem uma reflexão um pouquinho maior sobre ética e uma análise crítica a gente tem que deixar que que as pessoas sejam capazes de escolher mais frequentemente e serem confrontados com essas escolhas então eh eu também provoco muito para que a gente eh construa autonomia autoria para que a gente também progrida nesse sentido bom professor Ivan por favor depois eu queria colocar uma uma outra dimensão que eu acho que pelo menos eu tenho busca de trabalhar na na formação dos formadores das formadoras que eu tô trabalhando eh o que tá sendo chamado de humidades digitais né ou seja usar questão computacional e a na formação das humanidades eu acho que o o dos slides que o que o Cristian mostrou que é os incras chegando unidades de dirig uma uma questão e para mim as duas coisas estão ligadas pensamento crítico não existe sem ética eh eh né são dimensões conectadas e a gente vive um momento especialmente difícil porque os inputs que são dados na sociedade eh a gente não pode pensar que ética só uma coisa boa não s depende né a ética é aquilo que a gente tá vendo sendo produzido e nós não estamos vendo coisas boas então isso obviamente tem repercussão então eu gosto de chamar atenção paraas minhas alunas sobretudo que depois vão conformar outros quer dizer se se a gente usar um pouco das nossas experiências das nossas vivências eu acho que a gente pode trazer um pouco mais de equilíbrio ou de desequilíbrio no sentido do inverso porque quando a gente observa por exemplo ó nós somos criativos mas a gente usa pouca a nossa criatividade nesse sentido né você pega por exemplo a música que a gente tem reconhecidamente mundialmente um reconhecimento do ponto de vista da nossa criidade o parabéns para você todo mundo sabe ele é em três o original parabéns to you é chato para mim que que a gente fez parabéns brave binário quase todos os ritmos brasileiros populares são binários aí né você pega recentemente a gente falou do aché comemorando a etc etc você tem o ha quatro é do E aí você tem o nosso que é do Aí você juntou quatro com dois não virou seis virou dois com acentos diferenciados então eu uso esse exemplo da música porque eu acho que isso pode na linha do que os colegas disseram abrir um pouco paraa questão do modelo o modelo ele te fecha não é possível a gente não conseguiu achar ainda saída de nenhum modelo você sai de uma e entra outra mas eu prefiro esse nove é Bahia é Bahia né é professor Cristian por favor alô oi vamos ver agora acho que acho que então aí pronto ah pessoal eh queria comentar com vocês também o seguinte eh lá no Piauí ah nós eh o ano passado desenvolvemos junto com os professores também planos de aulas né a gente não quer eh que eles utilizem somente a aquele plano pronto né de chegar e simplesmente aplicar ah se vocês entrarem lá no site vocês vão ver que vocês vão conseguir baixar o plano de aula em doc né em documento que é editável e aí a gente pedia inclusive os professores para adaptar este plano paraa sua realidade da sua área do conhecimento né não é um uma receita de bolo pronto certo não a gente quer a autoria também que eles sejam críticos para construir os seus próprios planos de aula certo e construíram e construíram entregaram mostraram pra gente até para alguns pediram pra gente validar para ver se tava tudo certo né então eh foi uma troca muito interessante com os professores do Piauí mas além disso eu acho que eh é importante eh eh colocar aqui que a gente não pode pensar só a na na inteligência artificial eh com foco nos futuros eh trabalhos né as futuras carreiras que as pessoas vão seguir a profissionais digo eh a gente tem que preparar essas pessoas para um futuro né onde a tecnologia está em tudo como nó está hoje né mas ainda mais então eh temos que pensar não só no no trabalho que essas pessoas vão eh atuar mas também que eles estejam preparados né uma pessoa um todo certo para que no futuro eles não sejam excluídos digitalmente certo então acho que isso é importante colocar também obrigada ah obrigada e Mari obrigada pela pergunta porque esse foi um dos pontos que a UNESCO valorizou no trabalho realizado pelos professores Cristian pela professora Rosa que as atividades elas têm esse caráter de coprodução e de reflexão isso é muito legal e só aproveitando aqui a inspiração da Bahia né como a gente abriu o painel com Paulo Freire aqui cartas Agnebissal acho que a maioria já estudou Paulo Freire o professor artista né todo mundo um pouco artista dessa produção de conhecimento toda a perspectiva que a gente trabalha aqui no Brasil principalmente quando a UNESCO fala centrado no ser humano é muito por aí tá então é sempre eh a gente convida vocês a levarem isso quando a ler a tradução oficial da UNESCO né centrada no humano o Brasil né professora Gisele tem que significar e pôr aí toda a sua cor e seu valor por favor próxima pergunta olá bom dia paulo César eh Mato Grosso do Sul eh primeiro parabenizar pela pelo trabalho e pela pelas elucções aí que os pesquisadores da área nos trazem aqui para refletir sobre o que tá todo mundo muito preocupado é a questão de como tá sendo introduzida a IA na educação básica no nosso país professor Yuri sua fala foi apaixonante aí eh é aquilo que a gente tá de fato vivendo eh o que eu vi nesses dois dias é muito e e obrigado pela primeira vez no painel abriu para nós que a gente tava ansioso aqui para para comentar no op oi não tiver viu já me cortaram aqui não houve não houve essa essa possibilidade da gente contribuir aqui e questionar aquilo que de fato está nos afligindo né e aquilo que de fato a Iá pode fazer hoje na escola né a gente tá muito no campo ainda da teoria os pesquisadores trouxeram essas visões aí pra gente foi muito enriquecedor ok mas lá na prática hoje hoje para resolver o problema que a escola tem hoje como é que poderia contribuir de fato alguns exemplos nós estamos hoje extremamente carentes por exemplo de hoje que é algo que é comum as das soluções que nos estamos que nos são apresentadas que são eh as eh com sistema preditivos a gente precisa focar energia hoje em evasão e reprovação como que isso pode nos ajudar de fato exemplos práticos né de como isso vai repercutir lá dentro da escola quer ver outro exemplo que aí eu gostaria que de fato a minha pergunta eu fiz até algumas anotações aqui hoje nós temos um grave problema no país não existe a a disciplina de língua portuguê de redação na na escola pública né está a cargo do professor de língua portuguesa enquanto na maioria das escolas privadas há a disciplina de redação e o aluno é mais melhor preparado aí para enfrentar por quê é um peso muito grande nos Ens da vida vestibulares que por aí vão né o nosso aluno eh o professor de língua portuguesa eh da rede pública ele tem toda aquela carga né da gramática literatura a parte da gramática e muito pouco redação ele não tem tempo hoje ele tem uma média de 35 a 40 alunos dentro da sala de aula ele dá aula para diversas turmas né e ele dá pouca redação né muito pouca né alguns alunos chegam completamente despreparados na questão da redação hoje a gente já tem IAS que elas são capazes né eh de analisar a estrutura a coesão a coerência a argumentação né ela é capaz de sugerir melhorias de vocabulário de ortografia concordância clareza e mais que isso ela é capaz de fornecer feedbacks personalizados né eh de cada aluno algo que o professor sozinho ele pouco consegue fazer para um número de turmas eh enormes que ele tem eh diariamente levar essas redações e dar um feedback qualificado para esse número de alunos e aí tá esse é o ponto positivo que a IA traz para nós mas aí o que que nos preocupa quando a gente coloca eh um sistema desse eh de A para ajudar o professor né nesse problema que ajuda muito mas aí tem o risco e aí que eu gostaria de de ver a opinião dos senhores né quando a gente coloca uma ferramenta disso eh a IA ela pode de certa forma trazer uma estrutura correta hum mas extremamente padronizada né e aí ela por ser algo né a inteligência pré-programada né ela é pouco sensível à diversidade linguística e cultural dos nossos alunos o que de fato traz aí aquela preocupação e aí eu vou ficar no padrão naquilo que é o padrão culto da norma e vou desconsiderar toda essa diversidade linguística e cultural dos nossos alunos como resolver essa dualidade algo que pode sim nos ajudar mas também que pode de fato eh padronizar aí o ensino obrigado obrigada professor alguém mais tem mais alguma pergunta porque aí a gente vai em blocos de duas para assegurar que todos sejam bem respondidos obrigada aqui eh bom dia a todos e a todas primeiramente obrigada pelas referências eu sou a de Santos e aí quando o Yuri trouxe eh o piso baixe né da casinha de Papert eu queria até adicionar piso baixo paredes amplas e teto alto né porque é onde tá todo mundo convidado as paredes amplas você pode seguir diferentes caminhos está alto você é o infinito e além então você não precisa ficar no básico né você pode cada um com sua com sua jornada e aí eu queria fazer uma pergunta que é uma pergunta difícil tá então já vou são duas na verdade a primeira é se todos esses recursos já nascem com recursos de acessibilidade então se se o piso baixo atende também ao público em geral que queira acessar esse material de vocês e a segunda é saber se existem algumas algumas indicações também para que tudo isso que é tão rico né muito rico que tô saindo com a desse desses encontros com a felicidade da ignorância que é muito bom sair fou assim gente quanta coisa eu não sabia agora eu sei então saber se existe alguma indicação também algum movimento para que não fique nas escolas e entre os estudantes isso saia né para os responsáveis para que isso seja passado porque estudantes são muito bons em transmitir conhecimento também então aquela coisa de ver a escola passar na nossa na frente da nossa casa então são essas duas perguntas é obrigada que bom que você se sente assim porque a gente se sentiu assim com a sua fala também né soube aqui que temos um professor de português que gostaria de iniciar respondendo aí eu passo pros demais bom obrigado pela pela pergunta eu comecei a minha carreira dando na portuguesa como corretor de redação corrigia 1200 redações por semana eh e aí depois eu comecei a a entrar em crise porque eu só via palavras assim eu olhava para as pessoas e via palavras em vez de ver a face das pessoas né eh enfim mas eu acho que tem uma um aspecto importante da da sua preocupação que é uma preocupação de todos nós eh o professor de de língua portuguesa ele ele claro que nós estamos falando dependendo da etapa né etapa inicial o reconhecimento dos sons a transformação do som como que aquilo é representado os modelos que a gente tem enfim a construção toda quando a gente chega no aspecto textual há uma pressuposição de um conjunto de de de habilidades que já foram desenvolvidas então como que as palavras se formam na língua portuguesa né eh e não esse é o pressuposto porque sem isso não tem como pensar em texto você tem que trabalhar essas questões se você não sabe a diferença de um substantivo de um adjetivo do verbo do advérbio fica difícil pensar num texto porque o texto ele é composto de partes mas tem um elemento central aí que é que a para pegar a questão que que a que a professora OSA e o e o Cristian disseram que é a questão do modelo aí há eh e mas a língua é também um modelo a matemática é também um modelo então a nossa língua ela escolhe alguns elementos para colocar plural e outros não para colocar feminino e outras não em outras palavras não ou seja ela é um modelo que faz com que a gente pense de determinadas formas quando a gente estuda outras línguas é fácil perceber isso do japonês o verbo vai no final no nosso português você tem um sujeito você tem um verbo e você tem um problema joaquim foi à feira fazer o quê comprar legumes por quê porque sua mãe mandou mas não comprou nada por quê porque não tinha dinheiro porque estava enfim então você tem modelos agora tem um elemento que a IA não consegue por conta da modelagem que ela é feita preditiva ou não a estatística inferencial etc que é a perspectiva por a perspectiva depende de uma consciência dos elementos que você escolheu e dos subtextos que a gente chama de intertexto então uma coisa é o texto que o Cristian disse e o texto que eu disse mesmo que a gente dissesse sobre o mesmo assunto inteligência artificial por quê porque eu tô trazendo as minhas vivências como professor como estudante como né profissional e ele idem então essa perspectiva faz toda a diferença então quando você usa eu uso aí por exemplo para para ajudar os estudantes que vão fazer o Enem então eu digo para ele a gente faz o teste a sua nota vai ser essa porque a gente pega as provas do Enem e estão lá as notas então você quer passar em direito quer passar esquerda tem que tirar essa nota então você faz aí a corrige ela te dá parâmetros ou seja um modelo e aí você olha pros modelos parte que eles disseram você olha para para aquela resposta e aí você traz o conhecimento linguístico que você formado vai entender olha tá vendo aqui você diz A mas aqui você diz B esse A virou B como como houve essa transformação essa transformação é positiva ela é pressuposta baseada em quê cadê os dados cadê as evidências qual a diferença entre idade evidência e argumento qual é a modalidade que a ciência usa para afirmar coisas e você tá entendendo então assim você tem vários elementos que aí a não tem como ponderar na atualidade então o professor pode sim reduz bastante o trabalho se você né eh usar os recursos que ela tem porque esse trabalho todo que você teria que fazer que eu fazia quando eu comecei aí a faz e aí você trabalha por exemplo dependendo do tamanho da sala cursinho popular por exemplo onde eu tô aula também né eh você pega os modelos por quê porque os erros são parecidos porque eles estudaram nas mesmas escolas tem referências muito semelhantes eles e elas né então você vê os erros são então por exemplo você tem uma descontinuidade entre um período e outro não tem continuidade joaquim foi à feira ele estava no sítio pô ele disse que é feira tá no sítio né então eles conseguem entender e Joaquim foi a feira mas aí você transforma esse modelo para uma discussão sobre e uma discussão sobre civilidade o que é direito que é certo liberdade sobre qualquer tema porque eles assimilaram uma modelagem e a redação é um modelo então quando o professor ele tem essa esse conhecimento de como funciona né a IA aquilo que ela consegue fazer e aquilo que ela não consegue fazer na atualidade ele vai poder utilizar exemplos concretos produzidos pelos seus estudantes né seus estudantes e aí ele vai verificar aquilo que falta para aquele objetivo de aprendizagem que tá em questão no meu caso lá passar no Enem né e aí você consegue mostrar pros estudantes olha aqui tá o erro então veja bem nesse caso é uma coisa mais instrumental mas num aspecto mais formativo você pode colocar os objetivos de aprendizagem e fazer as etapas de acordo com aquilo que o seu objetivo eu quero que o estudante entenda determinado aspecto por exemplo a diferença entre evidência e argumento a diferença entre os tipos de argumento argumento de autoridade blá blá blá então você tem vários elementos que a professora o professor devem saber utilizar aí fica mais digamos e eh plausível o uso desses recursos de né que na verdade nem você já tinha alguns programas fazer algumas coisas mas agora IA tá mais acessível então é perfeitamente possível e e eu tenho notícias eh isso tem sido feito em vários lugares né então fica até à disposição caso possa entrar em contato depois para se for o caso poder dar algumas dicas e sugestões do que a gente tem feito que eu tenho feito lá na UFBA e nos cursinhos populares que eu trabalho aí ao redor do Brasil tá bom eh muito obrigada só um minutinho como a ó vou usar o argumento ótimo tá quentinho o cof break é esse é o melhor argumento a gente tem 4 minutos para finalizar então eu já vou passando né nessa forma para vocês amarrarem as duas perguntas e professora no coff break comendo essa comida quentinha a gente conversa a mesa tá bom porque realmente a gente estendeu em 15 minutos e hoje é um dia de partida de muitas pessoas aqui a gente não pode estender mais no almoço viu obrigada então vou pro Yuri depois profora Rosa Cristian Paulo bom dia obrigado maria tá botando a gente para falar no do 2x então exatamente acelera aí olha lá eh eu só queria complementar aqui e dizendo assim: "Me perdoem quem faz o Enem mas a redação do Enem já é um modelo antes da inteligência artificial que exclui um monte de coisa e padroniza uma forma de expressão de um jeito que os meninos não estão aprendendo a argumentar ou a defender um ponto de vista eles estão aprendendo a fazer um modelo tem que citar alguém para ter repertório cultural gente chegou no exagero e isso antes da IA então eh se a gente cria eh e a gente também cria os riscos que vem com ela a gente também sem a IA faz esse tipo de padronização como a da redação do Enem que hoje tá sendo uma loucura eh e eu falo aqui eh não só do ponto de vista dele educador mas de um pai que tem um filho que vai fazer a redação do Enem e que fica dizendo: "Não pai aqui ó é o modelo que é apresentado para todos os estudantes." Então eh mas assim de qualquer jeito a linguagem é um modelo tem padrões e a gente pode como disse Ivan eh estabelecer vários usos de a para resolver isso e eu acho que a gente a gente às vezes é muito pouco ousado eu eu falei de todas as polêmicas aqui das tecnologias e a gente acaba eh não levando em conta as muitas possibilidades que tem aí quantos quantas ensinos de língua estrangeira hoje falam com pessoas de países de língua nativa com a tecnologia que permite isso tranquilamente pouquíssimos quantos professores planejam juntos e economizam tempo planejando a aula podendo est em diferentes escolas planejando junto que a tecnologia também permite pouquíssimos então assim a gente tem que dar alguns passos um pouquinho mais ousados para também incorporar de fato no dia a dia agregar valor para o tempo todo já respondendo aqui a Gisele obrigado também Gisele eh e não infelizmente não infelizmente a gente não tem ainda essa capacidade de eh ter esse olhar tão plural de por design eh desenhar soluções que sejam completamente acessíveis algumas são outras não a gente tem um um viés tem um esforço nesse sentido mas ainda não consegue realizar isso e entregar isso sempre que é também um esforço nosso de qualificar e aí tem que ser um pensamento constante sobre sair da escola isso tem tudo a ver com integrar a vida a aprendizagem paraa vida pra sociedade e aí esse exemplo que a gente tem lá na Bahia das agências de notícias na escola ele gera não só autonomia e a gente tem professores dizendo: "Os estudantes estão voltando pra escola por causa das agências" mas como ele gera toda uma relação com o território as pessoas sabem o que acontece na escola por conta disso as agências saem da escola para eh se relacionar com o território e reportar coisas que acontecem no território e isso vai numa educação que a gente acredita cada vez mais porque não é a escola atomizada isolada mas a escola conectada com toda uma vida e comunidade e eh digital numa lógica que a gente tá presente no território mas também tá presente no restante da sociedade mediada pelas tecnologias obrigado foi um prazer estar aqui com vocês muito obrigada Yuri professora Rosa o professor do Mato Grosso do Sul isso fez uma pergunta interessante porque um dos grandes riscos da IA que são as bolhas né e assim como vem a bolha da linguagem a bolha cultural a bolha política a bolha de como você deve te portar vestir etc atualmente as que nos chegam ou chegam dos Estados Unidos ou chegam da China elas trazem aquelas bolhas culturais né a gente pode treinar o maiá pode vai requerer tempo paciência entrar com os textos regionais e dizer: "Eu quero que crio utilizando como referencial esses textos meus alunos fazem muito nas escritas de doutorado seus referenciais teóricos né para que fique no estilo e a gente pode também outra coisa é usar vários vários GPTs paraa mesma coisa e comparar a gente foge um pouco da bolha mas é um dos problemas da IA atual e a gente não tem uma IA brasileira né nem tem recursos para isso nem pessoas para desenvolver isso então é bastante difícil a gente tem que aprender conviver e contornar a bolha obrigada professora Rosa professor Cristian em 10 segundos brincadeira é só para ele ficar bravo corta aqui corta aqui gente eh acho que muito interessante a pergunta dos dois o Paulo da Gisele eh bem eu vou trazer um exemplo dois exemplos bem interessantes eh que um um eu já fiz o outro não tive oportunidade ainda mas você pode trabalhar eh a questão de redação ou redação não até a alfabetização né dos estudantes eh utilizando a IA tem um exemplo eh de uma professora que ela trouxe para sala de aula um elefante um elefante de pelúcia então é um elefante né um elefante de pelúcia certo e colocou lá na frente da da sala e disse assim: "Olha esse elefante aqui fala só que ele tá com a tá sem pilha ele ele tá com um problema ali na no altofalante dele então vamos vamos dialogar com o elefante o que que ela fez ela disse assim: "A gente vai dialogar com ele no computador no teclado" então as crianças digitavam as perguntas né pro elefante o elefante respondia claro ela colocou lá dizendo né a Ia antes dizendo que era um elefante de brinquedo né e aí o elefante ele eh dialogava com essas crianças então você pode utilizar inclusive na alfabetização né do do dos estudantes tá ah outro outra professora inclusive na educação infantil pegou e levou esse exemplo para como a professora digitando né e as crianças perguntando ah outra atividade que a gente fez também inclusive eu fiz com a minha filha a Ana Laura ah a gente pegou ela fez uma história ela fez né redigiu uma história aquela história depois eu pedi para ela fazer uma tira uma tirinha de quadrinhos depois eu joguei isso para inteligência artificial a inteligência artificial gerou a a história em quadrinhos né e aí depois eu peguei ainda aquele desenho e coloquei uma outra inteligência artificial e para fazer uma música a respeito né tem o Yúdio tem o Sudo tem vários aí então gerou ainda uma música certo então tem várias formas de você trabalhar a a questão eh da da das letras né h acessibilidade cultural perdão hã bolhas culturais perdão as bolhas culturais por que que você não coloca também os alunos eh um olhar crítico acho a professora Rosa já falou um pouquinho sobre isso mas eh pedir para eles fazer uma nova redação desse texto eh com a eh a cultura local né como é que seria ou então por que não você a através de um treinamento de contexto ali uma coisa bem simples de vocês explicar para inteligência artificial como é que se fala na sua região por que não certo então são alguns exemplos assim né que trouxe uma uma professora minha também lá de uma colega minha lá do Rio Grande do Sul ela pegou aquela a a folha de critérios do Enem tirou uma foto e depois tirou uma foto também do da redação do do do seu aluno e aí pediu para fazer análise baseada naqueles critérios e o resultado foi muito interessante então assim ó a inteligência artificial como a gente falou ele trabalha só com o passado mas e e com isso ela não é criativa criativa ser humano e esse é o papel dele então é então assim eh a a nós a o limite está na mão do professor porque é ele que vai ter a criatividade de saber como utilizar a inteligência artificial da melhor forma possível tá bom Paulo ah e em relação à acessibilidade da Gisele né eh claro uma coisa que a gente já já vê muito por aí mas a a inteligência artificial ela traz eh inúmeras formas de você trabalhar isso a gente eh inclusive trouxe pro pro pros professores lá do do Piauí a gente tem uma uma aula específica sobre isso e uma eu vou citar uma ferramenta tá que é o C AI né que é fantástico tem uma versão eu tava tentando achar o nome agora da outra que é pro pr pra iOS também eh que eh a pessoa ela caminha e a inteligência artificial vai dizendo: "Olha aqui você não pode ir aqui você pode ou então eh se você tá procurando a chave de um carro né então você Oi não é um outro mas be my ey se eu vou conhecer depois vou dar uma olhada depois e aí você coloca lá a chave né ah eu tô procurando uma chave então né a pessoa fica segurando o celular assim ele identifica a chave no momento que ele enxerga a chave ele começa ali pi né e aí conforme você vai chegando perto ele vai avisando enfim tem muitas ferramentas dependendo de qual é a necessidade da pessoa tá de apenas leitura de tela né isso já é antigo né mas aperfeiçoou bastante também tá bom obrigada obrigada Gisele eh eu trabalhei junto com o pessoal da PAI nessa questão então acho que você pode dar uma olhada lá a gente pegou toda a parte da BNCC etc treinou um modelo para facilitar o trabalho das professoras porque elas têm na sala crianças com diferentes necessidades então dá uma olhada lá no modelo que que a gente desenvolveu pode ser que tem alguma ideia gente muito obrigada dos panelistas incríveis e a vocês também agora cost break obrigada maravilhoso nossa oi obrigado Maria Rer pessoal nossa próxima mesa é o do café ó ó ó mas só pode durar 10 minutinhos tá bom gente infelizmente o tempo não para เฮ เ เฮ เฮ เฮ โ เฮ M เฮ Ah เฮ เฮ เฮ M เฮ เฮ เฮ Oh เฮ Bom som estamos ao vivo bom energias renovadas por meio do Coffre estamos de volta com o evento IA na educação básica construindo referenciais nacionais chegamos então à última etapa do nosso evento teremos agora o painel seis e depois a mesa de encerramento então se possível fiquem conosco até o final daremos início agora ao painel seis que vai tratar o tema recursos educacionais digitais com IA desafios e potencialidades para a aprendizagem para moderar este painel nós convidamos a coordenadora da pesquisa ticeducação noctic.brnik.br Daniela Costa daniela Daniela Costa é doutora em educação e mestre em comunicação e semiótica graduada em linguística e literatura especialista em design instrucional e em planejamento implementação e gestão de tecnologias na educação foi docente em classes de educação básica coordenadora editorial de publicações didáticas e designer instrucional pesquisadora das áreas de letramento educação desenvolvimento humano e tecnologias digitais atualmente coordena a pesquisa sobre o uso das tecnologias de informação e comunicação nas escolas brasileiras TIC Educação realizada anualmente pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação daniela Costa seja muito bem-vindas bem-vinda convido agora nossos painelistas priscila Gonzales pesquisadora na Cátedra UNESCO em educação aberta e tecnologias para o bem comum priscila Gonzales é pesquisadora professora e consultora na área de educação aberta e direitos digitais desde 2010 pesquisadora associada na Cátedra UNESCO em Educação Aberta e Tecnologias para o Bem Comum UnB do Centro de Pesquisa em Pós-Humanismo e Humanidades Digitais Unicamp e Visit Fellow no Centro de Futuros Sociodigitais da Universidade de Bristol Reino Unido mestre em IA e Impactos na educação pela PUC São Paulo doutoranda em linguagens e tecnologias na Unicamp professora do curso Adolescência Saúde Mental e Mídias Interativas na PUC SP consultora UNESCO em design de práticas abertas em STEM integra o comitê de especialistas da pesquisa TIC e educação do cetic.brc.br priscila seja muito bem-vinda convidamos agora Flora Ariza pesquisadora do Understand AI do Instituto de Estudos Avançados da USP flora Ariz é socióloga pesquisadora e consultora na área de educação tecnologia e sociedade doutorando em sociologia na USP e bacharel em Ciências Sociais pela Unicamp tem como foco de pesquisa as interações entre políticas públicas educacionais tecnologias e desigualdades atua há 20 anos como professora formadora de professores e gestora de projetos educacionais atuou como gestora e formadora na implementação de tecnologias educacionais baseadas em IA em redes estaduais e municipais junto a empresas como Letros e CAN Academy pesquisadora dos grupos Deseduca pesquisa empírica em desigualdades educacionais e IA e sociedade ambos vinculados a USP coordenadora de divulgação científica da Frente de Educação da iniciativa Understand AI na USP coordenadora do projeto do Observatório doutécia seja bem-vinda Flora convidamos agora Célia França professora do Centro de Inovação e Sustentabilidade da Educação Básica célia França é professora da rede pública do Pará mestre em ciências da educação especialista em tecnologias educacionais e em educação ambiental e graduada em história e pedagogia atua na formação de professores com foco em inovação pedagógica aprendizagem criativa e inteligência artificial atualmente integra a equipe de implantação do Centro de Inovação e Sustentabilidade da Educação Básica iniciativa da CEDUC para Célia seja muito bem-vinda profissional de Libras desculpa por ler tão rápido toniela é com você muito obrigada bom um ótimo dia para vocês esse é o nosso último painel mas ele é ele é bem importante bem relevante porque a gente vai falar de um assunto que eh tem a ver com todos os outros painéis anteriores né eu vou pedir licença para fazer minha audiodescrição eh eu sou uma mulher se gênero eh de cabelos escuros olhos também escuros pele branca eh e estou vestindo uma blusa preta com um colar amarelo meio marrom e é um prazer estar aqui com vocês e ter assistido a todos esses painéis e ouvir todas essas falas agora nós temos três especialistas aqui cada uma tem a sua relevância na sua área específica de de estudo de pesquisa de atuação e eu quero começar agradecendo a atenção de quem está aqui até este momento e quem vai continuar com a gente até o final do nosso painel na sessão de encerramento também quero ver vocês lá tá bom sobre o que que nós vamos falar aqui né eh falar em recursos educacionais digitais né eh por que que isso é relevante né a gente falou de eh desenvolver habilidades dos estudantes a gente falou de desenvolver habilidades dos professores eh nós é o primeiro evento que a gente fala de tecnologia e não fala tanto de conectividade infraestrutura mas de certa forma ela estava aqui presente nas falas também quando a gente falou de computação desplugada robótica desplugada porque às vezes não tem equipamento na escola então a gente tava falando sobre isso também mas e quando a gente chega lá na sala de aula e os professores vão eh utilizar uma tecnologia para desenvolver uma uma disciplina ou para ensinar IA né com que recursos ele vai fazer isso né e e quais são as questões implicadas nisso será que é só selecionar um conteúdo adequado à idade adequado ao conteúdo né o que que tem por trás né dessa seleção de recursos educacionais né então por um lado desculpem eu trouxe de São Paulo uma tocinha meio chata então já vou pedir desculpas por antecipação eh então por um lado a gente tem essa necessidade de inovar na educação de inovar a aprendizagem de trazer eh de ampliar as oportunidades de aprendizagem pros estudantes do outro lado a gente tem uma série de recursos educacionais quem trabalha nas redes de ensino sabe que todo dia tem alguém oferecendo um recurso educacional novo né mas a gente tem diversas questões né relacionadas à privacidade será que aquele recurso ele de fato eh auxilia a cognição aprendizagem das crianças mas ele também ele apoia o bem-estar das crianças dos adolescentes né eh quais são as questões implicadas em relação aos direitos das crianças à equidade a no no painel anterior a G Santos trouxe a questão da acessibilidade né até que ponto os recursos estão adequados a essas essas agendas todas que estão lá na sala de aula estão na vida dos professores e na vida dos estudantes então eh no meio dessas discussões todas a gente tem esses os atores educacionais os os professores os estudantes que estão lá e que precisam né realizar as atividades e e fazer desenvolver o conhecimento né então eh eu quero começar aqui o nosso painel com a professora Célia porque ela vai trazer de fato esse contexto da sala de aula dessa interação com os alunos né num projeto que é extremamente relevante né eh lá em Belém do Pará local da COP 30 né então professora Célia eh eu primeiro queria saber um pouco sobre esse projeto queria que você falasse um pouquinho paraa gente apresentasse o projeto e também eh que você falasse um pouco de como tem sido o uso desses recursos educacionais especialmente com o IA e para IA né como eles eles têm eh impactado a sua prática pedagógica a prática pedagógica dos professores ah eh desculpem eh a apresenta apresentação da professora e o passador tá aqui isso bom dia gente bom dia a todos e a todas eu sou uma mulher branca cabelos na altura do ombro já com a tintura né por conta dos brancos eu tô usando uma camisa laranja tipo terracota escrito Amazônia eh Belém Pará Brasil eu venho do Norte eu sou do interior do Pará mas eu já estou há algum tempo né eh morando na região metropolitana então eh eu sou professora das duas redes da rede municipal eu já estou aposentada eu trabalhav já trabalhei desde a educação infantil até o ensino médio e hoje eu integro né essa equipe do CISEB que é o Centro de Inovação e Sustentabilidade da Educação Básica eu quero assim agradecer em nome da secretaria a UNESCO ao MEC a todas as pessoas que eh trabalharam que arduamente para que esse evento acontecesse para mim é assim foi é super rico eh e assim eu quero também fazer um agradecimento especial ao professor Rafael Herdi que tá sentado aqui à frente ele é o professor que coordena os centros de inovação no estado do Pará ele tem a responsabilidade de fazer a implantação desses CISEBS de levar esse espaço para todas as regiões né de integração do estado vocês sabem que o estado do Pará não é um estado de de tão fácil de deslocamento eh o CISEB ele é uma iniciativa do governo do estado do Pará ele assim ele nasce com a perspectiva de levar a inovação de fazer o protagonismo dos nossos jovens eh no estado e fazer com que também a escola eh pudesse refletir um pouco esse contexto né de trabalhar as tecnologias de trabalhar a aprendizagem criativa e de trabalhar um pouco para o aluno e com esse aluno para o estudante e como estudante eh o CISEB ele tá pensado eh no estado para que ele possa compor todas as regiões nós temos 12 hoje a gente já conseguiu eh inaugurar três três CISEBS um de porte grande que é o CISEB que a gente que tá ele fica localizado em Belém do Pará onde nós vamos sediar a COP quem for a COP eu já deixo o espo que o CISEB ele vai tá com uma parceria com a Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa e ele vai funcionar no período da COP então já deixo o spoiler para quem quiser eh conhecer o CISEB eh outra coisa outro ponto um ponto importante no CISEB que a gente traz é a questão do protagonismo juvenil eh isso significa por exemplo que a gente possa trabalhar alguns temas que muitas vezes eh são bloqueados dentro da escola que a gente não não porque a gente não quer mas por conta de formação que é a questão da inteligência artificial aprendizagem criativa protagonismo juvenil trazer esse jovem pro centro e fazer com que ele realmente ele possa eh estar no centro da sua aprendizagem uma outra atenção eh que a gente tem também é a questão da formação dos professores e aqui eu vou concordar com o Yuri na fala dele a gente eh eh conserta o avião o avião no voo né a gente acaba eh fazendo essa formação em loco junto com o nosso estudante deixa eu passar um pouco esquecendo é passando pode passando não falta é deixa aí eh nós temos também para organizar isso né para que o CISB possa eh eh ser organizado a Secretaria de Educação também ela tem trabalhado no currículo né de educação digital entregou o plano no primeiro semestre e agora no segundo semestre tem assim a perspectiva de eh trabalhar a formação de professores e trabalhar o currículo veículo para que possa integrar né que o noiz ele tem um um plano de ação de funcionamento mas a gente precisa eh eh tá alinhado né a BNICC e isso o CISEB tem trabalhado para que o nosso plano possa ficar pronto eh essas imagens aí gente agora eu quero falar do CISEB eh do centro mesmo de como ele foi pensado essas essa primeira imagem é a imagem de entrada do centro o centro tem uma arquitetura que ela já conversa um pouco com as salas elas se conversam entre si é um espaço bem bonito bem moderno e nós temos uma sala de de que a gente chama né de recepção onde a gente recebe os nossos alunos recebe os nossos professores o CISEB ele ele tem ele trabalha com seis trilhas de aprendizagem ele tem essa sala de de recepção tem mais três salas de imersões que você pode deixar nós temos seis salas de imersão que é a sala de inteligência artificial programação criativa cultura make prototipagem fabricação digital robótica e modelagem cultura digital e realidade virtual e aumentada eh na sala vocês vem que tem algumas imagens aí que falam um pouco desses espaços nós temos os alunos essa primeira imagem é a imagem da do make que eu vou falar um pouco mais adiante nós temos imagem aí da sala de IA da sala de cultura digital e nós temos uma imagem que é uma imagem bem bacana que é uma imagem de uma mesa de robótica né então porque também mas lá na frente nós vamos falar que nós temos uma equipe de robótica que são alunos protagonistas essa essa última imagem é uma sala make onde os meninos estavam construindo os meninos e meninas estavam construíram uma casa com chuveiro elétrico aí a água passa dentro de pegar a garrafa pé de pintam de preto a água passa e e cai quente então é assim é a a nossa sala meia então quando a gente pensou o CISEB a gente já pensou nessa sala de inteligência artificial nas outras salas a gente até já tinha eh conhecimento mas na sala de foi pensado essa sala de inteligência artificial não passou eh essa aí é uma é uma imagem né da inauguração do CISEB nós eu já falei que nós tentamos nós no centro a gente eh tem se preparado para integrar né inovação sustentabilidade ao currículo promover o protagonismo formação docente participação em olimpíadas torneio de robóticas feiras científicas e a gente nas a gente tem também eh a responsabilidade do nosso plano eh de educação digital e inovação pedagógica que eu já falei ele não vai essas imagens aí é é a imagem da nossa sala de prototipagem essa primeira imagem dessas cestinhas são sementeiras é um projeto eh essa sala ela tem um tema de reflorestamento então essas sementeiras ela começa lá na sala make eles começaram a fazer essa sementeira dentro da naquelas cubas de ovo depois eles viram que não dava para levar para casa porque tinha que destacar e botar assim então eles foram paraa prototipagem prototiparam eh essa essa sementeira e aí eles têm a terra eles e dentro disso tem assim um conhecimento imenso sobre o reflorestamento sobre o meio ambiente eles levam essa sementinha eles fazem a prototipagem nós temos uma impressora 3D que ela é mais rápida ela tem quatro cores de filamento então eles aprendem e aprendem junto com os professores e aí trabalham também a questão do reflorestamento a questão dos do adubo do químico e orgânico que é usado para para e eles levam para cuidar dessa planta e fazer né esse reflorestamento ou na sua casa ou na escola onde ele achar que eh foi discutido dentro da do da escola essa aí é uma imagem né também do Rafael falando um pouco deste espaço para os estagiários e aquele barquinho ali ele eh é é aprendendo na prática eh são os alunos nós temos um grupo do Naas que é o núcleo de altas habilidades quando esse núcleo chegou nessa sala ele: "Ah eu quero fazer um barquinho" porque ele tinha assim um foco em barco e aí ele vai e a professora ainda não tinha a habilidade tanta habilidade dentro da máquina que era ela nova e aí eles vão aprender eles têm uma IA tem um aplicativo tem uma IA fizeram no Tigercad né a prototipagem e aí eles vão aprendem e fazem esse barquinho e depois esse barquinho vai paraa robótica para ser motorizado eh essa aí é a sala de programação a sala de programação ela trabalha com o Scratch e e também com o Oct Studio eles fazem a programação no Scratch no jogo esse aí é um jogo que eles estão apresentando e depois desse jogo feito no scratch eles construíram um tapete onde eles podem trabalhar o movimento frente né para frente pro lado pra esquerda pra direita conforme as setinhas vão aparecendo na tela do do computador então eles trabalharam também com sucata aí tem uma plaquinha que é feita de teclado de de computador essa outra é a programação e essa terceira imagem é uma imagem de uma composteira mas na frente vai tá esses esses meninos e meninas eles eh fazem esses projetos com os nossos professores e eu esqueci de dizer que aqui eu não tô representando eh só a mim mas eu tô representando aos meus professores a todos os professores do centro né que trabalham que inovam que pensam e que e estão presentes na vida desses meninos eh esse aí olha ela tá explicando a composteira aí pro governador no dia da inauguração essa outra é a sala MEI que é uma sala linda é uma sala que tem muito recurso eh eh muito muito equipamento e assim e é e é uma diversidade de atividade nessa sala make porque é uma sala bem concorrida esse projeto aí ao lado é um carrinho eles fazem um um uma trabalho de de eles começa com o carrinho balão trabalhandoel distância né com eles trabalhando mão na massa o mão na massa ele é muito importante dentro do Zeb depois eles pensaram que eles podiam prototipar no Tickercad e fazer a impressão da carcaça desse carro mais na frente a gente vai ver eh vou voltar mais na frente a gente vai ver que esse carrinho ele vai ganhar eh uma um outro formato né na sala ME que eles viram a carcaça não queriam que ficasse aparecendo a bateria e tal e eles ganham ele ah professora ficou feio né fica feio assim não fica bem a estética então nós vamos fazer com que esse carrinho possa ter estético então trabalhar com material de baixo custo para que a gente possa e esse aluno possa levar esse professor possa levar e esse nós recebemos os alunos gente segunda quarta e sexta a gente recebe aluno e professores essa turma vem nós temos uma capacidade de atender 120 estudantes eh no turno da manhã e 120 estudantes no turno da tarde esse professor ele acompanha esse aluno em média dois três professores com uma turma essas turmas são divididas entre as salas e eles nós temos 4 horas né de imersão do pela manhã 4 horas à tarde então esse aluno quando ele vem ele passa em duas salas em média ele precisa voltar mais vezes acabou o meu tempo não tenho tanta coisa esse aí é o Fliperama que a É o Fliperama eu vou correr um pouco é o fliperama que a daqui isso aí já é a sala de ia eles vão usar algumas iag para eh fazer esse fliperama esse jogo para ensinar o meio ambiente essa aqui é a sala de cultura digital é aqui eles têm um jornal que eles apresentam eles são gente eles são eh redatores eles produzem o o roteiro eles fazem o texto eles prototipam lá na TAS no Canva então ele já eh tem assim nós temos uma equipe muito boa de mídia eh que já trabalham tanto no CISEB quanto na escola nós temos aqui olha aí são os meninos apresentando são dois vídeos assim maravilhosos que a gente vê o protagonismo desses meninos eh eles estão apresentando um vídeo ele apresenta CISEB outro vídeo eles apresentam as meninas eh da na tecnologia eles produzem esse roteiro no centro e nós temos um estúdio bem equipado além das seis salas nós temos um estúdio que é equipado para esses alunos eh gravarem vídeos e podcast isso aqui foi um o projeto de férias vocês vê que tem um mini gerador de energia aquele carrinho que eu mostrei para vocês ele vai ganhar forma eles nós trabalhamos com os os crike prime agora eu tô correndo né tava descansada eu trabalhamos com Spike Prime professor é isso né tava descansada e com os carrinhos e nós temos nós coordenamos no centro 20 escolas que receberam o Prodep que é o é o programa dinheiro direto na escola ele recebe esse dinheiro e tinha um investimento né em 20 escolas para trabalhar com os créditos para que esses alunos pudessem participar de competições eh nós temos um 2.000 estudantes já e professores eh em se meses de funcionamento já atendido trabalhamos com a formação inspiração de projetos na escola engajamentos reais de estudantes então a gente vai falar lá na frente dois engajamentos que me emociona e o fortalecimento né da inovação eh pedagógica esse aí é um investimento em inovação e tecnologia um investimento do nosso do governo né eh escolas que nós temos também gente nós recebemos em investimento toda escola do estado do Pará Estadual recebeu um carrinho esse carrinho tem 36 chromebooks dentro do carrinho toda escola tem a Starlink que já foi eh eh até nas áreas mais distantes e não é fácil no estado do Pará e o CISEB faz parte desse movimento de levar a tecnologia de levar eh eh a inovação e eu não podia deixar de finalizar isso aqui com esses meninos olha e dá vontade assim de levantar e ver essas duas equipes do CISEB uma é a equipe que a gente chama Pavulagem e aí eu vou falar mais uma vez no Rafael essa equipe já tem uma caminhada ele ela começa lá com Rafael e ela se renova cada ano esse ano essa nossa equipe do CISEB ela já esteve aqui em Brasília no projeto do SESI eh da Forte Lego League né da da de robótica no Ees fantásticos gente um deles eh nós estamos aí na Iá ele na dificuldade de fazer uma missão e ele diz assim: "Professora vamos ver o que a Iá diz pra gente" aí a gente vai na Iá vê o que ela diz e ele diz: "Professora ela tá errada." Disse: "Ela tá errada tá por quê porque ela tá mandando ir para essa direção mas é naquela então bora refazer o nosso pensamento e tentar fazer com com que a gente e a outra é a Sâmia a Sâmia também eles são protagonistas é a nossa equipe Pavulagem eu não podia deixar aqui de de me reportar aqui a Sâmia nossa aluna protagonista anhia foi uma experiência muito bacana dentro do CISEB o CISEB ele reuniu o entorno dele que ele fica dentro de uma regional e essas escolas indicaram seus alunos eles estavam e a Sâmia é nossa medalhista de prata e é assim é trabalho do CISEB é trabalho dos nossos professores é trabalho dessa coordenação já vou finalizar tá e eu vou já vou finalizar rapidinho eu vou só ler esse esse texto queremos que nossos estudantes não sejam apenas consumidores de tecnologia mas protagonista no seu aprendizado que sabe explicar o que vive questionar o que consumem e usar a tecnologia de forma consciente e responsável trabalhamos para que valorize o conhecimento construído ao longo da história sobre o mundo digital e leve esse aprendizado adiante entendendo que a inteligência artificial já faz parte do nosso dia a dia e influencia diretamente a forma como trabalhamos estudamos e nos comunicamos e eu quero assim convidar a todos e dizer que o CISEB sigam o nosso nossa rede social e que o CISEB está à disposição para receber vocês muito obrigada eu eu sempre assim já participei de vários painéis né eh eu não gosto muito de ser mediadora eu vou ser sincera porque é uma situação difícil pensem bem né você tem um projeto desse você fica pressionando a pessoa tem que acabar não dá então a gente quer ouvir mais a professora Célia mas a gente ainda vai ter oportunidade de saber mais sobre esses projetos e sobre os alunos eu vou passar a palavra para Priscila priscila eh a gente sabe que recursos educacionais e a gente não tá falando só de tecnologias né a desculpa eh a gente tá falando de teorias de ideais de pontos de vista né quando a gente usa uma tecnologia então diante da proliferação desses recursos de IA né quais são as preocupações nas nos seus estudos né eh que você tira dos seus estudos envolvidos com a adoção desses recursos né como as políticas podem apoiar os educadores os gestores públicos também né no na adoção desses recursos ah o passador olá a todas as pessoas aqui presentes a todas as pessoas que estão nos acompanhando online obrigada pelo convite já queria parabenizar a UNESCO CETICMEC por essa super iniciativa de pioneiramente colocar esse tema em debate acho que a gente tem muito tema muita coisa para conversar que seja o primeiro quem sabe uma semana de educação digital para que todo mundo possa perguntar né a gente já viu que tem tema a gente já viu que tem pano paraa manga nesse tema eu vou tentar ser rápida porque é importante a gente conseguir conversar primeiramente eu sou Priscila Gonzáes eu trabalho há mais de 25 anos com educação digital cultura digital e educação atualmente hoje eu falo aqui em nome da Cátedra UNESCO em educação aberta e tecnologias para o bem comum que é sediada aqui na UnB coordenada pelo professor Té Amiel e uma outra várias pessoas pesquisadoras e também falo em nome do IEL do programa de do Centro de Pesquisa em Pós-Humanismo e Humanidades Digitais onde eu tô fazendo meu doutorado e eu vou começar pegando o gancho do Iuri se bem que eu vou tentar falar um pouco porque muitas pessoas falaram muitas coisas bacanas ao longo do dia de ontem e eu se eu conseguir eu vou trazer alguns ganchos que eu acho bem legal para começar eu queria pedir já aproveitar o Yuri e vou falar que eu vou ser ousada aqui eu vou ser ousada por quê porque até então a gente ouviu falar em como usar a IA e eu queria chamar vocês para uma reflexão que a Iá também nos usa o tempo todo e nesse sentido a gente precisa eu trouxe quatro aspectos aqui pra gente pensar junto então começar com a sociedade digital contemporânea pra gente entenderonde a gente tá nesse mundo digital depois tensões e preocupações da chamada era da IA que muita gente já falou aqui durante o dia de ontem e hoje também vou falar de conceitos emergentes desse contexto e finalmente vou falar de alternativas rumo ao bem comum eu vou tentar passar rápido as primeiras porque eu queria muito trazer as alternativas porque gente não é verdade não é que não é verdade quando a gente pensa que a IA também nos usa a gente precisa fazer duas perguntas que a gente não tá fazendo qual IA e por que nós queremos essa IA nos nossos na nossa educação no nosso dia a dia de sala de aula vamos tentar conversar sobre isso eh eu trouxe claro que não vai dar tempo mas eu trouxe um uma epígrafe em cada aspecto eh que eu vou abordar essa específica é para falar da plataformização né nós estamos numa sociedade de plataformas depois vocês vão poder ver o slide ter as referências gente anos 2000 anos 2000 vocês lembram não sei se alguém lembra do Orcut aqui né tem muita gente jovem anos 2000 o boom das redes sociais aquela cultura digital de 25 anos não existe mais hoje nós estamos numa plataformização é uma cultura de plataformas tudo que a gente faz é mediado por plataformas e plataformas proprietárias de poucas empresas que controlam a geopolítica a economia tudo que a gente tá vendo hoje então se a gente não entender por exemplo os REIA quem me conhece sabe que eu trabalho com isso há muitos anos os recursos educacionais abertos o software livre o Creative Commons tudo isso surgiu nos anos 2000 com aquela ideia que a internet ia possibilitar melhorias a comun a comunicação ia ser democratizada a gente ia poder comunicar criar não só consumir criar e hoje isso mudou ah a gente cria ainda redes sociais cria mas a gente tá em territórios fechados a gente tá dentro de plataformas e essas plataformas outra coisa importante a gente fala ainda muito de A como se fosse software ia não é só software não é IG tô olhando pro IG aqui a IA gente é um mundo é um ecossistema tem umaidade da IA não dá mais pra gente falar de tecnologia igual a gente falava nos anos 2000 quando a gente fala de a a gente tá falando de data center a gente tá falando de dados a gente tá falando em algumas alguns modelos pessoas tá guiando as IA essa aí a preditiva que tá já tava nas plataformas que a gente nem pensava ou nem falava sobre até naquelas redes sociais dos anos 2000 também já tava mas era o machine learning a árvore de decisão não era essa IA moderna nem sei se posso falar moderna mas essa IA eh mais eh avançada que a gente tem hoje que que é a IA preditiva e a a IA generativa vem dos os grandes modelos de linguagem esse LLM que existe antes do deep Learning já tem já tinha muitas pesquisas em modelos de linguagem mas não o deep learning o deep learning que é a tradução no português eh redes neurais profundas começou a ser desenvolvida por conta das máquinas precisou ter máquinas precisou ter dados que dados aqueles dos anos 2000 que nós todos começamos a colaborar e contribuir online são esses dados junto com o desenvolvimento computacional que possibilitaram que as IA as IA também acho bem importante a gente falar plural estão aí hoje e estão na nossa vida estão chegando de um jeito que a gente acha que não tem mais jeito mas eu queria dizer para vocês que tem jeito não que a gente não vá viver sem as IAs mas a gente possa escolher quais qual IA a gente quer trazer pra nossa vida principalmente pra educação que é um campo de direito e uma coisa é a nossa vida privada social de trabalho outra coisa é educação sistema público um serviço por isso que a gente tem que pensar em a e claro né gente 2022 tivemos o chatpt como primeiro produto hoje tem um monte tem mais de 16.000 mais de 16.000 1000 e as generativas baseadas nessa nesse nessa arquitetura que foi lançada em 2017 que chama Transformer não dá pra gente aprofundar aqui mas a gente tem a técnica que é o deep learning a gente tem as arquiteturas e a tem os modelos os vários modelos e o que a gente mais usa é esse que chega rápido e vocês já pararam para pensar que esses modelos são lançados sem nenhuma regulação sem teste todo produto remédio tem que ter aprovação da Anvisa pra gente entrar numa num apartamento sei lá que a gente comprou na planta precisa ter habita eh comida alimento precisa ter como que essas empresas lançam esses produtos no mundo sem fazer nenhum teste sem saber quais as consequências e os riscos que ela que esses produtos podem trazer e o que a gente tá vendo agora é tendo que lidar com isso com todos esses problemas que a gente tá vendo trouxe um pouco só dos deep fakes que também o Brant falou bastante que é uma é um produto do Google que lançou aí as pessoas começam a usar claro que tem usos e usos usos divertidos usos para memes mas gente a gente já sabe a potencialidade que isso tem eh ainda mais agora ano que vem temos eleições e tudo mais né e o Deepsic queria trazer aqui o DeepSIC que eu não ouvi ninguém falar de Deepsic ainda como uma IA aberta que eu vou falar um pouquinho para vocês o Deepsique é uma das ias abertas que foi lançada no começo deste ano alguém conhece alguém já tentou que bom gente tem que ampliar repertório tem outras possibilidades tem outras tecnologias então o de PSIC ele vem justamente com essa ideia vamos questionar a gente pegou arquitetura a gente fez a o tratamento de dados do zero então não é pré-treinado eles começaram a fazer ontem o Alê também falou da coisa da tecnodiverscidade a partir das da do próprio desenvolvimento da China e eles fizeram tem mais um também que fez que eu vou falar para vocês daqui a pouco aqui gente eh eu trouxe esse framework de 2020 de uns pesquisadores da Comissão Europeia que eu usei muito no meu mestrado em 2022 e quando a gente fala vê que o material que é UNESCO lança tem isso né aprender com IA aprender sobre a IA e aprendizado para IA esse para IA é o aprender para viver num mundo cada vez mais permeado por tecnologias de a e esse par e a mais me interessa pensar por isso que eu convido para como é que ela nos usa é a gente questionar os futuros que tipos de futuros a gente quer eh construir e que a gente possa construir esse material do MEC também gostei muito que traz a IA traz os direitos digitais nessa perspectiva crítica não vai dar tempo de falar tudo que eu falo que eu quero adoro esse material da UNESCO gente que fala que a tecnologia não é neutra o tempo todo a gente tem que lembrar disso por isso que o qual é importante qual e por quê porque a tecnologia não é neutra não vou entrar em detalhes dele economia da atenção muita gente falou aqui muito legal a gente saber de todos esses problemas crianças e adolescentes e aí conversando com o Rodrigo aqui do Instituto Alana o principal contribuição que a gente acha que o Jonathan trouxe nesse livro dele não é só contra as telas é questionar quais os outros espaços por que a gente só tá valorizando o espaço das telas a gente tem que começar a lembrar que tem múltiplos espaços já que a gente precisa ocupar os data centers muita gente falou aqui também né da da poluição do impacto ambiental e que esses data centers estão fora do Brasil só que a gente não quer data center que venham das bigtecs a gente quer investir nos próprios nossos próprios data centers e eu vou mostrar um aqui para vocês deixa eu ir rapidinho não vou falar dessa ah vou falar rapidinho por quê porque essa é uma coisa muito importante gente que é acetização é que a gente tá vivendo num momento em que a tecnologia tá nos pautando a tecnologia os seus interesses econômicos as empresas que estão produzindo que estão ditando que vai ser bom paraa educação e muita gente falou ontem que a gente tem que fazer o contrário a gente tem que fazer a lógica é outra isso tem que tomar muito cuidado claro que a IA tem benefícios essas IA mesmas IAs das grandes podem ter benefícios eu não tô falando que não a gente tem que ter auditoria tem que ter critérios de escolha com ética outro material da UNESCO que eu gosto muito que é anterior das competências tem que falar tem que os governos precisam auditar e precisam acompanhar como que essas IAS estão sendo utilizadas e esse material do sindicato é o Education International é o sindicato União dos Sindicatos de Professores lançou em 2023 gente vale muito a pena tem uma lista de IAS para gestores para professores e para alunos e eles fizeram uma avaliação de eficácia e a grande conclusão é que não tem nenhuma eficácia comprovada a gente precisa de pesquisa para isso não tem pesquisa conceitos emergentes queria falar do digital publics né que são os bens digitais públicos que agora é o grande tema no mundo da educação aberta dos recursos educacionais abertos acabou de ter um evento o ano passado que foi o terceiro congresso esse material tá público também a gente fala dos direitos autorais né como é que fica os direitos autorais a gente lutou tanto para ter licença por pôr licença aí vem as bitecs pega tudo sem ver se tem licença se não tem e vai treinando os modelos deles e depois dá pra gente usar e pagar a conta não é é assim que tá infraestrutura gente infraestrutura a gente precisa pensar pela educação aonde nós estamos hospedando as nossas IAS os nossos sites os nossos plataformas onde a gente tá hospedando isso importa importa porque tem a ver com o meio ambiente importa o que tem a ver para onde os nossos dados estão indo educação verde outro tema emergente e essa educação verde ela vai além daquela educação é que a gente tinha já de educação eh ambiental que é tradicional na escola é a gente entender esse verde para as mudanças climáticas e o impacto que a tecnologia traz a gente precisa de vez entender que a tecnologia não tem impacto ambiental ela tem sim então é um material que acabou de ser lançado também traduzido muito legal esse eu vou pular que é o relatório da ONU mas vocês podem eh depois eh acessar que traz muitas diretrizes para pensar políticas de a educação esse material de governança que a gente lançou em abril lá na cátedra e no LIA o LGIA é um fórum de letramento ética e inteligência governança e inteligência artificial que tá a gente como cátedra tá junto mas ele tá sediado no Instituto Federal de Brasília a ideia é trazer reflexões de provocar mais reflexões sobre essas temáticas a gente vai ter um webinar no dia 27 se não me engano logo a gente vai divulgar eh contribuímos também pro CNE que tá discutindo agora bacana o C o CNE começar essa discussão porque a gente precisa pensar em regulação para e a em educação como muitos falaram aqui não vou falar agora da minha pesquisa porque é muita coisa deixa eu chegar nas alternativas gente rapidamente para vocês eu acho legal a gente começar a buscar ampliar repertório e entender que existem e de código aberto muitas delas são feitas pelas próprias Bigtecs como o caso da a lhama a lhama é um pré-treinado que o Maritalk lá da Unicamp um grupo de pesquisa da Unicamp lançou em português então eles pegaram o modelo pré-treinado colocaram português e tão lançando tão fazendo testes com essa igual o chat GPT só que com eh conteúdos né os dados em português aí a gente tem o Iarandu que tá sendo criado agora eh uma experiência com a universidade lá do eh do Amazonas com a o Pará foi legal que a Cátia até falou né por que só no sul né Sul e Sudeste tem coisa legal já vou mostrar rapidinho para vocês aqui um pouco o um um detalhamento porque a open source iniciative tá agora eh revendo o que que é o que que é IA como que aliás o que que é o aberto dentro da IA que é muda não é só código que é aberto tem que ter dado tem que ter modelo enfim o Creative Commons tá revendo agora as suas licenças não revendo as suas licenças pensando em sinais pensando isso não vai dar para aprofundar isso com vocês é uma é algo que tá começando tá gente esse aqui eu precisava chegar na Eslovênia a Eslovênia está convidando os seus habitantes a contribuírem com textos com imagens para eles construírem a própria e a generativa deles a partir do zero tá gente olha isso dando direito autoral para todo mundo claro que a Esloven é pequeno mas é inspirador pensar que um país tá preocupado em construir e criar sua própria IA também vou passar isso aqui quer dizer é bem legal mas eu vou passar porque fala um pouco dessa busca de sonhos gente de futuros paraa educação pra gente pensar em reparações em soberania em cuidado em democratização vocês conhecem o Plantaformas ninguém conhece né gente é lá da Amazônia é um projeto apoiado pelo MINK no laboratório de cultura digital hospedado no C3SL vocês conhecem o C3S Tirando IG lá mais alguém gente o C3SL é um data center da Universidade Federal do Pará o Macad tá lá olha só é uma a gente tem um data center dentro da universidade olha só a gente precisa explorar mais as nossas as nossas potencialidades como bem disse Gisele aqui também vou passar esse esse é um projeto lindo de reparação que eu conheci lá em Bristol esse mapa da do coding rights alguém conhece eu uso muito nas minhas aulas e oficinas isso mesmo é um mapa que instiga a gente pensaronde tá o poder da IA e a materialidade da IA que a IA não é só lembra disso gente a IA tem corpo o corpo são os data centers e os cabos enfim esse projeto é maravilhoso gente vamos tornar IA para 8 bilhões de pessoas não só para 8 bilhões 8 bilionários é muito legal não vou poder falar tudo esse também gente é ótimo de olhar viés aí o Rica Paula também tá com projeto de criar uma ferramenta para identificar viés esse das imagens imagens gente tá chega desse padrão de robozinho esse esse é um é uma iniciativa que instiga as pessoas a mandarem projetos de artes desenhos para eh documentar ensaiar sem essa antropomorfização ai não podia falar do deixar de falar do educas tem brasileiras em PNL gente tem um grupo de mulheres estudando PNL antes do deep learning antes do Chat GPT e que a gente precisa valorizar também as nossas pesquisadoras enfim o Indigenous e Aa não vai dar tempo gente a UNESCO também tem um um relatório sobre pensar os dados indígenas esse projeto maravilhoso de Barcelona contestando por que que eu vou pôr Google Classroom por que que eu vou pôr Microsoft na minha escola na minha rede a gente pode sim construir outras coisas e esse também é um projeto legal que é um pouco um Google Classroom mas é criado todo com software livre não vou falar desse que é maravilhoso e desse também de as de auditorias de a que depois vou passar pro Rodrigo na nossa outra coisa que a gente tá pesquisando junto um workshop que a gente fez o ano passado sobre pensar esses futuros digitais que tem a ver com aquele letramento crítico que eu falei que é os pensar os futuros e eu termino Dani Ufa trazendo gente essa mensagem do Museu do Amanhã que não sei se vocês conhecem o Museu do Amanhã museu do Amanhã vocês lembram aquela exposição lá de cima a permanente ela vai mudar totalmente e ela vai mudar para olhar paraas nossas tecnologias ancestrais também não só as digitais vai ser lindo isso gente primeira mão já tô contando para vocês porque a gente tá pesquisando isso com eles a partir do ano que vem vai ter uma parada ao museu e eu termino com essa frase: sem sonhar não há futuro possível e o sonho é coletivo e político obrigada gente gente fala se não é difícil interromper isso é é o seguinte eh eu depois vou confirmar com a organização aqui do evento também eh de que talvez a gente consiga compartilhar essas apresentações com o pessoal né porque não tem como a gente fotografar tudo e aprender tudo enquanto a gente tá aqui é legal olhar essas apresentações depois mas eu já vou correndo para eu também não falar muito né eh passar a palavra pra Flora eh então Flora você vai trazer um uma outra perspectiva aqui aliás uma outra não uma perspectiva que se soma essa ao que foi dito aqui que é a das desigualdades que é o seu tema de estudo né eu queria que você falasse um pouco sobre quais são esses pontos de atenção na adoção desses dessas tecno sociais tecnologias né eh e quais são esses pontos de atenção para a educação para os professores pros gestores obrigada perfeito obrigada Dania deixa eu arrumar esse microfone aqui para eu ficar eh bom primeiro minha autodescrição né sou uma mulher branca eh cabelos curtos castanhos tô vestindo uma blusa preta uso óculos sem eles não dá não tem condição quero agradecer a Ana também pelo convite estar aqui com vocês eh bom eu não vou me reapresentar aqui porque o nosso colega que não tá mais ali mas já fez uma apresentação né mas eu não sei se vocês lembram eu sou socióloga sou cientista social cientista social gosta de olhar para o que tá acontecendo né pra realidade pros fatos empíricos e eu acho que essa é uma perspectiva legal quando a gente fala de IA em educação porque a nossa tendência sempre que a gente fala de IA é pensar em educação é pensar no que pode ser nas possibilidades né e eu tenho eh uma preocupação enquanto pesquisadora de olhar para o que está acontecendo né e trazer um pouco dessas informações dessas ideias dessas reflexões da escuta também que eu venho fazendo com os atores escolares com professores com gestores e com outros pesquisadores que estão nesse tema também para pensar o que tem hoje né e para pensar isso no nosso sistema educacional e os desafios que os nossos o nosso sistema educacional tem e traz aí na sua trajetória histórica né eh então dito isso eh eu vou trazer um pouco as reflexões que eu vou trazer tem a ver então com essa pesquisa com essas essas visitas essas incursões ao campo eh e uma coleta de elementos do que vem acontecendo né pra gente pensar e para e para daí sim a gente pensar no que pode ser em como é que a gente encontra soluções e etc a primeira coisa que eu queria trazer como ideia pra gente pensar quando a gente fala em recursos educacionais digitais aí pode ser com ou sem IA embarcada mas né vou afunilar depois paraa IA eh eu queria trazer a ideia da adaptabilidade né quais são as condições que os recursos quando eles são trazidos para dentro de um sistema educacional quais as condições de adaptação que isso tem dentro daquela daquele contexto né isso não é uma questão nova isso é uma questão velha é uma questão antiga entretanto aí eu faço meu papel aqui de cientista social quando a gente vai para os casos reais empíricos a gente ainda tem muito muita questão muito conflito com relação a isso a gente pode falar de uma adaptabilidade mais eh já discutida né no nível do currículo por exemplo né então a gente tem lá um recurso que é trazido para apoiar o professor apoiar os alunos no desenvolvimento de um determinado eh conjunto de conhecimentos objetos e aí quando ele vai paraa prática tem uma discrepância entre o que é tratado no currículo da rede a forma que o professor trata aquilo em sala de aula e o que eles encontram o que o estudante encontra na plataforma né estamos falando aqui de plataforma via de regra né o que é o que a gente tem mais implementado hoje beleza já discutimos muito esse tema mudamos acho que não ainda pelo que a gente tem visto na realidade ainda não agora como é que a gente afunila isso pro caso de um de um R né de um recurso educacional digital com o IA embarcada vou dar um exemplo aqui né de um um cenário que a gente pode imaginar vamos imaginar um recurso eh de um assistente virtual né que tem como proposta aquilo é trazido pra sala de aula trazido para pras atividades curriculares como a proposta de servir como um assistente de estudo pro estudante né então esse estudante vamos imaginar aí um estudante lá do oitavo 9º ano está em pleno processo de construção de habilidades certo dentro de um contexto de sala de aula com seus colegas com seus professores e de repente ele é instado né eh pelo recurso mas também pela forma como o recurso tá sendo utilizado implementado e eu vou falar um pouco mais sobre implementação daqui a pouco ele é instado a olha eh aluno aluna você tá com dificuldade de avançar nesse exercício nesse conteúdo pergunta pro assistente virtual como é que você faz para avançar não tô conseguindo resolver esse exercício que tá sendo colocado aqui para mim nesse recurso pergunte para o assistente virtual que tá aí o seu né companheiro que pode te ajudar esse estudante ele tá num processo de aprender a construir uma pergunta sobre o que ele sabe o que ele não sabe quem é professor sabe que isso se constrói né isso não tá dado especialmente numa criança né um estudante dessa fase de desenvolvimento então ele tem que sem um apoio direcionado porque via de regra esse professor essa professora também não está preparado para interagir com esses recursos eh e orientar o estudante a como interagir né com esse assistente virtual ele é instado a vou perguntar aqui e ele vai me dar um caminho então ele já tem uma primeira camada que é o que que eu não sei o que que eu não tô entendendo o que que desse processo eu não consegui avançar isso faz parte do processo de aprendizagem né novamente quem é professor ou professora sabe na educação básica sabe que isso faz parte e o papel de professor e professora é inclusive ajudar o estudante a construir essa pergunta então ele tá lidando com uma primeira camada de complexidade que é: como é que eu entendo e construo uma pergunta sobre o que eu não sei super difícil não é trivial e além disso ele tem que lidar com uma linguagem artificial que tem um modo de funcionamento que também não é trivial certo de entender nós que somos usuários dos chats da vida né a gente passa por um processo de entender como aquilo funciona como que eu tenho que perguntar como que eu tenho que eh organizar este pronto enfim tudo isso que a gente discutiu muito ontem hoje mais cedo também eh como é que você leva paraa sala de aula como uma demanda né que o estudante sozinho conjugue essas duas camadas de complexidade né de lidar com linguagem com uma linguagem artificial isso não é trivial então aí eu passo para um segundo ponto eh que é um pouco não tem a ver exatamente com a e a mas tem a ver com estamos trabalhando IA nas escolas como estamos trabalhando com recursos educacionais digitais com ou sem embarcada tô falando aqui de a porque é o nosso tema né eh e acho que ela traz uma camada eh complementar né acrescenta uma camada de complexidade que tem a ver com isso que eu tava falando eh e aí o como a provocação que eu faço é a gente fala muito sobre intencionalidade né ah tem que usar com intencionalidade o professor precisa estar em sala de aula e mobilizar os recursos tecnológicos com intencionalidade mas quais são as condições que esses professores têm em sala de aula para mobilizar para mobilizar esses recursos com intencionalidade então a intencionalidade ela tem que estar transversal no desenho institucional da política no desenho de como aquele recurso está sendo trazido quais são as expectativas que temos com relação à aqueles recursos né por como a Priscila trouxe por quê que que a gente quer disso para quê né essa clareza ela não ela não deve ser só do professor porque o professor ele pode táar buscando ali ele e ele busca mas se ele não tem um espaço para trabalhar aquilo né se ele precisa responder uma métrica de engajamento de produtividade de precisa fazer porque a política pede toda essa questão da gente trazer eh a criatividade como o Cristian falou mais cedo né a criatividade do professor para poder trabalhar aquilo de acordo com a demanda com gente sinceramente se você visita alguns casos né em que de que a gente vê de implementação não existe espaço para falar sobre isso né então acho que a provocação que fica é como é que a gente não se deixa ser levado pelo hype da IA priscila fala muito bem sobre isso sem considerar essas questões contextuais né então de novo eu como cientista social estou olhando para o contexto qual é o contexto social qual é o contexto socioeconômico socultural em que a gente tá trazendo essas esses recursos né essas tecnologias quanto tempo eu tenho ah um minuto a gente vai se empolgando né eh então vamos lá então sem um desenho institucional que permita que a gente traga os seres humanos para todas as fases da implementação não existe criatividade não existe intervenção agência docente não existe agência dos estudantes como nesse projeto lindo que a Célia apresentou pra gente né existem projetos que tão considerando essas essas camadas né célia trouxe um exemplo hoje aqui mas existem projetos que não estão então eu acho que nós enquanto sociedade enquanto educadores né enquanto sociedade que espera do sistema educacional determinados resultados paraa nossa sociedade a gente precisa se preocupar com isso a gente precisa construir consensos eh e diretrizes para que tudo que a gente discutiu nesse evento possa ser possa ser implementado em sala de aula eh no sistema né e aí eu tô falando que eh tem que ser transversal porque a intencionalidade tem que começar com muita clareza na tomada de decisão e ela tem que ser trabalhada em todos os níveis da implementação da política até chegar no professor eu vou passar só um pouquinho todo mundo passou vou passar um pouquinho mas eu já tô terminando tá controlado ontem eh bom falei do desenho institucional eh ah queria fazer um comentário pro professor Wagner não me lembro se foi o professor Wagner que perguntou sobre a correção automatizada né os recursos de Paul Paulo professor Paulo tava falando Wagner ele não tava reagindo o nome não tá certo né eh professor Paulo acho que você trouxe uma provocação super interessante porque de fato existem contextos em que a automação a automatização ela pode ser um recurso né mas como é que a gente contorna esse desafio que você trouxe né o que que a não é capaz de fazer a gente pode até entrar num outro numa outra num outro debate que eu que eu não vou entrar mas eu vou só apontar que é eh trabalhar com fórmulas de escrita é trabalhar letramento acho que essa é uma discussão que a gente pode fazer mas eu vou para um outro caminho aqui que é falei de adaptabilidade né é muito importante que esse recurso permita que os professores as professoras façam intervenções com essa correção que eles tenham a possibilidade de entrar e revisar olhar discordar mudar né então enquanto recurso é importante que ele tenha essa capacidade de adaptação certo agora enquanto desenho institucional é importante que o professor possa fazer isso que ele tenha tempo que ele tenha condições e que ele não esteja o tempo inteiro pressionado porque se ele parar para fazer as intervenções dele ele já perdeu o tempo de trabalhar o próximo conteúdo e aí vai chegar a hora que ele tem que levar os alunos de novo pro pra plataforma né pro laboratório e fazer e aí ele já perdeu o calendário e aí o o índice lá dele né de engajamento de se ele tá usando ou não tá usando a plataforma vai cair e aí tem todo um pandemônio que vai se instalar na vida desse professor então acho que essa é a primeira eh provocação que eu trago e eu só queria concluir eu juro que eu tô concluindo eh com relação a pensar um pouco em qualidade né a gente tem um debate muito bem estabelecido eh no Brasil sobre o que significa qualidade educacional né a gente tá falando quando a gente fala de qualidade a gente tá falando na educação básica a gente tá falando de permanência né de fluxo de que o o estudante consiga atravessar a trajetória educacional proposta para ele que ele não saia no meio a gente tá falando desempenho acadêmico né é assim que hoje nós eh mensuramos qualidade mas a gente tem uma terceira dimensão que foi trazida lá pelos estudos né do professor Chico Soares Maria Teresa Gonzaga que é a dimensão da equidade né então a gente precisa trazer esta dimensão paraa avaliação dos recursos que a gente tá trazendo né acrescentar essa dimensão a tudo que a gente já conversou hoje né que que eu quero dizer priscila mencionou estudos de eficácia né a gente tem muito pouco conhecimento acumulado muito pouco acúmulo de evidência sobre qual é a eficácia mas eu queria chamar atenção para um ponto específico dessa questão da eficácia que é o que que a gente quer dizer quando a gente fala em eficácia escolar ah é aumentar a aprendizagem pode ser mas a gente tá principalmente falando sobre qual é o papel da escola do que acontece dentro da escola em diminuir as diferenças que os estudantes trazem pela sua origem social a gente sabe né que os estudantes são diversos somos diversos e que dentro de um sistema escolar eh os estudantes não passam não têm as mesmas oportunidades de se desenvolver por uma série de desigualdades estruturais que a gente traz na nossa sociedade certo a escola tem que ter o papel de promover que esse gap que essa diferença entre o estudante que traz uma bagagem sociocultural mais desenvolvida eh esse que não traz a escola tem que ajudar ele a vir então trazendo também um pouco referenciando a fala da secretária Cátia de ontem só vale a pena trazer se isso aqui se esse movimento pode ser contemplado tá e aí eu termino por aqui obrigada bom agora eu queria fazer um combinado aqui com a mesa e com vocês que é o seguinte eh eu pedi aqui me liberaram duas perguntas mas depois eh na resposta eu vou pedir para vocês eh aqui no no painel já responderem as perguntas fazendo já uma mensagem final tá uma a o que vocês gostariam de deixar de mensagem para quem tá nos assistindo tá bom então a gente tem direito a duas perguntas pessoal por favor um dois e ah Rodrigo lá no fundo e tem lá em cima também uma pergunta pode ir Rodrigo por favor para dar tempo das panelistas responderem eu só vou pedir para vocês fazerem a pergunta um pouco mais rapidinha tá bom agora foi bom bom dia difícil né todo mundo quer perguntar eu também 1000 perguntas primeiro agradecer e parabenizar incrível inspirador o o evento todo e esse último painel ainda mais vou tentar fazer uma pergunta precisa em relação a futuros né e muito feliz de ver que finalmente a gente deu a ênfase na conexão dos direitos das crianças adolescentes o bem-estar das crianças adolescentes com toda essa agenda do digital e da IA agora porque é indociável pensar na educação básica não só o direito à educação mas os direitos amplos de crianças e adolescentes para muito além só da proteção de direitos e aí nessa linha de pensar futuros e é muito inspirador ouvir tudo isso que a gente ouviu e definitivamente Ana precisa ter uma cauda longa desse evento porque é muita construção e de repente fazer um grande tava conversando ali um grande compilado pra gente alimentar isso com mais constância de repente no Obia Dani levar essa discussão com mais força dentro do Obia paraa educação brasileira mas a pergunta para me conteri aqui como que vocês visualizam né do ponto de vista de a gente amplificar a agência dos educadores mas também dos estudantes nessa cocriação da política pública agora para Iá porque a gente tá vivendo uma nova opção de disrupção né que vocês todas mostraram e a gente não pode deixar acontecer perder de novo essa janela de oportunidade pro C a gente que lia perrelevi se encantava com as possibilidades como que a gente olhando no retrovisor para evitar a catástrofe que a gente teve no bem-estar das crianças com as redes sociais nesse modelo de negócio não regulado e não feito para crianças e adolescentes como a gente recuperar esse fio da meada né como o IG trouxe essa provocação de produzir demanda pra tecnologia a partir dessa intencionalidade e não adaptar a escola e a educação aos modelos de negócio que já existem que é isso que a gente tem feito e a pergunta objetiva é além do sbox regulatório que o MEC anunciou parece incrível né que artifícios a gente consegue usar concretamente para ampliar a agência de estudantes e professores nessa criação não só da demanda mas de recursos efetivamente de IA que respondam às demandas educacionais mas também garantam a proteção e promoção de direitos de crianças adolescentes é difícil mas assim para pensar futuros né mecanismos passos caminhos talvez eh pra gente sair daqui animados também como estamos muito bom depois vocês conversam com o Rodrigo também ali fora porque eh tem muita coisa para ele compartilhar eh por favor a outra pergunta perfeito bom sou professor Marcelo Jerônimo estou como subsecretário de educação básica do Rio Grande do Sul e a pergunta tentando seu objetivo acho que Priscila e fora podem comentar eh na perspectiva do uso da IA efetivamente né como aliado à educação eh vocês mapearam alguma iniciativa no Brasil ou fora dela mas gostaria muito de ouvir alguma coisa no Brasil que efetivamente tivesse voltado para combater a desigualdade de aprendizagem nas redes de ensino de forma e aí não olhando especificamente claro para sobre a mas garantindo as aprendizagens básicas previstas ali na na BNC na Fundação Formação Geral Básica gestionários é desta formação como que iniciativas estão sendo utilizadas para promover essa aprendizagem e combater as desigualdades obrigada eh eu vou começar desse lado professora Célia e Flora vamos fazer assim Flora Priscila e depois professora Célia se você quiser eh comentar também flória por favor vamos lá bom primeiro respondendo Rodrigo a gente tem falado sobre isso né Rodrigo eu acho que é um grande desafio mas eu vejo algumas saídas né eu acho que primeiro eh esse debate que a gente tá fazendo aqui ao longo desses dois dias eh ele precisa ganhar contornos de direcionamento né pras políticas né precisa ter mecanismos que garantam que as políticas que prevêm a adoção desses sistemas eh prevejam também que essa dimensão da agência né docente do estudante seja preservada né então acho que novamente né a gente tem que conceituar falar e discutir muito sobre isso mas isso tem que ser transformado em ação né e a gente tem que ter mecanismos para que isso seja garantido e transformado em ação e a outra dimensão que eu vejo tem a ver um pouco com a discussão da mesa anterior que é a discussão curricular eu acho que sim à medida em que a gente traz a discussão sobre o que é e a o que tá por trás como funciona a gente tá trazendo condições de que em sala de aula professores estudantes possam olhar um resultado uma resposta padronizada e falar: "Pera aí essa resposta tá estranha né essa correção aqui não sei." Eles já fazem isso tá os estudantes eles já fazem isso de forma diferente diversa isso já acontece mas de novo eu acho que isso tem que ser estimulado como parte de uma política de uso de inteligências artificiais dentro da escola e respondendo ao subsecretário eu esqueci o seu nome perdão Marcelo eh eu acho que essa aí é a minha grande questão de pesquisa sabe Marcelo é isso que eu tô eh buscando entender eu acho que em algum nível toda a política traz isso no discurso né toda a política busca isso apresenta isso como objetivo e de forma geral assim eu diria até que os os as empresas fornecedoras os recursos também trazem isso embutido né a grande questão é a gente ver como isso tá se desenvolvendo empiricamente na prática né e pra gente medir mensurar e e aí aquela coisa né a intenção de versus o que se alcança realmente né então eu acho que a gente precisa criar também mecanismos de monitoramento eh direcionados para essa questão das desigualdades né será que ao trazer esse recurso eu tô ampliando eu tô diminuindo como né e essa discussão ela precisa ser matizada tem muitos aspectos que a gente precisa olhar então eh acho que a gente ainda tá no processo de construir esses essas essa perspectiva bom acho que eu podia começar a responder o que o Rodrigo traz sobre futuros com uma coisa que me chama muito atenção é a gente entender nós da educação que a gente precisa religar os saberes isso não sou eu que falo quem falei de Garmoan já há muitos anos acabou de fazer 104 anos porque a gente sempre considerou a área de tecnologia como uma ferramenta da educação e não é gente a tecnologia a ciência da computação é uma área do conhecimento assim como a educação e aí a gente precisa aproximar isso e para aproximar isso um precisa entender um pouco o o a pesquisa do outro o enfoque do outro se a gente continuar falando em uso desculpa eu vou falar de novo né eu não gosto mais dessa coisa do uso não que ele não seja importante mas se a gente só fala de usar na educação a gente de novo continua falando de ferramenta aquela mesma tecnologia digital que a gente achava lá nos anos 2000 quando tudo começou e é diferente a gente tem que falar de quem é o dono da tecnologia a gente tem que ter pesquisa sim concordo e pesquisa é independente não adianta a Bigtec ou a edtec patrocinar a pesquisa a gente precisa ter pesquisa que vá de fato se o foco aí já respondendo Marcelo a gente quer usar para um não é que não possa usar que para medir uma certa o que a professora Rosa Vicar tá fazendo já é um piloto disso eles vão fazer vão medir eles vão acompanhar já é uma uma primeira ação nesse caso de de uso sei que o Ig também tem o projeto dele que eu tinha um monte de pergunta para fazer que ele não falou eh e aí outra coisa que eu acho importante do parar de pensar como ferramenta pensar em religar saberes essa agência de estudantes e professores a gente precisa fazer o inverso aquilo que eu falei sempre a tecnologia chega e a escola fica correndo para querer usar para querer colocar e a gente não pensa entender primeiro a tecnologia a gente não precisa ter a tela né não precisa vamos entender essa tecnologia porque ela já tá na nossa vida lá fora ok nossos pais até agora não pode celular na escola a gente pode falar de celular sem ter o celular né a gente tá na vida dos estudantes tudo bem mas o que tá na vida é essa I que alguém determinou pra gente sem ter nenhum tipo de de teste isso que eu falei para vocês elas são lançadas como se sendo a inovação vamos lançar primeiro e depois a gente corre atrás não é certo porque é impacto social isso tá mexendo com as nossas vidas e a gente fica só preocupada como que a gente vai usar melhor não é a gente tem que escutar professores estudantes que t várias outras dificuldades questões que vocês aqui trouxeram na mesa anterior então acho que precisa essa escuta e também o sandbox queria falar aproveita que você falou precisamos tomar muito cuidado porque esse sandbox regulatório vai ser de quem das e as hegemônicas então temos que est cuidado porque às vezes a gente vai fazer um sandbox para ajudar elas que elas vão super querer que a gente faça mesmo então precisa a gente precisa ter muita clareza daquilo que a gente quer acho que é isso só né professora Célia por favor olha só eh nós eh os professores que estão no chão da escola eles não podem sentir o peso né de que essa responsabilidade de de não usar o usar e ah esteja o só em cima deles nós aprendemos na caminhada né a gente vai levando e vai aprendendo vai fazendo e vai aprendendo com o nosso aluno o nosso estudante que também tá na base nós recebemos professores terças e quintas que nunca não às vezes não sabe nem a senha desse e-mail eh então a gente ainda tá a gente caminha a gente oportuniza mas a gente pensa o seguinte eh eu acho que a gente eh tem que pensar a ética tem que pensar eh como usar mas a gente tem que pensar também que a gente trabalha com os nossos estudantes da periferia que muitas vezes eles não têm oportunidade nem de conhecer o teatro da cidade então a tem um projeto desenvolvido no CZEB que ele vai nós levamos ele no em algum lugar e ele filma na na 3D e traz isso e mostra eh o dia a dia quando a gente recebe então a gente precisa realmente eh e esse chão da escola sentir esse chão da escola e o professor não precisa sentir esse peso que a responsabilidade é só dele essa responsabilidade ela tá acima ela tá na política e assim e e a e nós eh precisamos também eh colaborar com essa política dizendo né o que a gente quer o que a gente precisa como a gente eh acha que que muitas vezes a gente faz uma coisa pensando que aquilo é tá no caminho mas às vezes a gente olha lá na frente e o menino diz: "E eu vou finalizar tá contando uma coisa para vocês eu eu desenvolvi um projeto com uma turma de sexto ano de robótica era quinto ou sexto ano eles eles estavam eles eram uma turma misturada e aí eh eles cada um construía nós íamos ter uma feira de ciência eles iam apresentar esses projetos eles iam ter um espaço um pit lá para apresentar e aí nós uma das equipes construiu um robô e ele disse assim para mim a a o meu aluno disse para mim: "Professora eu eu quero eu quero que esse" ele botou um LED e queria que o LED piscasse isso já Isso olha já tem 10 anos isso então ele queria que esse LED piscasse aí eu olhei para ele eu falei: "Olha realmente eu não sei como esse LED pisca ainda a gente vai ter que descobrir junto" então o professor ele não pode ter medo de dizer para esse aluno que não sabe ele não pode porque realmente nós não sabemos tem coisa que a gente não sabe e ele disse para mim: "Professor eu posso levar e conversar com meu pai que trabalha nessa área e trazer essa resposta falei: "Mas convida um colega." E no outro dia ele levou esse robô e no outro dia ele traz esse robô com esse LED piscando e diz para mim: "Professora era o resistor por isso que tava queimando o resistor que porque eles ligavam não colocavam resistor e o resistor e queimava o LED e aí ele disse: "É o resistor" eu disse: "Então agora nós vamos reunir a turma e tu vais explicar isso." E ele vai e explica para essa turma quando ele chega no pit eles ganharam lá um eh eh eh em primeiro lugar ganharam as medalhas aí foram fazer a entrevista com esse menino e esse menino diz o seguinte: "Nós construímos colocou ali nós construímos esse robô fizemos isso usamos isso e esse LED que tá piscando a professora não sabia fazer e eu e o meu colega nós pesquisamos junto com o meu pai e a gente trouxe a resposta explicou pro nosso aluno gente para mim foi o ápice foi a felicidade que eu tive assim eu conto isso em vários lugares porque para mim isso é ser feliz é dizer pro meu aluno que eu tô de igual tem algumas coisas que eu sei mas tem algumas coisas que eu não sei porque ele tá lá na realidade dele e eu tô aqui na minha então é isso gente muito obrigada gente eu saio enriquecida desse desse seminário eu quero levar isso pros meus colegas professores e dizer gente professor ele tem que aprender com o aluno dele realmente ele tem que aprender e eu às vezes essa impressora nova que tem lá quatro filamentos esse aluno ele sabe melhor do que eu e ele vai me dizer esse menino ele sabe melhor do que eu programação a gente coordena uma equipe de robótica e eles sabem programar melhor do que eu e isso não me diminui isso não me diminui então é isso gente muito obrigada muito obrigada mesmo pela participação desse evento a profess desculpa a professora Célia me deixou sem palavras então a única coisa que eu tenho para fazer aqui a gente não podia ter encerrado esse painel encerrado os painéis desse evento de uma forma melhor do que com a fala da professora Célia então muito obrigada pela atenção de vocês encerro aqui esse painel e a gente vai pra sessão de encerramento agora né obrigada obrigado Daniela obrigado a vocês por esse painel poderoso daniela você continua na mesa por favor gente chegamos agora à nossa mesa de encerramento convidamos para compor o dispositivo a Ana Dalfabro coordenadora de tecnologia e inovação no MEC fernando Filas diretor de informações estratégicas e inovação no MEC rebeca Otero coordenadora do setor de educação da UNESCO no Brasil e já a mesa Daniela Costa coordenadora da pesquisa TICeducação noctic.brnik.br br ouviremos agora a senora Ana Dal Fabro coordenadora de tecnologia e inovação da Secretaria de Educação Básica do MEC obrigada gente ainda não pronto gente tarefa praticamente impossível fazer uma fala final acho que a altura desses dois dias que a gente teve aqui juntos ter parado inclusive na fala da professora Célia que foi maravilhosa agora no final eh eu queria começar agradecendo muito todas e todos vocês que nos assistiram aqui nesses dois dias tanto pessoal de casa foram muitas pessoas em casa mas também a gente teve aqui presencialmente uma plateia incrível assim maravilhosa que ficou super atenta e super participativa até o final sei que foram foi uma agenda longa para muita das pessoas aqui a gente tinha tido um outro evento antes também com os representantes dos estados que começou na terça-feira a gente tá no quarto dia aqui já de discussões sobre educação digital inteligência artificial e vocês têm sido maravilhosos então queria agradecer muito o tempo de todas e todos vocês de estar aqui contribuindo para essa discussão que pra gente o Ministério da Educação é tão importante tão central da gente ter agora queria também agradecer demais os nossos palestrantes que foram incríveis acho que discussões muito ricas a gente foi vendo aqui né na própria plateia nas pessoas participando o quanto que foi incrível ter tantas perspectivas diferentes né tantas visões acho que esse tema é interessantíssimo super desafiador mas acho que também nos traz muita inspiração de pensar coisas incríveis paraa educação do Brasil então queria agradecer cada um dos nossos palestrantes que nos ajudaram acho que sair daqui tão inspirados né eu recebi muitos elogios ao longo desse evento acho que em relação à programação em relação aos palestrantes mas queria falar também acho que isso é muito importante que apesar de virem para mim no geral aqui para pra nossa turma de organização eh a minha equipe da Coordenação Geral de Tecnologia e Inovação trabalhou assim absurdamente nos últimos meses para fazer isso acontecer eu queria pedir uma salva de palmas para eles de fato assim eu que recebo os elogios mas eles que fazem tudo isso acontecer de verdade então muito obrigada queria agradecer muito ao UNESCO pela parceria na organização a gente teve essa ideia já faz muito m muitos meses né Rebeca a gente vem trabalhando muito junto com a UNESCO eh desde o começo do governo então foi uma parceria excelente aqui pra gente conseguir trazer um evento dessa qualidade para todos vocês queria agradecer também o CETIC eh pela parceria que já vem de muitos mais anos ainda a gente enfim na TIC educação na parte de conectividade a gente faz muitas coisas juntos para além desse evento então obrigada também Dani e queria acho que puxar um pouco também da da fala que a Flora fez aqui no final da importância da gente sair daqui desse evento né acho que muito inspirados mas também pensando em próximos passos em ações né e eu acho que aqui é um começo só dessa discussão né fiquei muito feliz de ver que todo mundo já quer mais uma semana de evento mais momentos de conversa pelo Ministério da Educação né como o próprio nome do evento diz a gente tá exatamente agora construindo esses referenciais para conseguir acho que amarrar tudo isso que a gente vem conversando né todas essas ideias todas essas questões para conseguir construir de fato um norte que apoia o trabalho aí de todas as redes de ensino pra gente conseguir traçar um caminho eh na linha do que a gente conversou aqui eh ao longo desses dois dias de evento né a gente segue com todas as nossas ações também de apoio do Ministério da Educação mas acho que o importante é cada um cada uma né que sai daqui hoje voltar paraa sua rede né voltar pro seu estado paraa sua realidade e pensar como a gente multiplica isso como a gente consegue eh seguir juntos aí nesse nessa construção eh de uma educação que use né que aproveite o melhor aí da inteligência artificial eh então é isso queria muito agradecer novamente todas e todos aqui foi um prazer enorme pra gente acho que a gente tá muito satisfeito com o ministério de ter enfim tido dois dias aqui tão maravilhosos com vocês muito obrigada a Ana agradeceu a todos e nós agradecemos você Ana Dalfábro mais uma salva de palmas ouviremos agora o Senr fernando Filgueiras diretor de informações estratégicas e inovação no MEC bom eh já boa tarde né para todos nós aqui eh primeiro lugar queria muito agradecer a Ana pela parceria e nesse evento acho que foi aí um dia e meio de muito aprendizado eh nesse processo eu acho que a gente conclui daqui eh que a gente precisa de fato pensar um caminho a partir disso com relação a uma tecnologia que é ambígua ou seja pode produzir efeitos diversos eh para os quais a gente ainda não tem evidências concretas eh para poder lidar de fato com essa tecnologia e não tendo evidências evidentemente nós precisamos também de precaução eh cuidados eh caminhos políticas para poder lidar eh com esse enorme desafio penso que eh a gente vai viver aí algum tempo eh de muita experimentação nesse campo e eu acho que a experimentação é muito eh bem-vinda é uma oportunidade de pensarmos nesse sentido em focar a qualidade da educação usando essas tecnologias eh dentro mesmo de sala de aula paraa gestão das políticas educacionais paraa gestão escolar como um todo então ela tem diversos aspectos que eu acho que a gente precisa de fato ousar experimentar ousar eh criar usar ousar mudar eh de maneira que a gente possa de fato produzir eh qualidade na educação nacional como um todo e para isso a gente vai precisar de um grande esforço coletivo e aí que eu acho que pensar os mecanismos de governança nessa tecnologia é algo muito importante a gente precisa pensar elementos de colaboração que seja capaz que sejam capazes de envolver estados municípios a União Editec a sociedade civil nesse esforço de pensar algo que eu acho que o Rodrigo aqui apontou um pouco antes aqui dessa finalização algo que eu achei assim muito interessante e que ele tá de fato correto não é a escola se adaptar a esses instrumentos a essas tecnologias muito pelo contrário é nós sermos prudentes e capazes de instrumentalizar essa tecnologia em prol e da educação nacional eu acho que esse é o grande desafio que a gente sai daqui precisando de fato constituir esse esforço coletivo de facilitarmos a adoção dessa tecnologia mas dentro de um princípio de precaução dentro de um princípio de governança que seja capaz de fazer com que inovemos as políticas educacionais do Brasil como um todo que a gente seja capaz de relatar as diferentes experiências que constituímos a partir disso e compartilhar essas experiências e eu acho que esse é o caminho que de certa maneira a gente inaugura aqui um último ponto que eu acho fundamental é pensarmos do ponto de vista da educação uma concepção mais sistêmica eh eu sei eh Ana que o evento eh da SEB junto com a UNESCO foco tem educação básica mas a gente precisa envolver educação superior e EPT nessa discussão e pensar isso de uma forma muito mais sistêmica porque afinal de contas quem forma professores é educação superior então a gente precisa pensar essa questão das licenciaturas a gente precisa pensar na formação inicial na formação continuada de professores ou seja precisamos pensar políticas de fato mais integradas entre os diferentes ramos da educação e enfrentar esse desafio em prol da melhoria da qualidade da educação nacional muito obrigado e acho que o desafio continua aí no tempo vindouro agradecemos o senhor Fernando Filueiras e olha só que legal pessoal o material do nosso evento já tá disponível lá no site depois quando acabar você vai lá no seu buscador na internet digita o nome do nosso evento que vai aparecer o nosso site ouviremos agora as palavras da senora Rebeca Otero coordenadora do setor de educação UNESCO no Brasil fã aí bom gente bom bom dia boa tarde já não sei se é boa tarde ou bom dia né eh eu vou fazer minha descrição porque eu não fiz no primeiro dia desculpem porque eu realmente esqueci né então sou uma mulher branca tenho cabelos pretos 1,70 m uso óculos estou hoje com uma blusa azul clara e um lenço eh lilás digamos assim né então eh eu primeiramente assim eu tô super feliz com esse evento né queria primeiramente antes de tudo fazer um agradecimento especial a três pessoas que foram o centro desse evento que é a Ana Delfro a Marina e a Maria Reder da minha equipe d uma salva de palmas a elas e a toda a equipe e a toda a equipe de apoio que que apoiou tanto do MEC quanto da UNESCO né então queria fazer esse agradecimento especial realmente eu acho que elas capricharam muito porque deu muito certo esse evento né eh o fazendo assim um balanço eu tomei nota aqui meio bagunçado aqui de algumas alguns pontos que eu acho que é importante né eu acho que a gente poôde trazer para vocês eh o que a UNESCO vem trazendo em termos internacionais globais que foram os dois eh eh os duas publicações né que já estão disponíveis para vocês vocês dentro da pastinha de vocês tem um folder com que QR code dessas publicações vocês podem baixar tá lá no NESDOC eu acho que isso é muito bom porque serve de base também para vocês construírem coisas né para específicas eh eu acho que aqui me surpreendeu muito as experiências que nós vimos né então gente isso me animou saí otimista desse evento por quê porque nós vimos que as coisas estão acontecendo que nós temos muita gente boa fazendo muita coisa boa nesse Brasil afora do Pará Rio Grande do Sul ou seja eh eh em todo o Brasil né isso nós vemos a experiência do Pará do Piauí da Bahia eh da Universidade Federal do Rio Grande do Sul da Universidade Federal de Alagoas nossa cátedra né eh de sociedade civil como a Priscila aqui que que trouxe informações coisas então eh realmente foi muito rico esse momento né eh e e isso assim eh me trouxe até um pensamento assim que nós temos que começar a sistematizar essas questões a fazer um banco de de se seriá um um banco de práticas pedagógicas alguma coisa assim que possa ser acessível para todos né eu acho que isso é é bem interessante eh e principalmente né eu saio daqui com a clareza já já um pouco a gente já tinha discutido isso em outras outros fóruns mas de que nós temos que adaptar pra nossa realidade nós temos que fazer a nossa e a nós temos que pensar no que nós necessitamos no que nós queremos no que é importante pra nossa realidade paraos nossos estudantes para transformar a vida da nossa população para transformar a vida das dos nossos jovens então esse é o nosso foco né que não necessariamente é o foco das bigtecs ou então esse é o nosso foco mas nós podemos pegar tudo isso que tá sendo construído aí e trazer paraa nossa realidade né então eu vejo isso muito muito claro e o outro ponto muito claro também que a UNESCO sempre leva muito à frente em discussões internacionais nacionais tá sempre falando saiu na vanguarda desse aspecto que é o aspecto ético né então nós temos que pensar na ética dessa inteligência artificial em qual é como disse a Priscila aqui essa inteligência artificial eh e o que queremos dessa tecnologia e e o que podemos produzir e trazer os nossos professores para ser protagonistas os nossos alunos para serem protagonistas e também obviamente a gente sabe que na educação se não tá no currículo não funciona né gente quem é educador aqui sabe então a gente tem que trazer pro currículo já tá lá na BNCC né mas eh na construção dos currículos dos estados dos municípios isso tem que entrar né então isso é bem importante eh eh a formação dos professores é essencial né então a UNESCO já tá junto com o MEC fazendo um curso para professores em inteligência artificial juntamente com os a nossa cátedra que isso vai ser muito importante eu acho que vai ser um esperamos que quem sabe num próximo evento já estariaando né Ana esse curso eu acho que isso vai ser bastante importante para nós nós temos que formar nossos professores e nós temos que fazer com que esses professores trabalhem em rede compartilhando suas experiências como foram as experiências aqui trazidas pelos professores riquíssimas né eh então eu acho que é um pouco isso e focar um pouquinho eh nesse nosso contrato social que inclui a tecnologia mas que tem como foco os direitos humanos e a humanização né da de de todo o processo educacional né então o nosso foco é o indivíduo é o ser humano né a tecnologia ela pode nos ajudar e eu acredito e acho que ela ajuda muito mas nós temos que dominá-la nós temos que trazer os nossos professores tem que estar engajados conhecedores tem que tá eh eh como se fala assim muito seguros do uso dessa tecnologia né muito seguro de todos os aspectos conhecedor dela então a gente tem que ensinar eles têm que aprender tem que ter oportunidade de aprender isso né eh as publicações como eu já disse estão no site da UNESCO do MEC eh a nossa a UNESCO eh tem anualmente uma semana de aprendizagem digital que é a Digital Learning Week que vai ser agora em setembro quem que tiver oportunidade entrem no site da UNESCO tem várias sessões transmitidas vocês podem assistir quem quiser também em Paris assistir também pode mas vocês podem assistir eu acho que isso é bem bacana e eu acho que um ponto que eu acho que foi pouco discutido aqui mas que eu gosto sempre de trazer quero explorar mais é o uso da inteligência artificial com parcsimônia sabe porque há danos ambientais então nós temos que ter parcimônia no uso da inteligência artificial então tem que pensar que quando eu tô lá fazendo uma perguntinha qualquer para ela sei lá litros de água é energia elétrica é uma série de coisas que estão sendo gastas então eu tenho que usar com parcimônia no que é necessário e entender isso e nós estamos na época da CPIA aqui no Brasil nós temos que pensar nesses aspectos eu vejo ainda muito pouca esse debate da sustentabilidade eh com relação à às tecnologias eu acho que a gente precisa trazer isso eh bastante e a gente não pode esquecer finalizando já que o nosso principal objetivo é construir uma educação inclusiva equitativa e de qualidade e que tudo isso que a gente discutiu aqui é para isso é pra gente ter essa educação inclusive equitativa e de qualidade tanto na educação básica quanto na educação superior e secretário a UNESCO tá super disponível a trabalhar também a educação superior inclusive porque a UNESCO é a única agência da ONU que tem mandato na educação superior também eh nós temos que ter a tecnologia ao nosso favor e não contra nós eh e o principal ponto que nós temos que entender é que isso só depende de nós da do nosso esforço da nossa capacidade da nossa união para entender para decidir o que queremos coletivamente e daí paraa frente eh eh trabalhar esses aspectos então eu agradeço muitíssimo a todos os palestrantes a todos vocês que estão aqui ainda às a 1:30 da tarde sem almoçar né eh como também ontem ficamos até tarde avançamos mas eu acredito que saímos daqui um pouquinho mais enriquecidos com todo tudo que foi compartilhado entre nós e agradeço muitíssimo então ao MEC a aos meus colegas da UNESCO e a todos que participaram deste evento muito obrigada e nós agradecemos a senora Rebeca Otero por fim ouviremos a senora Daniela Costa coordenadora de estudos setoriais do Centro de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação cetic.brnik.br bom muito obrigada eu prometo ser rápida eh eu só realmente gostaria de agradecer a oportunidade né do nosso logo estar lá junto com o logo da UNESCO e do MEC assim nesse evento foi foi extraordinário paraa gente assim estar aqui então eh agradeço muito a Ana e a toda a equipe da Ana também o Ministério da Educação é o principal parceiro para que a gente faça a TIC educação todos os anos assim então agradeço muito Ana agradeço também a Rebeca e toda a equipe da UNESCO a Maria são maravilhosas a UNESCO também é uma um grande parceiro do CETIC eh o CETIC é um centro UNESCO categoria do então esse trabalho da UNESCO no Brasil é essencial para o desenvolvimento da educação no país então a gente tá aqui num num local e com organizações muito relevantes não é eh eu acho que eu eu só queria levantar três pontos muito rápidos assim que foram acho que bastante relevantes desse evento assim que a gente extrai desse evento o primeiro deles é que a gente tá falando de tecnologia mas na verdade a gente abordou educação isso é algo importante a gente tira a tecnologia do centro ela tá lá a sociedade é mediada por tecnologias a gente vivencia isso aqui todos os dias mas o importante é falar de educação então esse evento teve esse esse mérito né de trazer a educação pro debate colocála no centro as pessoas os estudantes os seres porque não estamos falando só dos seres humanos e a impacta todos os seres né então esse é um ponto bastante relevante um outro foi a integração entre áreas né integração entre pessoas representantes de diversos setores a gente não tá falando só da perspectiva governamental só da perspectiva do terceiro setor da escola a gente conseguiu trazer aqui também a perspectiva de professores e de estudantes né no na no no representados pela professora Célia pela Sâmia né professor Yuri Rafael desculpa eh e um terceiro ponto que eu acho que é muito importante é eh a gente entendeu também com esse evento de que a gente não vai resolver essas coisas em uma semana um mês um ano talvez infelizmente não na gestão da Ana a gente queria muito que essa equipe que está hoje no MEC ficasse ali para sempre independentemente da gestão que a gente tem eh nas instâncias governamentais Mas a gente precisa começar esse processo hoje e ter um objetivo para o país para a educação brasileira e seguir em frente ele tem que ter continuidade né e para finalizar eu acho que tem uma coisa bastante legal desse evento também a gente falou bastante de pensamento crítico e desenvolver pensamento crítico entre crianças e adolescentes né mas no fundo a gente só trabalha e só defende aqueles três Ps que a G Santos trouxe e mais outras outras diversas letras né que formam os valores que a gente quer passar para as crianças adolescentes e que a gente quer desenvolver nessas crianças adolescentes o potencial deles né a gente só faz isso se a gente desenvolver o nosso pensamento crítico então esse evento ele ajudou muito a desenvolver o meu pensamento crítico para lá no trabalho na na minha na minha atuação pelo pelo bem das crianças pela educação das crianças adolescentes né que eu faça isso melhor que eu faça de uma forma mais eh reflexiva mais consciente então é isso que eu gostaria de dizer para vocês encerrando aqui a minha fala e agradecendo também mais uma vez a atenção de vocês eu queria eu queria só deixar registrado o meu agradecimento também ao CETIC que eu acabei esquecendo de falar mas obrigado senhora Daniela Costa e assim encerramos o seminário Iá na educação básica construindo referenciais nacionais agradecemos imensamente a cada um de vocês que muito nos honraram com suas presenças a você do outro lado da telinha agradecemos muito nossos palestrantes e painelistas os parceiros que fizeram deste evento espaço potente de reflexão colaboração e compromisso com o futuro da educação pública desejamos uma excelente tarde um bom retorno aos seus lares e até uma próxima oportunidade |
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